ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DA BASE SCHIFF (4E)-4-(4- METOXIBENZILIDENOAMINO)-1,2-DIHIDRO-2,3-DIMETIL- 1-FENILPIRAZOL-5-ONA

Documentos relacionados
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E MODULATÓRIA DO ÓLEO ESSENCIAL DE CROTON CONDUPLICATUS KUNTH

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Plectranthus amboinicus Lamiaceae. E SEU POTENCIAL MODULATÓRIO SOBRE AMINOGLICOSÍDEOS

Fighting bacteria using selective drugs for membranes

ESTUDO QUÍMICO, TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Ocimum gratissimum

AVALIAÇÃO In Vitro DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO CARVACROL ATRAVÉS DOS MÉTODOS DE CONTATO DIRETO E GASOSO

ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO EXTRATO DAS FOLHAS DE Schinopsis brasiliensis ENGL, FRENTE A CEPAS DE Candida albicans E Candida tropicalis.

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS EXTRATOS HIDROALCOÓLICOS DOS FRUTOS DO CERRADO Genipa americana L., Dipteryx alata Vog. E Vitex cymosa Bert.

RELATÓRIO S0BRE A PESQUISA DAS ACTIVIDADES ANTI-BACTERIAIS E ANTI- FÚNGICAS DA PREPARAÇÃO "Herba Sept Strong"

Maria Eugênia Silveira da Rosa 1 ; Sheila Mello da Silveira 2 INTRODUÇÃO

Determinação de sensibilidade bacteriana aos antimicrobianos

I FLUÊ CIA DA SAZO ALIDADE SOBRE ATIVIDADE A TIBACTERIA A DE ÓLEO ESSE CIAL DE Croton urticifolius Lam. (EUPHORBIACEAE)

Maria Karollyna do Nascimento Silva, 1 Victória Regina de Alencar Carvalho,

EFEITO ANTIFÚNGICO DE ÓLEO ESSENCIAL DE FOLHAS E SEMENTES DE JAMBOLÃO (Syzygium cumini)

1. INTRODUÇÃO. L.V. Becker1, F.M. Libero1, D. Lauermann1, A.L. Oliveira1, P. Schoenberger1

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIBACTERIANO DE EXTRATOS DE PRÓPOLIS MARROM DE DIFERENTES POLARIDADES

ESTUDO ETNOFARMACOLÓGICO DE PLANTAS MEDICINAIS: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS DE COSTUS SPIRALIS (CANA DO BREJO) E PLECTRANTHUS BARBATUS

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE Eugenia caryophyllata E Croton rhamnifolioides pax e hoffm

ANALISE DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E ANTIFUNGICA DE MIMOSA PUDICA L

ESTABILIDADE TÉRMICA DE BACTERIOCINA PRODUZIDA POR Lactobacillus sakei

AVALIAÇÃO in vitro DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE ALECRIM-PIMENTA (Lippia sidoides Cham.)

RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS: TESTES DE SENSIBILIDADE

Revista Eletrônica de Biologia

Caderno de Cultura e Ciência, Ano IX, v.13, n.2, Mar, 2015 Universidade Regional do Cariri URCA ISSN

SUSCETIBILIDADE E RESISTÊNCIA AOS ANTIFÚNGICOS

SUSCETIBILIDADE IN VITRO

Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc

Atividade moduladora de extratos etanólico das folhas de Clusia nemorosa G. Mey. (Clusiaceae) sobre drogas antimicrobianas

Victória Regina de Alencar Carvalho, 1 Maria Karollyna do Nascimento Silva,

PERDA POR SECAGEM, TRIAGEM FITOQUÍMICA E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE MYRCIARIA CAULIFLORA. Natália Cristina Alves 1 ; Áurea Welter 2

Quimioterápicos Arsenobenzóis Sulfas

ESTUDO DA EFICIÊNCIA DE ANTIBIOTICOS CONTRA BACTÉRIAS PATOGÊNICAS

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO ETANÓLICO DE. Desmodium barbatum (Fabaceae: Fabales), NO CONTROLE DE LEVEDURAS E BACTÉRIAS DE INTERESSE CLÍNICO.

