INFLUÊNCIA DO TIPO DE PAVIMENTO NA SECAGEM DE CLONES DE CAFÉ (Coffea canephora Pierre) EM TERREIROS DE CONCRETO E CHÃO BATIDO



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171 ISSN 1517-8595 INFLUÊNCIA DO TIPO DE PAVIMENTO NA SECAGEM DE CLONES DE CAFÉ (Coffea canephora Pierre) EM TERREIROS DE CONCRETO E CHÃO BATIDO Osvaldo Resende 1, Renan Vieira Arcanjo 2, Valdiney Cambuy Siqueira 3, Silvestre Rodrigues 4, Adrieli Nagila Kester 5, Poliana Perrut de Lima 5 RESUMO Analisar a influência do tipo de pavimento na secagem de clones do café da espécie Coffea Canephora, bem como a sua interferência nos aspectos físicos da classificação do produto foram os objetivos que motivaram a realização do presente trabalho. Foram utilizados frutos de café dos clones: Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro180, colhidos com os teores de água iniciais de 1,20; 1,32; 1,51 e 1,46 (decimal b.s.), respectivamente. A secagem prosseguiu nos terreiros de concreto e chão batido até que o produto atingisse o teor de água de aproximadamente 0,11±0,01 (decimal b.s.). Os dados de temperatura e umidade relativa do ar de secagem foram obtidos por meio de uma estação climatológica e a temperatura da massa de café foi monitorada diariamente, por meio de sonda termométrica. Após a secagem e o beneficiamento do café, realizou-se a classificação por tipo e a classificação por peneira. Conclui-se que o terreiro de concreto apresentou maior eficiência na secagem do café Coffea Canephora comparativamente ao terreiro de chão batido e que não foi possível identificar interferência direta dos tipos de pavimento na classificação do café por tipo e peneira. Os clones de café Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180 apresentaram características de secagem semelhantes. Palavras-chave: café, clones, teor de água, terreiros, qualidade INFLUENCE OF PAVEMENT TYPE IN COFFEE BERRY CLONES DRYING (Coffea canephora Pierre) IN CONCRETE AND GROUND YARDS ABSTRACT The objective of this work were to examine the influence of pavement type in coffee berry clones drying Coffea Canephora species and check the interference in physical aspects of the product classification. Have been used coffee berry of clones: Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 and Cpafro 180, harvested at moisture content of 1.20; 1.32; 1.51 e 1.46 (decimal d.b.), respectively. The drying continued in ground and concrete pavement until achieved the moisture content of 0.11±0,01 (decimal d.b.). The drying air temperature and relative humidity data were obtained through a climatic station and the coffee mass temperature was monitored daily, through thermocouple. After coffee berry drying and beneficiary, was executed the classification by type and sieve. It was concluded that the concrete yard showed greater efficiency in Coffea Canephora drying compared to ground yard and that it was not possible to identify the pavement types interference in coffee berry classification by type and sieve. The coffee berry clones Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 and Cpafro 180 had similar drying characteristics. Keywords: coffee berry, clones, moisture content, yards, quality Protocolo 997 de 27/10/2006 1 Engº Agrícola, Prof. Dr. CEFETRV, Rodovia Sul Goiana, km 1, Zona Rural Rio Verde, GO, CEP: 75.901-970, email: osvresende@yahoo.com.br 2 Estudante de graduação, Bolsista de Iniciação Científica CNPq, UNIR, Rolim de Moura, RO, Av. Norte-Sul, 7300, saída para Cacoal, Bairro Nova Morada, CEP: 78987-000, email: renan_v_arcanjo@hotmail.com. 3 Estudante de graduação, Voluntário de Iniciação Científica UNIR, Rolim de Moura, RO, Av. Norte-Sul, 7300, saída para Cacoal, Bairro Nova Morada, CEP: 78987-000, email: v.cambuy@hotmail.com. 4 Engº Agrícola, Prof. Adjunto, Departamento de Agronomia, UNIR, Rolim de Moura, RO, Av. Norte-Sul, 7300, saída para Cacoal, Bairro Nova Morada, CEP: 78987-000, email: silvestrerod@yahoo.com.br. 5 Estudante de Graduação Departamento de Agronomia, UNIR, Rolim de Moura, RO, Av. Norte-Sul, 7300, saída para Cacoal, Bairro Nova Morada, CEP: 78987-000.

172 Influência do tipo de pavimento na secagem de clones de café em terreiros de concreto e chão batido Resende et al. INTRODUÇÃO A cafeicultura é uma importante atividade agrícola desenvolvida no Brasil, que é historicamente, líder mundial da produção de café, sendo atualmente o segundo produto na pauta das exportações agrícolas brasileiras. O Estado de Rondônia é o sexto produtor de café do país, apresentando na safra de 2006/2007, a produção de 1.263.000 sacas, que representa 3% da produção nacional, com produtividade média de 7,8 sacas por hectare. Considerando apenas a espécie de café cultivada em Rondônia (Coffea Canephora Pierre), o estado é o segundo maior produtor sendo responsável por 13,3% da produção brasileira, superado apenas pelo Espírito Santo com 72,5% (Conab, 2007). A produção do Estado se caracteriza pelo baixo nível tecnológico utilizado na condução da lavoura. Segundo Oliveira & Veneziano (2001), a cultura do café em Rondônia pode ser caracterizada por dois sistemas produtivos principais: cafeicultura tradicional - ocorre sem adubação e desbrota das plantas, sendo o café plantado no espaçamento 4 x 1 m em área de pastagem e a secagem do produto realizada em carreadores, dentro da própria lavoura; cafeicultura adubada - o café é plantado no espaçamento 3 x 1,5 m e conduzido com três hastes, realiza-se a adubação de plantio (adubo mineral e matéria orgânica) e em cobertura (adubo mineral e adubação foliar) e a secagem é conduzida em terreiro de concreto. Em ambos os sistemas a colheita ocorre sobre o pano. Assim, as práticas culturais e de manejo como adubação, desbrota e os cuidados durante a colheita e pós-colheita visando a manutenção da qualidade dos grãos, ainda são técnicas incipientes na região e pouco difundidas entre os produtores. O café recém-colhido, por ser um produto que apresenta certas peculiaridades, tais como alto teor de água, aproximadamente 60% (b.u.), e desuniformidade em relação à maturação, difere dos demais grãos cultivados em larga escala, necessitando, portanto, de um método de secagem específico. Assim, a secagem é uma etapa de fundamental importância na fase pós-colheita do café e deve ser iniciada logo após a colheita para reduzir, rapidamente, o alto teor de água da casca, polpa e mucilagem e evitar as fermentações que podem prejudicar a qualidade do café. A secagem do café pode ser realizada de diferentes formas: em terreiros, mecanicamente utilizando secadores, ou ainda, de forma mista combinando secagem em terreiros e secadores. Na secagem em terreiros, ou com ar natural, o produto é retirado da planta e depositado em um pátio previamente preparado, denominado terreiro, sendo a energia utilizada para remoção do teor de água a radiação solar. A secagem em terreiros é possível quando da ocorrência da baixa umidade relativa do ar e pouca nebulosidade existente em diversas regiões do Brasil durante o período de colheita. A principal vantagem desse método é a economia de energia, porém apresenta o inconveniente de exigir extensas áreas e depender dos fatores climáticos, que, sendo desfavoráveis, retardam o processo favorecendo a ocorrência de fermentações indesejáveis, comprometendo a qualidade do produto (Campos, 1998; Silva & Berbert, 1999). No Brasil ainda é predominante a secagem de café em terreiros, os quais podem ser construídos de concreto, asfalto, tijolos, chão batido, leito suspenso e lama asfáltica. O produto é espalhado sobre a superfície e revolvido periodicamente. Quando o café atinge o estádio de meia seca, aproximadamente 30% (b.u.), recomenda-se amontoá-lo e cobri-lo quando as condições não são adequadas para a secagem. A pré-secagem em terreiro tem sido recomendada tecnicamente, até que o café atinja cerca de 30% (b.u.), diminuindo o gasto de energia na secagem mecânica. Entretanto, principalmente os pequenos produtores utilizam a secagem completa nos terreiros (Andrade et al., 2003). Na maioria dos casos, a secagem é feita em camadas finas, com espessura em torno de 5 cm. Conforme a uniformidade de maturação dos grãos, a secagem do café, até os níveis comerciais, tem uma duração que varia de 8 a 20 dias, dependendo das condições climáticas locais. Recentemente têm sido realizados inúmeros trabalhos com o objetivo de estudar a secagem do café em diversas condições. No entanto, a maioria destas investigações são realizadas para descrever a secagem do café da espécie Coffea arábica (Andrade et al., 2003; Reinato et al., 2003a; Reinato et al. 2003b; Ribeiro et al., 2003; Silva et al., 2003; Afonso Júnior et al., 2004; Corrêa et al., 2006; Afonso Júnior et al., 2006; Borém et al., 2006; Lacerda Filho et al., 2006).

Influência do tipo de pavimento na secagem de clones de café em terreiros de concreto e chão batido Resende et al. 173 Gitimu (1995) relata que a secagem do café ao sol tem um efeito positivo na qualidade, e que alguns cuidados especiais devem ser tomados de acordo com os estágios da secagem: a) de 44 a 33% (b.u.), para evitar rachaduras no pergaminho, a secagem deve ocorrer de forma lenta; para isso deve-se cobrir o café durante as horas mais quentes do dia; b) de 32 a 22% (b.u.) a cor final do grão é formada; por isso é recomendado que o café fique exposto à luz solar por um período não menor que dois dias para melhorar a qualidade da cor; a secagem mecânica não deve ser usada nesse estágio e c) de 21 a 12% (b.u.) o café pode ser seco mais rapidamente sem prejuízo na qualidade, inclusive com a utilização de secadores. Durante a comparação entre diferentes materiais de pavimentação de terreiro para a secagem de café na região da Zona da Mata Mineira, Lacerda Filho et al. (2006) verificaram que o terreiro de terra recoberto com esterco verde e o pavimentado com tijolos não permitiram a boa qualidade do produto; por outro lado, os terreiros pavimentados com asfalto e cimento proporcionaram uma maior redução no teor de água dos frutos e foram mais eficientes energeticamente no processo de secagem. De acordo com Andrade et al. (2003) o terreiro de concreto apresentou a maior taxa de redução de água e, conseqüentemente menor tempo de secagem comparativamente aos terreiros de chão batido, lama asfáltica e leito suspenso, durante a secagem dos cafés cereja natural, cereja desmucilado e bóia. Em relação as características de classificação do produto depois do processamento, o café é um produto cujo preço está vinculado a parâmetros qualitativos. Partindo-se do valor obtido por um produto de máxima qualidade, este sofre descontos proporcionais à medida que são reduzidas as características desejáveis quanto ao tipo (Silva & Berbert, 1999). Para o mercado exportador é de fundamental importância que a qualidade do café apresente propriedades organoléptica e químicas desejáveis. Essas propriedades são dependentes da eficiência do pré-processamento ao qual o produto é submetido, sendo o método de secagem utilizado a operação que exerce mais influência (Lacerda Filho et al., 2006). Segundo Vilela & Pereira (1998), o café beneficiado brasileiro tem sua qualidade determinada por três classificações distintas: classificação por tipo, separando-se os defeitos e impurezas; pela prova de xícara, realizada por provadores treinados; por peneira, separando-se uma amostra de grãos por tamanho e formato. Em alguns casos, utiliza-se de uma classificação subjetiva com relação ao aspecto, que visualmente verifica-se a aparência considerando-se o tamanho dos grãos, quantidade de defeitos e impurezas, manchas e descolorações. Para Thomaziello et al. (1999) o café tem sua qualidade determinada por duas fases distintas: classificação por tipo ou defeito e a classificação por qualidade. A classificação do café quanto ao tipo consiste em determinar o número de grãos imperfeitos ou a quantidade de impurezas contida em uma amostra de 300 gramas (Berbert et al.,1999). Esta classificação admite sete tipos de valores decrescentes de 2 a 8 e resultante da apreciação de uma amostra de 300 gramas de café beneficiado. Na classificação pela qualidade, consideram-se: fava (graúda, boa, média e miúda); peneira (chato e moca, cada qual com as suas numerações); aspecto (bom, regular, mau); cor (verde-cana, verde-azulado, amareloclaro, cor-de-palha, chumbado, barrento, etc); seca (boa, regular, má); preparo (terreiro, despolpado); torração (café de terreiro: fina, boa, regular e má); bebida (estritamente mole, mole, apenas mole, duro, riado, rio). Diante o exposto, o objetivo no presente trabalho foi analisar a influência do tipo de pavimento na secagem de clones do café da espécie Coffea Canephora, bem como a sua interferência nos aspectos físicos da classificação do produto. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi desenvolvido no Departamento de Agronomia do Campus da Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Rolim de Moura, RO. Foram utilizados frutos de café (Coffea Canephora Pierre) dos clones: Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro180, procedentes de lavoura situada área experimental de clones da Embrapa em Rolim de Moura, RO. O produto foi colhido, manualmente, pelo sistema de derriça no pano, com os teores de água iniciais de 1,20; 1,32; 1,51 e 1,46 (decimal b.s.) para os clones Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180, respectivamente. Os frutos foram submetidos à secagem em terreiro de concreto e de chão batido, sendo espalhados em camadas de 3 cm de espessura e

Taxa Redução de água (kg kg 174 Influência do tipo de pavimento na secagem de clones de café em terreiros de concreto e chão batido Resende et al. revolvidos periodicamente ao longo do dia. A secagem prosseguiu até que o produto atingisse o teor de água de aproximadamente 0,11±0,01 (decimal b.s.). Os teores de água do produto ao longo da secagem foram acompanhados diariamente e determinados pelo método da estufa, 105±1 C, durante 24 horas, em três repetições (Brasil, 1992). A taxa de redução de água do produto foi calculada de acordo com a expressão descrita por Corrêa et al. (2001): Ma0 Ma TRA i (1) Ms t i - t 0 em que TRA : taxa de redução de água (kg kg -1 h -1 ); Ma 0 : massa de água total anterior (kg); Ma i : massa de água total atual (kg); Ms : matéria seca (kg); t 0 : tempo total de secagem anterior (h); t i : tempo total de secagem atual (h). Após a secagem e o beneficiamento do café, realizou-se a classificação por tipo somando-se o número de defeitos encontrados em 300 g de amostras, onde cada defeito recebeu sua equivalência, conforme a Tabela Oficial Brasileira de Classificação, (Instituto Brasileiro do Café, 1977). A classificação por peneira foi realizada a partir de 300 g de amostra, o café foi classificado segundo as dimensões dos crivos com as peneiras numeradas de 10 a 18 e apresentando o fundo para reter as impurezas menores. Cada classe foi expressa em base percentual. Os dados de temperatura e umidade relativa do ar de secagem foram obtidos por meio de uma estação climatológica de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), situada a 100 m do local de secagem e a temperatura da massa de café foi monitorada diariamente, por meio de sonda termométrica. RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com o monitoramento das condições climáticas, os valores médios da temperatura e da umidade relativa no período de secagem foram de 26,3 ºC e 63,3%, respectivamente. Já a temperatura da massa de grãos, medida diariamente às 14:00 horas, apresentou variação entre 41,1 e 51,1 C para o terreiro de concreto e 31,6 a 41,2 ºC para o terreiro de chão batido, durante o período de secagem e para os quatro clones estudados. Assim, a temperatura do café no terreiro de concreto foi em média 10 ºC superior aquela observada no terreiro de chão batido. Nas Figuras 1 e 2 são apresentados os valores da taxa de remoção de água dos clones de café Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180 para a secagem em terreiros de concreto e chão batido. -1 h -1 ) 0,030 0,025 0,020 0,015 Cpafro194 Cpafro193 Cpafro167 Cpafro180 0,010 0,005 0,000 0 30 60 90 120 Tempo (horas)

Teor de água (decimal b.s.) Taxa Redução de água (kg kg Influência do tipo de pavimento na secagem de clones de café em terreiros de concreto e chão batido Resende et al. 175 Figura 1. Taxa de redução de água (kg kg -1 h -1 ) dos clones de café Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180 ao longo do tempo (horas) durante a secagem em terreiro de concreto. -1 h -1 ) 0,030 0,025 0,020 0,015 Cpafro194 Cpafro193 Cpafro167 Cpafro180 0,010 0,005 0,000 0 40 80 120 160 200 Tempo (horas) Figura 2. Taxa de redução de água (kg kg -1 h -1 ) dos clones de café Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180 ao longo do tempo (horas) durante a secagem em terreiro de chão batido. Verifica-se nas Figuras 1 e 2, que as maiores taxas de redução de água, para os quatro clones analisados, ocorreram no início da secagem, independentemente do tipo de terreiro utilizado. Para o terreiro de chão batido, a taxa de redução de água foi inferior a 0,019 kg kg -1 h -1, enquanto que para a secagem promovida no terreiro de concreto os valores foram inferiores a 0,026 kg kg -1 h -1. No final da secagem a água se encontra mais fortemente ligada, necessitando de uma maior energia para a sua evaporação, assim a secagem do café ocorreu mais lentamente, resultando em menores valores da taxa de redução de água. Para o teor de água de 0,11±0,01 (decimal b.s.) a taxa de remoção de água apresentou magnitude de aproximadamente 0,001 kg kg -1 h - 1 para os quatro clones de café e para os terreiros de concreto e chão batido. Verifica-se ainda, que durante a secagem nos terreiros de concreto e chão batido os clones de café Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180 apresentaram valores da taxas de redução de água semelhantes, indicando que estes clones possuem características de secagem similares. Na Figura 3 estão apresentados os valores do teor de água do café ao longo do tempo para os clones Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro180, durante a secagem em terreiros de concreto e chão batido. 1,6 1,2 Cpafro 194 chão batido Cpafro 167 chão batido Cpafro 194 concreto Cpafro 167 concreto Cpafro 193 chão batido Cpafro 180 chão batido Cpafro 193 concreto Cpafro 180 concreto 0,8 0,4 0,0 0 40 80 120 160 200 Tempo (horas)

176 Influência do tipo de pavimento na secagem de clones de café em terreiros de concreto e chão batido Resende et al. Figura 3. Teores de água (decimal b.s.) do café ao longo do tempo (horas), para os clones Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180, durante a secagem em terreiros de concreto e chão batido. Nota-se na Figura 3 que os teores de água iniciais dos clones de café foram distintos com magnitudes de 1,20; 1,32; 1,51 e 1,46 (decimal b.s.) para os clones Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro180, respectivamente. Mesmo com esta heterogeneidade inicial entre os clones, o tempo necessário para que o produto atingisse o teor de água de, aproximadamente, 0,11±0,01 (decimal b.s.) foi o mesmo para os quatro clones analisados, sendo de 117,5 e 189,5 horas para a secagem nos terreiros de concreto e chão batido, respectivamente. Pode-se inferir que este fato, possivelmente, deve-se ao elevado teor de água que o café apresentava no início da secagem, que, conseqüentemente, provocou taxas de secagem superiores no início do processo. Ao final da secagem, as taxas de remoção de água diminuíram e as discrepâncias entre os valores dos teores de água dos clones também reduziram. Verifica-se ainda na Figura 1, que o terreiro de concreto promoveu a secagem do café até o teor de água de 0,11±0,01 (decimal b.s.) 72 horas antes do terreiro de chão batido, demonstrando a sua maior eficiência de secagem e aproveitamento da energia calorífica do sol. Resultados semelhantes foram observados por Lacerda Filho, et al. (2006) e por Andrade et al. (2003) durante a secagem de café da espécie Coffea arabica em diferentes tipos de pavimento de terreiro. Na Tabela 1 estão apresentados os resultados da classificação por peneiras dos clones Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180 submetidos à secagem nos terreiros de chão batido e concreto. Tabela 1. Valores percentuais de grãos retidos nas peneiras 18, 17, 16, 15, 14, 13, 12, 11, 10 e sobra, durante a classificação dos clones Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180 submetidos à secagem nos terreiros de chão batido e concreto Peneira Terreiro de Chão Batido Terreiro de Concreto Cpafro194 Cpafro193 Cpafro167 Cpafro180 Cpafro194 Cpafro193 Cpafro167 Cpafro180 18 3,2 2,4 0,3 0,3 3,5 4,3 0,3 0,6 17 3,4 8,2 1,5 1,0 3,1 7,7 2,1 1,8 16 6,7 19,1 12,5 8,1 9,7 19,6 9,8 7,7 15 10,4 13,3 15,1 11,0 16,0 13,5 14,3 14,6 14 27,5 23,9 25,6 24,3 30,2 22,9 30,5 36,8 13 17,9 13,6 18,1 18,5 19,4 14,2 18,9 16,6 12 19,2 10,4 16,1 20,6 12,8 9,9 15,2 15,1 11 9,4 5,7 7,2 11,2 4,1 5,5 6,7 5,7 10 1,7 2,4 2,4 3,7 0,8 1,8 1,8 1,0 Sobra 0,7 1,2 1,3 1,4 0,3 0,7 0,5 0,4 TOTAL 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 De acordo com a Tabela 1, observa-se que para os quatro clones analisados a maior porcentagem dos grãos ficou retida na peneira 14 e demais peneira inferiores a esta, indicando-se que as amostras de café apresentaram dimensões miúdas. Em relação ao tipo de secagem, nota-se que as porcentagens retidas nas peneiras foram semelhantes entre os mesmos clones e para os terreiros de concreto e chão batido, não sendo possível, desta forma, detectar influência entre os tratamentos estudados. Os defeitos encontrados na classificação por tipo dos clones Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180 submetidos à secagem nos terreiros de chão batido e concreto, são apresentados na Tabela 2. Verifica-se na Tabela 2, que os quatro clones submetidos à secagem no terreiro de chão batido enquadraram-se no tipo 7 e os cafés secados no terreiro de concreto classificaram-se nos tipos 7, 8, 6 e 8 para os clones Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180, respectivamente. No terreiro de chão batido observa-se a presença do defeito pedra, já no terreiro de concreto pode-se identificar a existência de defeito preto, possivelmente devido a taxas de secagem mais elevadas. No entanto, a quantidade de defeitos encontrada para cada tratamento apresentou elevada variabilidade, não sendo possível

Influência do tipo de pavimento na secagem de clones de café em terreiros de concreto e chão batido Resende et al. 177 identificar claramente diferenças entre os clones e os terreiros analisados. Tabela 2. Quantidade de defeitos encontrados na classificação por tipo dos clones Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180 submetidos à secagem nos terreiros de chão batido e concreto Defeitos Terreiro de Chão Batido Terreiro de Concreto Cpafro194 Cpafro193 Cpafro167 Cpafro180 Cpafro194 Cpafro193 Cpafro167 Cpafro180 Verde 132 150 150 114 102 180 72 204 Quebrado 84 102 42 108 18 114 18 48 Pedra 24 12 78 18 - - - - Ardido 66 60-42 60 60 54 102 Preto - - - - 66 6 - - Brocado 6-6 6 6-6 - Chocho - - 12 - - - 6 6 Total 312 324 288 288 252 360 156 360 Tipo 7 7 7 7 7 8 6 8 CONCLUSÕES Diante do exposto, conclui-se que o terreiro de concreto apresentou maior eficiência na secagem do café Coffea Canephora comparativamente ao terreiro de chão batido e que não foi possível identificar interferência direta dos tipos de pavimento na classificação do café por tipo e peneira. Os clones de café Cpafro 194, Cpafro 193, Cpafro 167 e Cpafro 180 apresentaram características de secagem semelhantes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Afonso Júnior, P.C.; Corrêa, P.C.; Goneli, A.L.D.; Botelho, F.M. Secagem, armazenamento e qualidade fisiologia de sementes do cafeeiro. Revista Brasileira de Armazenamento, Viçosa, Especial Café, n.9, p.67-82, 2006. Afonso Júnior, P.C.; Corrêa, P.C.; Goneli, A.L.D.; Vilarinho, M.C. França, A.S. Dinâmica da contração volumétrica do fruto de café durante o processo de secagem. Revista Brasileira de Armazenamento, Viçosa, Especial Café, n.8, p.29-35, 2004. Andrade, E.T.; Borém, F.M.; Hardoim, P.R. Cinética de secagem do café cereja, bóia e cereja desmucilado, em quatro diferentes tipos de terreiros. Revista Brasileira de Armazenamento, Viçosa, n. 7, Especial Café, p.37-43, 2003. Borem, F.M.; Reinato, C.H.R.; Silva, P.J.; Faria, L.F. Processamento e secagem dos frutos verdes do cafeeiro. Revista Brasileira de Armazenamento, Viçosa, Especial Café, n.9, p.19-24, 2006. Brasil, Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Secretaria Nacional de defesa Agropecuária. Regras para análise de sementes. Brasília, 1992. 365p. Campos, A. T. Desenvolvimento e análise de um protótipo de secador de camada fixa para café (Coffea arabica L.) com sistema mecânico. Viçosa, 1998. 61p. Dissertação Mestrado em Engenharia Agrícola - Universidade Federal de Viçosa, UFV. Corrêa, P.C.; Resende, O.; Ribeiro, D.M. Drying characteristics and kinetics of coffee berry. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.8, n.1, p.1-10, 2006. CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento, disponível em <http://www.conab.gov.br>, acessado em 23 ago. 2007. Corrêa, P.C.; Machado, P.F.; Andrade, E.T. Cinética de secagem e qualidade de grãos de milho-pipoca. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, n.25, n.1, p.134-142, 2001. Gitimu, C.W. Better coffee farming: coffee processing. Kenya Coffee, v.60, n.703, p.1997-1998, 1995. Instituto Brasileiro do Café. Cultura do café no Brasil: manual de recomendações. 2 ed. Rio de Janeiro, 1977. 36p. Lacerda Filho, A.F.; Silva, J.S.; Sediyama, G.C. Comparação entre materiais de pavimentação de terreiro para a secagem de café. Revista Brasileira de Armazenamento, Viçosa, Especial Café, n.9, p.83-93, 2006. Oliveira, S.J.M.; Veneziano, W. Aspectos econômicos da produção de café na região central do estado de Rondônia. In: II

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