Um estudo sobre a abordagem da Automedicação por meio de uma estratégia lúdica no Ensino de Química

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Transcrição:

Um estudo sobre a abordagem da Automedicação por meio de uma estratégia lúdica no Ensino de Química Aline Souza de Camargo 1 (FM)*, Marta de Oliveira Veloso Pena 2 (FM), Patrícia Fernandes Lootens Machado 3 (PQ) 1,2 Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte - SEDUCE-GO 3 Universidade de Brasília Instituto de Química alinesouzadecamargo@yahoo.com.br pflmachado@unb.br Palavras-Chave: Ensino de Química, Automedicação, Ludicidade. RESUMO: DISCUTIMOS NESTE TRABALHO UMA ESTRATÉGIA LÚDICA CAPAZ DE RELACIONAR ASPECTOS DA AUTOMEDICAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA. A AUTOMEDICAÇÃO APRESENTA GRAVES CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS, ECONÔMICAS E AMBIENTAIS. ISSO PODE SER OBSERVADO NOS DADOS FORNECIDOS PELO SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES TÓXICO-FARMACOLÓGICAS (SINITOX) QUE INDICAM O USO NÃO RACIONAL DE MEDICAMENTOS COMO UMA PRÁTICA COMUM E PREOCUPANTE EM NOSSO PAÍS, QUE CAUSA SÉRIOS PROBLEMAS DE SAÚDE PÚBLICA, FATO ESSE COMPROVADO PELA DIVULGAÇÃO DE ALTOS ÍNDICES DE INTOXICAÇÃO. PODEMOS INFERIR QUE ESSA PRÁTICA ESTÁ LIGADA À FACILIDADE DE ACESSO A MEDICAMENTOS, PROPAGANDA POR DIVERSAS MÍDIAS, BEM COMO A NECESSIDADE DE SE TRATAR DETERMINADO SINTOMA OU ATÉ MESMO HÁBITOS CULTURAIS E TRADICIONAIS, VISANDO ATINGIR O BEM-ESTAR PLENO. PORTANTO, A HQ COMO UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO, É CAPAZ DE EVIDENCIAR ASPECTOS DA AUTOMEDICAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS, AGINDO COMO MOTIVADORA DO DESENVOLVIMENTO DE POSTURAS CRÍTICAS EM RELAÇÃO AO CONSUMO NÃO RACIONAL DE MEDICAMENTOS. INTRODUÇÃO A humanidade, ao longo da história da civilização, lida com o estado de saúde ou de doença conforme sua compreensão de mundo, por isso, diversas teorias foram delineadas sobre o processo saúde-doença. Há consenso, entre estudiosos dessa área, de que cada indivíduo atribui significados diferentes aos conceitos de saúde e doença, dependendo do meio e das circunstâncias a que está submetido. Nesse sentido, Scliar (2007) descreve que o conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural (p. 30). Isso significa que esses conceitos podem variar dependendo da época, do lugar, da classe social, dos valores individuais, dos conhecimentos e das crenças, enfim, dos aspectos histórico-culturais que nos constituem. Em relação ao uso não racional de medicamentos, podemos citar Paracelso que, na Idade Média, afirmou que todas as substâncias eram venenosas e a diferença entre remédio e veneno era apenas a dose. O consumo inadequado e excessivo de medicamentos, para aliviar os sintomas ou curar algum tipo de doença, pode acarretar diversos efeitos adversos, como reações alérgicas, dependência, resistência, envenenamento, complicações hepáticas e hematológicas. Pode também mascarar uma determinada doença já existente, causar interações medicamentosas, minimizar temporariamente os sintomas e, até mesmo, agravar a doença, tornando-a crônica (SANTOS, 2012). A temática Medicação permeia toda a história de Saúde e da busca pela cura de doenças que afligiu e continua afligindo a Humanidade. Nesse sentido, deve-se

ressaltar que há uma diferença conceitual entre os termos medicamentos e remédios. O conceito da palavra remédio remete a todo e qualquer tipo de cuidado utilizado para curar ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e mal-estar (BRASIL, 2008a, p. 38). Ao utilizar o termo remédio, que é bem amplo, deve-se compreender que ele está associado aos recursos terapêuticos utilizados no combate das doenças e dos sintomas. Como exemplos desses recursos, podemos citar os banhos quentes, as massagens para diminuir tensões, chás caseiros e repouso quando resfriado, hábitos alimentares saudáveis, atividades físicas regulares e até mesmo o uso de medicamentos, utilizados como remédios. Uma das consequências do desenvolvimento da Ciência está relacionada à produção de medicamentos, isto é, substâncias ou materiais que vêm contribuindo de maneira significativa para o bem-estar dos indivíduos, assim como para o prolongamento da expectativa de vida dos seres humanos (PAZINATO et al., 2012). O significado do termo medicamento pode ser encontrado no Decreto-Lei n.