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTIMICROBIANA DOS EXTRATOS DE TABEBUIA ALBA E MYRACRODRUON URUNDEUVA

Eixo Temático ET Biologia Aplicada. POTENCIAL ANTIMICROBIANO DO EXTRATO DE CASCA DE AROEIRA (Schinus

COMPARAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DO EXTRATO AQUOSO E DO EXTRATO ETANÓLICO DE RHAPHIODON ECHINUS (LAMIACEAE) CONTRA CEPAS CANDIDA TROPICALIS

ARTIGO Atividade moduladora de extratos etanólico e hexânico de raiz de Costus cf. arabicus sobre drogas antimicrobianas

Aluna do Curso de Graduação em Medicina Veterinária da UNIJUÍ, bolsista PIBIC/UNIJUÍ; 3

Estudo farmacológico do óleo essencial de vários tipos de pimentas.

DETECÇÃO DE COMPOSTOS VOLÁTEIS COM ATIVIDADE ANTIBACTERIANA POR FUNGOS ENDOFÍTICOS ASSOCIADOS À Costus spiralis (jacq) Roscoe (Costaceae)

Revista Científica UMC

Allium sativum: UMA NOVA ABORDAGEM FRENTE A RESISTÊNCIA MICROBIANA: UMA REVISÃO

42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de Curitiba - PR 1

COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Alpinia zerumbet (COLÔNIA)

ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO DE FOLHAS DE LOURO (LAURUS NOBILIS L) EM BACTÉRIAS CAUSADORAS DE TOXINFECÇÃO ALIMENTAR

TÍTULO: ATIVIDADE IN VITRO DE ALGUNS ANÁLAGOS DE CURCUMINA CONTRA LEISHMANIA AMAZONENSIS

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Croton rhamnifolioides

Anais do Conic-Semesp. Volume 1, Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN

Atividade antimicrobiana dos óleos essenciais de frutos verdes e. Acinetobacter baumannii multirresistentes

ANÁLISE DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DO ENÂNTIOMERO POSITIVO DO Α-PINENO FRENTE ÀS CEPAS DE Staphylococcus aureus E Enterococcus faecalis

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E MODULADORA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Cordia verbenacea DC. ASSOCIADO ÀS LUZES DE LED

Relatório de Amostra Externa. Atividade Bactericida EN Princípio ativo: Cloreto de polihexametileno biguanida (0,1%) e mistura de

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA COM SINERGISMO DE EXTRATOS OBTIDOS DE PLANTAS E CASCAS, FRENTE À Pseudomonas aeruginosa

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO ENSAIOS BIOLÓGICOS. Teste de Esterilidade pelo método de filtração em membrana.

EFEITO ANTIFÚNGICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE RHAPHIODON ECHINUS CONTRA A CEPA CANDIDA ALBICANS

Validação da Recuperação Microbiana. <1227> Validation of Microbial Recovery from Pharmacopeial Articles

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE Miconia prasina (Sw) DC

ESTUDO PRELIMINAR DA ACTIVIDADE ANTIFÚNGICA E EFEITO QUELANTE DE IÕES DO PRÓPOLIS

Comparação da atividade microbiana entre Nuosept 91 e biocidas à base de BIT (Benzoisotiazolinona), em aplicações de slurries e emulsões

Avaliação da atividade antimicrobiana da planta Tradescantia pallida Munt (Taboquinha Roxa)

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E MODULATÓRIA DE EXTRATOS METANÓLICO E HEXÂNICO DA CASCA DE Sideroxylon obtusifolium

Aluna do Curso de Graduação em Medicina Veterinária da UNIJUÍ, bolsista PIBIC/UNIJUÍ; 3

Anais do Conic-Semesp. Volume 1, Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN

ATIVIDADE SANIFICANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE CYMBOPOGON FLEXUOSOS CONTRA BIOFILMES SIMPLES FORMADOS POR PSEUDOMONAS AERUGINOSA

