Um dos símbolos da religião é o Ichthys ou peixe estilizado (a palavra Ichthys significa peixe em grego, sendo também um acrônimo de Iesus Christus

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FILOSOFIA. A Época Contemporânea

Transcrição:

FILOSOFIA MEDIEVAL

Um dos símbolos da religião é o Ichthys ou peixe estilizado (a palavra Ichthys significa peixe em grego, sendo também um acrônimo de Iesus Christus Theou Yicus Soter, "Jesus Cristo filho de Deus Salvador").

Início Em seu começo, o cristianismo colocava apenas a fé como princípio para análise e explicação de quaisquer questões, evidenciando a oposição entre fé e razão.

A Filosofia Medieval surgiu logo após a queda do Imp. Romano do Ocidente (476), fato que preservou suas características, porém adquiriu novo valores com as invasões bárbaras, por exemplo, os Francos (escolas laicas). IMPORTANTE: Durante a Idade Média (sécs. V-XV) houve um grande MONOPÓLIO DO CONHECIMENTO por parte da Igreja Católica TEOCENTRISMO. Isso limitou o progresso do conhecimento científico e da difusão dos valores Clássicos (Greco-Romanos).

Forte religiosidade cristã. Estagnação dos conhecimentos científicos (medicina = excomunhão). Surgimento das primeiras escolas e Universitás (sécs. VIII XIII). Preocupação em agregar os valores Clássicos aos valores religiosos.

Padres apologistas promotores do cristianismo, tentaram unir fé e religião para legitimá-la diante do Império Romano

PATRÍSTICA É nesse contexto que surge a Patrística (Pater Padres Santos) cuja uma das principais missões era a de conciliar fé e razão

Santo Agostinho (354-430) Influenciado pelo pensamento de Platão (neoplatonismo) influenciou a I.M. enaltecendo a importância de Deus para o conhecimento natural. O homem desenvolveu o mal devido ao livre arbítrio A fé em Cristo era mais importante que o conhecimento, pois só ela levaria à salvação da humanidade. Encontro com o bispo Ambrósio foi determinante para que largasse o maniqueísmo, do qual foi adepto por nove anos, para se converter, ainda que lentamente ao catolicismo. onty Python Alcuino de York (735-804) Conceito de Trivia (oratória, retórica e dialética) e Quadrivium (aritmética, geometria, astronomia e música).

A importância de Agostinho na história do cristianismo é inegável. Ele foi o mais importante dentre os pais da igreja, soube enxertar a nova religião no tronco do neoplatonismo, recuperou sistematicamente tendo o que podia ser salvo do antigo pensamento filosófico e, por tudo isso constitui, na história, um insubstituível elo entre o mundo antigo e a civilização cristã. (NICOLA, U. Antologia Ilustrada de Filosofia p. 129)

Doutrina que visava justificar a fé cristã difundida pelos monges nas escolas medievais. Teve seu início nas catedrais, monastérios e chegou até as Universidades, nelas houve uma tentativa de racionalizar o pensamento religioso A Igreja Medieval obteve duas linhas distintas de propagação da fé: Beneditinos: Pregavam a ajuda mútua entre os membros de uma mesma comunidade, para que diminuísse assim, as grandes diferenças sociais. Dominicanos: Difusão dos ensinamentos cristãos através do voto de pobreza (aproximação com as camadas populares).

São Tomás de Aquino (1225-1274) Influenciado por Aristóteles conseguiu unir (na época) a Filosofia à Religião. Não pode haver contradição entre a Fé e a Razão. Pregação da verdade pelo indivíduo (ética). O conhecimento científico só existe nos homens, pois Deus deu essa capacidade aos seres humanos. Deus seria o criador de tudo, pois nada existe do nada e não existe, também, uma causa sem efeito. Principal obra: Ópera Maior Suma Teológica. Trabalha os conceitos dogmáticos (crenças) sobre as origens, natureza e pregações de Cristo.

Influência de Aristóteles PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS SÃO CINCO Para São Tomás de Aquino cada uma delas está atrelada ao mundo real ; e o recurso p/ se chegar a elas é a experiência. 1) Movimento ; 2) o encadeamento das causas e efeitos ; 3) a contingência ; 4) os diversos graus de perfeição ; 5) o finalismo [NDT sistema que estabelece que tudo foi criado p/ um fim determinado] Tais características revelam um Deus: 1) um motor sem motor ; 2) uma causa sem causa ; 3) um ser absolutamente necessário ; 4) um ser perfeito ; 5) uma inteligência ordenadora. -> O movimento é analisado em termos acentuadamente metafísicos, como a passagem da potência ao ato.

