DIREITO DO TRABALHO p/ TRT 11ª Região

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Transcrição:

04 DIREITO DO TRABALHO p/ TRT 11ª Região REVISÃO e BATERIA INSANA DE QUESTÕES (BIQ) PROF. KLEBER PETEÁ (KLEBÃO) 1

1. APRESENTAÇÃO CURRÍCULO DO PROFESSOR Kleber Peteá (Klebão) é Auditor-Fiscal do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (AFT-MTE). Foi Auditor Federal de Finanças e Controle da CGU (AFFC-CGU), Técnico Administrativo da ANVISA e Técnico do Ministério Público da União (MPU). Também foi aprovado nos concursos de Agente de Polícia Federal e Analista Legislativo da Assembleia de SP. Foi oficial de carreira do Exército Brasileiro, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), com ênfase em Logística e Administração. É Pós-Graduado em Controle Externo pela FIAVEC e em Gestão Pública pela FAEL; Líder Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching. 2

2. PALAVRAS INICIAIS Olá nobre guerreiro(a) dos concursos! Está firme na sua árdua jornada de estudos?! Tem perdido muitos compromissos sociais? Tem dormido pouco? Se sente cansado? Faz assim, não tenha muita dó da sua saúde agora. Depois da sua prova, você descansa, toma um choppinho, vai pra balada, passeia, etc. É engraçado ainda que depois de todo o seu esforço, algumas pessoas ainda vão dizer que você foi aprovado por sorte! Rsrs. É aquela famosa frase: "Todo mundo vê as pingas que você toma, mas não os tombos que você leva!" Logo logo você estará tomando muito mais pinga do que tombo. Acredite nisso!! Prosseguindo na nossa missão caveira, os assuntos de hoje são: Da rescisão do contrato de trabalho: das justas causas; da despedida indireta; da dispensa arbitrária; da culpa recíproca; da indenização. Do aviso prévio. Da estabilidade e garantias provisórias de emprego: das formas de estabilidade; da despedida e da reintegração de empregado estável. Sem perda de tempo, vamos à nossa Revisão Bizurada. Bons estudos! 3

3. REVISÃO BIZURADA 1) Da rescisão do contrato de trabalho: das justas causas; da despedida indireta; da dispensa arbitrária; da culpa recíproca; da indenização 1.1) Rescisão por justa causa do empregado 1.1.1) Elementos ou requisitos Elementos da punição que configuram a justa causa: a) Gravidade (requisito objetivo): A penalidade aplicada deve corresponder ao grau da falta cometida, sem excessos. b) Atualidade (requisito circunstancial): Deve-se punir, tão logo se tome conhecimento da conduta faltosa. Não pode haver grande lapso de tempo. Se a punição não ocorrer de forma imediata, entende-se que a falta foi perdoada. c) Imediação (requisito circunstancial): Diz respeito à relação entre causa e efeito, ou seja, à vinculação direta entre a falta e a punição. 4

Outro requisito objetivo muito cobrado em provas é a tipicidade: A punição ou falta grave para ter validade precisa estar prevista em lei. Outros requisitos circunstanciais são: a) proporcionalidade (adequado entre a falta e a penalidade); b) singularidade da punição (não pode ocorrer dupla punição para a mesma falta); c) a ausência de discriminação (ex: para a mesma falta deve ser aplicada a mesma punição para diferentes empregados); d) caráter pedagógico do exercício do poder disciplinar. Os requisitos subjetivos são: a) Autoria; b) Presença de dolo ou culpa no ato faltoso. 1.1.2) Hipóteses de justa causa na CLT Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; (violação do dever moral, desonesto) b) incontinência de conduta ou mau procedimento; (Mau procedimento é gênero do qual incontinência é espécie; Mau procedimento: comportamento incorreto, irregular, atos que desrespeitem a discrição pessoal e a dignidade; incontinência de conduta: atos exagerados de conduta sexual) c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de 5

concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; (por exemplo: trabalha numa empresa de cosméticos e vende cosméticos de outra marca na própria empresa) d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; (cuidado com a ressalva: não pode ter havido suspensão da execução da pena) e) desídia no desempenho das respectivas funções; (conduta desleixada ; imprudência, negligência ou imperícia no exercício da função) f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; (indisciplina: descumprimento de ordens ou regulamentos gerais; insubordinação: descumprimento de ordens específicas, individuais) i) abandono de emprego; (requisitos: faltas reiteradas consecutivas; faltas injustas e não abonadas; "animus abandonandi" = intenção de abandonar) j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 6

l) prática constante de jogos de azar. Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. Súmula 32 TST: Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer. Súmula 73 TST: A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória. A doutrina ainda fundamenta o abandono de emprego com base no art. 472, 1º, CLT: Art. 472 - O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data 7

em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado. 1.1.3) Outros motivos que constituem justa causa: 1) Aprendiz - Faltas reiteradas: A falta reiterada do menor aprendiz sem motivo justificado constitui justa causa para a rescisão contratual. 2) Ferroviário: Constitui falta grave quando o ferroviário se negar realizar trabalho extraordinário, nos casos de urgência ou de acidentes, capazes de afetar a segurança ou regularidade do serviço. 3) Bancários - Falta Contumaz no Pagamento de Dívidas Legalmente Exigidas (ATENÇÃO: Essa hipótese foi revogada pela Lei 12.347/2010). 1.1.4) Direitos na justa causa - Na despedida por Justa Causa, o empregado tem os seguintes direitos: 1) Saldo de salários; 2) Férias vencidas acrescidas de 1/3. Atenção! Veja que não há direito a 13º salário proporcional. Perceba também que na dispensa por justa causa o empregado tem direito às férias vencidas, mas não às férias proporcionais: Súmula 171 TST: Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias 8

proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses 1.2) Demissão a pedido do empregado Quando o empregador faz a demissão do empregado sem justa causa tem o dever de dar o aviso prévio mínimo de 30 dias. Da mesma forma, na demissão a pedido do empregado este deve dar o aviso prévio ao empregador de 30 dias, sob pena de desconto salarial relativo a esses dias. 1.2.1) Direitos no pedido de demissão - No pedido de demissão, o empregado tem os seguintes direitos: 1) Saldo de salários 2) Indenização das férias integrais não gozadas simples ou em dobro acrescidas do terço constitucional. 3) Indenização das férias proporcionais acrescidas do terço constitucional, mesmo que o empregado não tenha completado 1 ano de empresa. (Súmula 261 TST). 4) Décimo terceiro salário. Súmula 261 TST: O empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. 9

Obs: CLT, Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. ***Atenção! Apesar do dispositiva falar após 12 meses de serviço, ele se aplica mesmo que o empregado não tenha completado 12 meses de empresa.*** 1.3) Rescisão Indireta Essa modalidade só é possível se for reconhecida pela Justiça do Trabalho. O empregado deve entrar com ação judicial contra o empregador. 1.3.1) Hipóteses de rescisão indireta na CLT: Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; 10

b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; c) correr perigo manifesto de mal considerável; d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço. 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. ***Atenção! Nesta hipótese o empregado pode rescindir o contrato como pedido de demissão, sem que seja obrigado cumprir o aviso prévio. *** 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo. A rescisão indireta na CLT garante os mesmos direitos a um empregado dispensado sem justa causa: 11

1) Saldo de salários devidos 2) Aviso prévio trabalhado ou indenizado 3) Férias integrais e proporcionais + 1/3 de adicional sobre o cálculo das férias 4) 13º integral e proporcional 5) Multa de 40% dos depósitos na conta FGTS 6) Levantamento do saldo da conta do FGTS 7) Guias de seguro-desemprego Obs: Poderão haver outras verbas devidas por lei, acordo ou convenção coletiva de trabalho. 1.4) Rescisão por Culpa Recíproca 1.4.1) Previsão na Lei do FGTS - Lei 8.036/90, Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais. 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o 1º será de 20 (vinte) por cento. 12