ESTUDO COMPARATIVO DE TÉCNICAS DE SCREENING

10 TCC em Re-vista 2012

ANÁLISE DA EFICÁCIA DO DECOCTO DA FOLHA DE CAJÁ (Spondias mombin L) COMO ANTISSÉPTICO NATURAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA. Antibioticos e resistência bacteriana a drogas

CURSO DE OTOLOGIA DE CARNÍVOROS DOMÉSTICOS

ANTIBACTERIAL ACTIVITY OF HYDROALCOHOLIC EXTRACT OF JATOBÁ-DO- CERRADO (Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne) AND BARBATIMÃO (Stryphnodendron

Resistência bacteriana as drogas antimicrobianas

Estudo do efeito antimicrobiano de diferentes concentrações de extrato de própolis.

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO DO ALHO (ALLIUM SATIVUM) IN NATURA

K. A. DALLA COSTA¹, M. FERENZ², S. M. da SILVEIRA², R. MOURA², A. F. MILLEZI². Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões 2

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE FRUTOS DA PLANTA Illicium verum HOOK

GUIA DOS MÉTODOS DE REFERÊNCIA

Dermatologicamente testado e hipoalergenicidade (RFE-TC R0)

ESTUDO DO EFEITO ANTIMICROBIANO DO EXTRATO DA GOIABEIRA (Psidium guajava LINN) SOBRE STAPHYLOCOCCUS AUREUS MULTIRRESISTENTES

EFEITO ANTIFÚNGICO DO ÓLEO ESSENCIAL DE RHAPHIODON ECHINUS CONTRA A CEPA CANDIDA TROPICALIS

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE FRUTOS, FOLHAS E GALHOS DE Eugenia pyriformis Cambess. RESUMO

Kyolab, 01 de junho de 2012.

ATIVIDADE ANTIFÚNGICA, SINERGISMO E CITOTOXICIDADE DO EXTRATO ETANÓLICO DA CASCA DE Myroxylon peruiferum L.f

DIÁRIO DE BORDO. Título do projeto: Efeito da UV em CSB como medida de biossegurança. Código do projeto: 378

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO SYZYGIUM CUMINI (JAMBOLÃO)

Atividade antibacteriana e moduladora in vitro de extrato metanólico e hexânico de beta vulgaris spp. (Linnaeus)

Avaliação da atividade antibacteriana e modulatória da fração hexânica do extrato hexânico de Cordia verbenacea DC.

ESTUDO QUÍMICO E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE

AVALIAÇÃO ANTIFÚNGICA DE DERIVADOS MESOIÔNICOS CONTRA LINHAGEM DE CANDIDA

Avaliação da atividade antimicrobiana in vitro de óleo essencial de alho sobre bactérias patogênicas

PERFIL DE INBIÇÃO DE MÉIS DE AROEIRA PRODUZIDOS POR ABELHAS APIS MELLIFERA

Análise da eficácia antimicrobiana de extratos vegetais de Rosmarinus officinalis L., Salvia officinalis L. e Coriandrum sativum L.

Óleo essencial de Styrax benzoin: avaliação da atividade antibacteriana e antioxidante

AVALIAÇÃO ANTIMICROBIANA DA GEOPRÓPOLIS DE Melipona quadrifasciata (Lepeletier)

AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA EM BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS E GRAM-NEGATIVAS DE EXTRATOS DE PARIPAROBA

Avaliação da atividade antibacteriana de extrato etanólico da Bauhinia forficata L.