º 176/2006 do Ministério da Saúde, que apresenta mudanças no setor de medicamentos e dispõe, em seu artigo 3.º, as definições referentes ao tema, definindo medicamento como: [...] toda a substância ou associação de substâncias apresentada como possuindo propriedades curativas ou preventivas de doenças em seres humanos ou dos seus sintomas ou que possa ser utilizada ou administrada no ser humano com vista a estabelecer um diagnóstico médico ou, exercendo uma ação farmacológica, imunológica ou metabólica, a restaurar, corrigir ou modificar funções fisiológicas. (BRASIL, 2006, p. 6300) A partir dessa citação, compreendemos que é correto afirmar que todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento (BRASIL, 2008b). Não raramente, ouvimos falar sobre a adoção de práticas de automedicação pela população. Isso tem gerado um grave problema de saúde pública, confirmado pela divulgação de altos índices de intoxicação medicamentosas pelo Sinitox (BRASIL, 2009). Sob essa perspectiva, a problemática citada levou-nos a refletir sobre a ineficiência das abordagens quanto ao uso não racional de medicamentos junto à sociedade brasileira. Segundo Lefevre e Lefevre (2007), os órgãos responsáveis pela saúde em nosso país não têm conseguido dar conta da diversidade de problemas existentes nessa área, necessitando de articulações intersetoriais para dar melhor suporte aos indivíduos. Nesse sentido, buscamos suportes teóricos que nos auxiliassem a desenvolver uma estratégia em que o uso da temática medicação pudesse desencadear processos ensino-aprendizagem relacionando conceitos estruturantes da Ciência Química voltados para a Educação em Saúde. Temos nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências Naturais (BRASIL, 1998) a orientação do uso de várias fontes informativas como recurso didático no ensino de Ciências: Além do livro didático, outras fontes oferecem textos informativos: enciclopédias, livros paradidáticos, artigos de jornais e revistas, folhetos de campanhas de saúde, de museus, textos da mídia informatizada, etc. É importante que o aluno possa ter acesso a uma diversidade de textos informativos, pois cada um deles tem estrutura e finalidade próprias. (BRASIL, 1998, p. 81)

Portanto, nosso trabalho vai ao encontro dessas propostas no âmbito escolar, de forma que os aspectos e as práticas de automedicação sejam abordados de maneira lúdica. Nesse sentido, encontramos em Vergueiro (2014) referência à utilização de histórias em quadrinhos para tornar as aulas mais agradáveis. Esse autor também faz referência à publicação nos livros didáticos das diversas áreas do conhecimento, bem como a utilização da linguagem dos quadrinhos nas diversas produções. Outro ponto abordado por esse autor diz respeito à utilização da imagem e texto que aguçam a curiosidade, a motivação e a compreensão de conceitos. Para Vygotsky (1996), o desenvolvimento ocorre mediante a interação do sujeito com a ludicidade no ambiente de aprendizagem. De forma intencional, utilizamos a ludicidade para o desenvolvimento da temática pela possibilidade de interagir e integrar os conhecimentos, como estímulos ao processo de aprendizagem dos alunos e, por entendermos, que na perspectiva sócio-histórico e cultural está presente desde os primórdios da humanidade (ANDRADE; SANCHES, 2004). Concordamos também com Teixeira (1995), que as atividades lúdicas mobilizam esquemas mentais (...) acionam e ativam as funções psico-neurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento (...), aciona as esferas motora e cognitiva (p. 23). Encontramos na História em Quadrinhos uma ferramenta de comunicação lúdica com características linguísticas que propiciam o desenvolvimento do enredo por meio da