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Transcrição:

Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 20 nº 231 Julho 2014 Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP DEMANDA DESAQUECIDA POR DERIVADOS PRESSIONA VALOR AO PRODUTOR O preço do leite pago ao produtor (líquido sem frete nem impostos) em junho/14 teve queda de 0,73% frente ao mês anterior (em termos reais), fechando a R$ 1,0128/litro na média Brasil média ponderada pelo volume captado em maio nos estados de BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP de acordo com pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. O preço bruto (inclui frete e impostos) fechou a R$ 1,0984/litro, redução de 0,56% em relação à média de maio/14. O cenário baixista, que já era esperado pelo setor, é reflexo do desaquecimento do mercado de derivados em maio e da produção de leite praticamente estável em junho. De acordo com colaboradores do Cepea, o atraso na chegada do frio, o menor crescimento da economia e os altos patamares dos derivados influenciaram na redução do consumo de produtos lácteos. em razão da seca que tem se prolongado desde o início do ano. De acordo com colaboradores do Cepea, as pastagens estão bastante prejudicadas e a produção de silagem, que é utilizada na alimentação dos animais, também foi significativamente afetada. Assim, para julho, a expectativa de representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea é de estabilidade nos preços. Entre os compradores entrevistados, 58,3%, que representam 56,3% do leite amostrado, acreditam que os preços ficarão no mesmo patamar e 25% (que representam 35,9% do volume captado) indicam que haverá nova queda. Os demais, 16,7% (7,8% do volume), esperam alta dos preços. Em relação aos derivados, as cotações registraram alta neste mês, com a recuperação de parte da liquidez, que foi menor em maio. Na média mensal do atacado paulista, o leite UHT e o queijo muçarela tiveram valorização de 4,79% e 0,56% frente a maio/14. O leite UHT teve média de R$ 2,227/litro em junho, e o queijo muçarela, de R$ 12,80/kg (até ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - MAIO/13. (Base 100=Junho/2004) Dentre os estados acompanhados pelo Cepea na média Brasil, Minas Gerais e Goiás registraram quedas significativas de 2,03% e 3,53%, respectivamente, nos preços líquidos médios pagos ao produtor. Os demais estados (BA, PR, SC, SP e RS), por outro lado, tiveram elevações, puxados principalmente pela menor oferta no campo. O Índice de Captação do Leite (ICAP-L) ficou praticamente estável em maio, com ligeira queda de 0,05%, considerando-se os sete estados que compõem a média Brasil (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP). Devido ao início do fornecimento de forragens de inverno para os animais no Sul, a captação nos estados de SC e RS subiu 3,85% e 1,93%, respectivamente. A exceção foi o Paraná, que registrou queda de 2,03%. Da mesma forma, houve redução na aquisição de leite nas demais regiões acompanhadas pelo Cepea, de 5,73% na BA, 2,18% em SP e 0,17% em MG. Em Goiás, por outro lado, a captação teve ligeira alta de 0,29%. Considerando-se o acumulado de janeiro a maio de 2014, na média Brasil, a captação aumentou expressivos 14,2% em relação aos mesmos períodos de 2013. As expectativas para os próximos meses são de aumento da produção no Sul devido ao início da safra. Por outro lado, é esperada redução significativa nas regiões central e Sudeste do País, CUSTOS pág. 04 Alta do leite superior à dos custos permite relação de troca favorável no 1º sem Embarques do primeiro semestre já superam todo o volume exportado em 2013 SP: Preço do UHT sobe quase 5% em junho, enquanto muçarela segue praticamente estável NACIONAL: Cotações de derivados registram comportamento atípico em maio MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA

o dia 27). De acordo com colaboradores do Cepea, o mercado dos derivados esteve um pouco mais aquecido em junho devido ao escoamento dos estoques, à produção relativamente estável no campo e à dificuldade do transporte do leite do Sul em razão das chuvas ocorridas nessa região. Além disso, a demanda por produtos lácteos esteve mais aquecida com as temperaturas mais amenas. Esta pesquisa de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL). JUNHO /14 MAIO /14 Sul / Sudoeste de Minas 1,1246 1,1736 1,1308 1,1689 1,1005 1,1566 1,2039 1,2047 1,3031 1,2039 1,1915 1,1420 1,1807 1,2252 1,1804 1,2611 1,0625 1,3204 1,3759 1,0147 1,1958 1,2157 1,1933 1,1723 1,0351 1,2188 1,1479 1,1759 0,9065 0,8558 0,9035 0,9022 0,8351 0,8979 1,1088 1,1067 0,7232 1,0516 1,0507 0,9184 1,0748 1,0543 0,9988 1,0569 0,8344 0,9367 0,8248 0,9022 0,9461 1,0178 0,8940 0,9299 0,9465 1,0995 1,0063 0,9557 1,0438 1,0785 1,0438 1,0779 1,0197 1,0685 1,1855 1,1466 1,0473 1,1269 1,1279 1,0254 1,1562 1,1578 1,1194 1,1924 0,9813 1,2107 1,1225 0,9754 1,1053 1,1509 1,1285 1,1070 0,9887 1,1673 1,0895 1,0984 1,0383 1,0668 1,0456 1,0908 0,9834 1,0732 1,1239 1,1222 1,1755 1,1066 1,1008 1,0645 1,0861 1,1528 1,0992 1,1805 0,9938 1,2175 1,2655 0,9426 1,1131 1,1315 1,1117 1,0836 0,9642 1,1326 1,0774 1,0915 0,8250 0,7563 0,8233 0,8263 0,7240 0,8172 1,0309 1,0264 0,6086 0,9578 0,9630 0,8461 0,9825 0,9850 0,9217 0,9708 0,7649 0,8425 0,7267 0,8319 0,8644 0,9111 0,8301 0,8453 0,8744 1,0160 0,9379 0,8743 0,9594 0,9739 0,9606 0,9980 0,9044 0,9839 1,1059 1,0654 0,9254 1,0314 1,0384 0,9506 1,0621 1,0865 1,0394 1,1064 0,9090 1,1103 1,0177 0,9033 1,0220 1,0536 1,0332 1,0073 0,9167 1,0823 1,0195 1,0128 Jun/Mai 0,73% 0,04% 0,62% 0,37% -1,37% 0,52% 1,79% 3,85% 0,91% 1,31% 2,06% 0,20% 0,35% -2,22% 0,84% -2,78% -4,87% -2,15% -4,50% -1,18% -1,66% -1,46% -4,59% -3,12% 3,34% 1,09% 1,54% -0,56% Jun/Mai 1,00% 0,04% 0,77% 0,32% -1,55% 0,60% 0,82% 3,96% 0,66% 2,16% 2,15% 0,37% 0,33% -2,27% 0,76% -2,98% -5,94% -2,46% -4,89% -1,13% -2,03% -1,56% -5,22% -3,53% 3,67% 0,34% 1,21% -0,73% 1,2261 1,2177 1,1467 1,0555 1,2082 1,1548 1,1520 1,1237 1,2632 1,0057 1,1603 1,1189 1,0383 1,1457 1,0405 0,8100 0,8694 0,8360 1,0429 0,9335 0,9948 0,8700 0,9931 0,9202 1,1319 1,1898 1,0991 1,0116 1,0715 1,0401 1,0970 1,0319 1,1897 0,9529 1,0543 1,0339 1,1831 1,1448 1,0924 0,9868 1,0921 1,0457 1,0529 1,0350 1,1860 0,9485 1,0720 1,0402 0,9995 1,0744 0,9886 0,7093 0,7609 0,7226 0,9464 0,8492 0,9237 0,8160 0,9086 0,8447 1,0910 1,1175 1,0459 0,8953 0,9585 0,9187 0,9992 0,9453 1,1142 0,8970 0,9685 0,9564 6,39% 2,17% 1,66% 2,98% 2,21% 2,39% -0,93% 0,39% 2,39% -2,33% 1,47% 0,39% 7,62% 2,17% 1,96% 3,22% 2,59% 2,71% -0,74% 0,95% 3,02% -0,59% 2,57% 0,85% Equipe Leite: Daniel M. Velazco Bedoya - Pesquisador Projeto Leite Isadora Vieira, Marianne Tufani Batista, Natália Salaro Grigol, Pedro Silvestre de Lima e Vitória Guereschi Lucas Equipe Grãos: Lucilio Alves - Pesquisador Projeto Grãos Amanda G. Grippa, Ana Amélia Zinsly, Débora Kelen P. da Silva, Deise Soares de Souza, Raquel Rizziolli e Thais Bragion Bertoloti Daniel M. Velazco Bedoya Pesquisador Projeto Leite Flávia Romanelli - Mtb: 27540

