Briefing. Boletim Epidemiológico 2011

Documentos relacionados
Aids no Brasil. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Dezembro de 2009

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM HIV NO BRASIL NA DÉCADA

A DSDST B O L E T I M E P I D E M I O L Ó G I C O. ano V nº 01 01ª à 26ª semanas epidemiológicas - janeiro a junho de 2008 MINISTÉRIO DA SAÚDE

Briefing. Boletim Epidemiológico 2009

JOVENS RAÇA COR EPIDEMIA CONCENTRADA. HIV e Aids no Município de São Paulo Resumo da Epidemia

Briefing. Boletim Epidemiológico 2010

Bepa 2011;8(95):14-21

HIV/Aids nos jovens de 15 a 24 anos HIV/Aids in youngsters aged 15 to 24 eyars

BOLETIM HIV E AIDS EPIDEMIOLÓGICO. Boletim Epidemiologico_Final_18_02_2019.indd 1 19/02/ :50

ALDAIR WEBER 1*, GABRIELA FLORES DALLA ROSA 1, TATIANE DE SOUZA 1, LARISSA HERMES THOMAS TOMBINI 2,

B O L E T I M ISSN HIV AIDS. ano V nº 01

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS ano I nº 01

ESTUDO DE COMPARAÇÃO DA TENDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL, REGIÕES E ESTADOS, DE 1990 A 2012, POR SEXO E FAIXA ETÁRIA

Tabela 1: HIV positive por categoria de transmissão , 1995 e 1996.

TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PSR NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE

TENDÊNCIAS DA INCIDÊNCIA DA AIDS NO BRASIL E SUAS REGIÕES

A importância do quesito cor na qualificação dos dados epidemiológicos e como instrumento de tomada de decisão em Políticas Públicas de Saúde

ANÁLISE DOS CASOS DE HIV E AIDS NOTIFICADOS NO MUNICIPIO DE RIO VERDE GOIÁS

MORBIDADE HOSPITALAR E MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS: RECIFE, 2016 e 2017

Brasil registra queda na transmissão da Aids de mãe para filho

COGESPA 2016 PREVENÇÃO. Eixo II - Enfrentamento da Epidemia das DST/Aids entre mulheres no Estado de São Paulo

MORBIDADE E MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA E PRÓSTATA NO RECIFE

Sífilis Congênita DADOS EPIDEMIOLÓGICOS NACIONAIS

NOVA PERSPECTIVA DA EPIDEMIA DO HIV: INCIDÊNCIA DE HIV EM IDOSOS NO ESTADO DE ALAGOAS NA ÚLTIMA DÉCADA

6.3. INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA Introdução

25/11/2016 IBGE sala de imprensa notícias PNAD 2015: rendimentos têm queda e desigualdade mantém trajetória de redução

Boletim Epidemiológico. de Aids. HIV e DST do Município de São Paulo. Ano XVIII - N o 17 - Junho 2014 SAÚDE

ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012

RECONHECER A IMPORTÂNCIA DA VIDA E ZELAR POR ELA, É DEVER DE TODO CIDADÃO GRUPO B

O Projeto Presidente Amigo da Criança tem como objetivo apoiar a implementação e monitorar as

nascimentos, óbitos, doenças Mede a ocorrência de eventos Exemplo: número de nascimentos vivos, óbitos ou número doentes emprego: administrativo

O extermínio da juventude negra no Maranhão Nota da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH)

Políticas Públicas de Prevenção e Atenção para DST/HIV/AIDS na Saúde Mental no Brasil

Resultados dos estudos: Conscritos-2007 e PCAP Assessoria de Monitoramento e Avaliação Unidade de Informação e Vigilância

Análise conjunta de dados longitudinais e de sobrevivência: Abordagem Bayesiana

ANÁLISE DOS DADOS DE MORTALIDADE DE 2001

TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE PPL NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES: Recife, 2006 a 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE. ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DAS DST/Aids/HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE

Sistematização e análise de casos notificados de violência contra a mulher em Viçosa-MG.

