Gestão integrada dos riscos na agropecuária. Antônio Márcio Buainain Rodrigo Lanna Franco da Silveira

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Transcrição:

Gestão integrada dos riscos na agropecuária Antônio Márcio Buainain Rodrigo Lanna Franco da Silveira

Estrutura da apresentação A. Especificidades da agricultura B. Motivação da análise C. Como realizar a gestão integrada dos riscos? C.1. Avaliação do risco C.2. Análise das soluções C.3. Operacionalização, Implantação e Monitoramento

A. Especificidades da agricultura Riscos ligados à produção Riscos socioeconômicos Climatológico Mercadológico Operacional Humano Biológico Institucional Tecnológico Financeiro

B. Motivação da análise Por que é tão importante estudar os riscos que envolvem o setor agropecuários?

Impacto dos eventos Risco na agricultura Possibilidade de um evento gerar um resultado não planejado / não esperado Quais os possíveis impactos da efetivação de tais eventos

Uma ideia dos impactos... FAO (2015): 78 avaliações das necessidades pós-catástrofe em 48 países em desenvolvimento durante o período de 2003-2013: 1/4 dos danos causados por desastres naturais no mundo em desenvolvimento recaem sobre o setor agrícola. US$70 bilhões em danos nas colheitas e produção animal. 44% das perdas causadas por seca e 39% por enchentes. Apenas 4,5% da assistência humanitária foi destinada à agricultura após os desastres. Fonte: FAO (2015) www.fao.org/3/a-i4434e.pdf

US$ (milhões) % Ajuda humanitária para o setor agrícola 700 600 5,3 6,0 5,0 500 4,2 4,0 4,4 4,0 400 300 200 3,0 2,1 3,4 3,4 3,3 2,9 2,5 3,0 2,0 100 1,0 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 US$ milhões % 0,0 Setor absorve 22% dos impactos, porém recebe 3,4% dos recursos US$65 bilhões entre 2003 e 2013 7

Brasil: perda média anual de R$ 11 bilhões (1% do PIB Agrícola) devido a riscos extremos que poderiam ser geridos de forma mais eficaz. Fonte: Banco Mundial e Embrapa (2015)

C. Como realizar uma gestão integrada dos riscos? Quais intervenções são mais efetivas? O que priorizar? Quais instrumentos escolher? Desenho de políticas Por onde começar? Quais são os custosbenefícios diante de um quadro limitado de recursos? Como envolver setor privado, universidades e etc? Como obter recursos? 9

Metodologia: Banco Mundial Monitoramento Implantação Avaliação do risco Análise das soluções Objetivo: volatilidade e as perdas econômicas, garantir maior estabilidade da produção agrícola e de sua comercialização, obter maior resiliência no setor Operacionalização 10

C.1. Avaliação do risco Avaliação do risco Identificação Avaliação do impacto Priorização Neste processo, temos alguns pontos importantes: Correta identificação: diferentes riscos; distinção entre tendência e restrição. Questão da vulnerabilidade. Transmissão dos riscos. 11

Categorias de risco Risco de produção Risco de mercado Risco do ambiente de negócios

Correta identificação... Tendência: Padrão de longo-prazo Elemento de predição Restrição: Condição Elemento de certeza Performance sub-ótima Risco: Evento Incerteza Perdas diretas ou indiretas

Vulnerabilidade... Ativo Vulnerabilidade Função da exposição, perdas esperadas e capacidade de gestão Ameaça Impacto

Percepção do risco Determinantes da adoção de mecanismos de gestão 1) Características do produtor e de seu negócio 2) Preferência do produtor em relação ao modelo de adm. 3) Questões comportamentais Idade, experiência na atividade, tamanho da produção, nível de endividamento, grau de acompanhamento acerca dos preços, nível de conhecimento sobre os instrumentos Diversificação da atividade, participação em programas do governo de proteção, utilização de seguro rural, estabelecimento de contratos a termo com indústrias e/ou traders Aversão ao risco, percepção do risco, excesso de confiança, atitude deste produtor frente ao risco percebido, percepção em torno do desempenho, nível ao qual as decisões do produtor são influenciadas, entre outros 4 exemplos de estudo recentes no Brasil: 15

Exemplos de estudo 1) Café: 373 entrevistas (Silveira et al. 2012, 2013 e 2014) Outras informações: Idade: 1/3 entre 51 a 60 anos. Escolaridade: 51,5% curso superior, Renda em outra atividade: 76,7% possuem Tamanho da produção: 53,4% até mil scs; 12,3% superior a 5 mil scs. Venda antecipada: 59,2% não vende Mercados futuros: 40,5% não conhece; 46,6% conhecem e não usam; 12,9% conhecem e usam. 16

Percentual da produção hedgeada pelos produtores que utilizam mercados futuros (47 produtores). Porcentual da produção hedgeada Número de produtores % < 20% 5 10.4% 21 a30% 10 20.8% 31 a 40% 7 14.6% 41 a 50% 8 16.7% 51 a 60% 5 10.4% 61 a 70% 3 6.30% 71% a 80% 2 4.20% 81% a 100% 4 8.30% Não responderam 4 8.30% 17

Transmissão...