1.4.2) CLT, Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. Súmula 14 TST: Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Na despedida por Culpa Recíproca, o empregado tem os seguintes direitos: 1) Saldo de salários; 2) Férias vencidas acrescidas de 1/3; 3) 50% Férias proporcionais acrescidas de 1/3; 4) 50% do aviso prévio; 5) 50% 13 salário proporcional; 6) Saque do FGTS acrescido de 20% de indenização compensatória. 1.5) Dispensa sem justa causa 1.5.1) Considerações iniciais: CLT, Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação 13

do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma emprêsa. ***Atenção! Esse dispositivo que prevê o pagamento de indenização perdeu a eficácia com a vigência da CF/88, substituindo-a pelos depósitos do FGTS e a respectiva multa rescisória.*** CLT, Art. 486 - No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável. ***Atenção! Esse artigo ainda hoje cai em concursos, geralmente a literalidade. Apesar disso, a doutrina já rechaçou o dispositivo com base no princípio da alteridade: os riscos devem ser assumidos pelo empregador e não pelo empregado, tampouco transferidos para o Poder Público.*** Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho. ***Atenção! Rescisão injusta = Demissão sem justa causa*** 1.5.2) Extinção de estabelecimento: A doutrina entende que a extinção do estabelecimento em que o empregado tiver sido 14

inicialmente alocado enseja a aplicação de demissão sem justa causa. 1.5.3) Contratos por prazo determinado: CLT, Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagarlhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. 1.5.4) Direito na demissão sem justa causa - O empregado demitido sem justa causa possui os seguintes direitos: 1) Saldo de salários devidos 2) Aviso prévio trabalhado ou indenizado 3) Férias integrais e proporcionais + 1/3 de adicional sobre o cálculo das férias 4) 13º integral e proporcional 5) Multa de 40% dos depósitos na conta FGTS 6) Levantamento do saldo da conta do FGTS 7) Guias de seguro-desemprego Obs: Poderão haver outras verbas devidas por lei, acordo ou convenção coletiva de trabalho 1.6) Outros Aspectos Relevantes da rescisão: 15

Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa. ***Atenção! Esse dispositivo que prevê o pagamento de indenização perdeu a eficácia com a vigência da CF/88, substituindo-a pelos depósitos do FGTS e a respectiva multa rescisória.*** 1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. 3º - Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento dêste, pelo Juiz de Paz. 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro. 16

5º - Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. 7º - O ato da assistência na rescisão contratual ( 1º e 2º) será sem ônus para o trabalhador e empregador. 8º - A inobservância do disposto no 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. Art. 500 - O pedido de demissão do empregado estável só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato e, se não o houver, perante autoridade local competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social ou da Justiça do Trabalho. 2) Do aviso prévio 17

O aviso prévio é a comunicação que uma das partes do contrato por prazo indeterminado (regra geral) faz a outra, informando sobre sua intenção de rescindir o respectivo contrato, integrando tal período no tempo de serviço do empregado, independentemente se for indenizado ou trabalhado. CF 88, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; Lei 12.506/2011: Art. 1º O aviso prévio, (...), será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. Art. 487, CLT - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; (REVOGADO) 18

II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. 2º - A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. 3º - Em se tratando de salário pago na base de tarefa, o cálculo, para os efeitos dos parágrafos anteriores, será feito de acordo com a média dos últimos 12 (doze) meses de serviço. 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta. 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. 6º O reajustamento salarial coletivo, determinado no curso do aviso prévio, beneficia o empregado pré-avisado da despedida, mesmo que tenha recebido antecipadamente os salários correspondentes ao período do aviso, que integra seu tempo de serviço para todos os efeitos legais. Art. 488, CLT - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem 19

prejuízo do salário integral, (...), por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso li do art. 487 desta Consolidação. *** Atenção! Essa redução de jornada só é possível quando a rescisão é promovida pelo empregador. Não cabe, por exemplo, na demissão e pedido do empregado.***. Art. 489, CLT - Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Parágrafo único - Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado. Art. 491, CLT - O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do respectivo prazo. Art. 477, 6º, CLT - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. 20

