LEVANTAMENTO E MANEJO ECOLÓGICO DE PRAGAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAF S): ESTUDO DE CASO DE UM SAF SUCESSIONAL NO DISTRITO FEDERAL, BRASIL

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Transcrição:

LEVANTAMENTO E MANEJO ECOLÓGICO DE PRAGAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAF S): ESTUDO DE CASO DE UM SAF SUCESSIONAL NO DISTRITO FEDERAL, BRASIL PROJETO DE PESQUISA PROFESSOR: MARCELO TAVARES DE CASTRO ALUNA: IVÂNIA M. SIMÕES DA LOMBA CURSO: AGRONOMIA BRASÍLIA/DF, BRASIL 2015

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 3 JUSTIFICATIVA... 4 OBJETIVOS... 4 MATERIAL E MÉTODOS... 5 Localização e descrição da área de estudo... 5 Levantamento de artrópodes da área... 5 Manejo ecológico dos organismos danosos... 6 CRONOGRAMA... 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 7 2

INTRODUÇÃO Os Sistemas Agroflorestais (SAF s) são uma forma de uso da terra onde espécies lenhosas perenes (arbustos e/ou árvores) são cultivadas em consórcio com espécies herbáceas e/ou animais, numa combinação espacial e/ou seqüencial, obtendo-se benefícios das interações ecológicas e econômicas (Silva, 2002). O desenvolvimento de pragas agrícolas em sistemas agroflorestais pode ser influenciado pela combinação que é feita no sistema, visto que, há uma tendência de existirem maiores populações de herbívoros quando existe uma combinação entre plantas perenes e anuais comparadas aos sistemas de cultivos mistos compostos somente de plantas perenes Assim, pode-se esperar que os níveis de infestação das pragas tendessem a ser menores em sistemas agroflorestais (SAF s) quando comparadas aos sistemas não diversificados, desde que, neles não se introduzam culturas anuais (Silva, 2012). O aumento da eficiência do controle biológico de pragas ocorre porque as plantas abrigam uma grande diversidade de insetos entre outros, nas agroflorestas (Armando, 2003). De acordo com Silva (2012), espécies florestais componentes dos SAF s são atacadas por um largo espectro de insetos em todos os estágios de seu crescimento exatamente como as lavouras anuais e perenes. No entanto, o manejo de insetos nos SAF s não tem recebido tanta atenção, porém tem se dado ênfase recentemente na produção de produtos arbóreos de alto valor e no uso de germoplasma melhorado em sistemas tradicionais, pois a ocorrência de sérios problemasem alguns SAF s promissores tem aumentado a consciência nos riscos ofertados pelos insetos. Rodrigues (2005), em um estudo realizado no Acre, observou que, de um total de 170 agricultores entrevistados, 17 possuíam mais de 15 espécies introduzidas nos seus SAF s, das quais 3

nenhuma citou a ocorrência de pragas, doenças e desenvolvimento insatisfatório das culturas como sendo problemas enfrentados em seus plantios. Apesar dos SAF s apresentarem inúmeras vantagens, poucos estudos foram realizados quanto à fitossanidade das espécies em conjunto. Portanto, o conhecimento dos principais organismos danosos e seus efeitos nos sistemas de cultivo é fundamental para o entendimento da potencialidade das culturas em relação à produtividade e na adoção de práticas no sentido de contornar os efeitos adversos provocados por eles. JUSTIFICATIVA O conhecimento das pragas incidentes nos SAF s é, ainda, muito incipiente. As espécies agronômicas e florestais usualmente utilizadas nos plantios consorciados são atacadas por um largo espectro de insetos danosos. Portanto, esse estudo é necessário para avaliar os danos causados por esses organismos e, então, definir a necessidade de manejo, sobretudo com ferramentas ecológicas, com o propósito de diminuir a pressão dos produtos químicos sobre a agricultura. OBJETIVOS O principal objetivo deste trabalho é identificar e, caso necessário, controlar as pragas que impliquem num dano econômico sobre as espécies utilizadas no consórcio estabelecido. Além disso, estudar se há efeito antagonista ou sinérgico entre as pragas e observar possíveis agentes de controle biológico. 4

MATERIAL E MÉTODOS Localização e descrição da área de estudo O trabalho será conduzido em um Sistema Agroflorestal situado no Distrito Federal, durante os meses de agosto a dezembro de 2014. Segundo a classificação de Koppen, o clima da região é classificado como AW (clima tropical com chuvas no verão e seca no inverno), com a estação chuvosa de outubro a abril e a seca de maio a setembro. A temperatura média anual é de 21 C e umidade relativa do ar é de aproximadamente 70% (Weatherbase, 2015). Levantamento de artrópodes da área As avaliações no campo consistirão de visitas semanais à cultura, para a detecção e exame dos insetos e ácaros e os seus respectivos níveis de infestação e danos. Os organismos encontrados serão alocados em sacos e/ou copos plásticos e armazenados até a triagem e identificação. A identificação de cada exemplar coletado será feita de acordo com livros e chaves específicas para cada grupo taxonômico encontrado. Em seguida, os artrópodes serão quantificados e agrupados em três grupos: fitófagos pragas, inimigos naturais e outros artrópodes (os que não foram considerados nem pragas nem inimigos naturais ou os que não puderam ser identificados). Os dados serão submetidos à análise de frequência. Caso necessário, serão instaladas armadilhas de captura de insetos, confeccionadas a partir de garrafas descartáveis e folhas adesivas do tipo contact, de 5

quatro cores diferentes: amarela, vermelha, azul e verde, no qual será utilizado o mecanismo de atração pela cor (Nakano & Leite, 2000). As armadilhas serão cortadas e fixadas a 1,5 m do solo, presas às plantas e também posicionadas no solo. No interior das mesmas será acrescentada água e detergente. Após a coleta, os insetos serão transferidos para frascos, previamente identificados de acordo com a coloração da armadilha, contendo álcool 70%, e encaminhados para o laboratório para posterior identificação. Manejo ecológico dos inseto-pragas encontrados Para as eventuais pragas observadas nos sistemas, será proposto um modelo de controle de forma ecológica, consistindo no uso de extratos naturais de plantas, uso de inimigos naturais e controle biológico com o uso de microrganismos seletivos não danosos ao meio ambiente. CRONOGRAMA 2015 ATIVIDADES Revisão de Literatura Coleta de artropódes Identificação dos artrópodes coletados Análise dos dados Elaboração do artigo científico Jul Ago Set Out Nov Dez X 6

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARMANDO, M. S. Agrodiversidade: ferramenta para uma agricultura sustentável. Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, 2003. 23p. NAKANO, O.; LEITE, C. A. Armadilhas para insetos: pragas agrícolas e domésticas. Piracicaba: Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiros FEALQ, Biblioteca de Ciências Agrárias Luiz de Quieros, v.7, 2000. RODRIGUES, F. Q. Composição florística, estrutura e manejo de sistemas agroflorestais no Vale do Rio do Acre. 2005. 81f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Acre, Rio Branco, 2005. SILVA, A. G. da. Considerações sobre insetos pragas em Sistemas Agroflorestais. Webartigos. 2012. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/consideracoes-sobre-insetos-pragasem-sistemas-agroflorestais/94550/ Acessado em março de 2015. SILVA, P. P. V. da. Sitemas agroflorestais para recuperação de matas ciliares em Piracicaba, SP. 98 f. Dissertação (Mestrado Ciências) Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002. WEATHERBASE, 2015. Disponível em: http://www.weatherbase.com/. Acessado em abril de 2015. 7