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DOS DECOCTOS DE Spondias mombin e Mimosa tenuiflora RESUMO

Revista Brasileira de Biociências Brazilian Journal of Biosciences ARTIGO

Atividade antibacteriana e antiaderente do extrato de Mimosa caesalpiniaefolia Benth sobre micro-organismos do biofilme dentário

06/10/2017. Microbiologia da água

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO DO SANATIVO SOBRE BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS E GRAM-NEGATIVAS

Transcrição:

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DA BASE SCHIFF (4E)-4-(4- METOXIBENZILIDENOAMINO)-1,2-DIHIDRO-2,3-DIMETIL- 1-FENILPIRAZOL-5-ONA Ivna Ribeiro Salmito Melo 1 Henrique Douglas Melo Coutinho 2 Alexandre Magno Rodrigues Teixeira 3 João Hermínio da Silva 4 Luiz Everson da Silva 5 Introdução/ Desenvolvimento A incidência de infecções causadas tanto por fungos como bactérias vem aumentando devido à indução de resistência das bactérias aos antibióticos e ao desenvolvimento de toxicidade, após o tratamento prolongado com muitos antifúngicos (GIORDANI et al., 2001). O tratamento convencional para doenças causadas por fungos é limitado em comparação com a terapia para infecções bacterianas, visto que o fungo é eucarionte, portanto é difícil desenvolver uma droga que seja seletivamente tóxica para fungos e não para as células do hospedeiro (HARRIS, 2002). Vários compostos químicos, sintéticos ou produtos naturais, estão sendo elucidados por causa de suas propriedades antimicrobianas. O uso de extratos de plantas e fitoquímicos com propriedades antifúngicas e antibacterianas têm importância significativa para o tratamento terapêutico (FONTENELLE et al., 2007; MATIAS et al., 2011). Os compostos que potencializam a atividade do antibiótico ou que revertem a resistência ao antibiótico são classificados como modificadores da atividade do antibiótico (MATIAS et al., 2011). A pesquisa por novos produtos com atividade antimicrobiana direta, bem como agente modificador da resistência a antibióticos e antifúngicos é de extrema importância para reduzir a morbidade e mortalidade como consequência de infecções. Assim, são incentivados os estudos para descobrir alternativas que sejam mais eficiente, barata e menos tóxica do que a terapia tradicional (CAVALEIRO et al., 2006). Dentre essas alternativas, as Bases de possuem um amplo espectro de atividades biológicas, incluindo antifúngica, antibacteriana, entre outras como: antimalarial, anti-inflamatória, antiviral e antipirética (PRZYBYLSKI et al., 2009). As Bases de são compostos orgânicos produzidos pela condensação de uma amina primária com um aldeído ou cetona, em que o grupo carbonila (C=O) é substituído por uma imina ou azometina (KUMAR et al., 2009). Os grupos de imina ou azometina estão presentes em vários compostos naturais, derivados de produtos naturais e sintéticos (SILVA et al., 2011) e determinam diversas propriedades biológicas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana da Base (4E)-4-(4-metoxibenzilidenoamino)-1,2-dihidro-2,3-dimetil-1-fenilpirazol-5-ona e a atividade moduladora de aminoglicosídeos pelo composto frente a bactérias gram-positivas, gram-negativas e fungos. 1. Mestranda, Universidade Regional do Cariri (URCA), Crato, Ceará, ivnasalmito@gmail.com 2. Doutor, Universidade Regional do Cariri (URCA), Crato, Ceará, hdmcoutinho@gmail.com 3. Pós-Doutor, Universidade Regional do Cariri (URCA), Crato, Ceará, amrteixeira@gmail.com 4. Doutor, Universidade Federal do Ceará (UFC), Juazeiro do Norte, Ceará, herminio@fisica.ufc.br 5. Doutor, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Matinhos, Paraná, luiz_everson@yahoo.com.br 1