BEPA 2012;9(103):21-31

Aspectos Socio-Econômicos do Câncer no Brasil

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013

RAÇA E GÊNERO: PERFIL DOS CASOS DE AIDS NO ESTADO DE PERNAMBUCO NO PERÍODO DE 2006 A 2012 RESUMO

DIA MUNDIAL DA SIDA ANOS DE VIH/SIDA NA RAM

Histórico - Epidemiologia

DISCIPLINA ERM-0202 EPIDEMIOLOGIA (2016) Docentes: Prof. Dr. Ricardo Alexandre Arcêncio

TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL

ESTATÍSTICAS GLOBAIS SOBRE HIV 2018

Hepatites e Infecção pelo HIV

Censo da Diversidade 2014

Ainda que os tratamentos e a vasta quantidade de informação tenham sido facilitados de

RETROSPECTO DO COMPORTAMENTO DE RISCO À AIDS EM RONDÔNIA NO PERIODO DE

Boletim epidemiológico HIV/AIDS /11/2015

SETEMBRO AMARELO. Ministério da Saúde lança Agenda Estratégica de Prevenção do Suicídio

ÓBITOS POR TUBERCULOSE NO CEARÁ

VII Semana Acadêmica da UEPA Marabá Ambiente, Saúde e Sustentabilidade na Amazônia Oriental: desafios e perspectivas. 28 a 30 de Setembro/2016

B o l e t i m E p i d e m i o l ó g i c o D S T & A i d s

SALA DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE DOS IMIGRANTES

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA E DA SIDA NA REGIÃO NORTE DE PORTUGAL EM DEZEMBRO DE 2003

Análise espacial dos casos de Aids em homens no município de São Paulo entre 2001 e 2010.

Boletim. Epidemiológico. Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde. Hepatites Virais

Políticas de Prevenção, Assistência e Tratamento das Hepatites Virais

PRONUNCIAMENTO SOBRE DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS DEPUTADO MARCELO SERAFIM (PSB-AM)

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HEPATITE A NOTIFICADOS EM UM ESTADO NORDESTINO

MORTALIDADE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO ENTRE JOVENS EM MARINGÁ-PR NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

Perfil epidemiológico de adolescentes residentes em Recife - PE, notificados como caso de Aids no período de 2007 a 2015

Trabalhadoras no setor bancário do Rio Grande do Sul Análise da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego

Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Depto. Epidemiologia e Bioestatística Disciplina: Epidemiologia II

Dra. Sandra Fagundes Moreira da Silva Coordenadora Estadual de DST, Aids e Hepatites Virais- SESA/ES

Dados, Indicadores e Sistemas de Informações. Graduação em Saúde Pública HEP0173

Mortalidade por doença falciforme no Brasil: estudo retrospectivo ( )

UNFPA Brasil/Fernando Ribeiro FECUNDIDADE E DINÂMICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA. UNFPA Brasil/Erick Dau

PROJETO DE PROMOÇÃO A SAÚDE PALESTRA SOBRE HIV/AIDS PARA ALUNOS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE CANOAS MODALIDADE ENSINO DE JOVENS E ADULTOS E.J.A.

Em 2016, expectativa de vida era de 75,8 anos

Programa de Hepatites Virais do Ministério da Saúde

UNAIDS Entendendo dados e estimativas do UNAIDS sobre HIV

QUANTOS ADOECEM E MORREM?

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DO HIV/AIDS NO ESTADO DE MINAS GERAIS/BRASIL: UM DESAFIO INTERDISCIPLINAR DA EDUCAÇÃO FORMAL

DESIGUALDADES RACIAIS NA NATALIDADE DE RESIDENTES NO RECIFE,

TÍTULO: PERFIL DOS CASOS DA SÍFILIS GESTACIONAL NO MUNICÍPIO DE CARAGUATATUBA

PLANO DE ENFRENTAMENTO DA FEMINIZAÇÃO DA AIDS E OUTRAS DST NO ESTADO DO PARANÁ

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO HIV/ AIDS ESTADO DE GOIÁS

INFORME TÉCNICO DOENÇA MENINGOCÓCICA

1 Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal//SUPLAV

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE HEPATITE C COM BASE NO SINAN

