Universidade Estadual de Londrina



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Transcrição:

Universidade Estadual de Londrina CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ASSOCIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE E DOR MUSCULOESQUELÉTICA EM UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO EM SERVIDORES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Silas Seolin Dias LONDRINA PARANÁ 2011

2 ASSOCIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE E DOR MUSCULOESQUELÉTICA EM UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO EM SERVIDORES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA Trabalho apresentado como requisito parcial para a Conclusão do Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Esporte da Universidade Estadual de Londrina. COMISSÃO EXAMINADORA Prof. Dr. Abdallah Achour Júnior Universidade Estadual de Londrina Prof. Ms. Carlos Alberto Veiga Bruniera Universidade Estadual de Londrina Prof. Ms. Evanil Antônio Guarido Universidade Estadual de Londrina Londrina, de de 2011

i DIAS, Silas Seolin. Associação da flexibilidade e dor musculoesquelética em um programa de exercícios de alongamento em servidores da Universidade Estadual de Londrina. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2011. RESUMO O intuito desta pesquisa foi de verificar se exercícios de alongamento influenciam positivamente a flexibilidade e a dor musculoesquelética, e qual a associação entre os dois fatores em um programa de Ginástica Laboral. É um estudo experimental, com participação de quarenta e oito (48) funcionários do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, divididos em duas categorias: grupo experimental (submetido a 16 sessões de exercícios de alongamento) e o grupo controle. Foi avaliada a flexibilidade da coluna cervical e da coluna lombar com o aparelho flexímetro e aplicado um inventário de dor musculoesquelética. Com a obtenção dos dados foram analisados e aplicados testes estatísticos como ANOVA two way 2x2 para modificações da flexibilidade, Mauchly para medidas repetidas, Greenhouse Geisser para esfericidade dos dados, post hoc de Bonferrini, correlação de Spearman para possíveis relações entre flexibilidade e dor, teste do Quiquadrado para o efeito do treinamento sobre a proporção dos locais de dor. O nível de significância adotado foi de 5% e o software para analise dos dados foi o PAWS statistics 18 for Windows. Os resultados apontaram contribuição significativa para um aumento da flexibilidade na extensão da coluna cervical e, em relação à dor musculoesquelética com as alterações na flexibilidade, quando feita associação, não apresentou diminuição. Palavras-chave: Exercícios de alongamento; flexibilidade; dor musculoesquelética.

ii DIAS, Silas Seolin. Association of flexibility and musculoskeletal pain in a program of stretching exercises on servers of the Londrina State University. Conclusion of Course Work. Bachelor Course of Physical Education. Center for Physical Education and Sport. Londrina State University, 2011. ABSTRACT The intention of this research was to see if stretching exercises has a positive influence on pain and flexibility musculoskeletal and what is the correlation between the two factors in a Labor Gymnastics program. The study wil be experimental, with the participation of forty eight (48) worker of the University Hospital of Londrina State University, divided into two categories: experimental group (underwent 16 sessions of stretching exercises) and the control group. Wie evaluated the flexibility of the cervical spine and lumbar spine whit the fleximeter and applied an inventory of musculoskeletal pain. After obtaining, the information were considered and applied statistical tests as ANOVA two-way 2x2 to changes in flexibility, Mauchly for repeated measures, Greenhouse Geisser to informations sphericity, post hoc Bonferrini, Spearman correlation for possible relations between flexibility and the pain, chi-square test for the effect of training on the proportion of local pain. The level of significance was 5% and the software used for the informations analysis was the PAWS statistics 18 for Windows. The results indicated a significant contribution to increasing the flexibility of the cervical spine in extension and, in relation to musculoskeletal pain with changes in flexibility, the association when done, showed no decrease. Keywords: Stretching exercises, flexibility, musculoskeletal pain.

iii LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Alterações na flexibilidade de extensão da coluna cervical entre os grupos nos diferentes momentos... 25

iv LISTA DE TABELAS Tabela 1 Tabela 2 - Associação entre as alterações da flexibilidade na flexão da coluna cervical, na extensão da coluna cervical e na coluna lombar e a percepção subjetiva da dor musculoesquelética para o grupo experimental e grupo controle... 24 - Associação entre as alterações da flexibilidade na flexão da coluna cervical, na extensão da coluna cervical e na coluna lombar com o relato de dor musculoesquelética... 25

v LISTA DE ANEXOS ANEXO I - Inventário para Dor de Wisconsin (forma reduzida)... 34 ANEXO II - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido... 37 ANEXO III - Resolução CONFEF nº 073/2004... 40

SUMÁRIO RESUMO... ABSTRACT... LISTA DE FIGURAS... LISTA DE TABELAS... LISTA DE ANEXOS... i ii iii iv V 1 INTRODUÇÃO... 08 1.1 Justificativa... 10 1.2 Objetivos... 11 1.2.1 Objetivos Gerais... 11 1.2.2 Objetivos Específicos... 11 2 REVISÃO DE LITERATURA... 11 2.1 Qualidade de Vida... 11 2.2 Qualidade de Vida no Trabalho... 12 2.3 Exercício no Trabalho... 13 2.4 Ginástica Laboral... 13 2.5 Dor Musculoesquelética... 15 2.6 Coluna Vertebral... 17 2.7 Coluna Lombar... 18 2.8 Flexibilidade... 18 2.9 Alongamento... 19 3 MATERIAIS E MÉTODOS... 20 3.1 Caracterização do Estudo... 20 3.2 Caracterização da Amostra... 20

