Perguntas formuladas por alunos sobre Tectónica de Placas: uma estratégia de aprendizagem Alexandra Gonçalves [1], Carlos Antunes [2], Piedade Rebelo [3], Celeste Gomes [4] [1] CGUC, Departamento de Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Coimbra, xanafg@gmail.com [2] CGUC, Departamento de Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Coimbra, carloslousa@gmail.com [3] Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra, Coimbra, pvaz@mat.uc.pt [4] CGUC, Departamento de Ciências da Terra, Universidade de Coimbra, Coimbra, romualdo@dct.uc.pt Conferência GEOescolas: novas práticas no ensino das Geociências Idanha-a-Nova, 05/11/2011
ORGANIZAÇÃO Introdução Objetivos Metodologia Resultados Considerações Limitações Bibliografia 2
INTRODUÇÃO A capacidade de formular perguntas é uma competência importante, existindo evidências que: favorece a explicitação do conhecimento prévio; permite um aperfeiçoamento de capacidades de observação, investigação e explicação; estimula o raciocínio; pode contribuir para o desenvolvimento intelectual de quem a formula; potencia a aprendizagem. 3
INTRODUÇÃO Estratégia central na aprendizagem de conteúdos e na formulação de novos problemas. Uma investigação recente evidenciou que as perguntas formuladas pelos alunos, no final da lecionação de uma unidade curricular, estão relacionadas com os resultados da avaliação. Relação positiva entre a formulação de perguntas e os resultados escolares, quando a classificação é baseada na dificuldade dos conceitos (Gonçalves et al., 2011) 4
INTRODUÇÃO Importa então desenvolver contextos e recursos de ensino e aprendizagem potenciadores da formulação de perguntas. 5
OBJETIVOS Caracterizar as perguntas formuladas pelos alunos sobre processos e objetos de Tectónica de Placas, particularmente, durante a implementação de estratégias específicas. Textos Imagens Limites e movimentos Causas Consequências 6
METODOLOGIA Estudo com carácter exploratório Amostra: 26 alunos do 10º ano de escolaridade 16 e 10 Procedimentos: foi pedido aos alunos que formulassem questões que os materiais suscitassem ou dúvidas que tivessem. As fichas apresentavam duas versões (imagens e texto). Medidas: Categorização das perguntas segundo Moreira, 2006: Nível cognitivo; Relação com a situação-problema. 7
METODOLOGIA Caracterização das perguntas - Nível cognitivo Conhecimento factual (C1) O que é uma placa litosférica? Compreensão (C2) Porque é que as placas colidem nalgumas zonas? Aplicação e/ou Análise (C3) Pode haver colisão entre as placas sem consequentemente elas afundarem? Síntese e/ou Avaliação (C4) Será o vulcanismo responsável pelo afastamento entre as placas tectónicas? - Relação com a situação-problema 8
RESULTADOS Total de perguntas: 13 Imagem: 157 Texto: 125 13 282 =12,1 =9,6 Nível Cognitivo (C) Relação com a situaçãoproblema (R) C0 14 R0 C1 67 17 R1 C2 41 47 R2 C3 22 79 R3 C4 13 Nível Cognitivo (C) Relação com a situaçãoproblema (R) C0 9 R0 C1 83 22 R1 C2 17 13 R2 C3 7 81 R3 C4 9 22,3% nível cognitivo superior 12,8% nível cognitivo superior 9
RESULTADOS Total de perguntas: 13 Imagem: 157 Texto: 125 13 282 =12,1 =9,6 Nível Cognitivo (C) Relação com a situaçãoproblema (R) C0 14 R0 C1 67 17 R1 C2 41 47 R2 C3 22 79 R3 C4 13 Nível Cognitivo (C) Relação com a situaçãoproblema (R) C0 9 R0 C1 83 22 R1 C2 17 13 R2 C3 7 81 R3 C4 9 50,3% resposta não fornecida 64,8% resposta não fornecida 10
RESULTADOS Total de perguntas: 13 Imagem: 157 Texto: 125 13 282 =12,1 =9,6 Diferenças feminino/masculino Imagem Texto Total % 79 92 171 60,6 78 33 111 39,4 11
CONSIDERAÇÕES As perguntas formuladas são predominantemente de nível cognitivo baixo (74,4%), resultados que vão corroborar os obtidos noutros estudos sobre o tema. Maior formulação de perguntas de nível cognitivo superior quando suscitadas por imagens (22,3%) quando comparadas com as suscitadas por texto (12,8%). 12
CONSIDERAÇÕES A maior parte (50,3% ou 64,8%) das respostas às perguntas não se encontram fornecidas. As raparigas formularam mais perguntas (60,6%) do que os rapazes (39,4%). 13
LIMITAÇÕES Número limitado de sujeitos (26 alunos). Falta a relação das perguntas com os resultados escolares. Dificuldade na categorização objetiva das perguntas. 14
BIBLIOGRAFIA Dori, Y.J., & Herscovitz, O. (1999). Question-Posing Capability as an Alternative Evaluation Method: Analysis of an Environmental Case Study. Journal of Research in Science Teaching, 36(4), 411-430. Gonçalves, A., Antunes, C., Vaz, P. e Gomes, C. (2011). Perguntas formuladas por alunos do 7º ano de escolaridade: um estudo exploratório. XI Congresso SPCE. Guarda. Harper, K.A., Lin, Y., & Etkina, E. (2003). Encouraging and Analyzing Student Questions in a Large Physics Course: Meaningful Patterns for Instructors. Journal of Research in Science Teaching, 40(8), 776-791. Moreira, A. (2006). As questões dos alunos na avaliação em Química. Tese de Mestrado. Universidade de Aveiro, Aveiro. Consultado em http://ria.ua.pt/bitstream/10773/3370/1/2008001369.pdf, a 22/09/2011. 15