BANCO NACIONAL DE ANGOLA Workshop sobre EDUCAÇÃO FINANCEIRA Tema: Consumer Protection and Financial Literacy in the provision of payment services Orador: Ramos da Cruz Lisboa, Centro Cultural de Belém, 23 a 25 de Outubro de 2012 1
001 ÍNDICE: 1. REGULADORES DO SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO 2. FUNÇÕES DO BNA 3. PRINCIPAIS OBJECTIVOS DO DSC 4. IMPORTAÂNCIA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA 2
003 REGULADORES DO SISTEMA FINANCEIRO Sistema Financeiro - LIF, Lei nº 13/05, 30 de Setembro. Instituições Financeiras Bancárias Instituições Financeiras Não Bancárias BNA Nº 1, do artigo 5º, Instituições Financeiras Bancárias e não Bancárias, excepto Sociedades de Seguros, Providência Social e Mercado de Capitais ISS Nº 2, do artigo 5º, Sociedades de Seguros e Providência Social CMC Nº 3, do artigo 5º, Sociedades Ligadas ao Mercado de Capitais e ao Investimento 3
002 FUNÇÕES DO BNA Lei do BNA - Lei n.º 16/10, de 15 de Julho Nº 1 e 2 do artigo 3º: Emitir, assegurar e preservar o valor da moeda nacional; Participar na definição das politicas monetária, financeira e cambial; Executar, acompanhar e controlar a politica monetária, cambial e de crédito; e Gerir o sistema de pagamentos e administração do meio circulante no âmbito da politica económica do País. Capítulo VI, Regras de Conduta, secções I à IV, nos artigos 55.º à 69.º Artigo 57., n. 1 Dever de Informação Disposições sobre competência técnica, relações com os clientes, dever de informação, códigos de conduta, segredo profissional, cooperação com outras entidades, conflito de interesses, concorrência e publicidade; informarem os clientes de forma clara e inequívoca sobre a remuneração que oferecem, taxas de juro e condições de concessão de Crédito, preço dos serviços prestados e outros suportados por aqueles 4
004 Objectivos Gerais 1. Colmatar a relação assimétrica entre clientes e instituições; 2. Identificar e quantificar a vulnerabilidade do sistema financeiro a riscos; 3. Assegurar a estabilidade do sistema financeiro, evitando crises financeiras 4. Instituir como conceito legal a Supervisão das IF no quadro das atribuições do BNA; 5. Tornar eficaz a protecção dos interesses dos consumidores de produtos e serviços financeiros; 6. Desenvolver uma actuação efectiva para assegurar o cumprimento das normas de conduta, por via: 1.De Procedimentos de regulação e sancionamento; 2.De Apreciação das reclamações de clientes 5
005 7. Acompanhar as funcionalidades das operações e dos controlos internos das instituições financeiras Supervisão Micro e Macro Prudencial Supervisão Comportamental Emissão de Regras Prudências e Comportamentais
Matérias de regulação no Âmbito da Supervisão do BNA Tipos de actuações: Protecção do Consumidor de Produtos e Serviços Financeiros; Prazos para a Execução de Transferências; Prazos de Disponbilização das Operações de Pagamentos; Actividade de Emissão, Aceitação e Utilização de Cartões de Pagamento 006
007 Protecção do Consumidor de Produto e Serviços Financeiro (Aviso n.º 02/11, de 01 de Junho) PROTECÇÃO DO CONSUMIDOR DE PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS Aviso n.º 02/11, de 01 de Junho, estabelece as regras e procedimentos a serem observados pelas instituições financeiras na prestação de produtos e serviços financeiros, assegurando assim: O tratamento não discriminatório dos consumidores de produtos e serviços financeiros; Atendimento prioritário; Segurança fisica e patrimonial dos que acedem aos estabelecimentos das instituições financeiras; Segurança da informação; e Direito de reclamação. 8
Transferências e Disponibilização de Fundos (Aviso n.º 02/12, de 09 de Março) 008 PRAZOS PARA EXECUÇÃO DE TRANSFERÊNCIAS Transferências intrabancárias (moeda nacional ou estrangeira) devem ser realizadas no dia em que as instruções são validadas (a validação deve ocorrer no mesmo dia); Transferências interbancárias recebidas até as 15h de dia útil na compensação do STC (Subsistema de Transferências à Crédito) do próprio dia; Transferências interbancárias recebidas após as 15h - na compensação do STC (Subsistema de Transferências à Crédito) do dia útil seguinte; Transferências multicaixa ordenadas até 15h na compensação do próprio dia; Transferências multicaixa ordenadas após as 15h na compensação do dia útil seguinte; Transferências urgentes SPTR no próprio dia ou no dia útil seguinte; 9
Transferências e Disponibilização de Fundos (Aviso n.º 02/12, de 09 de Março) 009 PRAZOS DE DISPONIBILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE PAGAMENTOS Transferências intrabancárias - debitado ao ordenante; no momento em que é Transferências interbancárias no dia útil seguinte; Transferências SPTR 30 (trinta) minutos após a liquidação da operação; Depósitos em Numerário (moeda nacional ou estrangeira) - Implicam a disponibilização imediata do saldo credor ao benefiário. Cheques sacados sobre conta domiciliada na instituição financeira bancária depositária - implicam a disponibilização do saldo credor ao beneficiário no dia do depósito. Disponibilização de Cheques sacados sobre conta domiciliada numa instituição financeira bancária distinta da depositária - implicam a disponibilização do respectivo saldo credor ao beneficiário até ao final do dia, correspondente ao término 10 dos prazos de cativo.