3.3 Instrumentos/Equipamento... 21 3.4 Procedimentos Experimentais... 22 3.5 Análise Estatística... 22 4 RESULTADOS... 23 5 DISCUSSÃO... 24 6 CONCLUSÃO... REFERÊNCIAS... 28 29 ANEXO I... 34 ANEXO II... 37 ANEXO III... 40

8 1 INTRODUÇÃO A Ginástica Laboral segundo a resolução CONFEF nº 073/2004, é uma atividade preventiva, com assistência de um profissional da Educação Física, em relação à saúde do trabalhador, que consiste em práticas de ginásticas, exercícios físicos, atividades físicas e similares, tendo em vista a promoção da saúde e qualidade de vida do trabalhador, independentemente do local em que atue. Ginástica Laboral promove o bem-estar de cada pessoa devido à consciência corporal de conhecer, respeitar, amar e estimular o seu próprio corpo, tendo também como finalidade de prevenção de doenças ocupacionais. É a prática de exercícios físicos durante a jornada de trabalho, prescrita conforme a função do trabalhador, sendo realizada coletivamente. (LIMA, 2004). Os objetivos operacionais junto às empresas e trabalhadores são de sensibilizar e orientar a importância e o desenvolvimento da prática regular do exercício físico e da ludicidade da atividade física, a importância do lazer, conscientizar para o conhecimento do seu corpo e seus limites, promover situações que valorizem as relações interpessoais, com o propósito da melhoria da saúde ocupacional e geral, melhora na qualidade de vida e responsabilidade social. Empresários têm reconhecido e dado importância a Ginástica Laboral devido a reduções dos índices de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais do trabalhador, abrindo portas para entrada da mesma em suas empresas, visando melhor qualidade de vida para os funcionários e conseqüentemente maior produção. Para Nahas (2006), qualidade de vida é definida como a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e sócio-ambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano. Dentre os parâmetros individuais, o estilo de vida é um dos importantes determinantes da saúde de indivíduos, grupos e comunidades, enquanto nos parâmetros sócio-ambientais destacam-se as condições de trabalho, remuneração, educação e lazer, dentre outros. Melhoras na produtividade e no conforto individual dos trabalhadores que participam de um programa amplo e coordenado de segurança e saúde ocupacional têm sido apontadas por alguns estudos (THE HARFORD LOSS CONTROL DEPARTMENT, 2002). Lesões por esforços repetitivos e/ou distúrbios

9 osteomusculares relacionados ao trabalho são apontados dentre as doenças ocupacionais diagnosticadas por ano como mais freqüentes (NUSAT, 1997, 1998; ASSUNÇÃO e ALMEIDA, 2005). Ginástica Laboral Preparatória e compensatória possui caráter preventivo a fim de evitar o aparecimento de lesões, como Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho e promover a aquisição de hábitos de vida saudáveis (estilo de vida), objetivando sempre a melhoria da qualidade de vida do trabalhador (TARGA, 1973; COSTA FILHO, 2001). Empresas têm um elevado custo com distúrbios musculoesqueléticos (BURDORF et al., 1998; STEWART et al., 2002); assim a prevenção e o controle dos distúrbios é muito importante tanto para empresas quanto para o trabalhador. Dessa forma programas de exercício no local do trabalho, como Ginástica Laboral, vêm contribuir de forma positiva para esta prevenção. Bons níveis de flexibilidade e força são importantes para saúde em relação a movimentos diários, prevenção de lesões, diminuição de dores. Para que se tenha um aumento ou manutenção da flexibilidade, acredita-se que seja por meio de exercícios de alongamento, independente da determinação genética e do nível de flexibilidade inicial (HOEGER & HOEGER, 1994; ACHOUR JUNIOR, 1995b; FARIAS JUNIOR e BARROS, 1998). Os benefícios que bons índices de flexibilidade podem gerar à saúde, incluem, dentre outros: boa mobilidade articular; aumento da resistência à lesão e às dores musculares; diminuição do risco de lombalgia e outras dores de coluna, melhoria da postura, melhoria da aparência pessoal e da auto-imagem, melhor desenvolvimento da habilidade para prática esportiva, diminuição da tensão e do estresse (NIEMAN, 1999). Programa de Ginástica Laboral no local de trabalho é importante para melhoras da força, flexibilidade, mobilidade articular, diminuição da fadiga e tensão muscular, correção postural, contribuindo para diminuições de risco de lesões, para prevenção de distúrbios osteomusculares, promoção da saúde e melhora da qualidade de vida de trabalhadores, e produtividade nas empresas. Estudos sobre Ginástica Laboral são escassos na literatura, e muitos não objetivam grupo controle por fatores extrínsecos às pesquisas, e não evidenciam a correlação entre flexibilidade e dor musculoesquelética. Qual a influência de exercícios de