OJ-SDI1-162: A contagem do prazo para quitação das verbas decorrentes da rescisão contratual prevista no art. 477 da CLT exclui necessariamente o dia da notificação da demissão, e inclui o do vencimento em obediência ao disposto no art. 132 do Código Civil de 2002. O prazo do aviso prévio conta-se, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento, em obediência a regra geral da Lei 10.406/02 (Código Civil): Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento. OJ-SDI1-14: Em caso de aviso prévio cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida. Súmula 44 TST: A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio. Súmula 305 TST: O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS. 21

Súmula 230 TST: É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. Súmula 348 TST: É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos. Súmula 371 TST: A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de préaviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário. Súmula 276 TST: O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. Aviso prévio em contratos por prazo determinado: Embora típico de contratos de prazo indeterminado, o aviso prévio poderá incidir, como exceção, em contratos de prazo determinado, como por exemplo, nos contratos que possuam cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão prevista 22

no art. 481 da CLT e nos contratos de experiência, conforme a Súmula 163 do TST: CLT, Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. Súmula 163 TSTS: Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT. 3) Da estabilidade e garantias provisórias de emprego: das formas de estabilidade; da despedida e da reintegração de empregado estável 3.1) Havendo garantia provisória de emprego não cabe a dispensa do empregado de forma arbitrária ou sem justa causa. Nesse caso a dispensa somente poderá ocorrer de forma não arbitrária ou por justa causa, a exemplo de falta grave cometida pelo empregado. 3.2) Estabilidade da Gestante CF, ADCT, Art. 10, II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. 23

CLT, Art. 391 - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de encontrar-se em estado de gravidez. Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Súmula 244 TST: GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT). II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea b, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. OJ-SDC-30: Nos termos do art. 10, II, "b", do ADCT, a proteção à maternidade foi erigida à hierarquia constitucional, pois retirou do âmbito do direito potestativo do empregador a possibilidade de despedir arbitrariamente a empregada em estado gravídico. 24

Portanto, a teor do artigo 9º da CLT, torna-se nula de pleno direito a cláusula que estabelece a possibilidade de renúncia ou transação, pela gestante, das garantias referentes à manutenção do emprego e salário. 3.3) Estabilidade do Dirigente Sindical Art. 543, 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. Súmula 369 TST: DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. 25

III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. Não detém estabilidade provisória: Atenção! Membros de conselhos fiscais de sindicato e delegados sindicais não tem estabilidade provisória. Porém, é claro que se eventual norma coletiva prever estabilidade para essas hipóteses, essa norma deve ser aplicada com base no princípio da norma mais favorável. Portanto, as convenções e acordos coletivos podem prever estabilidades não elencadas em lei. OJ-SDI1-365: Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito à estabilidade prevista nos arts. 543, 3º, da CLT e 8º, VIII, da CF/1988, porquanto não representa ou atua na defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua competência limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato (art. 522, 2º, da CLT). 26

OJ-SDI1-369: O delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória prevista no art. 8º, VIII, da CF/1988, a qual é dirigida, exclusivamente, àqueles que exerçam ou ocupem cargos de direção nos sindicatos, submetidos a processo eletivo. Atenção: Segundo entendimento do TST, há estabilidade do dirigente sindical mesmo que o seu sindicato ainda não tenha os registros no Ministério do Trabalho e Emprego e no Cartório de Títulos e Documentos. Processo: RR-261600-83.2007.5.12.0050. 3.4) Estabilidade do Cipeiro CF, ADCT, Art. 10, II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. Súmula 339 TST: I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art. 10, II, "a", do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida 27

arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. 3.5) Estabilidade do Representante dos Empregados nas CCPs CLT, Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia (CCPs), de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser constituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical. 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei. 3.6) Estabilidade do Empregado Acidentado Lei 8.213/91, Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente. Atenção! O auxílio-doença acidentário é previsto na Lei 8.213/91 e se trata de benefício pecuniário de prestação continuada 28

