P á g i n a 1. Caderno de formação #4

Documentos relacionados
Elementos para uma teoria libertária do poder. Felipe Corrêa

A Organização Política Anarquista

Marxismo e Autogestão

FILOSOFIA E SOCIEDADE: O TRABALHO NA SOCIEDADE MODERNA

Karl Marx: E AS LUTAS DE CLASSES

CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER

O Marxismo de Karl Marx. Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior

TEORIAS SOCIALISTAS MOVIMENTOS OPERÁRIOS NO SÉCULO XIX.

Profª Karina Oliveira Bezerra Aula 05 Unidade 1, capítulo 5: p. 63 Unidade 8, capítulo 5: p. 455 Filme: Germinal

O AGRUPAMENTO DE TENDÊNCIA Felipe Corrêa

Teorias socialistas. Capítulo 26. Socialismo aparece como uma reação às péssimas condições dos trabalhadores SOCIALISMO UTÓPICO ROBERT OWEN

AUTOGESTÃO. Movimento Anarquista Brasileiro

Aula 8 A crítica marxista e o paradigma da evolução contraditória. Profa. Dra. Eliana Tadeu Terci

LIBERDADE E POLÍTICA KARL MARX

Nascimento da Sociologia

CURRÍCULO, FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA E AS TENDÊNCIAS DE EDUCAÇÃO. India Mara Ap.Dalavia de Souza Holleben NRE PONTA GROSSA

TEORIAS DO ESTADO ANARQUISTAS E MARXISTAS Felipe Corrêa*

Economia e Gestão do Setor Público. Profa Rachel

Sobre marxismo-leninista.

Programa de Formação Sindical

(A Ideologia Alemã Introdução)

ALGUNS PRESSUPOSTOS EM COMUM ENTRE: MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO TEORIA HISTÓRICO CULTURAL PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA

KARL JENSEN E OS MOVIMENTOS SOCIAIS

Qual é o ponto de humor da charge abaixo? SOCIALISMO

Ideias e movimentos sociais e políticos no século XIX

O CURRÍCULO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS SUJEITOS

12/02/14. Tema: Participação Social Uma Aproximação Teórica e Conceitual. Objetivos da Aula. Conselhos Gestores

Marx e a superação do Estado, Ademar Bogo. Editora Expressão Popular, 2018, por Luciano Cavini Martorano, da Editoria de marxismo21

EDUCAÇÃO: UMA ABORDAGEM CRÍTICA

Sociologia 23/11/2015 PRODUÇÃO & MODELOS ECONÔMICOS TIPOS DE MODOS DE PRODUÇÃO

10 Ensinar e aprender Sociologia no ensino médio

O CAPITALISMO ESTÁ EM CRISE?

Movimentos Políticoideológicos XIX

Quem criou o termo e desenvolveu a sociologia como ciência autônoma foi Auguste Comte. Sua obra inicia-se no início do século XIX e é central a noção

O que é Anarquismo? Coordenação Anarquista Brasileira (CAB) Abandonar o senso comum e as posições de adversários e inimigos

Prof. Aparecido Carlos Duarte

Universidade Estadual de Roraima Mestrado Profissional em Ensino de Ciência

Da Modernidade à Modernização. Prof. Benedito Silva Neto Teorias e experiências comparadas de desenvolvimento PPGDPP/UFFS

Teoria de Karl Marx ( )

UMA RETROSPECTIVA DIDÁTICA E LEGAL

A NECESSIDADE DO ESTUDO DO MARXISMO E DA COMPREENSÃO DA SOCIEDADE

O pensamento sociológico no séc. XIX. Sociologia Profa. Ms. Maria Thereza Rímoli

Sociologia Alemã: Karl Marx e Max Weber. Prof. Robson Vieira 1º ano

Teoria Realista das Relações Internacionais (I)

ROSA LUXEMBURGO: UMA MULHER NA LUTA PELA EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA

Análise Social 3. Desigualdades Sociais ESCS Sistemas de desigualdades

Declaração de Princípios OASL

REVOLUÇÃO RUSSA: CRÍTICA E AUTOCRÍTICA

O CONTEXTO HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA

ESTUDAR MARX para iniciantes

Programa Mínimo de Formação. Caderno 01. O Que é Anarquismo

A Filosofia Hegeliana

FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA PROFESSOR: REINALDO SOUZA

P L A N O DE C U R S O DISCIPLINA SOCIOLOGIA I. CARGA HORÁRIA TU: 50 horas TC: 30 horas Total: 80 horas. Professora Doutora Márcia Maria de Oliveira

DIMENSÕES PEDAGÓGICAS DO PPP

Representações cotidianas: um desenvolvimento da teoria da consciência de Marx e Engels

EDUCAÇÃO FÍSICA. HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE 1º semestre. Prof. Ms. Anísio Calciolari Jr.