A epidemia de AIDS no Brasil, : descrição espaço-temporal

Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Relatório Infográfico

Mudança da concepção da Vigilância Epidemiológica (VE) do HIV/Aids

REDAÇÃO O Aumento Do Número De Portadores De Hiv No Brasil

BOLETIM INFORMATIVO nº 04 HIV/AIDS 2015

Assédio sexual entre as mulheres PO e 30/11/2017

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE SATISFAÇÃO COM A DEMOCRACIA

MINISTÉRIO DA SAÚDE RELATÓRIO DE MONITORAMENTO CLÍNICO DO HIV

Nº de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos ocupados,

DADOS ESTATÍSTICOS DE PRETENDENTES - BRASIL TOTAL % 1. Total de Pretendentes cadastrados: ,00%

NOTIFICAÇÕES DE AIDS/HIV: UMA ANÁLISE EM UM MUNICÍPIO DE SANTA CATARINA

Monitorização Epidemiológica VIH/Sida, na RAM, até

Transcrição:

Briefing Boletim Epidemiológico 2011 1. HIV Estimativa de infectados pelo HIV (2006): 630.000 Prevalência da infecção (15 a 49 anos): 0,61 % Fem. 0,41% Masc. 0,82% 2. Números gerais da aids * Casos acumulados de aids (1980 a junho de 2011): 608.230 Casos novos: 2009: 35.979 : 34.212 Taxa de incidência (por 100.000 hab): 2009 18,8 17,9 Número de óbitos por aids (1980 a 2011): 241.469 2009 12.097 11.965 Coeficiente de mortalidade (por 100.000 hab): 2009 6,3 6,3 * 3. Regiões De acordo com a série histórica dos casos de aids no Brasil, desde 1980 a junho de 2011, foram registrados 608.230 casos. O maior número está concentrado na região Sudeste com 343.095 (56,4%) casos, seguido da Sul com 123.069 registros (20,2%), Nordeste 78.686 (12,9%), Centro-Oeste 35.116 (5,8%) e Norte 28.248 (4,6%). Em, a região Sul apresentou a maior taxa de incidência (28,8 casos a cada 100 mil habitantes), seguida do Norte e Sudeste, que registraram taxas de 20,6 e 17,6, respectivamente. Para a região Centro-Oeste a taxa foi de 15,7 e para o Nordeste, 12,6.

Taxa de incidência (por 100.000 hab.) dos casos de aids (1) segundo região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 1998- Taxa de incidência 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 4. Sexo De 1980 até junho de 2011, foram identificados 397.662 (65,4%) casos de aids no sexo masculino e 210.538 (34,6%) no sexo feminino. O número de casos é maior entre os homens quando comparado às mulheres, entretanto, essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos, fato que pode ser observado a partir da razão de sexos (número de casos em homens dividido pelo número de casos em mulheres). Em 1989, a razão era de 6,0 homens para cada mulher e passou para 1,7 no ano de. Ainda em, a taxa de incidência entre os homens foi de 22,9 casos por 100 mil habitantes e nas mulheres, a taxa foi de 13,2 por 100.000 habitantes. 5. Faixa etária Em ambos os sexos, as maiores taxas de incidência em encontraram-se na faixa etária de 35 a 39 anos. Quando se observa separadamente homens e mulheres, percebe-se que a taxa de incidência entre os homens nessa faixa etária passou de 67,8 casos a cada 100 mil habitantes em 1998 para 49,4 em, enquanto entre as mulheres observa-se passa de 26,8 para 27,4. Na faixa etária acima de 50 anos, a taxa de incidência de aids em mulheres em aumentou 75,9% em relação a 1998 (5,8 por 100 mil habitantes para 10,2). Nos homens dessa faixa etária, passou de 14,5 casos por 100 mil habitantes para 18,8 no mesmo período. Considerando o total da população nessa faixa etária, o aumento da taxa de incidência foi de 43,4%, de 9,9 por 100 mil habitantes, em 1998 para 14,2, em.