REGULAMENTAÇÃO DOS CARTÕES DE PAGAMENTO BANCÁRIO (Aviso n.º 09/11, de 13 de Outubro) 010 Todos os Bancos são obrigado a remeter ao BNA/DSC, cópia das minutas de contratos relativos a cartões que pretenda emitir. O BNA pode considerar inadequada uma proposta de minuta apresentada pelo Emissor; ACTIVIDADES DE EMISSÃO, ACEITAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE CARTÕES DE PAGAMENTO Os Emissores devem disponibilizar as condições gerais de utilização de todos os cartões que emitem, de forma completa e actualizada, na sua página na internet; O atendimento de Titulares, Utilizadores e Aceitantes, e o processamento de reclamações, devem estar de acordo com o disposto no Aviso nº 02/2011, de 1 de Junho. As relações entre os Emissores e os Titulares, e entre os Adquirentes e os Aceitantes devem ser reguladas por contrato escrito. Os bancos adoptam os princípios definidos no Aviso 01/2011, de 26 de Maio, consistentes com os objectivos de combate ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e prevenção de fraudes; 11
REGRAS PRUDENCIAIS Branqueamento de Capitais BRAQUEAMENTO DE CAPITAIS E FINANCIAMENTO AO TERRORISMO (BC/FT) Lei n.º 34/11, de 12 de Setembro, estabelece medidas de natureza preventiva e repressiva de combate BC/FT, bem como, medidas sancionatórias; Lei n.º 1/12, de 12 de Janeiro, estabelece a autoridade para designação de Estados, pessoas, grupos e entidades, assim como mecanismo para aplicação de medidas restritas especificas aos mesmos, com fim de combater ao terrorismo, cumprir com acto internacional relativo à manutenção da paz e segurança, bem como para proteger a segurança nacional interna e externa da República de Angola; Aviso n.º 21/12, de 25 de Abril, regula as condições de exercício das obrigações de identificação e diligencia, bem como o estabelecimento de um sistema de prevenção de BC/FT (Compliance Officer) na estrutura orgânica das instituições financeira não bancária sob supervisão do BNA; Aviso n.º 22/12, de 25 de Abril, regula as condições de exercício das obrigações de identificação e diligencia, bem como o estabelecimento de um sistema de prevenção de BC/FT (Compliance Officer) na estrutura orgânica das instituições financeira bancária sob supervisão do BNA 011 12
Estratégia de Actuação do BNA no Domínio da Supervisão Comportamental 012 Oferta Produtos Financeiros Mercados Financeiros (Habitação, Consumo, Poupança, Serviços Bancários) Procura Produtos Financeiros Literacia Formação e Educação Financeira
NOVO PACOTE REGULAMENTAR: 013 Considerando o desenvolvimento do Sistema Financeiro Angolano (SFA), e de acordo a nova conjuntura internacional no âmbito da Supervisão, com tradução nas práticas de supervisão internacionalmente aceites apresentam-se propostas de normativos, a serem emitidos pelo BNA, nas seguintes matérias: PODER REGULAME TAR Avisos, Instrutivos, Cartas Circulares, Directivas: Publicidade; Informação ao Público; Contratos (transparência de informação); Regras e Códigos de Conduta; Reporte de Informação Instrutivo Relativo ao Reporte ao Banco Nacional de Angola 14
A importância da formação educação financeira 014
Formação e educação financeira 015 A informação financeira é muito importante, mas: Não conduz necessariamente a uma melhor percepção das características, riscos e retorno dos produtos financeiros Não estimula uma mudança de comportamento financeiro A formação financeira: É um processo pelo qual os consumidores melhoram a sua compreensão dos produtos e serviços financeiros É um complemento às medidas de protecção do consumidor Valoriza os instrumentos de regulação da transparência e dos deveres gerais de informação das instituições financeiras A Educaçãofinanceira: Corresponde ao nível de conhecimentos e comportamentos financeiros adquiridos através da formação financeira Permite usar a informação financeira de forma mais eficiente e de modo mais adequado
016 O Portal do Consumidor de Produtos e Serviços Financeiros Constituição do Portal Sistema operacional Gestão das Reclamações Gestão das Condições Pré-contratuais e Contratuais: Geração de indicadores Arquivo dos documentos Portal OBJECTIVO: Formar e informar o público consumidor de produtos e serviços financeiros
017 O Sistema de Gestão de Reclamações O Sistema de Gestão de Reclamações foca-se: No registo e constituição dos processos de reclamação permite endereçar de uma forma simples e eficaz, um conjunto alargado de funcionalidades: Entrega de reclamações pelos consumidores; Abertura e classificação do processo; Gestão do processo; Produção de indicadores
020
026 Demonstração sistema operacional Extranet: www.gestaodereclamacoes.bna.ao
027 O Portal do Consumidor de Produtos e Serviços Financeiros Portal: www.consumidorbancario.bna.ao
Próximos passos: O Banco Nacional de Angola pretende no médio prazo, realizar as seguintes acções: 028 Publicação do pacote regulamentar ligado a conduta das instituições financeiras na comercialização de produtos e serviços financeiros; Intensificar o processo de monitorização e acompanhamento das instituições financeiras; Realização de seminários e workshops destinados ao sector financeiro bancário e não bancário sobre a protecção do consumidor de produtos e serviços financeiros; Continuação do Programa de Educação Financeira a nível Nacional 22
Obrigado.