CAPÍTULO: 38 AULAS 7, 8 e 9

A Questão da Transição. Baseado em Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico de Friedrich Engel.

UMA IMAGEM VALE MAIS DO QUE MIL PALAVRAS: INTELECTUALIDADE E INTERESSES DE CLASSE

Pensamento do século XIX

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais

Positivismo de Augusto Comte, Colégio Ser Ensino Médio Introdução à Sociologia Prof. Marilia Coltri

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 57 SOCIALISMO: UTÓPICO E CIENTÍFICO

ORIGEM DO ESTADO E FORMAS DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICA. Prof. Elson Junior Santo Antônio de Pádua, Junho de 2017

O que é Ideologia? Federação Anarquista Uruguaia (FAU) Tradução: Felipe Corrêa

Teoria da História. Prof. Dr. Celso Ramos Figueiredo Filho

O poder e a política SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO

COLÉGIO CEC 24/08/2015. Conceito de Dialética. Professor: Carlos Eduardo Foganholo DIALÉTICA. Originalmente, é a arte do diálogo, da contraposição de

Liderança para resultados

A HISTÓRIA DO PENSAMENTO JURÍDICO. Aula n.º 02

Teoria Realista das Relações Internacionais (I)

SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO E O DESENVOLVIMENTO DE COMUNIDADE DE 1945 A 1953

Sociedade Civil Organizada Global. Prof. Diego Araujo Azzi BRI/CECS

FEMINISMO. Luta das mulheres pela igualdade

Filosofia e Política

SOCIOLOGIA PRINCIPAIS CORRENTES.

FUNDAMENTOS DA SOCIOLOGIA. A Geografia Levada a Sério

edição. R.J.: DIFEL, 1993.

Comparação entre as abordagens de classe marxiana e weberiana

MATERIALISMO HISTÓRICO (Marx e Engels)

DIREITO. 08. URCA/ Não é um dos caracteres da Norma Jurídica: a) Unilateralidade; b) Bilateralidade; c) Generalidade; d) Coercitividade.

24/07/2014. As origens da Sociologia. A questão do conhecimento

DIREITO CONSTITUCIONAL

RESOLUÇÃO SIMULADO 3 SÉRIE H6 TARDE 1º DIA 1BIM 2015 TIPO D

RESOLUÇÃO SIMULADO 3 SÉRIE H5 TARDE 1º DIA 1BIM 2015 TIPO C

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz KARL MARX. Tiago Barbosa Diniz

A BUSCA POR UMA COMPREENSÃO UNITÁRIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS THE SEARCH FOR AN UNITARY UNDERSTANDING OF FUNDAMENTAL RIGHTS

Programa de Retomada de Conteúdo

MENINAS DA VILA: POR UMA EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA. Introdução

KARL MARX -Vida, obra e contexto sociopolítico-

Anais ISSN online:

A EDUCAÇÃO FÍSICA, SUA RELAÇÃO HISTÓRICA COM O MUNDO DO TRABALHO E SUAS POSSIBILIDADES PARA O ENSINO MÉDIO INTEGRADO

IDEOLOGIA: ENSINO DE FILOSOFIA E DIFICULDADES DO PENSAMENTO ANTI-IDEOLÓGICO NA ESCOLA INTRODUÇÃO

Marxismo e Autogestão, Ano 01, Num. 01, jan./jun. 2014

RELATO DOS RESULTADOS DA ANÁLISE COMPARATIVA DA DISSERTAÇÃO MARX E FREIRE: A EXPLORAÇÃO E A OPRESSÃO NOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO HUMANA. 1.

História da América Latina

Aula5 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE EM GEOGRAFIA HUMANA E FÍSICA. Rosana de Oliveira Santos Batista

Transcrição:

