Análise das Demonstrações Contábeis de Empresas Luciano Henrique Oliveira NOTA DE ATUALIZAÇÃO ABORDANDO AS MODIFICAÇÕES INSERIDAS PELA MEDIDA PROVISÓRIA 449/2008 PÁGS. 77/78 e 80: O Balanço Patrimonial da Cia. BETA passa a ser da seguinte forma: Ativo Passivo 2004 2005 2004 2005 Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa 150 100 Fornecedores 300 600 Clientes 600 900 Empréstimos 400 600 Estoques 550 700 Provisão para IR 200 400 Ativo Não-circulante Passivo Não-circulante Títulos a Receber LP 100 100 Financiamentos LP 500 100 Investimentos 400 600 Imobilizado 700 700 Patrimônio Líquido Capital Social 1.000 1.000 Res. de Lucros 100 400 Total 2.500 3.100 Total 2.500 3.100 PÁG. 91: Inserir um parágrafo entre o 1.º e o 2.º parágrafos desta página, com a seguinte redação: Ressalte-se que a MP 449/08 modificou a redação do inciso IV do art. 187 da Lei 6.404/76, de modo que agora as receitas e as despesas não-operacionais passam a ser chamadas simplesmente de outras receitas e outras despesas. Todavia, isso não afeta o caráter não-operacional (não-usual) dessas despesas e receitas, para fins da análise da qualidade do lucro líquido. PÁG. 103: No 1.º parágrafo, onde se lê: (...) Todavia, quando o investimento for em coligadas ou controladas, será sempre classificado no Permanente, pois haverá uma presunção (relativa) de permanência no patrimônio. Leia-se: (...) Todavia, quando o investimento for em coligadas ou controladas, será sempre classificado no Ativo Não-circulante Investimentos, pois haverá uma presunção (relativa) de permanência no patrimônio. PÁGS. 103/104: No último parágrafo, onde se lê: 1
A investida é coligada quando a investidora participa de seu capital com uma porcentagem de 10% ou mais, sem controlá-la. A coligação é sempre direta, não podendo ser feita por intermédio de outras empresas. Exemplo: a Cia A possui 40% da Cia. B, que possui 40% da Cia. C. Então, a Cia A possui 40% x 40% = 16% da Cia. C. Porém, como o investimento não é direto, a Cia. C não é coligada da Cia. A. Leia-se: A MP 449/08 passa a definir uma investida como coligada quando a investidora tiver influência significativa na administração da investida. Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. A influência significativa é presumida quando a investidora for titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la. PÁG. 104: O tópico Influência passa a ter a seguinte redação: Com o advento da MP 449/08, o fato de a investidora ter influência significativa na administração da coligada passa a ser pressuposto para a própria caracterização da coligada. Vale lembrar que o parágrafo único do artigo 5.º da Instrução CVM 247/1996 ainda traz como exemplos de evidências de influência da investidora na administração da coligada as seguintes situações: a) participação nas suas deliberações sociais, inclusive com a existência de administradores comuns; b) poder de eleger ou destituir um ou mais de seus administradores; c) volume relevante de transações, inclusive com o fornecimento de assistência técnica ou informações técnicas essenciais para as atividades da investidora; d) significativa dependência tecnológica e/ou econômico-financeira; e) recebimento permanente de informações contábeis detalhadas, bem como de planos de investimento; ou f) uso comum de recursos materiais, tecnológicos ou humanos. Relembre-se, contudo, que o importante agora, para definir se um investimento em coligada será avaliado pelo MEP é que a influência seja significativa, conforme a nova redação do caput do artigo 248 da Lei 6.404/1976. E, segundo vimos, há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la. Desse modo, as hipóteses citadas na Instrução CVM 247/1996 passam a servir apenas de orientação para a verificação da existência de influência significativa nos termos da Lei. Provavelmente a CVM ainda realizará a reforma do texto da citada Instrução, adequando-a às novas regras legais. PÁG. 105: No 3.º parágrafo, onde se lê: Investimentos em coligadas, desde que o investimento represente 20% ou mais do capital votante 8 da investida OU a investidora tenha influência significativa 8 na administração da investida. Leia-se: Investimentos em coligadas 8-A. E insira-se a nota de rodapé 8-A: 8-A Inovação da MP 449/08, que passou a prever que toda coligada será avaliada pelo MEP. 2
