Aula 2 Desenho Topográfico
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- Matheus Henrique Laranjeira Teixeira
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1 Aula 2 Desenho Topográfico Disciplina: Geometria Descritiva 2CC Prof: Gabriel Liberalquino Soares Lima
2 LINHA D ÁGUA OU LINHA HIDRODINÂMICA Essas linhas imaginárias são linhas de descida de água, ou seja, são as linhas de máxima declividade do terreno (declividade em relação ao plano horizontal de projeção). Para encontrá-las procuramos sempre a menor distância entre duas curvas de nível consecutivas (já que quanto menor a distância entre as curvas de nível, mais íngreme é o terreno). Porém, como nem sempre o declive é constante numa linha do terreno, nem o declive da superfície é máximo para cada duas cotas dessa linha, se quisermos achar as linhas de declividade máxima, temos que analisar os seguintes casos: A linha de maior declive entre duas curvas de nível consecutivas; A linha de maior declive pertencente a um ponto da superfície.
3 LINHA D ÁGUA OU LINHA HIDRODINÂMICA No primeiro caso, procura-se a menor distância entre essas curvas. Já no segundo caso, procura-se a menor distância entre o ponto dado e a curva de nível consecutiva, da curva seguinte em diante, o problema recai no primeiro caso. No entanto, nem sempre a linha de maior declive é consecutiva. Por exemplo:
4 LINHA D ÁGUA OU LINHA HIDRODINÂMICA Assim nem toda região possui uma única linha de maior declive. No segundo caso, a determinação da linha de maior declive se faz da seguinte maneira: Seja P o ponto dado, a menor distância entre P e a curva de cota 40 é o segmento PM, e a menor distância entre M e a curva de cota 50 é MN, a menor distância entre P e a curva de cota 20 é PQ, e a menor distância entre Q e a curva de cota 10 é QR... Logo, RQPMN é a linha de maior declive que passa por P.
5 ENCOSTA Encostas, também chamadas de FLANCOS ou de VERTENTES, são as superfícies laterais das elevações ou depressões.
6 TALVEGUE É uma linha imaginária comum a duas encostas, é a linha que reúne os pontos mais baixos da região comum a duas encostas. identificamos os talvegues traçando as linhas d água de duas encostas e onde elas convergirem existe um talvegue. Por serem a convergência das linhas d água, os talvegues são pontos de escoamento de água das chuvas.
7 TALVEGUE Sua identificação é de extrema importância para que o projetista possa determinar a localização de bueiros, de lagos artificiais ou de pontos de aterro. Resumindo, a água das chuvas desce pelas encostas e escoa pelo talvegue. Na planta topográfica, os talvegues podem ser facilmente localizados porque neles as curvas de nível de cotas mais altas envolvem as de cota mais baixa.
8 LINHA DE CUMIADA Também é chamada de DIVISOR DE ÁGUAS, LINHA DE CRISTA, ou de FESTO. É a linha comum a duas vertentes em seus pontos mais altos. Ou seja, quando a água da chuva cai exatamente em cima dela, metade dessa água desce por uma vertente e a outra metade desce pela outra vertente. A linha de cumiada limita bacias hidrográficas (área da superfície de um terreno que alimenta um rio ou lago).
9 ESPIGÃO É gerado pela DIVERGÊNCIA das linhas d água.
10 PONTO DE GARGANTA São os pontos de maior cota nos talvegues e de menor cota nos espigões. É o ponto comum entre um espigão e um talvegue. As curvas de nível em torno dos pontos de garganta têm sempre um formato parecido com a letra X.
11 PONTO DE CUME São os pontos de maior cota nos espigões e linhas de cumiada. Identificamos os pontos de cume nas plantas topográficas facilmente, uma vez que as curvas de nível são concêntricas nestes pontos.
12 VÁRZEA É a região formada por terrenos com muito pouca inclinação e situados nas margens de um rio.
13 VALE É a região formada por duas vertentes e que tem um talvegue em comum.
14 PERFIL TOPOGRÁFICO Digamos que temos a planta topográfica abaixo, e nela resolvemos passar um plano α perpendicular ao plano π 1 (que é o plano horizontal). Como vemos na figura, o segmento de reta AB seria o traço de α. Para que possamos ver o resultado da interseção entre α e a superfície topográfica temos que construir o que chamamos de PERFIL TOPOGRÁFICO.
15 CONSTRUÇÃO DO PERFIL TOPOGRÁFICO Para construí-lo temos primeiro que construir uma épura mongeana tomando um par de eixos x e y e posicioná-lo de forma que o eixo x fique paralelo ao traço do plano que está interceptando a superfície topográfica. No eixo y marcamos as cotas da superfície, e levantamos linhas de chamada na interseção entre as curvas de nível e o traço do plano. No cruzamento entre essa linha de chamada e a linha referente à cota no eixo y marcamos um ponto. Quanto unirmos os pontos referentes a todas essas interseções teremos o contorno do terreno, ou seja, o perfil topográfico.
16 CONSTRUÇÃO DO PERFIL TOPOGRÁFICO Esse tipo de perfil é chamado de perfil longitudinal, ou seja, resultante da interseção de um plano que é perpendicular ao plano horizontal de projeção. Esse, na verdade é o tipo de perfil mais utilizado, porém para determinados estudos, perfis como esses não oferecem informações suficientes, logo são considerados outros perfis, cujos planos de seção são perpendiculares tanto ao plano de perfil longitudinal quanto ao plano de projeção (teríamos uma situação espacial idêntica a de um triedro). Sua construção é semelhante e recebem o nome de PERFIS TRANSVERSAIS.
17 CONSTRUÇÃO DO PERFIL TOPOGRÁFICO ATENÇÃO!!! Nos perfis, sejam nos transversais como nos longitudinais, a unidade marcada no eixo y é sempre 10 vezes maior do que a unidade marcada no eixo x. Isso é feito para que relevo do terreno, mostrado no perfil fique acentuado, já que muitas vezes o relevo da superfície é muito suave. Feito isso, não se pode mais medir grandezas lineares, nem angulares, no perfil. A solução é se fazer cálculos prévios em pontos notáveis da superfície e indicar essas grandezas no perfil evitando o inconveniente do cálculo constante.
18 PERFIL CURVILÍNEO Um perfil longitudinal nem sempre é uma seção plana como foi o caso do traço AB do início dessa aula. Muitas vezes o plano de corte é curvilíneo. Logo, o perfil é determinado planificando-se o plano que secciona a superfície. Para isso temos que retificar a linha dada na planta
19 PERFIL CURVILÍNEO OBSERVAÇÃO: Quando as cotas de um perfil aumentam, ou diminuem, a ponto da linha que o define sair do papel em que está sendo desenhado, o perfil é interrompido e se faz uma translação do eixo vertical de modo que seu traçado volte a caber no papel.
20 Referências Bibliográficas Costa, J. D., Superfícies Topográficas. UFPE Departamento de Expressão Gráfica. 2005
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