ALTA DO LEITE SUPERIOR À DOS CUSTOS PERMITE RELAÇÃO DE TROCA FAVORÁVEL NO 1º SEM Por Pedro de Lima, graduando em Eng. Agronômica O poder aquisitivo do produtor de leite do estado de São Paulo esteve relativamente maior no primeiro semestre de 2014 quando comparado ao mesmo período de 2013, devido à alta no preço do leite superior aos custos. No primeiro semestre deste ano, o preço pago ao produtor subiu 6,9%, enquanto o Custo Operacional Efetivo (COE) teve alta de 1,9% e o Custo Operacional Total (COT), de 2,6%. A alta nos custos de produção no período esteve atrelada aos maiores valores dos concentrados, do sal mineral em decorrência da forte demanda por conta da seca prolongada no Sudeste, de alguns adubos e da mão de obra. Com a valorização do leite superando o aumento dos custos, a relação de troca de leite por alguns insumos ficou mais favorável ao produtor. Considerando-se as médias do primeiro semestre de 2014 e a do mesmo período de 2013, o poder de compra do pecuarista de leite paulista subiu 7,06% frente à ureia, 6,84% em relação ao sal mineral 30P e 1,24% frente à mão de obra. Fonte: Cepea/CNA. Já em relação ao concentrado 22% PB, o poder de compra do produtor paulista se reduziu 1,05% no primeiro semestre de 2014 frente ao mesmo período do ano passado. Esta ligeira redução no poder de compra ocorreu por conta da elevação das cotações da saca de milho no início deste ano, que resultaram em alta nos valores dos concentrados. Apesar disso, desde abril, os valores do milho têm caído com força no mercado brasileiro, pressionados pelo clima favorável à segunda safra nacional e também pelas expectativas de elevada oferta nos Estados Unidos. Na média do semestre, o item concentrado representou 38,7% do COE, sendo o grupo de maior representatividade nos custos do pecuarista de leite. 712,4 litros/tonelada 644,6 litros/tonelada 619,7 litros/tonelada 1507,9 litros/tonelada 1267,0 litros/tonelada 1338,2 litros/tonelada 12,5 litros/frasco 50 ml 11,8 litros/frasco 50 ml 12,2 litros/frasco 50 ml (130g de Fósforo) 8,4 litros/frasco 10 ml 8,0 litros/frasco 10 ml 7,9 litros/frasco 10 ml 71,3 litros/sc 25 kg 67,3 litros/sc 25 kg 68,1 litros/sc 25 kg 50,5 litros/litro de herbicida 45,5 litros/litro de herbicida 46,2 litros/litro de herbicida

EMBARQUES DO PRIMEIRO SEMESTRE JÁ SUPERAM TODO O VOLUME EXPORTADO EM 2013 Por Natália Salaro Grigol, analista de mercado da equipe Leite Cepea As exportações de lácteos totalizaram 21,2 milhões de litros em equivalente leite em junho, 37% a menos que em maio, segundo dados da Secex. A queda se deve ao recuo de 55% nas vendas de leite em pó, principal derivado da pauta de exportações, e às reduções nos embarques de queijos, manteiga, iogurtes e creme de leite. Contudo, as exportações de junho ainda superaram em 154,5% as de junho de 2013 e, no acumulado do primeiro semestre de 2014, as vendas de lácteos mais que triplicaram em relação ao mesmo período do ano passado. O volume embarcado de janeiro a junho de 2014 já supera em 61% o total exportado de janeiro a dezembro de 2013. (Figura 1). Embora os embarques de leite em pó tenham recuado nos últimos dois meses, este derivado foi o principal responsável pelo forte impulso nas exportações no primeiro semestre de 2014. No acumulado de janeiro a junho deste ano, foram vendidos 172 milhões de litros em equivalente leite deste derivado, contra 13 milhões de litros no mesmo período do ano passado. As cotações do leite em pó brasileiro negociado no mercado internacional vêm subindo desde o início deste ano. Em junho, o valor médio do derivado teve alta de 1,9% frente ao de maio, indo para US$ 5,50/kg, segundo o Índice de Preços de Exportação de Lácteos do Cepea (IPE-L). Este valor é bastante superior frente ao de produtos estrangeiros (Tabela 1). Em relação às importações de lácteos, de maio para junho, houve recuo de 5%, principalmente pela redução de 18% nas aquisições de queijos. O total importado em junho foi 13% inferior ao do mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a junho de 2014, as importações brasileiras de lácteos recuaram 35% frente ao mesmo período de 2013, por conta das menores aquisições de leite fluido, manteiga, queijos e leite em pó. Para o leite em pó, especificamente, o volume importado permaneceu estável de maio para junho. As compras da Argentina se elevaram em 6% nesse período, enquanto as uruguaias recuaram 45%. O maior fornecedor de leite em pó em junho foi o Chile em um mês, o país vendeu ao Brasil quantidade equivalente ao total fornecido pelo Chile nos últimos sete meses. O preço do leite em pó importado pelo Brasil caiu 3,6%, com a média a US$ 4,79/kg em junho. PREÇOS INTERNACIONAIS As chuvas recentes na Nova Zelândia têm favorecido o crescimento das pastagens, e os produtores estão ansiosos para um bom início da temporada 2014/15. Contudo, a expectativa é de que os preços pagos ao produtor no início da temporada sejam menores que os praticados ao longo desta safra, mas ainda superiores aos de anos anteriores. Já na Europa Ocidental, a produção de leite já demonstrou tendência de queda sazonal, mas a produção atual ainda está superior à do ano passado. No geral, as negociações estiveram desaquecidas em junho, devido ao feriado do Ramadã nos países do Oriente Médio e à menor demanda chinesa. Por isso, segundo o USDA, os preços do leite em pó no mercado internacional continuaram em queda em junho (Tabela 1). IPE-L/Cepea Em junho, o Índice de Preços de Exportação de Lácteos do Cepea (IPE-L) registrou média de US$ 4,31 /kg, forte recuo de 12% frente a maio. Em Reais, a média foi de R$ 9,63/kg, baixa de 11,5%. A queda do IPE-L está relacionada aos menores volumes embarcados neste mês. Em maio, o peso do leite em pó no Índice foi de 73%, enquanto que, em junho, caiu para 50,6%. Os preços dos queijos e dos iogurtes recuaram 0,8% e 67%, respectivamente, influenciando a queda do Índice. Já as cotações de leite condensado, manteiga, doce de leite e soro de leite registraram altas de 4,3%, 3,8%, 22,2% e 23,7%, na sequência.. Figura 1. Exportações e importações de lácteos (em equivalente leite) no acumulado janeiro a junho de 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014. US$ 3.950 US$ 4.500 Tabela 1-2014 2013 2014 2013 US$ 4.850 US$ 4.763-19% -6% US$ 3.868 US$ 3.868 US$ 4.375 US$ 4.125-12% -6% Os dados se referem à média entre 01 e 28 de junho de 2014; para 2013, foi considerado período semelhante. 21.220 12.135 5.887 1.691 Tabela 2 - Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹ - (%) Participação no total exp. em Jun/13- (%) 716 1116% 4% Total de janeiro a junho/14 frente ao mesmo período de 2013: 263% Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litros. ² 60.478 46.913 13.371 17,4 2.760-37% -55% 75% -35% - 57% 28% 8% 154,5% 744% Tabela 3 - Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹ - (%) Participação no total imp. em Jun/13- (%) -5% 0% -18% 1609% Total de janeiro a junho/14 frente ao mesmo período de 2013: -35% 7% - 77,6% 22,1% Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litro. 0% - 26% -5% 83% -19% -13% -30% -99% 64%

SP: PREÇO DO UHT SOBE QUASE 5% EM JUNHO, ENQUANTO MUÇARELA SEGUE PRATICAMENTE ESTÁVEL Por Vitória Guereschi Lucas, graduanda em Gestão Ambiental Em junho, o leite UHT foi negociado no atacado paulista a R$ 2,23/litro (inclui frete e impostos), em média, aumento de 4,89% em relação ao mês anterior. Apesar disso, a média de junho esteve 4,37% menor na comparação com o mesmo mês de 2013, em termos reais (IPCA de junho/14). Essa pesquisa é realizada pelo Cepea com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) e da CBCL (Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios). Quanto ao queijo muçarela, os preços também subiram no atacado paulista de maio para junho, mas com menor intensidade. A média de junho foi 0,6% superior à de maio/14, mas 2,71% inferior (em termos reais) na comparação com junho do ano passado, com o produto negociado a R$ 12,81/kg na média do mês (inclui frete e impostos). O mercado de derivados pôde ser dividido em dois cenários distintos em junho. Na primeira quinzena do mês, a demanda esteve aquecida, devido aos preços mais baixos observados em maio/14, elevando as cotações do UHT ao longo de junho. Já na segunda metade do período, os valores estiveram praticamente estáveis, com ligeiras quedas. Muitos agentes escoaram seus estoques, elevando a oferta frente à demanda. Tabela 1. Preços médios do leite UHT e muçarela praticados em maio no atacado paulista. em Jun/13 R$ 2,23/litro R$ 12,81/kg 4,89% 0,60% -4,37% -2,71% Fonte: Cepea OCB/CBCL. Nota: Variação em termos nominais, ou seja, sem considerar a inflação do período. Figura: Comparação dos preços do leite UHT e da muçarela no atacado paulista (valores nominais). Colaboradores do Cepea afirmam que, mesmo com a redução na captação de leite devido ao período de entressafra, a demanda esteve reduzida e não foi suficiente para suprir as expectativas de vendas dos derivados em junho. Este cenário é diferente do observado no ano passado, quando muitos players estavam com baixos estoques e a demanda estava bastante aquecida. Além disso, agentes afirmam que a Copa do Mundo prejudicou os negócios envolvendo derivados, visto que reduziu os horários de expediente nos dias de jogos do Brasil. Houve a preferência de compra dos consumidores por outros produtos, como carne e bebidas. Concomitantemente, a demanda também se reduziu em razão das férias escolares. NACIONAL: COTAÇÕES DE DERIVADOS REGISTRAM COMPORTAMENTO ATÍPICO EM MAIO Por Isadora Trouva Vieira, graduanda em Ciências Econômicas Em anos anteriores, era comum a valorização dos derivados lácteos em maio, por conta do início da entressafra e do clima mais seco. Neste ano, porém, houve ligeiras quedas nos preços na maioria dos estados consultados pelo Cepea. Apenas no Rio Grande do Sul que os valores de praticamente todos os derivados subiram. Em Goiás, por outro lado, as cotações de quase todos os derivados tiveram queda, com exceção da do leite UHT, que teve aumento de 0,7%. Considerando-se a média nacional, calculada pelo Cepea com base em dados coletados em GO, MG, PR, RS e SP, o leite UHT e o queijo prato tiveram desvalorizações de 1% e 3%, respectivamente, enquanto os preços dos outros derivados ficaram estáveis. As indústrias/cooperativas, devido à maior captação de leite no início deste ano e à demanda pouco aquecida, estavam com estoques elevados. Assim, para estimular a venda de derivados, esses agentes reduziram ligeiramente os valores. Além disso, de modo geral, as vendas devem continuar em ritmo lento, por conta das férias escolares e do frio menos intenso neste ano. Preços médios dos derivados praticados em MAIO e as variações em relação ao mês anterior 1,67 2,04 14,99 13,43 12,70 14,32-4,0% 0,7% -0,9% -0,6% -1,6% -1,0% 1,59 1,90 16,32 14,47 13,35 14,63-2,3% -5,1% -3,6% -2,8% 2,2% -0,7% 1,60 1,93 14,43 12,86 13,00 13,47 3,4% -2,1% -7,6% 1,2% 0,0% -0,2% 1,64 2,10 14,80 11,30 11,30 14,75 3,3% 1,1% 0,7% -0,1% 1,8% 3,1% 1,80 2,07 15,98 13,12 12,63 14,03 0,6% -1,6% -1,1% 1,5% -0,7% -2,6% 1,66 2,01 15,30 14,11 12,60 14,24 0,1% -1,4% -2,6% -0,2% 0,3% -0,3% Fonte: Cepea/ESALQ-USP

COMPETITIVIDADE DO LEITE EM PÓ ARGENTINO E URUGUAIO PREOCUPA PRODUTOR BRASILEIRO Por Isadora Trouva Vieira, graduanda em Ciências Econômicas O derivado mais adquirido pelo Brasil neste ano continua sendo o leite em pó. No primeiro semestre de 2014, as compras deste derivado corresponderam a 68% do total de lácteos importado pelo País, segundo dados da Secex. Mais de 90% das aquisições do leite em pó vêm da Argentina e do Uruguai que, por também serem membros do Mercosul, negociam o leite em pó livre de barreiras tarifárias e não tarifárias com o Brasil. Assim, ao mesmo tempo em que o acordo facilita o abastecimento do mercado brasileiro, também possibilita a entrada de leite em pó mais competitivo que o nacional. Esse cenário, por sua vez, preocupa produtores brasileiros. cota foi em outubro de 2010 (3,3 mil toneladas) em junho/2014, as importações naquele país totalizaram 2,5 mil toneladas. A redução nos volumes importados está atrelada à crise econômica na Argentina e à política de limitar as exportações, na tentativa de combater a inflação. A maior competitividade do leite em pó estrangeiro desestimula produtores nacionais. Nesse sentido, além de cotas, ainda seriam necessários dar estímulos ao produtor para melhorar a tecnologia e a gestão da propriedade para, consequentemente, reduzir os custos por litro de leite produzido e elevar a competitividade. Da mesma forma, a produção do leite em pó deve ser incentivada e otimizada, visando diminuir o impacto das importações sobre o mercado doméstico brasileiro. Figura 1. Preços do leite em pó integral importado e nacional, em R$/kg. Em maio, o leite em pó importado chegou ao País com média de R$ 11,03/kg, de acordo com dados da Secex. Já o produto nacional teve média de R$ 14,24/kg no mesmo mês, segundo pesquisa de derivados do Cepea (Figura 1), diferença de 3,21 reais por quilo. É preciso considerar que os preços do leite ao produtor na Argentina e no Uruguai também são inferiores aos registrados no Brasil. Na Argentina, o preço do leite pago ao produtor teve média de US$ 0,3700/l em maio, segundo dados do Ministério de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina. No Uruguai, a média foi de US$ 0,4622/l, de acordo com informações do Instituto Nacional do Leite (Inale). Já no Brasil, dados do Cepea mostram que a média nacional (que considera os estados de GO, MG, RS, SP, PR, BA e SC) foi de R$ 1,1046/litro em maio ou de US$ 0,4972/l (Figura 2). Figura 2. Preço do Leite ao Produtor na Argentina, Uruguai e Brasil em US$/L Ainda que haja, desde 2009, cotas para a importação de leite em pó argentino, as aquisições do Uruguai não seguem tal política. Além do leite de qualidade, o Uruguai tem baixo custo produção e a produção pode crescer 4% em 2014. Assim, o contínuo aumento das vendas de leite em pó ao Brasil tem feito com que o setor lácteo brasileiro reivindique medidas de cotas ao produto uruguaio semelhante à cota da argentina, mas ainda sem sucesso. Vale lembrar que, desde 2013, as compras de leite em pó argentino podem atingir até 3,6 mil toneladas ao mês. No entanto, a última vez que as compras deste produto chegaram próximas à

MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA Ana Amélia Zinsly Trevizam e Débora Kelen Pereira da Silva MILHO: Preços são os menores do ano em algumas regiões A expectativa de oferta de segunda safra de milho no Brasil superior à esperada inicialmente segue pressionando as cotações internas do cereal. No mercado disponível, os preços já são os menores do ano em algumas regiões e, em praças de Mato Grosso, estão abaixo do mínimo governamental. Mesmo com o consumo aquecido, uma possível sustentação dos valores depende de maiores volumes de exportação, o que reduziria o excedente doméstico. Porém, os embarques nacionais seguem lentos e a concorrência do cereal dos Estados Unidos tende a aumentar a partir do último trimestre de 2014. N o a cu mulado d e ju n h o, o I n d ic a d o r ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), caiu 9,2%, fechando a R$ 25,16/saca de 60 kg no dia 30. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 24,66/sc de 60 kg no dia 30, também com retração de 9,2% em junho. Quanto às exportações, segundo dados da Secex, totalizaram 87,6 mil toneladas em junho, volume 68,3% inferior ao do mesmo período de 2013. Para atingir a quantidade de exportação indicada pela Conab em 2014, de 20 milhões de toneladas, é preciso que os embarques registrem média mensal de 2,8 milhões de toneladas até o final deste ano. No entanto, no acumulado de fevereiro a junho, foram exportadas apenas 2,4 milhões de toneladas de milho. FARELO DE SOJA: Cotações recuam com maior oferta Os preços de farelo de soja recuaram nos mercados interno e externo em junho. A queda esteve atrelada à maior oferta de oleaginosa no Brasil, à possível safra recorde nos Estados Unidos e à finalização da temporada na Argentina. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços do farelo de soja registraram o menor patamar do ano. Em junho, o farelo de soja se desvalorizou 3,4%. A Abiove espera que a maior parte do farelo de soja doméstico seja destinada ao mercado interno a demanda brasileira de farelo superaria a exportação pela primeira vez na história. Mesmo assim, a demanda para exportação esteve aquecida em junho e o Brasil embarcou o maior volume em quase três anos, de 1,68 milhão de toneladas, 18,4% acima de maio/14 e 32,8% a mais que em junho/13. A receita gerada somou US$ 918,2 milhões, a maior da história. No primeiro semestre do ano, o País embarcou 6,57 milhões de toneladas de farelo de soja, 13,1% acima do mesmo período de 2013. Em termos mundiais, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ajustou positivamente as transações do farelo de soja, com a demanda mais forte para o México e Filipinas. O comércio mundial também foi reajustado positivamente, com maiores exportações dos Estados Unidos. SP 2014 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho 26,83 30,62 32,84 31,18 28,75 26,38 1.123,98 1.108,08 1.091,89 1.044,33 1.037,90 994,63 Para receber o Boletim do Leite digital, encaminhe-nos um e-mail para leicepea@usp.br com os seguintes dados: nome, e-mail, endereço completo e telefone