O Exemplo 1 passa a ser da seguinte forma: A Companhia INVESTEBEM tem as seguintes participações permanentes: Cia A R$ 10.000 (60% do capital votante) Cia B R$ 30.000 (10% do capital social) Cia C R$ 8.000 (20% do capital votante) Obs.: não há influência significativa na administração da companhias B. A participação na companhia A representa investimento em controlada, devendo ser avaliada pelo MEP. A participação na companhia B não representa investimento nem em controlada, nem em coligada, devendo ser avaliada pelo custo. A participação na companhia C é investimento em coligada, pois a influência significativa é presumida quando a participação da investidora é maior ou igual a 20% do capital votante da investida, sem controlá-la. Assim o investimento em C também deve ser avaliado pelo MEP. PÁG. 105: A questão 4 (CGU/2004) deve ser referida como (CGU/2004 adaptada) e o trecho (...) sendo sua coligada deve ser suprimido. PÁG. 106: A questão 6 passa a ter o seguinte enunciado: 6) (Auditor de Natal 2001 adaptada) A firma Amoreiras S/A tem um plano de contas corretamente implantado com uma classificação adequada à elaboração das demonstrações financeiras. Quando a investidora comprou, com a intenção de logo revender, um lote de 0,5% das ações do Banco do Brasil e outro lote de 20% das ações dos Supermercados do Sol S/A, o contador precisou criar os títulos Valores Mobiliários Ações Banco do Brasil e Ações de Coligadas Supermercados do Sol. Assinale a classificação correta para as citadas contas Valores Mobiliários Ações Banco do Brasil e Ações de Coligadas Supermercados do Sol, respectivamente: a) Ativo Circulante e Ativo Circulante b) Ativo Não-circulante Investimentos e Ativo Não-circulante Investimentos c) Ativo Não-circulante Realizável a Longo Prazo e Ativo Não-circulante Investimentos d) Ativo Não-circulante Investimentos e Ativo Circulante e) Ativo Circulante e Ativo Não-circulante Investimentos PÁG. 112: O enunciado comum às questões 13 a 15 passa a ter a seguinte redação: A Companhia X investiu, nas empresas I, II, III, IV e V, os percentuais ilustrados no quadro acima. O capital das investidas é formado apenas por ações ordinárias. As empresas distribuíram 40% de seus resultados líquidos e já efetuaram o respectivo repasse aos investidores. A investidora possui influência significativa na administração das investidas I e II. PÁGS. 112/113: O enunciado comum às questões 16 a 21 passa a ter a seguinte redação: 3
A companhia KAPA efetuou investimentos em outras empresas no Brasil. A Cia. A é controlada e as Cias. B e C possuem capital formado apenas por ações com direito a voto. No que se refere à avaliação e contabilização de investimentos societários no país e no exterior, sob a óptica da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), julgue os itens a seguir. PÁG. 114: O gabarito da questão 22 é C, pois todo investimento em controlada ou coligada, independentemente de relevância, deve ser avaliado pelo MEP. PÁG. 116: O inciso III do art. 250 da Lei 6.404/76 agora possui a seguinte redação: PÁG. 118: III as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados e do custo de estoques ou do ativo não-circulante que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de negócios entre as sociedades. O 2.º do art. 250 da Lei 6.404/76 agora possui a seguinte redação: PÁG. 126: 2º A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, que não for absorvida na consolidação, deverá ser mantida no ativo não-circulante, com dedução da provisão adequada para perdas já comprovadas, e será objeto de nota explicativa. No Balanço apresentado, onde se lê Permanente, leia-se Não-circulante. PÁG. 127: 1.ª linha: substituir Ativo Permanente por Ativo Não-circulante. No Balanço apresentado, onde se lê Permanente, leia-se Não-circulante. PÁG. 131: O Quadro 2 passa a ter a seguinte apresentação: 4