10 alongamento sobre flexibilidade e dor musculoesquelética em um programa de Ginástica Laboral em 16 sessões? 1.1 Justificativa Há cinco tipos de Ginástica Laboral, a Ginástica Laboral Preparatória que consiste de uma série de exercícios que prepara o indivíduo para o trabalho de velocidade, força ou resistência, visando o aquecimento da musculatura e das articulações que serão utilizadas (TARGA, 1973); a Ginástica Laboral de Relaxamento que tem o objetivo de oxigenar as estruturas musculares envolvidas na tarefa diária, evitando o acumulo do ácido lático e prevenindo as possíveis lesões (COSTA FILHO, 2001); a Ginástica Laboral Compensatória ou de Pausa feita nas pausas regulares durante a jornada de trabalho com o objetivo de prevenir a fadiga, relaxando os grupos musculares que estão em contração durante o trabalho (KOOLING 1980); a Ginástica Laboral Corretiva destinada a indivíduos com deficiências morfológicas não-patológicas, sendo aplicada a um número restrito de pessoas que apresentam a mesma característica postural (BERTOLINI, 1999); e a Ginástica Laboral de Manutenção aplicada para manutenção do equilíbrio morfológico dos trabalhadores de modo que permaneçam estáveis, normalmente composta de exercícios aeróbios (MENDES, 2000). Poucos estudos trazem relações concisas da diminuição de dor, aumento da flexibilidade com exercícios no local de trabalho, porém algumas revisões na literatura apontam estudos que não trazem resultados efetivos em relação à coluna cervical e coluna lombar (índice de dor musculoesquelética é acentuado na coluna cervical e coluna lombar na população). Em um programa de Ginástica Laboral, são utilizados com mais frequência, Ginástica Laboral Preparatória, Ginástica Laboral Compensatória, Ginástica Laboral Relaxamento, que podem contribuir para diminuições de dores e consequentes gastos das empresas (CAÑETE, 1996; ZILLI, 2002; LIMA, 2007). Portanto esta pesquisa teve o intuito de verificar se exercícios de alongamento influenciarão positivamente a percepção de dor musculoesquelética e flexibilidade tanto na coluna cervical, quanto na coluna lombar, e qual a associação entre os dois fatores.

11 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivos Gerais Verificar o efeito de exercícios de alongamento sobre flexibilidade e dor musculoesquelética em um programa de Ginástica Laboral, em servidores do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná e do Centro de Ciências de Saúde da Universidade Estadual de Londrina, além de associar flexibilidade e dor musculoesquelética. 1.2.2 Objetivos Específicos Analisar em um programa de ginástica laboral os efeitos de exercícios de alongamento na flexibilidade da coluna cervical. Analisar em um programa de ginástica laboral os efeitos de exercícios de alongamento na flexibilidade da coluna lombar. Associar a flexibilidade com dor musculoesquelética da coluna cervical. Associar a flexibilidade com dor musculoesquelética da coluna lombar. 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Qualidade de Vida A qualidade de vida é um dos responsáveis, dentre vários fatores, pelo aumento ou pelo decréscimo na longevidade da população, que deve conscientizarse em manter hábitos que garantam uma velhice saudável. Para se ter uma

12 autonomia funcional e um padrão desejado em certos aspectos da qualidade de vida, as atividades físicas são de grande significância (MATSUDO, 2001). Para Nahas, 2006, qualidade de vida é definida como a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e sócio-ambientais, modificáveis ou não, no qual caracteriza as condições em que vive o ser humano. Dentre os parâmetros individuais, como um dos importantes determinantes da saúde de indivíduos, grupos e comunidades está o estilo de vida. Já nos parâmetros sócioambientais alguns aspectos são significantes como condições de trabalho, remuneração, educação e lazer, dentre outros. Para obter uma diminuição do processo degenerativo, provocado pelo envelhecimento, proporcionando maior longevidade, com mais qualidade de vida, a prática regular da atividade física é um grande aliado para esta obtenção (NAHAS, 2001). 2.2 Qualidade de Vida no Trabalho A qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupação desde o início da existência do homem, porém era apresentada com outros títulos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem-estar ao trabalhador. Seu desenvolvimento seguiu primeiramente uma abordagem sociotécnica, que tinha como princípio o trabalho organizado a partir da análise e reestruturação da tarefa, foi impulsionada pela perspectiva de uma sociedade progressista dos trabalhadores, a qual tinha base a saúde, a segurança e a satisfação dos trabalhadores. Posteriormente cresceu em seu desenvolvimento tendo objetivo o alcance da qualidade total (RODRIGUES, 2002). As tensões no corpo são causadas por ritmo excessivo de trabalho, postura inadequada, esforço físico, movimentos repetitivos e condições físicas inadequadas, que podem acarretar males à saúde, ser responsáveis pelo afastamento temporário ou até invalidez permanente dos trabalhadores. Não se deve preocupar apenas em reduzir os possíveis desgastes ocasionados pelo trabalho, mas também motivar uma mudança no estilo de vida dos trabalhadores. A falta de atenção no trabalho, caminho direto para baixa produtividade e acidentes, pode ocorrer devido a essas