Taxa de incidência de aids (1) (por 100 mil hab.) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 1998 60 e mais 50 a 59 40 a 49 35 a 39 30 a 34 25 a 29 20 a 24 13 a 19 05 a 12 < 05 anos 76.8 67.8 54.2 46.3 22.2 20.4 7.5 2.4 0.6 5.9 2.8 9.5 3.0 0.7 5.9 18.2 26.8 32.3 31.0 17.4 80.00 60.00 40.00 20.00 0.00 20.00 40.00 60.00 Taxa de incidência de aids (1) (por 100 mil hab.) segundo faixa etária e sexo. Brasil, 60 e mais 50 a 59 40 a 49 35 a 39 30 a 34 25 a 29 20 a 24 13 a 19 05 a 12 < 05 anos 28.6 45.0 49.4 48.5 37.7 19.0 9.4 2.5 1.0 3.3 5.1 16.3 24.1 27.4 26.7 20.3 11.7 2.9 1.1 3.7 80.00 60.00 40.00 20.00 0.00 20.00 40.00 60.00

5.1 Jovens de 15 a 24 anos Na população de 15 a 24 anos, de 1980 a junho de 2011, foram diagnosticados 66.698 casos de aids, sendo 38.045 no sexo masculino (57,0%) e 28.648 no sexo feminino (43,0%). Ou seja, 11% do total de casos de aids notificados no Brasil desde o início da epidemia ocorre entre jovens. O total de casos de aids em jovens de 15 a 24 anos, de 1982 até junho de 2011, corresponde a 66.698. No ano de, a região com a maior taxa de incidência foi a Sul (14,3 casos a cada 100 mil habitantes), seguida da Norte (12,8), Sudeste (9,2), Centro-Oeste (7,9) e Nordeste (6,9). A razão de sexos em jovens de 15 a 24 anos, atualmente em 1.4, ou seja, a cada 14 homens com HIV/aids, existem 10 mulheres em igual situação. Em relação à taxa de incidência nessa população, podemos observar as mudanças na taxa ao longo do tempo no que se refere a ocorrência de casos de aids na faixa etária de 15 a 24 anos. Enquanto nos homens nessa faixa etária, a taxa subiu de 9.5,em 2000, para 11.1, em, o que representa uma acréscimo de 16,8%, nas mulheres houve uma queda de 23,5% da taxa de incidência, que era de 10.2, em 2000, e caiu para 7.8 em. Taxa de incidência de aids (1) (por 100 mil hab.) em jovens de 15 a 24 anos e razão de sexos (M:F) segundo ano de diagnóstico. Brasil, 1996- Taxa de incidência 12.0 10.0 8.0 6.0 4.0 1.4 1.3 1.1 1.0 0.9 0.9 0.9 0.9 0.9 1.0 1.0 1.1 1.2 1.2 1.4 2.0 0.0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Masculino Feminino Razão de sexos (M:F)

Nos jovens de 15 a 24 anos do sexo masculino, considerando o período de 1990 a, a principal categoria de exposição atribuída aos casos é a sexual, mais especificamente nas categorias homossexual e heterossexual. Proporção de casos de aids em jovens de 15 a 24 anos de idade do sexo masculino notificados no Sinan, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico. Brasil, 1990 a 100% 80% Proporção 60% 40% 20% 0% 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 HSH Heterossexual UDI Hemofílico Transfusão Transmissão Vertical Ignorado 2004 2005 2006 2007 2008 2009 5.2 Jovens gays 15 a 24 anos Levando-se em consideração o período de casos de aids notificados de 1990 a junho de, verifica-se um aumento proporcional da categoria de exposição entre homens que fazem sexo com homens HSH (passando de 25,2% em 1990 para 46,4% em ). Entre os jovens gays de 18 a 24 anos, a prevalência é de 4,3%. Quando comparados com os jovens em geral, a chance de um jovem gay estar infectado pelo HIV é 13 vezes maior. O crescimento da doença entre o público jovem é tendência mundial. É o que mostra o Relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), divulgado na última segunda-feira (21). Em, houve mais de sete mil novas infecções por dia em todo o mundo, sendo 34% em jovens de 15 a 24 anos. Preocupado com o cenário atual, o Unaids prevê, entre suas diretrizes estratégicas para 2015, que os países reduzam pela metade a transmissão sexual do HIV entre jovens gays.