Perigos Risco 19

Mensuração do risco Por que quantificar os riscos? Ter uma magnitude de perdas potenciais Comparar riscos de forma a priorizar ações Justificar investimentos em ações de gestão de risco Informação chave para uma análise de custo benefício em relação à adoção de instrumentos de gestão Magnitude das perdas Causas Agentes envolvidos Capacidade de gestão

Variação da receita Preço Produção Área Produtividade

C.2. Análise das soluções Avaliação Análise das soluções Sistema de gerenciamento de risco: a) Diferentes fontes de risco b) Distintas estratégias de gestão c) Ações do governo Riscos da Agropecuária Estratégias dos agricultores Políticas Governamentais O processo risco, estratégia e ação do governo é linear? 22

Estratégias dos agricultores Interação entre fontes do risco, estratégias de gestão e política governamental. Riscos da Agropecuária 23

Análise das prioridades Avaliar técnicas que aponte para os riscos que devem ser priorizados Quais riscos possuem maiores impactos? Em qual parte do SAG ou geograficamente estes riscos se verificam? Objetivo: otimizar o uso de recursos a fim de minimizar os impactos dos eventos. 24

Probabilidade do evento e seu impacto Frequência: uso de base de dados, notícias e entrevistas (histórico de ocorrência) Grau de severidade = Frequência x Perda financeira Definição de medidas: P(evento) Indicador Severidade Indicador Muito provável Provável Ocasional Moderado Improvável Intervalo de 2 anos Intervalo de 5 anos Intervalo de 10 anos Intervalo de 20 anos Intervalo de 40 anos Catastrófico > 50% Crítico 30 a 50% Considerável 15 a 30% Moderado 5 a 15% Negligenciável < 5% 25

milhões de sacas de 60 kg US$ por sacas de 60 kg Mapeando os eventos e suas causas... Análise gráfica dos eventos no tempo Preços do café na Bolsa de Nova Iorque (1901 a 2012) 160 600 140 500 120 100 400 80 300 60 200 40 20 100 0 0 2009 2003 1997 1991 1985 1979 1973 1967 1961 1955 1949 1943 1937 1931 1925 1919 1913 1907 1901 Fonte: OIC, Bolsa NY Produção Nova Iorque 26

Severidade do impacto (US$ milhões) Análise gráfica das perdas por commodities 1200 1000 Milho 800 Banana Feijão Chá 600 400 Café Cana Batata 200 Arroz Trigo Fonte: Banco Mundial (2015) 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 Frequência do evento 27

Severidade do impacto Análise gráfica das perdas por tipos de evento Seca Volatilidade dos preços Chuvas erráticas Alagamento Doenças Conflitos Frequência do evento Fonte: Banco Mundial (2015) 28

Tabela de prioridades Negligenciável Moderado Considerável Crítico Catastrófico Muito provável Volatilidade dos preços Provável Queda de área plantada Volatilidade das taxas de câmbio Ocasional Volatilidade das taxas de juros Risco de crédito, regulação Geada, peste Remoto Incêndio 29

Riscos para o setor agrícola nacional Gazzola et al. (2016) 30

Em resumo: Análise das prioridades: P(evento) + severidade Estabelecimento de critérios: viés subjetivo Análise do impacto de diferentes riscos entre culturas e regiões orienta a estratégia de gestão Poucos dados entrevistas ranking prioridades 31

Instrumentos de gestão e estratégias 3 Grupos de estratégias: Prevenção Mitigação Enfrentamento P(evento adverso) do impacto potencial do evento Amenizar o efeito após efetivação do evento Estratégias em diferentes níveis institucionais: Fazenda/comunidade Mercado Governo 32

Instrumentos de gestão e estratégias Fazenda/ comunidade Mercado Governo Prevenção Escolha tecnológica Treinamento em gestão de risco Políticas macro, prevenção contra desastre e doenças animais Mitigação Diversificação da produção Derivativos, seguro rural, integração vertical, spread sales, trabalho fora da agricultura Sistema tributário, programas contracíclicos, regras de fronteira Enfrentamento Empréstimo na comunidade Venda de ativos, empréstimo bancário, renda de fora da agricultura Assistência social, programas agrícolas de suporte 33

Análise das soluções Estratégia de gestão: P(evento) e severidade do impacto Prevenção e mitigação deve ser considerado para todos os níveis de risco Disponibilidade de recursos determina o que é possível de se fazer 34

Prevenção e mitigação Ações realizadas antes do evento P(evento) e impacto: treinamento, escolha tecnológica, irrigação, vacinação, diversificação e etc. 35

Transferência Ações realizadas antes do evento impacto financeiro do evento, transferindo para um terceiro: contrato de derivativos e seguro rural 36

Enfrentamento Ações realizadas após do evento: amenizar o efeito após evento. Garantia de um padrão de consumo.