13 tensões, sendo de suma importância a implantação de um programa de atividade física nas empresas (POLETTO, 2002). 2.3 Exercícios no Trabalho Existem estudos que documentam o uso de programas de exercícios no local de trabalho como instrumento para proporcionar uma melhor condição física para a execução de tarefas laborais diárias aos trabalhadores, como inserir indivíduos sedentários nas práticas da atividade física (NAHAS, 2001; FIGUEIRA JUNIOR, 2004; MOTA et al., 2005; MATSUDO et al., 2007), sobre os benefícios da prática de exercícios e a adesão a esses programas (DISHMAN et al., 1985). Dentre os comportamentos relacionados à saúde investigados por Grande et al. (2001), foi observado que os participantes de Ginástica Laboral apresentaram menor prevalência de inatividade física no lazer e consumo abusivo de álcool do que seus pares não participantes. No Brasil, a partir de 1990, os exercícios no local de trabalho e os programas de Ginástica Laboral ganharam importância e espaço nas discussões acadêmicas e empresariais. A resolução do CONFEF nº 073/2004 (ANEXO II) que dispõe sobre a Ginástica Laboral e dá outras providências, foi de suma importância para atividade física no local de trabalho, em que se observa uma ampliação, tanto no número de empresas que adotaram os programas de Ginástica Laboral, quanto de entidades de ensino que passaram a promover cursos de especialização na área. (LIMA, 2009). 2.4 Ginástica Laboral Na área de Ginástica Laboral a produção literária ainda é escassa em relação complexidade de mensuração e controle de todos os fatores que influenciam a produtividade e a saúde dos trabalhadores (CARVALHO, 2007). No caso da Ginástica Laboral Compensatória ou de Pausa e a Ginástica Laboral Preparatória, atuam de forma preventiva e terapêutica, com exercícios

14 específicos, realizados no próprio local de trabalho. A Ginástica Laboral não leva o funcionário ao cansaço e não o sobrecarrega devido ser leve e de curta duração. Assim o esperado é a prevenção a fadiga muscular, diminuição no índice de acidentes do trabalho, correção de vícios posturais, um aumento na disposição do funcionário no início e no retorno do trabalho e prevenção de doenças ocasionadas por esforços repetitivos (DIAS, 1994). A Ginástica Laboral pode ser conceituada como uma atividade física realizada durante a jornada de trabalho, sendo um conjunto de práticas físicas implantadas por profissionais competentes que se mostra capaz de proporcionar aumento de produtividade e contribuir para um acréscimo significativo na qualidade, visando compensar as estruturas mais utilizadas no trabalho, relaxando e tonificando-as, e ativar as que não são tão requeridas. Deve ser muito bem planejada e variada, devido à quebra do ritmo da tarefa que o trabalhador desempenha, funcionando como uma ruptura da monotonia (CAÑETE, 1996; FIGUEIREDO e MONT ALVÃO, 2005; MENDES e LEITE, 2004; LIMA, 2007). Como atividade de auxílio, a Ginástica Laboral busca a prevenção de lesões no ambiente de trabalho, pois, anatomicamente, visa melhorar a flexibilidade e a mobilidade articular, diminuir a fadiga decorrente de tensão e repetitividade que acometem tendões, músculos, fáscias e nervos; também contribui para beneficiar a postura do indivíduo diante do posto e da sua rotina de trabalho (LIMA, 2007). Dentre os tipos de Ginástica Laboral, tem-se ginástica corretiva ou postural, que visa estabelecer um equilíbrio muscular; ginástica de conservação ou manutenção, que tem como objetivo assegurar o equilíbrio alcançado pelo funcionário por meio de atividades aeróbicas e fortalecimento muscular; ginástica de aquecimento ou preparatória, ginástica compensatória ou de pausa e ginástica de relaxamento ou de final de expediente, sendo os três últimos tipos maioria nas publicações encontradas no Brasil (CAÑETE, 1996; ZILLI, 2002; MENDES e LEITE, 2004; LIMA, 2007). Ginástica de aquecimento ou preparatória tem por objetivo principal preparar funcionários aumentando a temperatura dos músculos e tendões, facilitando o deslizamento dos filamentos contráteis e também contribui para redução da viscosidade intermuscular, acarretando diminuição do tempo de tramitação das mensagens nervosas e aumento da velocidade de contração muscular, que serão

15 solicitados em suas atividades (ACHOUR JUNIOR, 1999; ZILLI, 2002; COUTO et al., 2007; LIMA, 2007). A respeito da Ginástica Compensatória ou de Pausa, interrompe a monotonia operacional, com a realização de exercícios específicos de compensação para esforços repetitivos ou estruturas sobrecarregadas, e as posturas solicitadas nos postos de trabalho. Algumas empresas têm utilizado as pausas como uma oportunidade para aplicação de exercícios compensatórios, que visam modificar a postura, melhorar a circulação e prevenir a fadiga muscular (ZILLI, 2002; LIMA, 2007, MARTINS, 2008). Em relação à Ginástica de Relaxamento ou Final de Expediente, é classificada conforme o horário de execução, baseada em exercícios de alongamento e relaxamento muscular, realizada no final do expediente, com o objetivo de oxigenar as estruturas musculares envolvidas na tarefa diária (MENDES e LEITE, 2004; LIMA, 2007). A Ginástica Laboral tem como objetivo melhorar a postura, aumentar resistência à fadiga central e periférica, combater o sedentarismo e diminuir o estresse ocupacional para os trabalhadores. Já para empresas propõe diminuir os acidentes de trabalho, aumentar produtividade, prevenir e reabilitar as doenças ocupacionais como tendinites e distúrbios osteomusculares relacionadas com o trabalho, além dos benefícios físicos, momentos de descontração e um desligamento momentâneo dos problemas de trabalho. É uma pausa em que todos são iguais, independente dos cargos exercidos, em busca de bem-estar, saúde e qualidade de vida no trabalho (MENDES e LEITE, 2004; FIGUEIREDO e MONT ALVÃO, 2005). 2.5 Dor Musculoesquelética Para se ter resultados sem reclamações de fadiga e dor é importante que se mantenha a mente e o corpo estáveis. Quando a saúde esta equilibrada, o funcionário é mais produtivo, pois permanece atento ao trabalho e às posturas corporais e também cumpre bem uma tarefa com menores riscos de lesões (ACHOUR JUNIOR, 2004).