5.3 Menores de cinco anos de idade De 1980 a junho de 2011 foram identificados 14.127 casos de aids em menores de cinco anos. O Brasil reduziu em 40,7% a taxa de incidência de casos aids em crianças menores de cinco anos de idade de 1998 a, passando de 5,9 para 3,5 casos por 100 mil habitantes. O coeficiente de mortalidade também diminuiu em 62,5% (em 1998, o coeficiente de mortalidade era de 1,6 por 100 mil habitantes, caindo para 0,6, em ). A taxa de incidência de aids nessa faixa etária é utilizada para monitorar rotineiramente a transmissão vertical do HIV, pois 85,8% dos casos de aids nesta faixa etária é devido a transmissão vertical. Taxa de incidência de aids (1) (por 100 mil hab.) em menores de cinco anos, segundo região de residência por ano de diagnóstico. Brasil, 1998-14.0 12.0 Taxa de incidência 10.0 8.0 6.0 4.0 2.0 0.0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 6. Categoria de exposição em adultos Em, entre adultos do sexo masculino, a maior proporção dos casos de aids foi na categoria de exposição heterossexual (42,4%) sendo que a proporção dos casos na categoria de usuários de drogas injetáveis foi de 5,0% para o mesmo ano. No sexo feminino, há predomínio na categoria de exposição heterossexual em toda a série histórica, com percentuais que variaram entre 90,8% em 1998 e 83,1% em. Entre homens que fazem sexo com homens (HSH), a partir de 1998 ocorre uma tendência de estabilização na proporção em relação às demais categorias. Houve acentuada redução na proporção dos casos da categoria de usuários de drogas injetáveis (UDI), tanto em homens quanto em mulheres. Nos homens reduziu de 20,2%, em 1998, para 5,0%, em, e nas mulheres, reduziu de 8,6%, em 1998, para 2,2%, em.

Proporção de casos de aids em homens de 13 anos ou mais de idade notificados no Sinan, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico. Brasil, 1990 a 100% 80% Proporção 60% 40% 20% 0% 1990 7. Raça/Cor 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Dos casos de aids registrados em com raça/cor conhecida (21.716), 49,6% são de brancos, 49,4% de negros *, 0,5% de amarelos, 0,4% de indígenas. Destaca-se em toda a série histórica a crescente diminuição dos registros de ignorados. Em 2000, o percentual de raça registrados como ignorado era de 46,1%, agora em, esse número caiu para 8,1%. 1999 2000 2001 2002 2003 HSH Heterossexual UDI Hemofílico Transfusão Transmissão Vertical Ignorado 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Casos de aids notificados no Sinan segundo raça/cor. Brasil, 0.4% 8.1% branca 35.5% 45.6% preta amarela parda indígena ignorado 0.5% 9.9% * Negros pretos e pardos

8. Escolaridade Do total de casos de aids registrados até junho de (524.547), a maior proporção dos casos de aids (26,3%) está entre as pessoas que têm entre 4 e 7 anos de estudo. Em 1998, a maior proporção de casos de aids era maior entre pessoas com menor escolaridade, uma vez que 29,3% dos registros eram em pessoas que tinham de 1 a 3 anos de estudo. 9. Mortalidade De 1980 a foram registrados 241.469 óbitos por aids no Brasil. A maioria concentrou-se na região Sudeste (64,2%), seguida das regiões Sul (16,7%), Nordeste (10,8%), Centro-Oeste (4,8%) e Norte (3,4%). A partir de 1998, o coeficiente de mortalidade vem se mantendo estável no país. Em, o coeficiente de mortalidade foi de 6,3 óbitos por 100 mil habitantes. Em termos regionais, a região com maior índice é o Sul (9,0), seguido pelo Sudeste (6,7), Norte (6,5), Centro-Oeste (5,3) e Nordeste(4,0). Coeficiente de mortalidade por aids, segundo região de residência. Brasil, 1998- Coeficiente de mortalidade 12.0 10.0 8.0 6.0 4.0 2.0 0.0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Ano do óbito Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste