FUNORTE-FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS NÚCLEO DE JI-PARANÁ - RO FELIPE LYRA DEVES APARELHO AUTOLIGADO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA



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FUNORTE-FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS NÚCLEO DE JI-PARANÁ - RO FELIPE LYRA DEVES APARELHO AUTOLIGADO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA JI PARANÁ - RO 2014

FELIPE LYRA DEVES APARELHO AUTOLIGADO: REVISÃO BIBLIOGRAFICA Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia) apresentada à Funorte, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Ortodontia. Orientador: Prof. Gustavo Silva Siécola

JI PARANÁ - RO 2014 FELIPE LYRA DEVES APARELHO AUTOLIGADO: REVISÃO DE LITERATURA Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia) apresentada à Funorte, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Ortodontia. Orientador: Prof.: Gustavo Silva Siécola Aprovada em : / / COMISSÃO ORGANIZADORA

Eu entendo que um homem possa olhar para baixo, para a terra, e ser um ateu; mas não consigo conceber que ele olhe para os céus e diga que não existe um Deus. Abrahaml lincoln

Dedico este trabalho às mulheres da minha vida: Laisiane, minha querida esposa, companheira de todas as horas. Carmen, amor verdadeiro, amor de mãe Amo vocês.

AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado forças para realização desse trabalho e permitir que passe com tranqüilidade por mais esse momento da minha vida. A minha esposa, por me ajudar nos momentos mais difíceis e mostrar-se paciente nos momentos em que mais precisei. A minha mãe por ter me ajudado durante todo esse caminho e continuar me ajudando hoje e sempre. Aos colegas e amigos da turma de especialização que de alguma forma contribuíram para a conclusão desta pesquisa e do curso. Aos pacientes do curso, por confiarem em meu trabalho e me ajudarem nessa busca por conhecimento. Aos professores que me ajudaram nessa caminhada, em especial o professor Paulo Castro, pela paciência e compreensão durante a realização desse trabalho. Faço um agradecimento também a todos que de forma direta ou indireta me ajudaram nesse curso, em especial ao meu pai por todas as vezes que precisei e nunca se ausentou em me ajudar de qualquer forma.

Resumo

RESUMO DEVES, Felipe lyra. Aparelho autoligado: revisão de literatura (Especialização em Ortodontia) FUNORTE, 2014 Esta pesquisa foi realizada, para buscar informações a respeito dos bráquetes autoligados e suas possíveis vantagens em relação aos aparelhos ortodônticos convencionais. Buscando através de uma revisão bibliográfica argumentos que justifiquem a sua utilização. Argumentos esses que podem ser: menor átrito; menor acúmulo de placa; menor tempo clínico, intervalo maior entre as consultas. Seriam esses argumentos reais vantagens que justifiquem a utilização desses aparelhos pelos ortodontistas, visto o seu maior custo em relação ao aparelho convencional? Palavras-chave: Autoligado; Atrito; aparelhos convencioais

Abstract

ABSTRACT DEVES, Felipe lyra. Aparelho autoligado: revisão de literatura (Especialização em Ortodontia) FUNORTE, 2014 this research was conducted to seek information about the self-ligating brackets and their possible advantages over conventional braces. Searching through a literature review arguments that justify its use. That these arguments can be: smaller friction; less plaque accumulation; less clinical time, longer intervals between visits. This would be real advantages arguments that justify the use of these devices by orthodontists, since your higher cost compared to conventional brackets? Key-words: self-ligatind; conventional brackets

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 13 2 REVISAO DE LITERATURA... 15 2.1 HISTÓRICO... 16 2.2 CLASSIFICAÇÃO... 17 2.3 ATRITO... 17 2.4 ACÚMULO DE PLACA... 20 2.5 REABSORÇÃO RADICULAR... 21 2.6 CONTROLE DE TORQUE... 22 2.7 EFICIÊNCIA... 23 2.3 DESVANTAGENS... 24 3 DISCUSSÃO... 26 4 CONCLUSÃO... 29 REFERÊNCIAS... 31