As vias que levam a Deus Segundo Santo Tomás a razão pode provar a existência de Deus através de cinco vias, todas de índole realista: considera-se algum aspecto da realidade dada pelos sentidos como o efeito do qual se procura a causa.

A primeira fundamenta-se na constatação de que no universo existe movimento. Baseado em Aristóteles, Santo Tomás considera que todo movimento tem uma causa, exterior ao próprio ser que está em movimento, pois não se pode admitir que uma mesma coisa possa ser ela mesma a coisa movida e o princípio motor que a faz movimentar-se. Por outro lado, o próprio motor deve ser movido por um outro, este por um terceiro, e assim por adiante. Nessas condições, é necessário admitir ou que a série de motores é infinita e não existe um primeiro termo (não se conseguindo, assim, explicar o movimento), ou que a série é finita e seu primeiro termo é Deus.. A segunda via diz respeito à ideia de causa em geral. Todas as coisas ou são causas ou são efeitos, não se podendo conceber que alguma coisa seja causa de si mesma. Nesse caso, ela seria causa e efeito ao mesmo tempo, sendo, assim, anterior e posterior, o que seria absurdo. Por outro lado, toda causa, por sua vez, deve ter sido causada por outra e esta por uma terceira, e assim sucessivamente. Impõe-se, portanto, admitir uma primeira causa não causada, Deus, ou aceitar uma série infinita e não explicar a causalidade...

...A terceira via refere-se aos conceitos de necessidade e possibilidade. Todos os seres estão em permanente transformação. Alguns sendo gerados, outros se corrompendo e deixando de existir. Mas poder ou não existir não é possuir uma existência necessária, e sim contingente, já que aquilo que é necessário não precisa de causa para existir. Assim, o possível não teria em si razão suficiente de existência e, se nas coisas houvesse apenas o possível, não haveria nada. Para que o possível exista, é necessário, portanto, que algo o faça existir. Ou seja: se alguma coisa existe é porque participa do necessário. Este, por sua vez, exige uma cadeia de causas, que culmina no necessário absoluto, ou seja, Deus.

...A quarta via tomista para provar a existência de Deus é de índole platônica e baseia-se nos graus hierárquicos de perfeição observados nas coisas. Há graus de bondade, na verdade na nobreza e nas outras perfeições desse gênero. O mais e o menos, implicados na noção de grau, pressupõe um termo de comparação que seja absoluto. Deverá existir, portanto, uma verdade e um bem em si: Deus. A quinta via fundamenta-se na ordem das coisas. De acordo com o finalismo aristotélico adotado por Tomás de Aquino, todas as operações dos corpos materiais tenderiam a um fim, mesmo quando desprovidos da consciência disso. A regularidade com que alcançam seu fim mostraria que eles não estão movidos pelo acaso; a regularidade seria intencional e desejada. Uma vez que aqueles corpos estão privados de conhecimento, pode-se concluir que há uma inteligência primeira, ordenadora da finalidade das coisas. Essa inteligência soberana seria Deus. Tomás de Aquino. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 2000, p. 9-10.

A decadência da Escolástica, bem como a do poder da Igreja Católica, encontra-se no período do Renascimento Cultural e Científico (sécs. XIV XVII).

1. No que diz respeito a todas as coisas que compreendemos, não consultamos a voz de quem fala, a qual soa por fora, mas a verdade que dentro de nós preside à própria mente, incitados talvez pelas palavras a consultá-la. Quem é consultado ensina verdadeiramente, e este é o Cristo, que habita, como foi dito, no homem interior, isto é: a virtude incomutável de Deus, a sempiterna sabedoria, que toda alma racional consulta, mas que se revela a cada um quanto é permitido pela sua própria boa ou má vontade. Agostinho, Do Mestre, XIV. Citado em: INÁCIO, I. C. e LUCA, T.R. O pensamento medieval. São Paulo: Ática, 1988, p. 74. O trecho acima, de Santo Agostinho (354-430), mostra como esse pensador concebia o processo de aquisição do conhecimento verdadeiro. Após ler esse texto, marque para as afirmativas abaixo (V) verdadeira, (F) falsa ou (SO) sem opção. ( ) Para conhecer verdadeiramente, o homem precisa somente conhecer a Bíblia. ( ) Para elaborar a doutrina da iluminação divina, Agostinho combinou elementos da fé cristã com elementos da filosofia de Platão. ( ) Segundo a doutrina da iluminação, os ser humano é incapaz de conhecer a verdade usando tão somente a força da razão natural. ( ) Santo Agostinho rejeitou, em suas obras, qualquer possibilidade de compreensão racional dos mistérios da fé cristã.