leitura prazerosa e o desenvolvimento da capacidade cognitiva (...) que possibilita a compreensão e a intervenção do indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir conexões (NUNES, 2004, p. 12). Conforme Cagnin (1975), buscouse na História em Quadrinhos apresentar o sistema narrativo através do texto e desenhos em uma relação integrante, de modo a mostrar a situação problema e respectiva contextualização. METODOLOGIA A pesquisa realizada neste trabalho possui abordagem qualitativa e que, segundo Moreira (2011), o interesse central da pesquisa está na questão dos significados que as pessoas atribuem a eventos e objetos, em suas ações e interações dentro de um contexto social e na elucidação e exposição desses significados pelo pesquisador (p. 22). Além disso, as abordagens qualitativas devem conservar a forma literal dos dados, envolvendo um procedimento estruturado, rigoroso e sistemático para analisá-los (LAVILLE; DIONNE, 2008). Partindo dessa abordagem qualitativa, o método de pesquisa escolhido para este trabalho foi o estudo de caso, que permite entender um fenômeno contemporâneo da vida real em profundidade quando os limites entre o fenômeno e o contexto não são evidenciados de maneira clara (YIN, 2010). A atividade escolhida tem uma abordagem lúdica, por meio de uma História em Quadrinhos, de um tema social, o uso não racional de medicamentos. Compreendemos como tema social o conhecimento que surge da realidade de determinado grupo com o qual estamos nos relacionando e que geram situações e discussões sobre o individual, o social e o histórico (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2011). Portanto,

concordamos com Santos e Schnetzler (1996) que a educação para a cidadania deve ser feita de tal forma, que a pessoa tenha capacidade de participar e tomar decisões criticamente no que se refere a determinados temas. A pesquisa foi aplicada a um grupo de 242 alunos das três séries do Ensino Médio de duas Unidades Escolares da Rede Pública da cidade de Goiânia/GO, uma situada na periferia e outra na região central. Os alunos participantes apresentam uma faixa etária entre 15 e 20 anos de idade. Utilizamos duas aulas de Química, com duração de 40 minutos cada, abordando um caso real de automedicação, ocorrido em setembro de 2012 na Inglaterra 1. O caso foi apresentado de duas formas: História em Quadrinho HQ e em um texto. Ressaltamos que do total de alunos, um grupo de 146 alunos recebeu o caso apresentado na forma de HQ, enquanto outro grupo de 90 alunos recebeu a atividade na forma de texto contendo as mesmas falas. A diferença entre as estratégias foi a forma de apresentação, para que pudéssemos observar se o tipo de apresentação influenciava distintamente no envolvimento e compreensão sobre o tema por parte dos estudantes. Após a leitura do caso, os alunos fizeram um julgamento da gravidade da situação e resolveram a um questionário, que objetivou extrair as concepções dos participantes sobre a automedicação. Não foi solicitado aos mesmos que se identificassem, para dar mais liberdade à forma de se expressar. Posteriormente, as concepções dos alunos foram socializadas em sala. RESULTADOS E DISCUSSÕES Faz-se necessário citar aqui que este trabalho se propõe relacionar a abordagem de conceitos científicos de maneira lúdica, contextualizada e problematizadora, por meio da temática Medicação, para dar significação e despertar o interesse dos alunos pelo estudo das Ciências e suas inter-relações, na perspectiva de torná-los mais autônomos, reflexivos, críticos e conscientes na realização de escolhas para uma vida saudável, considerando o uso racional de medicamentos. Tal atividade também objetivou estimular a mudança de hábitos a partir da atuação na comunidade escolar, contribuindo para a formação de cidadãos mais esclarecidos quanto ao uso responsável de medicamentos e aos cuidados com a saúde individual e coletiva (BRASIL, 2008). As perguntas do questionário contribuíram para a compreensão do contexto dos alunos, aos conceitos prévios sobre a temática