AVALIAÇÃO DO ESPRETRO DE RESISTÊNCIA DA Escherichia coli EM CIDADE DO INTERIOR DA BAHIA

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DO ESPRETRO DE RESISTÊNCIA DA Escherichia coli EM CIDADE DO INTERIOR DA BAHIA TAVARES, Walter. Docente do Curso de Medicina Unifeso. SANTOS, Maria Queiroz. Discente do curso de graduação em Medicina INTRODUÇÃO A infecção do trato urinário é uma das afecções mais comuns no meio médico na atualidade, sendo assim, mostra-se necessário uma avaliação precisa quanto a sua etiologia, bem como seu tratamento mais indicado ¹. Há uma demonstração cada vez maior dos mecanismos de resistência das bactérias, causados principalmente por uma pressão seletiva sobre as bactérias, eliminando as que são suscetíveis a determinado antimicrobiano, permanecendo assim apenas as que de alguma forma resistiram. No caso da E.coli, bactéria gram negativa, há uma tendência a grande produção de betalactamases, pode-se também encontrar a mediada por plasmídios.²sendo assim, avaliando os grandes centros em determinados estados, podemos encontrar no estado da Bahia, na região Oeste a cidade de Barreiras, cidade esta que se encontra em pleno crescimento populacional, destacando-se na região como pólo educacional, agrário e comercial. Tendo em vista seu contingente populacional faz-se útil a avaliação do perfil de etiológico e terapêutico da infecção do trato urinário ³. OBJETIVOS Geral: Esse trabalho teve como objetivo avaliar os patógenos observados nas infecções do trato genitourinário, assim como o espectro de resistência da E.coli aos antibióticos, comumente usados na prática médica, na cidade de Barreiras Bahia, durante o ano de 2015. Específicos: Identificar a incidência dos patógenos nas culturas positivas. Resistência dos antimicrobianos mais usados REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Os antimicrobianos atuam de forma muito diversa para a eliminação bacteriana, podendo ser de forma bacteriostática, inibindo sua multiplicação, ou bactericida, levando a morte da bactéria. Para tal, eles atuam de diversas maneiras em diferentes sítios da bactéria, podendo interferir na síntese da parede celular bacteriana, levando assim a formação de uma parede defeituosa, ou mesmo a inexistência da mesma, acarretando posteriormente a lise osmótica das bactérias. Porém na atualidade um tema muito discutido se refere aos mecanismos de resistência que podem ser naturais, que fazem parte do genoma bacteriano, e é passado de geração a geração destas bactérias. Podem ser adquiridos, que ocorrem por meio de alterações na estrutura cromossômica bacteriana ou mesmo extracromossomicas, e variam de um grupo de antimicrobiano a outro, de acordo com seu mecanismo de ação. Inicialmente podemos citar os antibióticos beta-lactâmicos, que tem como principal mecanismo de resistência as beta-lactamases, enzimas hidrolíticas que atuam rompendo o anel beta-lactâmico do antimicrobiano, impedindo assim sua ação. Outro mecanismo encontrado se refere a resistência encontrada para o tratamento das micobactérias, que se da por meio da mutação bacteriana, com elevados níveis de resistência. Outros mecanismos de resistência se estabelecem por meio de mecanismos bioquímicos de resistência, como a já citada produção de enzimas inativadoras, a alteração da permeabilidade às drogas, que podem estar associadas ao espessamento da parede celular. As alterações no sistema de transporte da célula, também fazem parte deste grupo. A alteração do receptor das drogas, ocorre de quatro formas, por meio de ausência ou diminuição no mutante resistente da proteína ligadora de penicilina (PBP) de ligação do antibiótico, produção aumentada de uma PBP de menor importância na ação do antibiótico, produção de uma PBP com baixa afinidade e modificação na conformação da PBP.Outro mecanismo se baseia na resistência por alteração ribossomal. O gênero Escherichia compreende diversas espécies, sendo a de maior importância prática a Escherichia coli (E. coli). Essa bactéria se caracteriza por infectar qualquer parte do corpo, porém as infecções extra-intestinais de maior importância na prática clínica atualmente são: infecções do trato urinário, meningite do recém-nascido e a bacteremia². A infecção urinária se dá, geralmente por via ascendente, as bactérias presentes nas fezes colonizam uretra, bexiga, podendo, porém de forma menos comum, chegar ao rim, sendo mais relacionada a septicemia. Quando sintomático, o paciente adulto pode apresentar um quadro de disúria, polaciúria, ou urgência miccional, dor em baixo ventre, calafrios, e dor lombar. No idoso é como dor abdominal e alteração