16 Como experiência da vida humana, a dor é um processo complexo e um componente que o corpo experimenta, com duas categorias, sendo a dor aguda e a dor crônica (GREVE, 2003). A dor aguda geralmente tem uma fonte identificável e duração limitada, quando algo está errado; leva a pessoa a buscar o alívio, servindo como um aviso (CAUDILL, 1998; GREVE, 2003). Já a dor crônica ocorre quando os mecanismos de defesa para controle da dor não funcionam adequadamente, quando se tem dor contínua adquire status de doença e está associada a várias conseqüências biologias, psicológicas e sociológicas (CAUDILL, 1998). A ocorrência de dor é justificada quando sofrem lesões traumáticas, inflamatórias, isquêmicas, tumorais e/ou sobrecargas funcionais, devido músculos, fáscias musculares, articulações, ligamentos, tensões, periósteo, bursas sinoviais e enteses serem ricamente inervados. (TEIXEIRA et al., 2006). A dor com as posturas, atividades físicas, estado de atenção, emoções, temperatura e umidade ambientais, por exemplo, pode modificar-se (TEIXEIRA, 1997). Hoje um dos mais freqüentes problemas de saúde em muitos países são os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho, que causa a incapacidade nas pessoas durante os seus anos de trabalho (U.S.DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES, 1996; MENSE et al., 2008). A síndrome dolorosa miofascial é uma das causas mais comuns de dor musculoesquelética, onde principalmente na coluna cervical, cintura escapular e coluna lombar, acometem músculos, tecido conectivo e fáscias. É causada devido a freqüente sobrecarga de músculos descondicionados e musculatura antigravitária, estresses prolongados, relacionados a posturas durante a execução de atividades de trabalho ou lazer (TEIXEIRA et al., 2006). O enfraquecimento tecidual, o comprometimento devido o aumento de aderências e imbricações das ligações cruzadas do colágeno se dá a insuficiência de flexibilidade e ao sistema muscular ser encurtado (BIENFAIT, 1999). A postura estática prolongada sem o tempo adequado para recuperação pode acarretar desenvolvimento de distúrbios osteomusculares, estresse muscular e fadiga (RANNEY, 2000; SAKATA, 2004). Deve-se fazer a correção postural, evitar movimentos repetitivos prolongados, manter bom condicionamento físico, prevenir estresse e tensão e mudar o estilo de vida, além de restaurar o músculo e o movimento articular, sendo utilizados dentre os diversos tratamentos para a síndrome miofascial. Para promoção de flexibilidade,

17 diminuição da tensão, correção da postura, alongamento, aumento da resistência, tolerância, diminuição da incapacidade, redução do estresse, aumento da capacidade aeróbia e restauração da função normal do corpo, os exercícios são um grande aliado, sendo também são responsáveis por aumento de endorfinas, cortisol e catecolaminas, causando diminuição da dor, alteração de humor e sensação de bem estar. (SAKATA e ISSY, 2004a). Para Allsen et al. 2001, músculos abdominais fracos e lombares contraídos ocasionam a inclinação na pelve para frente, causando pressão indevida na região lombar e provocando dor, portanto estimular a flexibilidade e a força dos tecidos envolvidos poderia eliminar grande parte dos casos de dores lombares. 2.6 Coluna Cervical A perda de produtividade significativa em muitos tipos de tarefas no trabalho é causada pela dor da coluna cervical, produzindo alterações como trauma, inflamação, neoplasia, por fatores posturais e ergonômicos ou pelo excesso de uso dos membros superiores (SAKATA et al., 2004). Grupamentos musculares mantidos em contração estática como o músculo trapézio e paravertebrais são fatores de dor na coluna cervical, e para melhora devese praticar ginástica e exercícios de alongamento para reduzir ao máximo as contrações musculares desnecessárias (COUTO, 2007). Para indivíduos com postura inadequada e dor como cefaléia cervicogênica ou do tipo tensional, os exercícios de alongamento da região cervical e da musculatura da cintura escapular auxiliam para uma melhora do quadro (LIN et al., 2006).

