Aula 4 Desenho Topográfico Disciplina: Geometria Descritiva 2CC Prof: Gabriel Liberalquino Soares Lima
ÁREA DE VISIBILIDADE O estudo de área de visibilidade é uma aplicação do conhecimento adquirido com perfis topográficos. Esse estudo é utilizado tanto nos projetos que precisam considerar o alcance de antenas ou em projetos que envolvam áreas de visibilidade propriamente dita como, por exemplo, projetos de presídios ou de empresas que têm a guarda de patrimônio de terceiros. Portanto, o objetivo de estudos dessa natureza é o de determinar pontos ou áreas em que a visibilidade deixa de ocorrer ou o alcance da antena deixa de existir.
ÁREA DE VISIBILIDADE Vejamos como se dá esse estudo: Digamos que no ponto A exista uma guarita, se um segurança está posicionado na guarita, qual seria o alcance da visão desse segurança? Que trechos do terreno ele deixaria de ver?
ÁREA DE VISIBILIDADE A partir do ponto B, que é o ponto de tangência entre o raio visual e a superfície topográfica, até o ponto C, que é a interseção entre o mesmo raio visual e a superfície. Pois, nesse intervalo existe um trecho em que a visibilidade é inexistente. Depois que encontramos no perfil o trecho em que a visibilidade deixa de ocorrer, temos que localizar os pontos B e C (que são as projeções ortogonais dos pontos B e C) em planta. Assim, quando fizermos o mesmo estudo em alguns perfis, podemos unir pontos de mesma natureza, determinando assim uma área. Vejamos como essa análise e localização de pontos ocorre observando a figura abaixo.
ÁREA DE VISIBILIDADE Portanto, em um estudo de área de visibilidade vários perfis como esse têm que ser feitos sempre partindo do ponto em questão, no nosso caso o ponto A.
ÁREA DE VISIBILIDADE Se quiséssemos fazer um estudo de visibilidade nessa área teríamos que: 1. Definir quantos e onde passaríamos os perfis topográficos, no caso da figura abaixo foram 6 perfis; 2. Construir os perfis topográficos; 3. Traçar os raios visuais, definindo os pontos de tangência e de interseção com a superfície; 4. Localizar esses pontos na planta topográfica; 5. Unir os pontos, em planta, para achar os limites da área de visibilidade. Foi o que ocorreu na superfície topográfica abaixo:
ÁREA DE VISIBILIDADE
TERRAPLENAGEM Terraplenagem - é qualquer serviço que se faça em um terreno que modifique sua conformação natural, seja por enchimento (aterro) ou por escavação (corte). Talude É a superfície de um terreno proveniente de um movimento de terra (seja aterro ou corte). Plataforma é o local onde se deseja implantar o projeto de arquitetura ou de engenharia.
DECLIVE DE UM TALUDE 1. É a declividade da linha de maior declive do talude, ou seja, é o ângulo formado pelo talude e a horizontal do terreno; 2. É a relação entre a diferença de cota entre dois pontos de uma de suas retas de maior declive e a projeção do segmento definido pelos referidos pontos; 3. É a tangente trigonométrica de sua inclinação. Tg = (cat. op.)/(cat. adj.) = A/B = i
DECLIVE DE UM TALUDE O declive dos taludes é definido em função da altura do corte e da natureza do material. Os valores mais usados são: 1. Terreno com possibilidade de desmoronamento (material mole) = 1/1; 2. Terreno sem possibilidade de desmoronamento (material duro) =3/2; 3. Rocha = infinito (talude vertical). OBSERVAÇÃO: A declividade de um talude também pode ser dada em porcentagem.
CORTE OU ESCAVAÇÃO Ocorre quando a construção que se quer executar tem cota menor que a da superfície natural do terreno.
CORTE OU ESCAVAÇÃO Depois de desenhada uma seção em corte, obtém-se duas cristas de corte. Consequentemente, ficam determinadas, em planta, duas linhas que são os lugares geométricos das cristas de corte. Essas linhas são chamadas linhas das cristas de cortes, ou simplesmente, linhas de corte.
ATERRO OU ENCHIMENTO Aterro é o enchimento feito no terreno quando a construção que se quer executar tem cota maior que a superfície natural do terreno. OBSERVAÇÃO: Tudo que foi mencionado com relação ao corte se aplica ao aterro e às seções mistas
SEÇÃO MISTA Uma seção mista contém uma parte em corte e outra em aterro.
Referências Bibliográficas Costa, J. D., Superfícies Topográficas. UFPE Departamento de Expressão Gráfica. 2005