P á g i n a 1

P á g i n a 2 REDEFININDO O ANARQUISMO: Este caderno de formação como os anteriores está baseado teoricamente na dissertação de mestrado do militante anarquista Felipe Corrêa intitulada: Rediscutindo o anarquismo, onde o autor fará uma análise das vertentes teóricas anarquistas, o surgimento delas e a presença desta em fatos históricos importantes da humanidade. Partindo da definição básica do anarquismo: O anarquismo é uma ideologia socialista e revolucionária que se fundamenta em princípios determinados, cujas bases se definem a partir de uma crítica da dominação e de uma defesa da autogestão; em termos estruturais, o anarquismo defende uma transformação social fundamentada em estratégias, que devem permitir a substituição de um sistema de dominação por um sistema de autogestão. (Corrêa, F. 2012, p.79) Percebemos que surgem categorias essências para a construção desta definição que se encontram em negrito na citação, e também um pilar que seria a defesa da autogestão contra a dominação, entendida aqui dominação como a relação hierárquica típico das sociedades de classe e/ou institucionalizadas burocraticamente. O método para se chegar à autogestão é a revolução, onde os atores deste processo são os agentes sociais das classes dominadas transformando sua capacidade de realização em força social e por meio de um conflito destas classes dominadas contra as classes dominantes que usarão seus aparatos estatais de um modo geral para impedirem que a transformação se efetue. A força social é construída a partir de um processo de consciência de classe e construção da autogestão em microesferas sociais como, por exemplo, em locais de trabalho, movimentos sociais, escolas populares etc. estimulando a participação, a horizontalidade entre os indivíduos, ou seja, a igualdade para todos, e construir as lutas de baixo para cima. A sociedade de classes não pode ser um empecilho para construirmos aquilo que almejamos, pois os nossos fins devem ser fiéis aos meios que utilizamos para tal, isto é, só se chega a autogestão a partir da própria autogestão dentro do processo revolucionário. Antes de darmos continuidade na definição, deixemos claro o que são três esferas sociais que o autor usa para demonstrar onde se manifestam a dominação, classes sociais, poder etc. estas esferas são: político/jurídico/militar, econômica e cultural/ideológica/midiática. Vale ressaltar que a realidade não é bem dividida com estes termos e um afastado do outro, porém estas divisões são importantes teoricamente para entendermos o contexto que estamos inclusos ou analisar fatos históricos.

P á g i n a 3 Categorias centrais e conceitos acessórios: Ideologia: Entende-se como ideologia como o conjunto ideias, aspirações, sentimentos e motivações que interagem com as intervenções políticas. (FAU, 2009a/b) Por este motivo o anarquismo é uma ideologia socialista revolucionária, pois está pautada em uma estratégia e um ideal produto do movimento de massas, e jamais dissociável da prática. A ideologia também pode ser entendida de um modo mais sintético como a relação da teoria e da prática, e por este motivo não há indivíduo aideológico que se apoie somente no pensamento ou somente na ação. A ideologia anarquista está embasada numa leitura da realidade denominada teoria que explicaremos a seguir, e a partir destas montar uma estratégia coerente com seus objetivos revolucionários. Não confundir o conceito de ideologia com o que Stoppino (2004a, p.585-587) denominado significado forte de ideologia como uma crença falsa, ou seja, uma falsa consciência de uma crença política. Ideologia e teoria: A ideologia está relacionada com aspectos não-científicos como valores, motivações, aspirações, enquanto a teoria busca fazer uma análise racional e profunda da realidade aproximando ao máximo da ciência. Estes são conceitos totalmente distintos, a ideologia seria uma prática política de intervenção da realidade, enquanto a teoria um modo de compreensão. Estas duas podem fazer uma ponte de relação, mas mantendo a distinção de ambas. O anarquismo constitui uma ideologia baseada em vários métodos de análise e teorias distintas sejam elas materialistas, idealistas, estruturalistas, indutivo-dedutivos que consideram muitas vezes algumas esferas de maior relevância uma sobre a outra. Os diversos modos teóricos-metodológicos usados pelo anarquismo durante sua história não torna uns menos anarquistas que outros, mas na verdade isso fortalece o antidogmatismo e a colaboração que um método pode oferecer aos outros, e como cada método pode ser mais eficiente dependendo do contexto histórico a ser discutido. O que estas abordagens têm em comum, é que a sociedade está dividida em classes sociais e que isto é negativo para o processo de evolução social e emancipação humana para uma sociedade justa no sentido de igualdade, sem a necessidade de autoridades e de indivíduos que possuam mais poder do que outros. Mesmo por possuir teorias minuciosas e científicas da realidade social, o anarquismo não pode ser considerado uma teoria, e sim uma ideologia, pois está baseada em um conjunto de valores éticos, sentimentos, práticas, aspirações que são elementos subjetivos que extrapolam a ciência. Não há então como construir um socialismo