1 Introdução

Introdução 13 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo analisar as vantagens e desvantagens da utilização dos bráquetes autoligados em relação aos aparelhos convencionais. Para isso foi realizada um revisão de literatura. Os bráquetes autoligados não são novidades na odontologia. Tendo o primeiro surgido na década de trinta com o aparelho Russel Lock. Porém caiu em esquecimento por muitos anos. As possíveis vantagens do aparelho autoligado em relação ao convencional que foram buscadas em estudos nessa revisão, diz respeito principalmente ao atrito, tempo de tratamento reduzido, maior intervalo entre as consultas, menor acúmulo de placa, menor sintomatologia dolorosa do paciente e controle do torque. As ligaduras elásticas foram incorporadas a prática clínica por serem de mais fácil utilização que os amarrilhos metálicos, porém mostrou ser um grande gerador de atrito, o que nem sempre é bom durante tratamento ortodôntico. Pois dificulta a movimentação dentária, mas segundo Ponce, (2010) mostra-se necessário em casos de mecânica de deslize, para que se leia o torque. Quanto ao atrito inúmeros estudos, como Pacheco (2010) comprovam um menor atrito nos bráquetes autoligados, principalmente em fios menos calibrosos. Os bráquetes autoligados tanto passivos quanto ativos apresentam menor atrito que os convencionais. Quanto ao tempo de tratamento também há estudos comprovando um menor tempo de cadeira como o Turnbull, Nicholas R ; Birnie, David J. (2007) provou em seu estudo. Quando utilizamos bráquetes autoligados há um tempo maior entre as consultas principalmente devido ao deslize melhor do fio na canaleta durante a fase de alinhamento e um completo e seguro encaixe do fio na canaleta. O acúmulo de placa também se mostrou menor em aparelhos autoligados, principalmente por não utilizar ligaduras elásticas. Estas que acabam se tornando um fator retentivo de placa durante o tratamento. A sintomatologia também foi alvo de estudos como o Tecco S, D Attilio M, Tetè S, Festa F. (2009) que revelou uma menor relevância de dor quando utilizado o aparelho autoligado em relação ao convencional. Isso ocorre devido ao menor atrito e uso de fios de alta tecnologia.

Introdução 14 Já o controle de torque não mostrou ser uma vantagem em relação ao convencional, muitos estudos mostram que os autoligados, principalmente passivos apresentam uma menor leitura de torque que os aparelhos convencionais. Portanto hoje em dia com os inúmeros tipos de aparelhos autoligados lançados no mercado, cabe ao ortodontista avaliá-los e escolher o que melhor se adapta ao tipo de tratamento a ser realizado. Os autoligados apresentam desvantagens como o alto custo, mas suas vantagens são muito maiores, sendo que a principal diz respeito ao atrito, muito diminuído quando comparado aos convencionais.

2 Revisão de Literatura

Revisão de Literatura 16 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 HISTÓRICO O primeiro aparelho autoligado surgiu na década de 30 com o aparelho Russel Lock, que consistia em um aparelho que possuía um sistema de porca e parafuso, que criava uma quarta parede na canaleta do bráquete.o aparelho ficou por muitos anos esquecido, até que em 1972 Wildman criou o aparelho Edgelok (Ormco, Glendora, Califórnia). Este aparelho possuía uma parede que deslizava verticalmente, posicionada na porção superior do bráquete.quando era fechada essa parede, formava-se um tubo. (Berger JL, 1994) Em1975 surge um novo modelo de aparelho autoligado denominado Speed (Strite Industries Ltd., Ontário, Canadá), este era formado por uma mola de aço inoxidável, que pressionava o fio contra a parede do bráquete. Possibilitando assim uma ativação maior. Esse bráquete é muito parecido com os aparelhos autoligados utilizados atualmente, porém a mola hoje em dia é de níquel-titânio. O próximo aparelho autoligado surgiu em 1985 com A Company (Johnsone Johnson, São Diego, Califórnia) que lançou no mercado o aparelho chamado Activia.(Rinchuse DJ ; Miles PG 2007).Eram bráquetes cilíndricos que possuíam uma parede que abria e fechava no sentido ocluso gengival, porém foi inutilizado devido a facilidade com que os pacientes abriam sua parede. Muitos novos modelos foram surgindo durante os anos que se passaram até que em 1996 surgiram os bráquetes Damon SL5 (Ormco, Glendora, Califórnia que eram aparelhos autoligados passivos com menor ou nenhum nível de atrito, este aparelho foi aperfeiçoado em 1999 com o surgimento do Damon2, que se caracterizava por ser um bráquete metálico com parede deslizante, que eram abertos e fechados com a utilização de instrumental vendido pelo fabricante. (Closs LQ; Mundstock KS; Gandini Júnior LG ; Raveli DB, 2005 ) Mais tarde a empresa GAG, lançou o aparelho chamado In-Ovation que consiste em um aparelho muito similar ao speed com o mesmo tipo de mola, porém agora de níquel-titânio. Mais tarde surgiu o In-Ovation-R que é menor e mantém o

Revisão de Literatura 17 sistema passivo em fios menos calibrosos e ativo em fios de maior calibre, tornandoo ativo, sendo esses aparelhos chamados interativos..(closs LQ; Mundstock KS; Gandini Júnior LG; Raveli DB, 2005 ) Após o inovation-r surgiu o smart clip,que possuem clips mesiais e distais de níquel-titânio. O bráquete mantém o fio passivo nos fios menos calibrosos, porém podem ser ativados com a inserção de ligaduras..(rinchuse DJ; Miles PG 2007). Devido a grande preocupção estética dos dias atuais surgiram também aparelhos autoligados estéticos como o cerâmico inovation-c. Surgiram também os autoligados linguais como o Evolution. 2.2 CLASSIFICAÇÃO Os bráquetes autoligados são classificados como ativos, passivos e interativos. Sendo os passivos caracterizados por apenas fecharem a parede sem pressionar o fio contra o bráquete. Um exemplo desse tipo de aparelho é o Damon. Já os ativos são caracterizados por pressionarem o fio contra a canaleta do bráquete, portando apresentam um atrito maior do que os passivos. Um exemplo é o Speed. Já os interativos pressionam os fios contra a canaleta apenas em fios mais calibrosos. Exemplo é o Inovation R. 2.3 ATRITO O atrito trata da resistência de um objeto ao movimento quando outro objeto o toca tangencialmente. A força para iniciar o movimento chama-se atrito estático e a força necessária para que o movimento continue acontecendo chama-se atrito cinético. Inúmeros estudos foram realizados provando que os aparelhos autoligados produzem menos atrito que os convencionais com ligaduras. Kahlon,Sonia; Rinchuse, Daniel; Robison, Janet M. ; Close,John M. (2010) compararam o atrito na mecânica de deslize entre diferentes tipos de bráquetes e

Revisão de Literatura 18 fios, a diferença nesse estudo é a utilização de bráquetes com slot.018 nos dentes anteriores e.022 nos dentes posteriores. Foram utilizados apenas arcos retangulares pouco calibrosos:0,016" x 0,022" e 0,018" x 0,022". Os bráquetes testados foram bráquetes de aço inóx convencionais Victory (Leoni) ligados com ligaduras de baixa fricção Slide (Leoni) ligaduras convencionais módulos elásticos, e amarrilho metálico além de dois bráquetes autoligados, passivo Damon MX(Ormco) e ativo In-Ovation- R(GAC). O resultado mostrou que o atrito aumentou conforme aumentou o calibre do arco, de 0,016" x 0,022" para 0,018" x 0,022" em todos os sistemas de ligação,exceto no Damon MX e no amarrilho de aço. Os dois apresentaram o mesmo nível de atrito nos dois calibres de fio. Concluindo que bráquetes autoligados passivos Damon MX e ligaduras metálicas não registraram atrito considerável quando combinados com arcos retangulares pequenos (0,016" x 0,022" e 0,018" x 0,022").Nos outros sistemas de ligação,os níveis de atrito aumentaram conforme aumentaram o calibre dos arcos. Griffiths, Helen Sylvia, Sherriff, Martyn, Ireland, Anthony John (2005) realizou um estudo para avaliar resistência ao deslize de três métodos de ligação,utilizando bráquetes metálicos autoligados Damon 2 (Ormco) e bráquetes Inspire(Ormco) cerâmica mono cristalina safira ambos slot 0,022.Os métodos de ligação testados foram ligaduras elastoméricas de secção redonda,ligaduras elastoméricas de secção retangular e ligadura com cobertura polimérica de baixa fricção(super Slick),além do clipe passivo do bráquete autoligado. Os resultados demonstraram que ao contrário de estudos anteriores,as ligaduras de baixa fricção Super Slick não apresentam vantagens em relação as convencionais de seção redonda,e que as ligaduras de seção retangular geraram mais atrito talvez devido ao menor diâmetro interno.os bráquetes cerâmicos geraram mais atrito do que os metálicos e que arcos de aço 0,019 x 0,025 geraram mais atrito do que os redondos 0,018 quando em presença de lubrificação.os bráquetes autoligados passivos são a melhor forma de reduzir ou mesmo eliminar o atrito. Hain, Max; Dhopatkar, Ashish;Rock, Peter (2003) realizou um estudo comparando vários tipos de ligaduras e mergulhando-as em saliva e após isso medindo o atrito em fios de aço 19x25 e observou que os bráquetes passivos autoligados,damon2 não registraram força de atrito. As ligaduras com revestimento slick obtiveram 50% menos atrito do que as outras. Bráquetes ativos autoligados Speed produziram menos atrito do que ligaduras mas não menos do que o Damon

Revisão de Literatura 19 2.Ligaduras regulares sem cobertura easy3m ou de silicone não apresentaram diferença significativa. Ligaduras com revestimento slick pareceram resistir à abrasão. A imersão em saliva por uma semana reduziu o atrito nas ligaduras elastoméricas, mas ainda produziu 50% mais atrito do que as slick,não pareceram deteriorar-se as ligaduras com revestimento mas sim as sem cobertura PACHECO; OLIVEIRA; NETO; JANSEN (2011) realizou um estudo que comparou a força de atrito gerada por quatro tipos de bráquetes autoligados (Time, Damon 2, In-Ovation R e Smart Clip ) com um grupo de bráquetes ortodônticos convencionais (Dynalock ) associados a ligaduras elásticas tradicionais (Dispens-A-Stix ), que serviu como grupo controle. O resultado mostrou que todos os aparelhos autoligados testados possuem menor atrito em fios de calibre 0.018, porém em fios 0, 017 x 0, 025 os autoligados interativos apresentam um alto grau de atrito, muito maior que o dos aparelhos passivos. HARRADINE N. T. W.; BIRNIE, D. J 1996 realizou um estudo comparando os níveis de atrito do aparelho Damon com um aparelho convencional tip-edge. Esse estudo acabou por mostrar um menor atrito no aparelho Damon e portando um menor tempo de tratamento. VOUDOURIS, JC (1997) mostrou em seu estudo que o aparelho autoligado apresenta menor atrito que os convencionais, para isso ele realizou um estudo comparando o aparelho convencional com três tipos de aparelhos autoligados, sendo dois passivos e um interativo. (Sigam, Damon e Interactwin). Esse estudo mostrou que Quando arcos 0, 019 x0, 025 de aço foram encaixados, um bráquete convencional com ligadura em O produziu atrito entre 371 vezes e 667,8 vezes maior do que os bráquetes autoligados passivos. Os bráquetes convencionais com ligaduras metálicas apresentaram valores de atrito até 532,8 vezes maiores em relação aos bráquetes autoligados passivos. Os autoligados ativos produziram até 310 vezes maior atrito do que os autoligados passivos. BERGER, J. L. (1990) mostrou que o speed apresenta uma resistência ao atrito 93% menor que os aparelhos convencionais. THORSTENSON, G. A (2002) comparou a o atrito durante a mecânica de deslizamento entre três bráquetes autoligados passivos (Activa, Damon, Twinlock) e ativos (In-Ovation, Speed, Time) e mostrou que os autoligados passivos apresentam força friccional muito menor que os passivos, porém apresentam comprometimento no posicionamento radicular.