Metodologia/Resultados O composto denominado de Base de com nomenclatura (4E)-4-(4- metoxibenzilidenoamino)-1,2-dihidro-2,3-dimetil-1-fenilpirazol-5-ona foi dissolvido em dimetilsulfóxido (DMSO) em uma concentração de 5.000 µg/ml. Em seguida, diluiu-se a amostra em água destilada estéril ou DMSO, obtendo-se uma concentração final de 1.024µg/mL. Figura 1: Representação da Base de (4E)-4-(4-metoxibenzilidenoamino)-1,2-dihidro- 2,3-dimetil-1-fenilpirazol-5-ona. Para a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) foram utilizadas as cepas bacterianas: Escherichia coli ATCC 1873, Klebsiella pneumoniae ATCC 4362, Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442, Staphylococcus aureus ATCC 25923 e as cepas fúngicas: Candida albicans 40006, Candida krusei 6258 e Candida tropicalis 40042. Foi realizado um ensaio de microdiluição para a determinação da CIM em microplacas contendo 96 poços (JAVADPOUR et al., 1996). Foi adicionado a cada poço 100µL da solução contendo: o inóculo de bactéria ou fungo de cada cepa (10 5 UFC/mL, unidades formadoras de colônia) e o meio BHI 10 % (brain heart infusion broth ou caldo de Infusão de Cérebro e Coração). As cepas bacterianas ou fúngicas foram distribuídas no sentido numérico das placas, sendo cada coluna numérica representada por uma cepa diferente. Em seguida, 100 µl da Base de foi colocado no primeiro poço e realizou-se diluições seriadas (1:1) até o penúltimo poço da microplaca, obtendo-se concentrações de 8 512 µg/ml do composto. O último poço da microplaca é constituído apenas pelo inóculo e o meio BHI 10%, representando o controle positivo para verificação da viabilidade das cepas. Foi realizada também microdiluição, utilizando-se o DMSO em vez do composto para a verificação da influência do solvente na atividade antimicrobiana. Após o procedimento experimental, as placas foram incubadas por 24 h a 37 C. Para determinar se houve crescimento bacteriano foi realizado um ensaio colorimétrico, utilizando-se o corante resazurina 0,01% (p/v). Após 24h, foi adicionado 20 µl do corante em cada poço, e depois de 1h foi feita a leitura. A mudança da coloração de azul pra rosa indica que houve crescimento bacteriano e ocorre devido à redução da resazurina, já a coloração azul inalterada indica ausência de crescimento (PALOMINO et al., 2002). A CIM será determinada pela menor concentração do produto capaz de inibir o crescimento bacteriano. Para determinar se houve crescimento fúngico foi realizado um ensaio de turbidez. A CIM é a menor concentração do composto em que houve 100 % da inibição do crescimento do fungo, visualizado através da ausência de turbidez do meio. Para avaliar o efeito da Base de como modificadora da atividade dos antibióticos foram utilizados os aminoglicosídeos: amicacina, gentamicina e neomicina; as cepas bacterianas: Pseudomonas aeruginosa 03, Staphylococcus aureus 358, Escherichia. coli 27;