18 2.7 Coluna Lombar Pesquisadores vêm tendo uma maior atenção em relação à coluna lombar por ser uma região que interage na estrutura e função com os membros superiores e inferiores (ACHOUR JUNIOR, 2006a). Dor na região lombar, ou lombalgias, e a lombociatalgia vêm tendo proporções de epidemia na população, e estão associadas a fatores individuais, como ganho de peso, má postura, fraqueza e comprometimento dos músculos abdominais, espinhais, lombares e isquiotibiais, falta de condicionamento físico, e fatores ocupacionais, como a permanência na posição sentada por períodos prolongados, o que causa tensão nos ligamentos, assim como as fibras posteriores dos discos intervertebrais, e sedentarismo (VIEL e ESNAULT, 2000; GREVE e AMATUZZI, 2003; SAKATA e ISSY, 2004b; LIN et al., 2006; BALLONE e ORTOLANI, 2007). A fadiga localizada na musculatura de estabilização da coluna vertebral pode ocorrer com atividades repetitivas, ou esforço exagerado. O distúrbio mais comum relacionado ao trabalho é a dor muscular, ocasionada por fadiga dos músculos estabilizadores, onde se tem maior chance de lesão da coluna (KISNER e COLBY, 1998; MONTEIRO, 2006; COUTO, 2007). 2.8 Flexibilidade A flexibilidade refere-se à amplitude de movimento de uma articulação ou uma série de articulações, extensibilidade dos tecidos periarticulares para permitir movimentos corporais. Pode-se definir flexibilidade como qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão (ALTER 1999; ALLSEN et al., 2001; Dantas 2005). O sistema muscular acometido de um encurtamento ou insuficiência de flexibilidade enfraquece o tecido e o compromete, com aumento de aderências e

19 imbricação das ligações cruzadas do colágeno, que causam aumento do gasto energético, desestabilização da postura, compressão das fibras nervosas, aumento da incidência de cãibras, dor e diminuição da capacidade de trabalho e lazer (BIENFAIT, 1999). Ocorrem alterações elásticas quanto plásticas quando o tecido mole é alongado. A elasticidade é a capacidade do tecido mole de retornar ao seu comprimento de repouso, após o alongamento passivo e a plasticidade é a tendência do tecido mole de assumir um comprimento novo e maior, após a força de alongamento ter sido removida. O tecido conjuntivo é importante na determinação da amplitude de movimento e é influenciado por uma variedades de fatores que limitam esta amplitude, assim devem ser adequadamente alongados (KISNER e COLBY, 1998; ALTER, 1999). Um importante componente da aptidão motora relacionada com a saúde e bem estar, influência nas posturas corporais, profilaxia de alguns distúrbios da coluna lombar e no tratamento de distúrbios musculoarticulares, é a flexibilidade que pode ser desenvolvida para conquistar amplitudes ótimas de movimento, onde o melhor método varia de acordo com o objetivo do cliente ou esportista (MONTEIRO, 2006). 2.9 Alongamento Para treinamento da flexibilidade relacionada à saúde, os meios mais utilizados são alongamentos estático, ativo e passivo. O alongamento estático em relação à saúde é o mais indicado aos ambientes escolares e empresariais, o qual permite dissipar o acúmulo de tensão e melhora a irrigação sanguínea. A posição do alongamento estático nos programas de ginástica laboral favorece aspectos como controle do movimento e maior concentração, porém deve abranger exercícios específicos que promovam uma amplitude de movimento significativa e melhora das posturas estáticas e dinâmicas (LIMA, 2007). Em relação ao alongamento ativo ou dinâmico, determinados pelo maior alcance do movimento voluntário, deve-se estar atento à velocidade de execução dos movimentos, cuidando para não provocar lesão ao final da amplitude atingida.

20 Neste tipo de alongamento o executante move o grupo músculo-articular até uma amplitude de movimento e retorna à posição inicial com relaxamento dos músculos antagonistas (GREVE e AMATUZZI, 2003). Quando feito com a ajuda de forças externas (aparelhos e companheiros) caracteriza o alongamento passivo, onde o praticante fica com descontração muscular e com boa posição do sistema músculo-articular (ACHOUR JUNIOR, 2006b). 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Caracterização do Estudo O estudo foi de caráter quantitativo, experimental, no ano de 2011. As coletas de dados foram feitas antes da intervenção de 16 sessões de exercícios de alongamento e após intervenção. A pesquisa foi parte integrante do Programa de Ginástica Laboral da Universidade Estadual de Londrina. Realizado na cidade de Londrina/PR, no Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná e Centro de Ciências de Saúde. 3.2 Caracterização da Amostra Participaram do estudo 48 servidores do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná e Centro de Ciências de Saúde de diferentes setores (limpeza, administração, área da saúde), ambos os sexos, com idade entre 18 a 60 anos. Todos participantes que compuseram a amostra assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina. Os participantes foram divididos em grupo controle, composto por 22 sujeitos, e grupo experimental, tendo 26 sujeitos. O grupo experimental foi submetido a 16 sessões de exercícios de alongamento de 12 a 15 minutos, conforme o Programa de

21 Ginástica Laboral da Universidade Estadual de Londrina, realizada durante o horário de trabalho. Este tipo de atividade/sessões não acarretam riscos a saúde dos servidores. Já o Grupo Controle foi orientado para que neste mesmo período de intervenção, não realize nenhuma prática regular de exercícios de alongamento. Como critério de inclusão, os participantes teriam que ser servidores do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná e Centro de Ciências de Saúde. Caso tivesse algum tipo dor que impossibilite movimentos dos exercícios de alongamento, foi qualificado no critério de exclusão. 3.3 Instrumentos/Equipamentos Para avaliação da coluna cervical e da coluna lombar foi utilizado o aparelho flexímetro mecânico com leitura dada em graus (0-360), mediante a força gravitacional, cuja patente e registro pertencem ao Instituto Code de Pesquisas (Brasil), com precisão de um grau, de acordo com os procedimentos e as recomendações de Achour Junior (1997). O aparelho é fixado mais próximo possível ao eixo de rotação da articulação. A versão adaptada do Inventário para Dor de Wisconsin, demonstrada por Teixeira et al. (2006) e Silva Ribeiro Filho (2006), originalmente desenvolvido na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos por Daut et al. (1983), foi utilizado para avaliação da percepção de dor musculoesquelética. É de fácil aplicabilidade e utilizado para avaliar as dimensões relacionadas à intensidade e à interferência da dor no cotidiano (TOLEDO, 2008), utilizando de diagramas corporais, sendo parte posterior e anterior, lado direito e esquerdo, e com marcações onde o participante localiza as áreas de dor. 3.4 Procedimentos Experimentais No início dos procedimentos experimentais, para cada participante foram explicados e demonstrados os movimentos de flexão e extensão da coluna cervical e

