Aula 4 Desenho Topográfico

Documentos relacionados
Aula 5 Desenho Topográfico

Aula 2 Desenho Topográfico

Exercício 1.A - Múltipla Projecção Ortogonal - Intersecções (7 val)

I - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS TELHADOS

Aula 3 Desenho Topográfico

Capítulo I - Introdução ao Estudo dos Telhados

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS TELHADOS. 1. Introdução

PARTE VIII INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS TELHADOS

CAPÍTULO I. c) Água cada parte de uma cobertura que conduz uma determinada porção das águas da chuva, chama-se água.

732,50. Titulo 729,80 725, ,32 721,40. Copyright EPUSP-PTR -LTG 2016 LTG/PTR/EPUSP

Aula 7 Desenho Topográfico

Capítulo I - Introdução ao Estudo dos Telhados

ESTUDO DA RETA COMO DETERMINAR UMA RETA COMO É A PROJEÇÃO DE UM SEGMENTO DE RETA. Por um ponto passam infinitas retas.

FOLHAS PARA AS AULAS PRÁTICAS 2017/2018 DE TOPOGRAFIA ANO LETIVO DOCENTES: ANA PAULA FALCÃO ALEXANDRE GONÇALVES

DESENHO TÉCNICO II EXERCÍCIOS

ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DAS ESTRADAS

732,50. Titulo 729,80 725, ,32 721,40. Copyright EPUSP-PTR -LTG 2011 LTG/PTR/EPUSP

Perspectiva / / Perspectiva Isométrica. Fonte: Miceli, Perspectiva Cavaleira. Fonte: Miceli, 2008.

EXPRESSÃO GRÁFICA PROJEÇÕES COTADAS PROJEÇÕES COTADAS CONCEITOS GERAIS 1/28

UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

O TRAÇADO DE UMA ESTRADA

Noções de Topografia Para Projetos Rodoviarios

Perspectiva. Perspectiva Isométrica. Fonte: Miceli, Perspectiva Cavaleira. Fonte: Miceli, 2008.

RETA DE MÁXIMA DECLIVIDADE

CÁLCULO DE VOLUMES E DIAGRAMA DE BRÜCKNER (OU DIAGRAMA DE MASSAS)

REPRESENTAÇÃO DO RELEVO

EAC TOPOGRAFIA II REPRESENTAÇÃO DO RELEVO

O TRAÇADO DE UMA ESTRADA

Plano cartesiano, Retas e. Alex Oliveira. Circunferência

Projeto Geométrico de Rodovias. Estudo de Traçado

PROJETO E CONSTRUÇÃO DE ESTRADAS

Prof. Rafael Saraiva Campos CEFET/RJ UnED Nova Iguaçu 2011

7 NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS CÁLCULO DE VOLUMES. Curso: 7º Período - Engenharia de Agrimensura e Cartográfica. Prof. Paulo Augusto F.

D e s e n h o T é c n i c o

Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil TOPOGRAFIA I. Profa. Adriana Goulart dos Santos

Geometria Descritiva. Desenho de Sólidos. Departamento de EXPRESSÃO GRÁFICA

Estrada de Rodagem Elementos Geométricos Longitudinais

Departamento de Desenho, Geometria e Computação 2018 / º ano Mestrados Integrados em Arquitectura GDC I

DESENHOS COMPONENTES DO PROJETO DE ARQUITETURA

LUGARES GEOMÉTRICOS Geometria Euclidiana e Desenho Geométrico PROF. HERCULES SARTI Mestre

FORMAÇÃO CONTINUADA EM MATEMÁTICA FUNDAÇÃO CECIERJ/ CONSÓRCIO CEDERJ. Matemática 3º Ano 3º Bimestre 2014 Plano de Trabalho

APOSTILA GEOMETRIA DESCRITIVA

PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS CURVAS VERTICAIS. Curso: 7º Período - Engenharia de Agrimensura e Cartográfica. Prof. Paulo Augusto F.

DESENHO TÉCNICO 3. Prof. Mariana Gusmão e Gabriel Liberalquino

Reta Fronto-Horizontal: simultaneamente paralela ao PHA e PVS.