2- Considere os textos abaixo. (...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé. Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da Igreja Católica sobre as relações entre fé e razão, 1998. As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã. São Tomás de Aquino, pensador medieval. Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que: a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São Tomás de Aquino, refletindo a diferença de épocas. b) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois este colocava a razão natural acima da fé. c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II. d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem relação com o pensamento filosófico. e) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino procuram conciliar os pensamentos sobre fé e razão.

3- A respeito das assim chamadas provas da existência de Deus, formuladas por Tomás de Aquino, considere o seguinte trecho. A primeira de suas cinco vias fundamenta-se na experiência do movimento: o ser que se move não pode ser motor e movido, existe, portanto, uma causa motriz primeira, que é Deus [...]. INÁCIO, Inês C. & de LUCA, Tânia R. O pensamento medieval. São Paulo: Ática, 1998. p.73. Sobre essas provas, marque para as alternativas a seguir (V) verdadeira ou (F) falsa. 1- ( ) Todas as cinco vias têm como ponto de partida a observação da realidade sensível. 2- ( ) A primeira via, descrita no trecho citado, aproveita-se do conceito aristotélico de Primeiro Motor Imóvel. 3- ( ) Assim como o Primeiro Motor de Aristóteles, Deus, segundo Tomás de Aquino, também não se importa com as criaturas. 4- ( ) O conhecimento sobre a existência de Deus é um exemplo de verdade de fé, na qual só se pode crer, pois não há como provar essa existência pela razão humana.

4- O filme O Nome da Rosa, comentado em aula, retrata um período histórico no qual a Igreja Católica exerceu uma enorme influência, ou seja, a Idade Medieval. No filme aparece vários aspectos deste momento, como a perseguição as obras de um pensador grego, devido a sua abordagem cômica de alguns temas, que influenciou em muito o pensamento medieval graças a cristianização de suas idéias por São Tomás de Aquino. Este filósofo grego era : a) Platão b) Sócrates c) Parmênides d) Aristóteles e) Heráclito

5- Leia e responda: A teologia natural, segundo Tomás de Aquino (1225-1274), é uma parte da filosofia, é a parte que ele elaborou mais profundamente em sua obra e na qual ele se manifesta como um gênio verdadeiramente original. Se se trata de física, de fisiologia ou dos meteoros, Tomás é simplesmente aluno de Aristóteles, mas se se trata de Deus, da origem das coisas e de seu retorno ao Criador, Tomás é ele mesmo. Ele sabe, pela fé, para que limite se dirige, contudo, só progride graças aos recursos da razão. GILSON, Etienne. A Filosofia na Idade Média, São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 657. De acordo com o texto acima, é correto afirmar que a) a obra de Tomás de Aquino é uma mera repetição da obra de Aristóteles. b) Tomás parte da revelação divina (Bíblia) para entender a natureza das coisas. c) as verdades reveladas não podem de forma alguma ser compreendidas pela razão humana. d) é necessário procurar a concordância entre razão e fé, apesar da distinção entre ambas. e) Tomás de Aquino se inspira nas idéias de Platão para elaborar as bases de sua teoria filosófica.

6- Leia: Na medida em que o Cristianismo se consolidava, a partir do século II, vários pensadores, convertidos à nova fé e, aproveitando-se de elementos da filosofia greco-romana que eles conheciam bem, começaram a elaborar textos sobre a fé e a revelação cristãs, tentando uma síntese com elementos da filosofia grega ou utilizando-se de técnicas e conceitos da filosofia grega para melhor expor as verdades reveladas do Cristianismo. Esses pensadores ficaram conhecidos como os Padres da Igreja, dos quais o mais importante a escrever na língua latina foi santo Agostinho. COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia: Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Saraiva, 1996, p. 128. (Adaptado) Esse primeiro período da filosofia medieval, que durou do século II ao século X, ficou conhecido como: a) Escolástica. b) Neoplatonismo. c) Cinismo d) Patrística. e) Empirismo

7- Este pensador da Filosofia Medieval Cristã preocupou-se com a relação fé razão, sendo responsável por ter cristianizado as idéias de Platão, propondo o conceito de idéias divinas como eixo de seu pensamento e postulando a seguinte máxima :...é preciso crer para compreender e compreender para crer. Estamos falando de : a) Santo Agostinho b) São Paulo c) São Tomás de Aquino d) Santo Ambrósio e) São Jorge

1- F, V, V, F 2- E 3- F, V, F, F 4- D 5- D 6- D 7- A GABARITO