os antifúngicos: anfotericina B, benzoilmetronidazol, mebendazol e nistatina e as cepas fúngicas: Candida albicans 40006, C. krusei 6258 e C. tropicalis 40042. A modulação foi determinada por um ensaio de microdiluição em microplacas com 96 poços (COUTINHO et al., 2008), seguindo o sentido alfabético em que cada coluna (letra) representa um antibiótico diferente. Após a obtenção da CIM no teste antimicrobiano, esse valor foi reduzido 8 vezes ( CIM / 8 ), resultando na concentração subinibitória do composto e do DMSO para ser utilizado no ensaio de modulação. Em cada poço foi adicionado 100 µl de uma solução contendo: 150 µl do inóculo (10 5 UFC/mL) de fungo ou bactéria de cada cepa, o composto ou DMSO na concentração subinibitória de 16 µg/ml e o meio BHI 10%. Em seguida, 100 µl dos antibióticos amicacina, gentamicina ou neomicina foram colocados no primeiro poço e realizou-se diluições seriadas (1:1) até o penúltimo poço da microplaca. As concentrações dos antibióticos variaram de 1,22-2.500 µg/ml. O último poço da microplaca não contém o antibiótico a fim de verificar a viabilidade das cepas. No grupo controle não foi adicionada a Base de, apenas o inóculo, o meio BHI 10 % e o antibiótico ou antifúngico. Para avaliar o crescimento bacteriano e fúngico foram utilizados o ensaio colorimétrico e de turbidez semelhante ao descrito anteriormente para CIM. A substância não foi solúvel em água destilada, então diluiu-se em dimetilsulfóxido que é um solvente anfipático e com propriedades antimicrobianas, por isso os testes de microdiluição foram também realizados com o DMSO, como controle. A concentração inibitória mínima da Base de e do DMSO foi de 128 µg/ml para todas as cepas bacterianas (Tabela 1) e cepas fúngicas (Tabela 2) testadas, portanto não houve diferença na sensibilidade ao composto entre as cepas. A CIM do composto foi semelhante a CIM do DMSO, logo a atividade antimicrobiana pode estar associada ao efeito do solvente que foi utilizado no experimento e não propriamente a ação do composto. Para a avaliação da Base de como moduladora da atividade dos aminoglicosídeos amicacina, gentamicina e neomicina (Tabela 3) não foi observado aumento na inibição do crescimento de Pseudomonas aeruginosa 03 e Staphylococcus aureus 358. Já para o crescimento de Escherichia coli 27 foi verificado que houve aumento da inibição do crescimento, quando o composto foi associado a gentamicina. Contudo, os valores obtidos de CIM foram semelhantes entre o grupo controle (DMSO) e o composto (9,76 µg/ml), logo não se pode afirmar que o sinergismo ocorre por causa do efeito da Base de. O composto associado a amicacina e neomicina não interferiu na inibição do crescimento de E. coli 27. Valores para inibição de crescimento que diferem de apenas um poço, quando comparada a substância com o grupo controle e o DMSO, não são considerados significativos. A Base de combinada com os antifúngicos anfotericina B, benzoilmetronidazol, mebendazol e nistatina não influenciou na inibição do crescimento dos fungos testados (Tabela 4), obtendo-se uma CIM maior ou igual a 1.024µg/mL. Tabela 1: Concentração inibitória mínima (CIM) da Base de (4E)-4-(4- metoxibenzilidenoamino)-1,2-dihidro-2,3-dimetil-1-fenilpirazol-5-ona e dimetilsulfóxido (DMSO) frente às cepas bacterianas Bactérias CIM (µg/ml) DMSO Base Escherichia coli ATCC 1873 128 128 Klebsiella pneumoniae ATCC 4362 128 128 Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442 128 128 Staphylococcus aureus ATCC 25923 128 128 3

Tabela 2: Concentração inibitória mínima (CIM) da Base de (4E)-4-(4- metoxibenzilidenoamino)-1,2-dihidro-2,3-dimetil-1-fenilpirazol-5-ona e dimetilsulfóxido (DMSO) frente às cepas fúngicas Fungos CIM (µg/ml) DMSO Base Candida albicans 40006 128 128 Candida krusei 6258 128 128 Candida tropicalis 40042 128 128 Tabela 3: Concentração inibitória mínima (CIM) dos antibióticos (µg/ml) na presença de 16 µg/ml da Base de (4E)-4-(4-metoxibenzilidenoamino)-1,2-dihidro-2,3-dimetil-1-fenilpirazol-5-ona ou DMSO frente às bactérias Escherichia coli 27 (EC27), Staphylococcus aureus 358 (SA358) e Pseudomonas aeruginosa 03 (PA03) Antibióticos EC 27 SA358 PA03 Controle Base DMS Controle Base DMS Controle Base DMSO O O Amicacina 39,06 39,06 78,12 78,12 78,12 78,12 78,12 156,25 156,25 Gentamicina 39,06 9,76 9,76 9,76 9,76 4,88 39,06 19,53 39,06 Neomicina 156,25 312,50 156,25 156,25 156,25 156,25 625,00 625,00 312,50 Tabela 4: Concentração inibitória mínima (CIM) dos antifúngicos (µg/ml) na presença de 16 µg/ml da Base de (4E)-4-(4-metoxibenzilidenoamino)-1,2-dihidro-2,3-dimetil-1-fenilpirazol-5-ona ou DMSO frente aos fungos Candida albicans 40006 (CA), C. tropicalis 4004 (CT) e C. krusei 6258 (CK) Antifúngicos CA CT CK Controle Base DMS Controle Base DMSO Controle Base DMSO O Anfotericina B 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 Benzoilmetronidazol 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 Mebendazol 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 Nistatina 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 1.024 Conclusões A Base de (4E)-4-(4-metoxibenzilidenoamino)-1,2-dihidro-2,3-dimetil-1- fenilpirazol-5-ona avaliada não é promissora para o uso como adjuvante no tratamento de infecções causadas por Pseudomonas aeruginosa 03, Staphylococcus aureus 358, Candida albicans 40006, C. krusei 6258 e C. tropicalis 40042. Já para a inibição do crescimento de Escherichia coli 27 o composto teve efeito quando associado a gentamicina, mas a atividade antimicrobiana teve influência do solvente dimetilsulfóxido.