Revisão de Literatura 20 YEH ; LIANG ; KUSNOTO ; BUDI ; VIANA ; EVANS ; DRUMMON ; (2007) realizou um estudo comparando bráquetes com ligação passiva em mecânica de deslize. Compararam a performance de dois autoligados passivos: Damon SL II (Ormco,Orange,California) e Smartclip(3M Unitek, Monrovia,California) e um bráquete com ligação elastómerica passiva : Synergy(Rocky Mountain Orthodontics, Denver, Colorado),com paredes internas arredondadas e 6 asas de ligação.todos slot 0,022".Os braquetes foram acoplados com arcos de niquel-titânio nos tamanhos: redondo 0,014";e retangulares: 0,016"x0,022" e 0,019"x0,025",num arco idealmente alinhado e nivelado.foram testados movimentos de 2ª ordem: 0,5mm a 1mm de intrusão com o arco redondo 0,014".Movimentos de 1ª ordem: 3º a 6 º de rotação com o arco 0,016" x 0,022". Movimentos de 3ª ordem: 3º de inclinação vestibular da coroa com o arco 0,019" x 0,025. O resultado obtido mostrou que num arco idealmente alinhado e nivelado, utilizando os mesmos arcos, bráquetes de diferentes formas de ligação passiva possuem desempenhos diferentes em relação ao atrito; o impacto na resistência friccional depende não só do modelo do bráquete, mas também da severidade da maloclusão;quando o arco toca as extremidades do bráquete provocando o atrito binding;o atrito independe do tipo de bráquete utilizado,o que vai afetar é o nível de intrusão requerido;em ângulos rotacionais de 1ª ordem,a tampa passiva provoca mais atrito do que clipes passivos ou ligaduras elásticas passivas;em mecânica de deslize. Numa arcada bem alinhada, bráquetes autoligados passivos com slots amplos promovem menos atrito do que slots menores. Para aumentar a eficiência nos vários estágios do tratamento ortodôntico é necessário observar cuidadosamente o sistema autoligado passivo para obter menor atrito e máximo controle de raiz. 2.4 ACÚMULO DE PLACA NASCIMENTO, L (2013) realizou estudo com 10 pacientes adultos masculino analisando a ploriferação e adesão do streptococus mutans em bráquetes autoligados e convencionais. Não houve unanimidade no resultado do estudo clínico.