Quais estratégias selecionar? Diversidade de instrumentos Ranking de prioridades Quais estratégias adotar? Estabelecimento de filtros Critérios: objetivos, claros e consistentes. Instrumentos: Rating de benefícios, de custo e de abrangência Análise custo-benefício Feedback dos stakeholders Exemplo de critérios: risco, perdas, compensação após perda, ataca vários riscos, melhora a produtividade, mitiga mudança climática, adaptação à mudança climática, dificuldade de implantação, abrangência, sustentabilidade da intervenção e etc

Soluções para gestão do risco Envolve, em geral, uma combinação de medidas e de players Disponibilidade de recursos frequentemente determina as ações Papel dos setores privado e público 39

Ações potenciais do governo Ex ante Ex post Criação de mercados Políticas macro e ambiente de negócio estáveis Treinamento em gestão de risco e informação aos produtores Aumento da competição no mercado de seguros Regulação apropriada para mercados de derivativos Definição dos limites de responsabilidade para o governo e produtores na gestão do risco Parcerias público-privadas Alterando incentivos de mercado Subsídios para seguro e resseguro Facilidade para obtenção de crédito Intervenção nos preços Políticas de comércio exterior Redução de risco e mitigação Prevenção contra desastres Prevenção contra doenças animais P&D Programas de suporte Programas contra cíclicos Sistema tarifário Ações de fronteira Enfrentamento Programas de suporte Assistência social Assistência financeira Fonte: OECD (2009) (Adaptado) 40

C.3. Operacionalização, Implantação e Monitoramento Operacionalização Monitoramento Implantação Avaliação do risco Análise das soluções Operacionalização e implantação requer análise das condições específicas do país: Diferentes riscos Instituições existentes Capacidade dos stakeholders para gerenciar e implantar os mecanismos de gestão Condições geográficas Disponibilidade de recursos Etc... Monitoramento Análise do progresso do plano de ação

E. Considerações finais Uma efetiva gestão de risco pode contribuir para: Ganho de produtividade Proteção social Saúde fiscal Segurança alimentar Adaptação à mudança climática 42

Risco operacional Taxa de câmbio Os riscos na agricultura são numerosos... Mudança climática Volatilidade de preço Risco de crédito

Conservação do solo e da água Derivativos... porém temos várias alternativas de gestão: Inovação Integração vertical Fundos de emergência Sistemas de informação Pesquisa e extensão rural Controle de pragas e doenças 44

Obrigado! Antônio Márcio Buainain Rodrigo L. F. da Silveira buainain@unicamp.br rlanna@unicamp.br

Seminário : Riscos Agrícolas Riscos e Seguro Rural na Agricultura Brasileira O seguro e a sua importância para o crédito Palestrante: Fernando Pimentel

O seguro e a sua importância para o crédito Brasil e o modelo matricial de crédito $ Sistema Financeiro $ Insumos Fertilizantes $ $ $ Exportadores e Agroindústria $ Cooperativas $ $ Produtor Produtor Produtor Produtor Produtor Produtor Produtor Produtor Defensivos $ Distribuidores $ Sementes $ $ Intercompany

O seguro e a sua importância para o crédito Assimetria da Informação assusta os bancos Cliente Rentabilidade: 39% Rentabilidade: 200% Fonte: Agrometrika

O seguro e a sua importância para o crédito Os 5 Cs do Crédito 1. Caráter 2. Capacidade Conceito Idoneidade ou reputação no mercado e com a própria empresa Habilidade de converter ativos em rendas, para medir capacidade de pagamento Método Consulta a SERASA, BOA VISTA, SISBACEN, UPMiner, etc Experiência do produtor, uso da terra, produtos cultivados e região. 3. Capital Situação econômicofinanceira e patrimonial do produtor rural Rentabilidade da atividade, Consulta a Imposto de Renda, extrato bancário, SISBACEN, etc 4. Colateral Vinculação de bens em caso de perda (total ou parcial) da capacidade de pagamento. Gestão e política de garantias (hipoteca, penhor, CPR, alienação fiduciária, aval, etc) 5. Condições Impactos de fatores externos sobre a fonte primária de pagamento/renda Histórico de produtividade da região, análise do setor e políticas públicas

O seguro e a sua importância para o crédito Variações regionais importantes 4000 3000 2000 1000 Série Histórica de Produtividade da SOJA (kg/ha) 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Sorriso - MT Londrina - PR São Desidério - BA Rio Verde - GO Dourados - MS Santa Rosa - RS Consulta em: www.sidra.ibge.gov.br Fonte: Produção Agrícola Municipal (IBGE)

Variações regionais importantes O seguro e a sua importância para o crédito

O seguro e a sua importância para o crédito O seguro é relevante para o rating de crédito Fonte: Agrometrika

O seguro e a sua importância para o crédito Obrigado! Fernando Pimentel 19 38264806 fernando.pimentel@agrosecurity.com.br