Referências Bibliográficas CAVALEIRO, C.; PINTO, E.; GONÇALVES, M. J.; SALGUEIRO, L. Antifungal activity of Juniperus essential oils against dermatophyte, Aspergillus and Candida strains. Journal of Applied Microbiology, v. 100, p. 1333 1338, 2006. COUTINHO, H. D. M.; COSTA, J. G.; LIMA, E. O.; FALCÃO-SILVA, V. S.; SIQUEIRA- JÚNIOR, J. P. Enhancement of the antibiotic activity against a multiresistant Escherichia coli by Mentha arvensis L. and chlorpromazine. Chemotherapy, v. 54, p. 328-330, 2008. FONTENELLE, R. O. S.; MORAIS, S. M.; BRITO, E. H. S.; BRILHANTE, R. S. N.; CORDEIRO, R. A.; NASCIMENTO, N. R. F.; KERNTOPF, M. R.; SIDRIM, J. J. C.; ROCHA, M. F. G. Antifungal activity of essential oils of Croton species from the Brazilian Caatinga biome. Journal of Applied Microbiology, v. 104, p. 1383-1390, 2008. GIORDANI, R.; TREBAUX, J.; MASI, M.; REGLI, P. Enhanced antifungal activity of ketoconazole by Euphorbia characias latex against Candida albicans. Journal of Ethnopharmacology, v.78, p. 1 5, 2001. HARRIS, R. Progress with superficial mycoses using essential oils. International Journal of Aromatherapy, v. 12, p. 83 91, 2002. JAVADPOUR, M. M.; JUBAN, M. M.; LO, W.C.; BISHOP, S. M.; ALBERTY, J. B.; COWELL, S. M.; BECKER, C. L.; MCLAUGHLIN, M. L. De novo antimicrobial peptides with low mammalian cell toxicity. Journal of Medicinal Chemistry, v. 39, p. 3107 3113, 1996. KUMAR, S.; DHAR, D. N.; SAXENA, P. N. Applications of metal complexes of bases- A review. Journal of Scientific & Industrial Research, v. 68, p. 181-187, mar. 2009. MATIAS, E. F. F.; SANTOS, K. K. A.; ALMEIDA, T. S.; COSTA, J. G. M.; COUTINHO, H. D. M. Phytochemical prospection and modulation of aminoglycoside antibiotic activity by Croton campestris A. Chemotherapy, v. 57, p. 305-309, july. 2011. PALOMINO, J. C.; MARTIN, A.; CAMACHO, M.; GUERRA, H.; SWINGS, J.; PORTAELS, F. Resazurin microtiter assay plate: simlpe and unexpensive method for detection of drug resistance in Mycobacterium tuberculosis. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, v.46, n.8, p.2720-2722, 2002. PRZYBYLSKI,P.; HUCZYNSKI, A.; PYTA, K.; BRZEZINSKI, B.; BARTL, F. Biological properties of schiff bases and azo derivatives of phenols. Current Organic Chemistry, v. 13, p. 124 48, 2009. SILVA, C. M.; SILVA, D. L.; MODOLO, L. V.; ALVES, R. B.; RESENDE, M. A.; MARTINS, C. V. B.; FÁTIMA, A. bases:a short review of their antimicrobial activies. Journal of Advanced Research, v. 2, p. 1-8, 2011. 5