A equação da circunferência

ALUNO(A): Prof.: André Luiz Acesse: 02/05/2012

AULA 11 ESTRADAS I 11/11/2010 CONCORDÂNCIA VERTICAL CONCORDÂNCIA VERTICAL CONCORDÂNCIA VERTICAL

Plano Cartesiano e Retas. Vitor Bruno Engenharia Civil

2015/2016 2º semestre GDCII turmas MiARQ 1DD e MiARQ-Interiores e Reabilitação 1AD Professor Luís Mateus Plano semanal do semestre

Traçado de Estradas. Aula de hoje: Desenvolvimento de Traçados. Prof. Paulo Augusto F. Borges

Lista 3: Geometria Analítica

básicos da geometria descritiva, destacando os tipos Inicia se pelo estudo do ponto e depois estende se

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL APOSTILA DE CÁLCULO. Realização:

FAMEBLU Arquitetura e Urbanismo

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ensino Secundário Ano Letivo 2016/2017

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ensino Secundário Ano Letivo 2018/2019. Documento(s) Orientador(es): Aprendizagens Essenciais

NOTAS DE AULAS GEOMETRIA DESCRITIVA

Álgebra Linear I - Aula 5. Roteiro

ALTIMETRIA. É a parte da topografia que trata dos métodos e instrumentos empregados no estudo e representação do relevo da Terra.

DESENHO TÉCNICO 1. Professor: Gleison Renan Inácio Curso: Mecânica

Um plano fica definido por duas retas paralelas ou concorrentes.

REPRESENTAÇÃO DO RELEVO

PERFIL LONGITUDINAL. Perfil longitudinal é o corte do terreno e da estrada, projetada por uma superfície vertical que contem o eixo da planta.

FAMEBLU Arquitetura e Urbanismo

1. Projeções e Vistas Principais

732,50. Titulo 729,80 725, ,32 721,40. Copyright EPUSP-PTR -LTG 2016 LTG/PTR/EPUSP

2012 Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados. Aula 3 Sistemas de. Ortogonais

Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil TOPOGRAFIA I. Profa. Adriana Goulart dos Santos

PARTE VIII INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS TELHADOS

PRINCÍPIOS DE CARTOGRAFÍA BÁSICA

DESENHO GEOMÉTRICO ETECVAV

Desenho Topográfico. Conceitos de Projeções Cotadas Conceitos Planimetria e Altimetria Curvas de Nível Interpolação Exercício

07/10/2013. AULA 03 Sistemas de projeção. Sobre a Geometria Descritiva (GD):

Posição relativa entre retas e círculos e distâncias

Concluimos dai que o centro da circunferência é C = (6, 4) e o raio é

AULA 3 DESENHO ORTOGRÁFICO

VISTAS AUXILIARES. Objetivo: Autor: Revisor: Última revisão: Referências: UFRGS-FA-DEG-NDP VISTAS AUXILIARES 1/12

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICA

FAMEBLU Arquitetura e Urbanismo

Metas/Objetivos Descritores/Conteúdos Aulas previstas

ELEMENTOS BÁSICOS PARA O PROJETO DE UMA ESTRADA DISTÂNCIA DE VISIBILIDADE

Desenho Geométrico e Concordâncias

DESENHO TÉCNICO ESTRUTURA DA AULA DE HOJE 03/03/2019 NORMALIZAÇÃO NORMALIZAÇÃO ENGENHARIA QUÍMICA 2019

Aula 2-ARQ-011 Desenho Técnico 1:

NOTAS DE SERVIÇO DE TERRAPLENAGEM

Cotagem. Regras gerais de cotagem. Cotagem de Dimensões Básicas. Unidade de medida em desenho técnico

Aula 14 Círculo. Objetivos

Escola Politécnica UFRJ Departamento de Expressão Gráfica DEG. Sistemas Projetivos. Representação de Retas no Sistema Mongeano NOTAS DE AULA

DESENHO TÉCNICO. AULA 06 - COBERTURA Curso: Engenharia Civil Matéria: Desenho Técnico

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP LABTOP Topografia 1. Altimetria. Aula 1

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Prof. Prof. Eduardo Oliveira Barros Disciplina: Estradas II. Terraplenagem

2017/2018 2º semestre GDCII turmas MiARQ 1ED Professor Luís Mateus Plano semanal do semestre. Semana 1 (22 de Fevereiro)

Transcrição:

Aula 4 Desenho Topográfico Disciplina: Geometria Descritiva 2CC Prof: Gabriel Liberalquino Soares Lima

ÁREA DE VISIBILIDADE O estudo de área de visibilidade é uma aplicação do conhecimento adquirido com perfis topográficos. Esse estudo é utilizado tanto nos projetos que precisam considerar o alcance de antenas ou em projetos que envolvam áreas de visibilidade propriamente dita como, por exemplo, projetos de presídios ou de empresas que têm a guarda de patrimônio de terceiros. Portanto, o objetivo de estudos dessa natureza é o de determinar pontos ou áreas em que a visibilidade deixa de ocorrer ou o alcance da antena deixa de existir.