Revisão de Literatura 21 PELLEGRINI, P. (2009) realizou um estudo com pacientes entre 11 e 17 anos, onde foram colados aparelhos autoligados e convencionais em 14 maxilas e 12 mandibulas em arcos divididos. O resultado mostrou um menor acúmulo de placa pelos aparelhos autoligados TÜRKKAHRAMAN, HAKAN; SAYIN, ÖZGÜR ; BOZKURT, F.YESIN; YETKIN, ZUHAL; KAYA, SELÇUK; SULEYMAN, ÖNAL (2005) realizou um estudo analisando a situação periodontal em pacientes ortodônticos utilizando diferentes formas de ligação. Para isso observou em 21 indivíduos com a boca dividida. Lado direito com elástico de ligação e lado esquerdo utilizando ligação metálica. Concluíra que aparelhos ortodônticos aumentam a flora bacteriana, mas não houve diferença significativa entre as duas formas de ligação. Embora todos apresentarem nível placa maior com elástico. 2.5 REABSORÇÃO RADICULAR BLAKE,M; WOODSIDE,D.G.; PHAROAH,M.J. (1995) em seu estudo avaliou radiograficamente pacientes tratados com o sistema damon e pacientes com aparelho convencional edgwise e não houve diferenças significativas entre os dois. VELHO, TIAGO PELUSO, (2012) realizou um estudo comparativo do grau de reabsorção radicular entre o aparelho autoligado e o convencional e não obteve diferenças significativas. PANDIS N, NASIKA M, POLYCHRONOPOULOU A, ELIADES T. (2008) em um estudo realizado em 2008 com 96 pacientes com nenhuma evidência de reabsorção nas radiografias panorâmicas pré-tratamento; sem histórico de trauma contribuindo; sem dilacerações de raízes laterais incisivos, anodontia maxilares e caninos impactados; formação de raiz completa no início do tratamento; incisivos superiores intactos e livres de cárie; e não submetidos a tratamento endodôntico incisivos. Os pacientes receberam tratamento com um sistema de suporte passivo auto-ligadura ou um aparelho edgewise convencional, ambos com 0, 022-in slot também não observou diferenças entre os dois tipos de aparelho.

Revisão de Literatura 22 2.6 CONTROLE DE TORQUE BADAWI, HISHAM M.;TOOGOOD, ROGER W.; CAREY, JASON; HEO,GISEON; MAJOR,PAUL. (2008) realizou um estudo comparando o torque em dentes anteriores entre quatro aparelhos autoligados. Sendo esses; dois passivos e dois ativos. Os resultados mostraram uma melhor leitura de torque entre os bráquetes ativos do que os passivos. Os bráquetes testados foram 2 ativos (In- Ovation e Speed) e 2 passivos (Damom2 e SmartClip). CHUNG, MICHAEL; NIKOLAI, ROBERT J.; KIM, KI BEOM ; OLIVER, DONALD R. (2009) em seu estudo analisando os efeitos do torque em mecânicas de deslize observou que, o que vai determinar os níveis de atrito é a folga entre fio e slot,ou seja,a profundidade do slot.nos bráquetes autoligados ativos o clipe invade o slot,diminuindo o espaço interno.os autores concluíram que baixas angulações de torque promoveram baixo atrito em todos os conjuntos de bráquetes devido a maior folga existente entre fio e slot,, a medida que aumenta o torque,esta folga diminui aumentando o atrito,comprovando que o design dos bráquetes e tamanho do slot em relação ao fio contribuem para aumentar o atrito em dobras de terceira ordem,e que no caso de bráquetes autoligados,a natureza do clipe também vai contribuir para aumentar o atrito. ARCHAMBAULT, AMY; MAJOR,THOMAS W. ;CAREY, JASON P.;HEO,GISEON; BADAWI, HISHAM ; MARJOR,PAUL W. (2010) realizou um estudo para comparar o torque entre diferentes materiais de fios ortodônticos em bráquetes autoligados e chegou a conclusão que a melhor leitura do torque é feita quando utilizamos fio de aço inoxidável, seguido TMA e niti tanto em autoligados passivos quanto ativos.