CMV Vendas de Operacionais Admin. Financeiras Vendas Margem Líquida Lucro Líquido Vendas Custo Total Outras Outras (antigas ÑOp) Provisão IR Taxa de Retorno Disponível Outras Giro do Ativo Vendas Ativo Total Ativo Circulante Clientes Estoques Ativo Nãocirculante ARLP Investimentos Imobilizado Intangível PÁG. 132: Nos dois Balanços apresentados, onde se lê Permanente, leia-se Não-circulante. PÁG. 133: Substituir a linha: PE = Passivo Exigível (Circulante + Exigível a Longo Prazo) Por: PE = Passivo Exigível (Circulante + parcela exigível do Passivo Não-circulante) 5
Acrescentar a nota de rodapé 1, conforme abaixo: NOTA DE RODAPÉ O denominador da fórmula seria o ROE que a empresa teria se não tivesse captado os empréstimos (ROE 1 ). O PL seria igual ao Passivo total (PL + PE) 1 e o LL seria acrescido do valor das despesas de juros surgidas com os empréstimos, pois, antes de se endividar, tais despesas não compunham o resultado da entidade. Desse modo, o GAF mede a eficiência da utilização dos recursos de terceiros na geração de retorno do capital próprio da empresa. 1 Relembre-se que a parcela não-exigível do Passivo Não-circulante (antigo REF) deve ser incorporada ao PL, para fins de análise de balanços. Obs: a nota de rodapé da pág. 134 passa a ser a de n.º 2 deste capítulo. PÁG. 145: Na nota de rodapé n.º 15, acrescentar o seguinte período ao final: 12 (...) 13 (...) 14 (...) 15 (...) Frise-se que, após o advento da MP 449/08, o PELP deve ser entendido, para fins de análise, como a parcela exigível do Passivo Não-circulante. PÁG. 149: O valor dos empréstimos a pagar (Quadro 4) é 300, e não 400. PÁG. 150: Imediatamente após o Quadro 2, acrescentar o seguinte parágrafo: Ressalte-se que o Passivo Não-circulante utilizado no cálculo do CCL é, na verdade, a soma dos grupos Passivo Não-circulante e Patrimônio Líquido. PÁG. 158: Na questão 35, faltou o traço da fração abaixo: PÁG. 159: Ativo Circulante Antecipadas Passivo Circulante Na tabela apresentada, onde se lê AP, leia-se AÑC. PÁG. 160: No 2.º parágrafo, substituir o trecho evolução do AP por evolução do Ativo Não-circulante. Na tabela apresentada, onde se lê Ativo Permanente, leia-se Ativo Não-circulante. PÁG. 161: 6
Acrescentar a seguinte nota de rodapé: Liquidez Geral ou Total 1 = (...) 1 Frise-se que, após o advento da MP 449/08, o PELP deve ser entendido, para fins de análise, como a parcela exigível do Passivo Não-circulante. E o Passivo Exigível (PE) como um todo, de curto e de longo prazo, será igual à soma do AC com essa parcela exigível do Passivo Não-circulante. Quanto à parcela não-exigível do atual Passivo Não-circulante (receitas diferidas antigo REF), deve ser incorporada ao PL, para fins de análise. PÁG. 164: Imediatamente após o título do item Índices de estrutura, acrescentar a seguinte observação: Observação: ver nota de rodapé à pág. 161. O trecho que fala sobre o índice de Imobilização de Capital Próprio passa a ter a seguinte redação: Imobilização de Capital Próprio = (AÑC ARLP) / PL O ideal é que este índice seja menor que 1. Se for maior que 1, significará que a empresa financia seu AÑC permanente (AÑC ARLP) com capital de terceiros (PE). Se o índice for alto demais, a empresa pode estar financiando seu AÑC permanente com recursos do PC, o que caracteriza risco de insolvência. AC + ARLP PC PÑC exigível Parte do PÑC exigível que financia o AÑC permanente AÑC (exceto ARLP) PL PÁG. 165: Onde se lê: Imobilização do Ativo Total = AP / AT Indica a participação do Ativo Permanente no investimento total. Leia-se: Imobilização do Ativo Total = (AÑC ARLP) / AT Indica a participação do Ativo Não-circulante permanente no investimento total. Na questão 2, onde se lê Ativo Permanente, leia-se Ativo Não-circulante. 7
PÁG. 166: Na questão 5, o item b passa a ter a seguinte redação: b) O Ativo Não-circulante permanente, em 2001, era de 300. ANEXO 2 (PÁGS. 179 A 194): Substituir os excertos da Lei 6.404/76 apresentada pela Lei 6.404/76 modificada pela MP 449/08. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm 8