22 flexão do tronco, e assim, previamente à mensuração foi executado de forma ativa por cada indivíduo um movimento de flexão da coluna cervical, um movimento de extensão da coluna cervical, e um movimento de flexão de tronco referente à coluna lombar, como forma de aquecimento. Posterior ao aquecimento foi realizado pelo participante de forma ativa duas vezes cada movimento, iniciando com a flexão da coluna cervical, posteriormente com a extensão da coluna cervical e finalizando com uma flexão do tronco. O instrumento utilizado para a mensuração foi o flexímetro, sendo os valores mais altos registrados utilizados para análises. Na avaliação da coluna cervical o(a) avaliado(a) ficou na posição sentado com apoio dos ísquios e alinhamento da base do occipital, terceira vértebra torácica e base superior do sacro, onde nos movimentos de flexão e extensão foi observado a não flexão do tronco e protrusão dos ombros durante a realização. Para a avaliação da coluna lombar o participante ficou em pé com afastamento dos pés na linha dos ombros, mantendo os joelhos completamente estendidos, com braços relaxados, posteriormente realizando uma flexão de tronco até o máximo possível, em que foi observado a não flexão dos joelhos ou movimentos de insistências. Para a avaliação da percepção de dor musculoesquelética, foi entregue a versão adaptada do Inventário para Dor de Wisconsin, no início dos testes, para que cada participante preencha e os devolva antes da intervenção de 16 sessões de exercícios de alongamento. A versão adaptada do Inventário para Dor de Wisconsin foi novamente entregue após a intervenção de 16 sessões de exercícios de alongamento, tendo nos dois casos, cinco dias de prazo para devolução. 3.5 Análise Estatística Foi utilizado o teste de análise de variância (ANOVA Two-way) 2 x 2 para medidas repetidas com previa aplicação do teste de Mauchly para verificar esfericidade dos dados e aplicação da correção de Greenhouse Geisser. Quando houve diferença foi aplicado o post-hoc de Bonferrini. O critério de significância estatística adotado foi de 5% (p<0,05). Na verificação da associação entre a dor musculoesquelética e a flexibilidade foi aplicada a correlação de Spearman. Quanto

23 ao efeito do treinamento sobre a proporção dos locais de dor musculoesquelética foi aplicado o teste de Qui-Quadrado. O software utilizado foi o PAWS statistics 18 for Windows. 4 RESULTADOS A tabela 1 ilustra que houve alterações na flexibilidade da coluna cervical e coluna lombar para ambos os grupos. Os resultados encontrados para a extensão da coluna cervical demonstraram que o grupo experimental apresentou significativamente um maior percentual (77,3%) de pessoas que aumentaram a flexibilidade dessa articulação, ao passo que no grupo controle houve uma diminuição da flexibilidade em 65,4% dos casos. O teste ANOVA Two-way 2 x 2 para medidas repetidas confirma esses resultados apontando uma interação (P=0,04) entre grupo e momento (figura 1). A análise realizada mediante aplicação da correlação de Spearman aponta não haver associação entre dor musculoesquelética e flexão do tronco nos momentos pré e pós. Além disso, o teste do Qui-quadrado (e Fisher quando adequado) confirma que as alterações da flexibilidade, na flexão da coluna cervical, na extensão da coluna cervical e na coluna lombar, não apresentaram associação com a diminuição da dor musculoesquelética auto-relatada (tabela 2).

24 Tabela 1: Associação entre as alterações da flexibilidade na flexão da coluna cervical, na extensão da coluna cervical e na coluna lombar e a percepção subjetiva da dor musculoesquelética para o grupo experimental e grupo controle. Grupo Experimental Controle P N % N % 0,83* Flexão da Coluna Cervical Aumentaram 17 53,1 15 46,9 Diminuíram 9 56,3 7 43,8 N % N % 0,03* Extensão da Coluna Cervical Aumentaram 17 77,3 5 22,7 Diminuíram 9 34,6 17 65,4 N % N % 0,79* Flexão de Tronco Aumentaram 8 57,1 6 42,9 Diminuíram 18 52,9 16 47,1 N % N % 0,23** Dor Aumentaram 4 80 1 20 Diminuíram 22 51,2 21 48,8 * Indica a aplicação do Qui-quadrado; **Indica aplicação do teste de Fisher.

