OPERAÇÕES DE HEDGE. Artur Alves Igor Soares Vinicius Hatano

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Transcrição:

ECONOMIA E O SISTEMA JURÍDICO DO ESTADO - FEAUSP DERIVATIVOS E OPERAÇÕES DE HEDGE Artur Alves - 9320125 Igor Soares - 9319867 Vinicius Hatano - 9319940

O QUE SÃO DERIVATIVOS Eles podem ser definidos como instrumentos financeiros cujos valores dependem (ou "derivam") dos valores de outros ativos. Um exemplo é o mercado de opções de câmbio, onde o valor das opções de dólar varia de acordo com o valor do dólar no mercado à vista. 01

ONDE SÃO NEGOCIADOS Uma importante parcela dos derivativos é negociada em bolsas, como a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) e a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Contudo, alguns derivativos são negociados em mercado de balcão. 02

MERCADO DE BALCÃO Supervisionado pela CVM Contratos não padronizados Encerramento da posição somente no vencimento. 03

BOLSAS Clearing House Entrega Física Margem de Garantia Encerramento da posição antes do vencimento (contratos padronizados) Ajuste Diário 04

BOLSAS O bom funcionamento da Bolsa consiste na credibilidade que esta passa aos seus agentes por intermédio das Clearing Houses. Além disso, esta atua como contra-parte central em todas as operações. 05

BOLSAS Possibilidade de entrega física garante a não existência de arbitragem. Além disso, o local da entrega é ditado pela Bolsa. 06

BOLSAS A margem de garantia trata-se de um percentual do valor de cada contrato (ou de um valor fixo por contrato) que deverá ser depositado no início da operação por todos aqueles que mantém posições em aberto, sejam elas compradas ou vendidas. 07

BOLSAS Os contratos derivativos negociados em bolsa são padronizados e, em geral, mais líquidos do que os contratos de balcão. Por isso, atendem às necessidades da maior parte dos participantes do mercado, sendo assim intercambiáveis. 08

BOLSAS Sobre o ajuste diário, temos que este, no mercado futuro, é o mecanismo por meio do qual as posições mantidas em aberto pelos clientes são acertadas financeiramente todos os dias, segundo o preço de ajuste do dia. 09

TIPOS DE DERIVATIVOS Os principais tipos de derivativos são: Contratos a Termo Contratos Futuros Opções Swaps 10

CONTRATOS A TERMO É o mais simples dos derivativos. Nele, duas partes assumem um compromisso de compra ou venda para negociação de um ativo numa data futura. São negociados no mercado de balcão e as partes ficam vinculadas entre si até o final do contrato. Uma garantia é depositada por ambos no início da operação. 11

CONTRATOS FUTUROS Nesse tipo de contrato, as partes não necessariamente estão vinculadas uma à outra até o final do contrato. Além do depósito de garantia, aqui se faz necessário o pagamento dos ajustes diários porque são negociados na Bolsa. Os contratos futuros mais operados no Brasil são o de DI Futuro e do Dólar Comercial e são negociados na BM&F. 12

OPÇÕES Ao contrário dos outros tipos de contratos, no mercado de opções o investidor compra o direito, mas não a obrigação, de compra ou venda de um ativo financeiro com prazo e preço pré-estabelecidos. A assimetria de informações define que o comprador da opção pague um prêmio ao vendedor. No Brasil, geralmente são negociados na Bovespa. 13

SWAPS Acordo entre dois investidores, no qual as partes trocam fluxos de caixa futuros baseados em parâmetros preestabelecidos para fator de risco, valor de referência e prazo. Nesse tipo de contrato, cada participante fica ativo (posicionado) em um fator de risco e passivo (contra) em outro. O participante que tiver o maior valor corrigido pelo fator de risco recebe a diferença da contraparte. 14

ESTRATÉGIAS COM DERIVATIVOS Os contratos derivativos são firmados no mercado financeiro visando as seguintes operações: Hedge Alavancagem Especulação Arbitragem 15

HEDGE A palavra Hedge significa "cerca", o que tem intuito de proteção. Trata-se de uma estratégia financeira cujo escopo é proteger um investidor frente a riscos decorrentes de variações nos preços e/ou no câmbio. Destarte, transfere-se para outro participante esses riscos que eventualmente prejudicariam sua posição. 16

NATUREZA JURÍDICA DO HEDGING A primeira norma a regulamentar as atividades de Hedging no Brasil foi citada, através de um exemplo, na Exposição de Motivos da Resolução 272 do Conselho Monetário Nacional (CMN). 17

NATUREZA JURÍDICA DO HEDGING Incidência de imposto: De acordo com o artigo 71 da Instrução Normativa 1585/2015. Demais ganhos líquidos provenientes de operações de investimento devem se adequar ao artigo 56 da mesma Instrução Normativa. 18

PRINCIPAIS ÁREAS DE OPERAÇÕES COBERTAS Câmbio Ações Recebíveis 19

HEDGE COM AÇÕES É utilizado, em um período de maior incerteza, para blindar uma carteira de ações frente às variações de mercado. É bastante utililizado por fundos de investimento e empresas para reduzir riscos. 20

HEDGE COM CONTRATOS FUTUROS É realizada a venda de contratos futuros por produtores ou fornecedores de um bem. Considere um produtor de soja que negocie um contrato futuro para a venda da mesma no valor de US$20/saca com vencimento no próximo ano. Caso o preço da saca caia para US$10/saca no período, este produtor será beneficiado pela operação. 21

HEDGE COM CÂMBIO O caso da Lufthansa, citado em aula, é um exemplo. A empresa aérea optou por uma cobertura parcial de 50% em contratos a termo, prevendo uma valorização do dólar. Caso houvesse a valorização, a empresa seria assegurada pelo contrato de valor menor do dólar do que caso permanecesse descoberta. 22

HEDGE COM SWAPS Considere que um banco que possua um passivo indexado ao dólar e um ativo indexado em iene. Esse banco poderia fazer uma operação de hedge através de um swap cambial, ficando ativo em dólar e passivo em iene, de modo a neutralizar o risco de descasamento entre as moedas. 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.infomoney.com.br/educacao/guias/noticia/231004/mer cado-derivativos-entenda-melhor-seu-funcionamento https://jus.com.br PEROSSI, M. Apostila de Derivativos Saint Paul Escola de Negócios, Janeiro/2017 http://www.bmfbovespa.com.br GARCÍA, M.E. Lufthansa e Hedge Cambial 25

Muito Obrigado! FIM! 26

SWAPS BACEN O BC se compromete a pagar ao mercado a variação do câmbio no período de vigência dos contratos, mais um cupom cambial (como são chamadas as taxas de juros em dólar no Brasil). Como contrapartida, os investidores ficam obrigados a entregar ao BC a oscilação dos juros DI (a taxa utilizada nos empréstimos entre instituições financeiras e que fica próxima à taxa Selic). Nesse contrato específico, diferentemente das demais operações de swap, o ajuste das posições ocorre diariamente e não apenas ao final do prazo. 24