medicação; à prática de consumir medicamentos sem prescrição médica (automedicação) e ao uso de remédios. Os dados obtidos na primeira pergunta sobre o tema medicação ter sido trabalhado em alguma disciplina da escola demostrou que 57% já haviam estudado em algum momento essa temática. Desses 57%, 102 alunos, ou seja, 73,9% eram da escola de periferia. Essa diferença se justifica pelo tema de automedicação ser recorrentemente abordado em aulas de Química (CAMARGO, 2013). No entanto, 48% dos pesquisados tinham dúvidas sobre a diferença entre remédio e medicamento. Desse total de alunos duvidosos 85% eram também da escola de periferia, o que pode parecer uma contradição. No entanto, a temática não foi anteriormente trabalhada com todos os alunos, por exemplo com os que cursavam 1ª série do Ensino Médio. 1 Notícia sobre um caso de intoxicação com o medicamento Ibuprofeno, que causou a Síndrome de Stevens-Johnson, que provoca uma severa reação alérgica a drogas. Disponível em <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/11/121101_alergia_ibuprofeno_as.shtml>. Último acesso em 13 jan. 2016.

Ao investigarmos qual a importância dada pelos alunos sobre a abordagem do tema automedicação ser trabalhada por meio de um caso real, obtivemos que a maioria, cerca de 85% do total deles, reconhecem a relevância da temática e da mesma ser trazida para o debate em sala de aula a partir de uma situação verdadeira. A seguir expomos as respostas mais representativas dos alunos no que diz respeito à relevância: Porque me ajudou a pensar melhor antes de tomar medicamentos sem consulta médica. Porque pode nos mostrar que é importante procurarmos um especialista antes de tomar um medicamento, para não acontecer do caso se agravar. É sempre bom relembrar que a medicação por conta própria vem acompanhada de uma série de riscos e não é correto. Essa historia me fez lembrar que eu mesmo já tive reação alérgica ao remédio e isso causou algumas complicações e a consequência foi ir parar num hospital. Já tomei um remédio indicado por uma pessoa sem orientações medicas e acabei passando muito mal e tive alergia no corpo inteiro por causa do remédio, e tive que ir ao medico. Eu já tive uma experiência ruim igual ao Toninho, eu estava passando muito mal, com dor de cabeça, e me deram dipirona, o que me causou uma reação alérgica, meu corpo empolou todinho. Observamos que alguns alunos conseguiram externar sua concepção sobre a importância de tal abordagem em sala de aula e isso acaba por refletir as ações que podem ser tomadas fora da escola. Ainda nessa linha investigativa sobre como os alunos relacionam a metodologia utilizada com as discussões e ações sobre automedicação, podemos observar que a maioria dos pesquisados gostaram e se interessam por temas atuais, apresentados de maneira lúdica, conforme apresentado na Figura 1 abaixo: 100% 80% 60% 40% 20% Metodologia Interessante Metodologia Ineficaz Branco 0% HQ Texto Figura 1 Gráfico sobre a metodologia utilizada. A figura mostra que a forma de apresentação do tema automedicação, seja na forma em HQ ou em Texto não interfere na metodologia utilizada. Outro questionamento necessário para se conhecer as práticas sobre automedicação foi sobre como os alunos ficaram conhecendo tais medicamentos, visto

que os consumiam. As respostas encontram-se na Tabela 1, na qual podemos perceber que a maioria indicou familiares como informantes/indicadores desses medicamentos e outra parcela, 39%, disse que souberam dos medicamentos/remédios por meio de pessoas mais velhas. Quem indicou o medicamento Porcentagem Familiares 57% Pessoas mais velhas 39% Mídias 8% Tabela 1 Porcentagem de alunos que responderam sobre quem os indica o uso de medicamentos. A porcentagem elevada, obtida no primeiro dado, reafirma a necessidade de se trabalhar a temática Medicação com os alunos, alertando-os sobre o risco do uso inadequado dos mesmos, e estimulando mudanças desse hábito, tanto individual quanto no seio familiar e comunitário. Constata-se também a interferência, os riscos da automedicação e o aumento do consumo de medicamentos decorrentes da publicidade veiculada pela televisão, mesmo que em pequenas proporções, já que apenas 8% dos pesquisados tenham citado essa fonte. Mas o que observamos são mídias que apresentam medicamentos para minimizar sintomas de gripe, resfriado, determinados tipos de dores e vitaminas de forma geral, de maneira simples e natural. Quanto à frequência com que esses alunos utilizam medicamentos, notamos na Figura 2 que a maioria, 30%, o fazem pelo menos 1 vez por mês e que 27% o consomem diariamente. 