Extensão da Coluna Cervical (Gº) 25 Tabela 2: Associação entre as alterações da flexibilidade na flexão da coluna cervical, na extensão da coluna cervical e na coluna lombar com o relato de dor musculoesquelética. Dor Aumentou Diminuiu P N % N % 0,55** Flexão da Coluna Cervical Aumentaram 3 9,4 29 90,6 Diminuíram 2 12,5 14 87,5 N % N % 0,41** Extensão da Coluna Cervical Aumentaram 3 13,6 19 86,4 Diminuíram 2 7,7 24 92,3 N % N % 0,16** Flexão de Tronco Aumentaram 0 0 14 100 Diminuíram 5 14,7 29 85,3 **Indica aplicação do teste de Fisher. 63 62 61 60 59 58 57 56 55 54 Experimental Pré * Controle Pós Figura 1: Alterações na flexibilidade de extensão da coluna cervical entre os grupos nos diferentes momentos. * Interação Grupo*Momento.

26 5 DISCUSSÃO Os resultados apontados neste estudo demonstraram que em 16 sessões de exercícios de alongamento, houve contribuição significativa para um aumento da flexibilidade na extensão da coluna cervical. Já para a flexão da coluna cervical e flexão do tronco não houve uma diferença quando comparado aos dois grupos. Em questão ao relato subjetivo de dor musculoesquelética com as alterações da flexibilidade na flexão da coluna cervical, na extensão da coluna cervical e na flexão do tronco para coluna lombar, não apresentaram associação com a diminuição da dor musculoesquelética. O fato de não ter encontrado resultados significativos estatisticamente na flexão da coluna cervical, na extensão da coluna cervical, na flexão do tronco e na associação da flexibilidade com a dor musculoesquelética, pode ser explicado no número de sessões a que os indivíduos foram submetidos, sendo que apenas 3 sujeitos cumpriram as 16 sessões de exercícios de alongamento propostas neste estudo, considerando assim todos os indivíduos ao qual completaram mais de 10 sessões. Em relação à dor musculoesquelética, como os dados relatados são subjetivos, a não associação com a flexibilidade pode ser explicada. Considerada uma experiência sensorial e emocional subjetiva desagradável, a dor é difícil de quantificar e qualificar (Silva e Ribeiro-Filho, 2006). Estudos apontam que dentro de um programa de Ginástica Laboral há uma melhora tanto na flexibilidade, quanto na dor musculoesquelética, como no estudo conduzido por Lima (2007), em trabalhadores de escritório, onde após três e seis meses de intervenção houve resultados estatisticamente significantes de aumento da flexibilidade e da percepção de dor musculoesquelética auto-relatada. Houve uma diminuição, mas tem-se ausência do grupo controle para fazer os comparativos e haver mais consistência nos dados e resultados. Neste presente estudo houve um grupo controle, o que contribuiu também para resultado encontrados neste estudo ser diferente quando comparados a outros estudos. Infelizmente no Brasil, o que se observa com os levantamentos feitos nas empresas, é que o nível de sedentarismo entre trabalhadores é muito alto (Ceschini e Lima, 2005; Matsudo et al., 2007). Neste estudo foram feitas perguntas se os

27 indivíduos faziam atividade física nos dois momentos dos testes e foi observado que com o programa de Ginástica Laboral se percebe um grande número de indivíduos que fazem atividade física, contribuindo então para um estilo de vida mais saudável. Apesar de não ser foco do estudo, cabe ressaltar este dado. O fato de ter considerado neste estudo os indivíduos que completaram pelo menos 10 sessões das 16 sessões de exercícios de alongamento propostas, está relacionado ao local de trabalho e aos cargos dos participantes, o que fez ter uma perda amostral, pois haviam enfermeiros, médicos, auxiliar operacional, técnicos de laboratório, que, nos dias que estavam ocupados com pacientes, ou com uma limpeza, ou no atendimento ao público, não conseguiam completar as 16 sessões de exercícios de alongamento propostas. Considerando os fatos citados acima, pode-se dizer que, em um ambiente hospitalar há dificuldade para conduzir um trabalho científico, como no caso do presente estudo. Como forma de contribuir com a literatura, é importante pensar em conduzir um trabalho com maior tempo de programa de exercícios de alongamento entre as coletas de dados no momento pré-teste para o pós-teste, para verificar, com exercícios de alongamento, as alterações da flexibilidade e se haverá associação com a dor musculoesquelética. No estudo feito por Soares et al. (2006), o comparecimento às sessões de Ginástica Laboral com trabalhadores de uma central de teleatendimento, também foi baixo. Em um estudo conduzido por Galinsky et al. (2007), nenhum efeito significativo foi observado em relação ao desconforto e o desempenho dos participantes do grupo que realizou exercícios de alongamento durante as pausas e o grupo controle, o que corrobora com o presente estudo aqui apresentado.

28 6 CONCLUSÕES Mediante os resultados apresentados neste estudo, 16 sessões de exercícios de alongamento contribuem significativamente no aumento da flexibilidade para extensão da coluna cervical. Em relação à diminuição da dor musculoesquelética não houve associação com a flexibilidade nos movimentos de flexão da coluna cervical, extensão da coluna cervical e flexão do tronco. Apesar de neste estudo não se apresentar associação da flexibilidade com a dor musculoesquelética e apresentar resultado significativo apenas na extensão da coluna cervical, vale ressaltar que foi composto de um grupo controle, o que quando investigado na literatura é muito escasso encontrar estudos em que há a presença de um grupo controle e que tenha resultados positivos na flexibilidade. Assim é importante que se faça mais estudos nesta área com maior número de sessões, maior tempo de programa sugerido e contendo um grupo controle, de forma a contribuir na literatura com resultados concisos.

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