Revisão de Literatura 23 2.7 EFICIÊNCIA Alguns estudos comprovam uma maior eficiência do aparelho autoligado ao convencional em tempo de tratamento, tempo de cadeira e um maior intervalo entre as consultas. TURNBULL, NICHOLAS R; BIRNIE, DAVID J. (2007) mediu o tempo necessário para troca de arcos entre aparelhos convencionais e autoligados e obteve como resultado que é necessário o dobro do tempo em aparelhos convencionais quando comparados aos autoligados. Harradine NW, (2001) em seu estudo comparou trinta casos tratados com autoligado e trinta casos tratados com damon system e obteve uma media de 4 meses a menos nos tratamentos e em média quatro visitas a menos ao ortodontista. Porém PANDIS, N.; POLYCHRONOPOULOU, A.; ELIADESC, T. (2007) Em outro estudo comparou o tempo de tratamento para alinhamento de apinhamento anterior mandibular e não obteve diferenças significantes entre os braquetes convencionais e o aparelho autoligado damon2. Shivapuja PK, Berger J. (1994) em seu estudo mostrou um menor tempo de cadeira quando se utiliza o aparelho autoligado, sendo necessário 0,7 minutos para troca de fio com o autoligado. Bem menos que os 7,8 minutos com ligadura metálica ou os 2,3 minutos com elásticos. Outro benefício do autoligado é um menor número de consultas. Segundo. BAGDEN, A. (2005) é recomendado que estes fios de liga termo ativa sejam mantidos na boca por 10 a 12 semanas, pois a liberação da força após a deformação é suave e gradual. Este maior intervalo entre as ativações intrigam vários profissionais e pesquisadores, porque a manutenção destes fios por mais tempo permite a verticalização dos dentes e a expansão lenta dos arcos dentários, sem provocar os efeitos colaterais deste tipo de movimento, como a fenestração óssea e o aumento exagerado da inclinação vestibular dos incisivos o que causa instabilidade. Além dessas vantagens Tecco S, D Attilio M, Tetè S, Festa F. (2009) em seu estudo revelou uma prevalência menor de dor entre pacientes que usam autoligados

Revisão de Literatura 24 do que nos que usam convencionais, apesar de ser um sintoma comum aos dois tratamentos. Harradine NW (2003) diz que aparelhos autoligados associados a fios de última tecnologia permitem um intervalo maior entre as consultas, devido ao menor atrito e dissipação maior das forças geradas. Além dessas vantagens inúmeros casos clínicos sugerem que o aparelho autoligado possa ser realizado de maneira mais conservadora, com menor número de extrações, porém não há ainda na literatura estudos sobre a estabilidade desses tratamentos. Pringle, Angus M. ; Petrie, Aviva ;Cunningham, Susan J. ;McKnight,Mary (2009) relatou em seu estudo que pacientes utilizando o aparelho Damon apresentaram menos dor dos que os tratados com aparelhos convencionais na fase de alinhamento. 2.8 DESVANTAGENS Como desvantagem no aparelho autoligado temos o controle de torque que segundo BUDD S, DASKALOGIANNAKIS J, TOMPSON BD (2008) É menor no autoligado e isso ocorre justamente pela maior vantagem do autoligado que é o menor atrito. MILES PG, WEYANT RJ, RUSTVELD L. (2006) disse em seu estudo que apesar do Damon 2 apresentar uma sintomatologia menor nos primeiros fios, apresentou maior sintomatologia no segundo fio, justamente pela menor liberdade do fio na canaleta. Henao SP, Kusy RP. (2004) disse que o aparelho autoligado apresenta vantagens somente nos fios menos calibrosos que é a fase inicial do tratamento, não havendo diferença nos fios mais calibrosos. HARRADINE (2003) em estudo realizado com simulação de ligamento periodontal não apresentou diferenças significativas no atrito entre os dois tipos de aparelho.

Revisão de Literatura 25 Loftus et al(1999) sugeriu em seu estudo que os braquetes autoligados ganhariam tempo em relação aos convencionais na fase alinhamento, não pelo menor atrito, mas sim pelo preenchimento total do slot pelo fio. Eles realizaram um estudo simulando um ligamento periodontal e analisando vários tipos de bráquetes, convencionais e autoligados. MILES,PETER G.(2007) em seu estudo analisou o tempo de fechamento de espaço após extração de primeiros pré-molares, entre aparelhos autoligados e convencionais e não obteve diferença significativa entre os dois com relação ao tempo da mecânica. Fleming, Padhraig S.; Johal,Ama (2009) relataram que a experiência de dor independe do tipo de aparelho utilizado mas a inserção e retirada de arcos retangulares aumenta a experiência de dor nos pacientes que utilizaram aparelhos autoligados SmartClip e convencionais.