comportamental ¹,4. Na criança a dor abdominal é a apresentação mais comum. E no recém-nascido pode-se aventar quando da presença de icterícia associada ou não a perda de peso, hipertermia, complicações neurológicas, diarréia, vômitos ou cianose. Em lactentes pode haver redução pondero estrutural, diarréia ou constipação, vômitos anorexia e febre de origem obscura¹. METODOLOGIA A coleta de dados foi através de um levantamento de dados retrógrados. Para tanto, os mesmos foram obtidos do banco de dados de um laboratório de análises clínicas, localizado em Barreiras, localizada no Oeste da Bahia. Os dados utilizados foram referentes ao período de janeiro à dezembro de 2015. Foram levantadas as urinoculturas positivas realizadas neste período, sendo estas acompanhadas do teste de sensibilidade aos antimicrobianos. Posteriormente, essas culturas foram avaliadas quanto a seus antibiogramas, levantando assim o panorama de sensibilidade quanto aos antimicrobianos testados, citados anteriormente. DISCUSSÃO DOS DADOS Avaliando um contexto nacional e até mesmo internacional, é possível perceber a prevalência da escherichia coli em diversas patologias, sendo uma das mais comuns a infecção do trato urinário. Figura 1 Resultado % de agentes etiológicos Agente Etiológico Agente Etiológico 6% 10% 6% 3% 0% 39% Escherichia coli Enterococo faecalis Enterobacter aeroginoso 13% 23% Klebsiela peneumoniae Estreptococos agalactiae Estafilococos hemolitico Enterobacter cloacae Fonte: Elaboração da autor

Ampicilina/Tazobactam Nitrofurantuína Fosfomicina Gentamicina Imipenem Levofloxacina Meropenem Ácido nalidixico Piperacilina/ Tazobactam Sulfametoxazol/ Tigeciclina Ertapenem Cefuroxima Amicacina Ampicilina Amoxacilina/ Clavulanato Aztreonam Ceftazidima Cefalotina Cefotaxima Cefoxitina Colistina Ciprofloxacina Cefepime Tobramicina Percentagem 16,0% 5 25,7% 66,7% 33,3% 33,3% 66,7% 75,0% 25,0% 41,7% 5 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 Neste período foi realizado o levantamento de 31 culturas e antibiogramas, com avaliação de 25 antimicrobianos, por meio do teste de sensibilidade aos antimicrobianos. Foi possível delinear ao mesmo tempo um perfil de resistência no local, percebendo-se ai a presença de diversas cepas sensíveis a 100% dos antimicrobianos testados, sendo estes de diversas classes. Ao mesmo tempo foi constatado que uma droga muito utilizada na atualidade, a ampicilina, apresentou um caráter de resistência elevado, chegando a mais de 58% das cepas. Figura 2 Resultados % de sensibilidade aos antibióticos 10 8 6 4 2 Sensível Resistente Antibiótico (ATB) A fosfomicina, muito indicada no tratamento de gestantes e antibiótico de excelente atuação para infecção do trato urinário, apresentou uma sensibilidade de 66%. Mostrando-se ainda como uma boa escolha para a proposta apresentada. Outra droga de boa indicação para gestantes, a nitrofurantuína, se encontra no grupo de antimicrobianos que apresentou 100% das cepas sensíveis. O sulfametoxazol/trimetoprim, antibiótico ainda muito difundido entre a classe médica para o tratamento de infecção do trato urinário ainda apresentou um bom perfil de sensibilidade. Houve também uma boa resposta das cepas às cefalosporinas de segunda e terceira gerações, apresentando um perfil de sensibilidade em torno de 70%.

REFERÊNCIAS 1. Tavares W,Marinho LAC. Rotinas de diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas e parsitárias. 4 ed. São Paulo: Atheneu; 2015 2. Trabulsi LR,Alterthum F,Gompertz OF,Candeias JAN. Microbiologia. 3. ed. São Paulo: Atheneu; 1999. 3. IBGE [homepage na internet]. Barreiras: Bahia-BA. [acesso em 30 jan 2016]. Disponívelem: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/bahia/barreiras.pdf 4. Adriano Neto, Adriano ABAGS, Grinbaum R. Infecção do trato urinário no pronto-socorro. In: Teixeira JCG, editor. Unidade de emergência: condutas em medicina de urgência. 3. ed. São Paulo: Atheneu; 2013. p. 649-668