ÁREA DE VISIBILIDADE Vejamos como se dá esse estudo: Digamos que no ponto A exista uma guarita, se um segurança está posicionado na guarita, qual seria o alcance da visão desse segurança? Que trechos do terreno ele deixaria de ver?

ÁREA DE VISIBILIDADE A partir do ponto B, que é o ponto de tangência entre o raio visual e a superfície topográfica, até o ponto C, que é a interseção entre o mesmo raio visual e a superfície. Pois, nesse intervalo existe um trecho em que a visibilidade é inexistente. Depois que encontramos no perfil o trecho em que a visibilidade deixa de ocorrer, temos que localizar os pontos B e C (que são as projeções ortogonais dos pontos B e C) em planta. Assim, quando fizermos o mesmo estudo em alguns perfis, podemos unir pontos de mesma natureza, determinando assim uma área. Vejamos como essa análise e localização de pontos ocorre observando a figura abaixo.

ÁREA DE VISIBILIDADE Portanto, em um estudo de área de visibilidade vários perfis como esse têm que ser feitos sempre partindo do ponto em questão, no nosso caso o ponto A.

ÁREA DE VISIBILIDADE Se quiséssemos fazer um estudo de visibilidade nessa área teríamos que: 1. Definir quantos e onde passaríamos os perfis topográficos, no caso da figura abaixo foram 6 perfis; 2. Construir os perfis topográficos; 3. Traçar os raios visuais, definindo os pontos de tangência e de interseção com a superfície; 4. Localizar esses pontos na planta topográfica; 5. Unir os pontos, em planta, para achar os limites da área de visibilidade. Foi o que ocorreu na superfície topográfica abaixo:

ÁREA DE VISIBILIDADE

TERRAPLENAGEM Terraplenagem - é qualquer serviço que se faça em um terreno que modifique sua conformação natural, seja por enchimento (aterro) ou por escavação (corte). Talude É a superfície de um terreno proveniente de um movimento de terra (seja aterro ou corte). Plataforma é o local onde se deseja implantar o projeto de arquitetura ou de engenharia.

DECLIVE DE UM TALUDE 1. É a declividade da linha de maior declive do talude, ou seja, é o ângulo formado pelo talude e a horizontal do terreno; 2. É a relação entre a diferença de cota entre dois pontos de uma de suas retas de maior declive e a projeção do segmento definido pelos referidos pontos; 3. É a tangente trigonométrica de sua inclinação. Tg = (cat. op.)/(cat. adj.) = A/B = i

DECLIVE DE UM TALUDE O declive dos taludes é definido em função da altura do corte e da natureza do material. Os valores mais usados são: 1. Terreno com possibilidade de desmoronamento (material mole) = 1/1; 2. Terreno sem possibilidade de desmoronamento (material duro) =3/2; 3. Rocha = infinito (talude vertical). OBSERVAÇÃO: A declividade de um talude também pode ser dada em porcentagem.

CORTE OU ESCAVAÇÃO Ocorre quando a construção que se quer executar tem cota menor que a da superfície natural do terreno.

CORTE OU ESCAVAÇÃO Depois de desenhada uma seção em corte, obtém-se duas cristas de corte. Consequentemente, ficam determinadas, em planta, duas linhas que são os lugares geométricos das cristas de corte. Essas linhas são chamadas linhas das cristas de cortes, ou simplesmente, linhas de corte.

ATERRO OU ENCHIMENTO Aterro é o enchimento feito no terreno quando a construção que se quer executar tem cota maior que a superfície natural do terreno. OBSERVAÇÃO: Tudo que foi mencionado com relação ao corte se aplica ao aterro e às seções mistas

SEÇÃO MISTA Uma seção mista contém uma parte em corte e outra em aterro.

Referências Bibliográficas Costa, J. D., Superfícies Topográficas. UFPE Departamento de Expressão Gráfica. 2005