3 Discussão

Considerações Finais 27 3 DISCUSSÃO GRIFFITHS, (2005) HAIN, (2003) HARRADINE, (2003) concordam que o aparelho autoligado produz menos atrito que o aparelho convencional, principalmente pelo não uso das borrachas de ligação. Pacheco, (2011) THORSTENSON, (2002) dizem que os aparelhos autoligados passivos produzem menos atrito que os bráquetes autoligados ativos e/ou interativos. Isso se deve ao fato do fio ficar solto na canaleta nos passivos, o que não ocorre nos interativo-ativos, quando o fio é pressionado contra a parede do bráquete principalmente nos fios mais calibrosos. PELLEGRINI, P. (2009) TÜRKKAHRAMAN,( 2005) comprovaram em estudos que os aparelhos autoligados retém menos placa que os convencionais. Preservando assim uma saúde maior do periodonto. BLAKE,M, (1995) VELHO, (2012) PANDIS N, (2008) concluíram em estudos radiográficos que os aparelhos autoligados não são causadores de uma maior rebsorção radicular do que os aparelhos convencionais. Em nenhum estudo houve diferença significativa entre os dois tipos de suporte. BUDD S, (2008) diz que aparelhos autoligados têm uma pior leitura de torque os convencionais com ligaduras. BADAWI, (2008) e CHUNG, (2009) relatam que os atutoligados passivos, apesar de produzir menos atrito, têm uma pior leitura de torque que os autoligados ativos e interativos. TURNBULL, (2007) SHIVAPUJA PK, (1994) observaram um menor tempo de cadeira quando utilizado o aparelho autoligado em relação a suportes convencionais, isso se deve ao menor tempo necessário para abertura e fechamento de clips de autoligado HARRADINE NW, (2001) BAGDEN, A, (2005) dizem que tratamentos com autoligados exigem menos consultas, devido principalmente ao menor atrito associados a fios de alta tecnologia. HARRADINE NW, (2001) observou no seu estudo que é necessário em média quatro consultas a menos em um tratamento com autoligado em relação aos convencionais.

Considerações Finais 28 PANDIS, N, (2008) não obteve diferença no tempo de alinhamento anterior mandibular em uma comparação entre suportes autoligados e convencionais. PRINGLE, (2009) em seu estudo observou uma menor incidência de dor em pacientes que utilizaram o aparelho autoligado comparados aos que usaram o convencional. MILES PG, (2006) FLEMING, (2009) dizem que apesar da sintomatologia dolorosa ser menor em fios menos calibrosos, os aparelhos autoligados causam uma maior dor no momento da inserção dos fios retangulares. MILES PG, (2006) comparou o tempo de mecânica de deslize entre suportes convencionais e autoligados após extração de pré molares e não obteve diferenças significativas.

4 Conclusões

Conclusões 30 4 CONCLUSÕES Após essa revisão de literatura realizada sobre aparelhos autoligados, conclui-se que os aparelhos autoligados se apresentam como uma ótima alternativa para o tratamento ortodôntico. Apresenta inúmeras vantagens em relação ao convencional, principalmente em relação ao menor atrito. Que é a principal vantagem desse tipo de aparelho. Além de reduzir o tempo de tratamento em até quatro meses também reduz o tempo de atendimento. O autoligado também proporciona um maior conforto ao paciente com o uso de forças mais leves com fios termoativados. Porém deve-se ter muito critério em relação aos aparelhos autoligados, pois muitos fabricantes prometem coisas que não tem comprovação científica ainda. Muito se fala em um tratamento mais conservador, com menos extrações, porém não existem estudos ainda sobre a estabilidade desses tipos de tratamentos. Muitos autores inclusive comparam essa técnica com a filosofia expancionista de angle, que se mostrou ineficaz ao longo do tempo. Porém deve-se levar em consideração também o maior custo do aparelho autoligado, tornando-o inacessíveis para alguns pacientes e também profissionais.

Referências

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