P á g i n a 4 científico como se o socialismo fosse um determinismo social, pois para chegarmos neste fim vai depender das nossas ações no mundo de intervir politicamente. De um modo geral, a ciência estuda os fatos: Aquilo que aconteceu, o que está acontecendo e o que necessariamente deve acontecer. Enquanto a ideologia depende da ação do indivíduo para que se torne realidade. Os embates teóricos entre os anarquistas não foi somente entre análises idealistas ou materialistas, mas também em qual das três esferas predomina sobre as outras, para Bakunin a predominância da economia (infraestrutura) diante as outras, mas isso não significa um determinismo, pois as outras esferas podem intervir na economia. Isto é, a relação entre ambas se dá de forma dialética, mesmo que a economia seja fundamental e mais importante a esfera ideológica/midiática/cultural e a esfera político/jurídica/militar. Kropotkin ao fazer sua teoria do Direito põe no mesmo patamar a esfera econômica e a política que caminham de mãos dadas, pois o Direito serviu para garantir a propriedade privada e os privilégios de classe dos dominantes e que impede a revolta dos miseráveis. Estas duas abordagens podem ser consideradas materialistas, onde há a primazia dos fatos diante as ideias (Bakunin 2000ª, p. 14). Mas para entendermos o motivo de serem materialistas devemos entender o contexto histórico desses dois ícones do anarquismo. O contexto de surgimento do socialismo de um modo geral no século XIX foi marcado por uma produção do conhecimento que superasse a vigente: metafísica e idealista. Então houve a necessidade de se entender a Realidade a partir dos fatos, e não mais a partir do ideal, surgindo assim tanto o materialismo, como o positivismo posteriormente. No entanto, o século XX demonstrou que os fatores objetivos também possuem uma influencia sobre os fatos, e que a esfera ideológica não é tão passiva como se imaginava. Estratégia: A estratégia pode ser entendida como a compreensão teórica da atual situação em que nos encontramos, quais são os fins que almejamos e quais os métodos usados para chegar a estes fins. No caso dos anarquistas a condição atual da sociedade é a dominação e o objetivo é a autogestão, cabe a estratégia buscar os meios mais eficazes para chegar a ela. Os anarquistas ao longo da história também divergiram das formas estratégicas, mas sempre mantendo o aspecto da coerência entre objetivos, táticas e fins. Força Social: Como foi dito anteriormente, a força social é a força motriz para a realização de nossos objetivos, e ela vem do agrupamento de indivíduos (agentes sociais) que compartilham da mesma condição de explorados, ou seja, da mesma classe social visando mudanças.

P á g i n a 5 A força social não significa somente violência no sentido político, mas que ela participe das três esferas sociais. O papel da força social pode ser tanto para reforçar o status-quo como para modificá-lo como é no caso das teorias socialistas de maneira geral. Poder: Entendesse como poder aqui como a assimetria nas relações de força (TOMÁS IBÁÑEZ, 2007a, p.43-44) envolvendo todos os indivíduos e as relações sociais, sendo dinâmica e conflituosa, onde uma força irá preponderar sobre a outra. O Anarquismo não é a extinção do poder, mas sim a divisão do poder, onde ampliasse a participação dos indivíduos nos problemas do coletivo, sem a intervenção de um indivíduo ou instituição soberana que anule o poder político de cada agente social, construindo assim a autogestão que contrapõe a dominação na qual é fundamentada na hierarquia. A hierarquia é uma ferramenta essencial para o mantimento da sociedade de classes, por onde uma minoria irá dominar e alienar as massas. E é por isso que o Anarquismo trás a autogestão como alternativa de superação desta verticalidade social mantida pelo Estado que faz o papel de comitê executivo da classe dominante e usa de meios coercivos para tal. A autogestão então é a ampliação da participação dos agentes sociais nas decisões que afetam tanto o agente, como o coletivo. Classes sociais: As classes sociais existem por decorrência da dominação e não só existem nas relações econômicas que geram mais-valia como também nas outras duas esferas sociais. De um modo mais geral a sociedade está dividida em dois tipos de classes: As dominantes e as dominadas. As dominantes expropriam o subproduto produzido pelas classes dominadas denominada mais-valia, esta relação econômica é denominada exploração, mas ela não explica totalmente a dominação classista. Os interesses dessas duas classes são contraditórios, os dominadores querem ampliar o seu domínio, enquanto os dominados querem ampliar sua participação gerando assim o conflito social, ou seja, a luta de classes. Para que se chegar ao socialismo libertário, as classes dominadas devem compreender e manifestas os seus interesses (consciência de classe) e através da força social gerar a transformação social e modificar toda a conjuntura. REFERÊNCIAS: CORRÊA, Felipe. REDISCUTINDO O ANARQUISMO: Uma abordagem teórica. 2012. 275f. (Dissertação de mestrado) Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

P á g i n a 6