30% 25% 20% 15% 10% 5% Diariamente A cada duas semana Mais de 1 vez por semana 1 vez por mês 0% Figura 2 Frequência com que usam medicamentos Essa porcentagem é significativa, mediante a faixa etária dos alunos pesquisados, e tais dados ressaltam ainda mais a necessidade de abordar tal temática em sala de aula, de maneira em que os conteúdos de químicas estejam entremeados, dando mais significado à aprendizagem e à formação de cidadãos críticos e conscientes de seus atos e em suas tomadas de decisões.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Percebemos, por meio da análise das respostas que essa ludicidade, apresentada em forma de história em quadrinhos e textos, contribuiu para agregar valores pessoais sobre a temática trabalhada, sensibilizando-os. E em ambas as formas de textos, os alunos responderam muito bem. Também depreendemos que as discussões feitas sobre responsabilidade individual e condições promovidas pelas políticas públicas influenciaram nas respostas apresentadas, no que diz respeito à promoção da saúde. Já no que se refere às causas ligadas à automedicação, constatamos que, para os alunos, esse tipo de procedimento pode estar relacionado à facilidade de acesso a medicamentos, à necessidade de se tratar determinado sintoma por indicação de um familiar ou até mesmo hábitos culturais e tradicionais. Chamou-nos a atenção, o fato de não ter sido citado em suas respostas a dificuldade de atendimento da saúde, seja publica ou privada. Percebemos que apesar da escola localizada na periferia ter por hábito abordar a temática automedicação os resultados não apresentaram diferença significativa na importância dada pelos estudantes à temática trabalhada. Da mesma forma observamos a semelhança nos percentuais relativos ao comportamento dos participantes em exercitar a automedicação. Para ambas as escolas os dados são aproximadamente os mesmos Os alunos expressaram interesse e estímulo durante as aulas, oportunamente realizando comentários de situações já vivenciadas. Foi também possível observar a necessidade de aprimoramento da prática pedagógica para torná-la mais motivadora e profícua o processo de ensino e aprendizagem. O uso da estratégia lúdica e do tema social mobilizou maior interesse dos alunos nas aulas de química. Inferimos, dos dados apresentados na categoria sobre quem indica medicamentos/remédios, que há necessidade de se abordar o tema automedicação, suas consequências e os diversos aspectos envolvidos, junto aos alunos, pois os dados revelaram que muitos deles usam por recomendação familiar, hábito cultural em nossa região. Consideramos extremamente relevante ressaltar junto aos alunos que o consumo excessivo de medicamentos, seja para aliviar sintomas ou curar algum tipo de doença, pode acarretar efeitos adversos. Eles precisam compreender que a automedicação pode: contribuir para mascarar determinada doença, já existente; causar interações medicamentosas; minimizar temporariamente os sintomas e, até mesmo, agravar a doença, tornando-a crônica, como relatou Santos (2012). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, O. G; SANCHES, G. M. M. B. Aprendendo com o Lúdico. In: O desafio das letras, 2., 2004, Rolândia, Anais... Rolândia: FACCAR, 2005. ISSN: 1808-2548. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais. Brasília, 1998. BRASIL. Ministério da Educação. Orientações Curriculares para o Ensino Médio. v. 2. Brasília: MEC/SEB, 2006. Disponível em

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