(100% do valor do salário de benefício), possui prazo indeterminado, e está sujeito à revisão periódica, sendo pago mensalmente ao acidentado urbano ou rural, que sofreu acidente do trabalho ou doença advinda das condições de trabalho e apresenta incapacidade transitória para exercer seu labor, sendo requisito o afastamento do trabalhador pelo prazo mínimo de 15 dias O auxílio-acidente é uma indenização que o empregado acidentado passa a receber após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, se resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.*** Súmula 378 TST: ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91. 29

3.7) Estabilidade do Diretor de Cooperativa OJ-SDI1-253: ESTABILIDADE PROVISÓRIA. COOPERATIVA: O art. 55 da Lei nº 5.764/71 assegura a garantia de emprego apenas aos empregados eleitos diretores de Cooperativas, não abrangendo os membros suplentes. Ufa!!! Acabamos a revisão bizurada de hoje! Na minha opinião, se você souber todos os itens da revisão, você será capaz de acertar no mínimo 90% da prova. Se, além da revisão, praticar exaustivamente a nossa Bateria Insana de Questões (BIQ), certamente irá gabaritar o assunto na prova!! Fé e força!! Bateriaaaaa!!! Vem em mim!! 30

4. BATERIA INSANA DE QUESTÕES (BIQ) 1) (FCC - TRT GO - Analista Judiciário - 2008) A Justiça do Trabalho reconheceu culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho de Maria. Neste caso, o empregador (A) pagará multa de 40% do valor dos depósitos e o empregado sacará a conta vinculada. (B) pagará multa de 30% do valor dos depósitos e o empregado sacará a conta vinculada. (C) pagará multa de 20% do valor dos depósitos e o empregado sacará a conta vinculada. (D) não pagará multa sobre o valor dos depósitos, mas o empregado poderá sacar a conta vinculada. (E) não pagará multa sobre o valor dos depósitos e o empregado também não poderá sacar a conta vinculada. Gabarito: C. Fácil. No caso de culpa recíproca, o empregador pagará multa de 20% do valor dos depósitos e o empregado sacará a conta vinculada. O art. 18, 2º, da Lei 8.036/90 e o art. 484 da CLT amparam esse gabarito. Lei 8.036/90, Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais. 2º Quando ocorrer 31

despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o 1º será de 20 (vinte) por cento. CLT, Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. 2) (FCC TRT8 - Analista Judiciário - 2010) Bruna recebeu aviso prévio de sua empregadora, a empresa B, informando-a da rescisão imotivada de seu contrato de trabalho. Bruna optou em não trabalhar nos últimos sete dias corridos de seu aviso. Considerando que no mês do aviso prévio não há feriados, bem como que o último dia laborado por Bruna foi dia 10, uma quarta-feira, a empresa B deverá saldar as verbas rescisórias até o próximo dia (A) 11. (B) 18. (C) 20. (D) 19. (E) 17. Gabarito: B. Temos um caso de aviso prévio trabalhado, no qual o prazo lega máximo para o pagamento das verbas rescisórias é até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato de trabalho, conforme o Art. 477, 6º, a, CLT: 32

Vejamos. CLT, art. 477, 6º - O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. Perceba que Bruna trabalhou até o dia 10, uma quarta-feira, e ainda optou por não trabalhar nos últimos sete dias corridos de seu aviso, com base no art. 488 e parágrafo único, CLT: Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, (...), por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso li do art. 487 desta Consolidação. O inciso li do art. 487 da CLT é a própria previsão do aviso prévio mínimo de 30 dias: Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. Voltando a questão, veja, então, que Bruna trabalhou efetivamente até o dia 10 e optou por não trabalhar nos últimos 7 dias corridos de seu aviso. De qualquer forma esses 7 dias devem ser contados para todos os fins, inclusive para tempo 33

de serviço. Assim, a data do término do contrato de trabalho deve projetar os 7 dias a partir do dia 10, ou seja, a data da rescisão é o dia 17, uma quarta-feira. Portanto, a empresa deverá saldar as verbas rescisórias até o próximo dia útil, que é o dia 18 (uma quinta-feira). 3) (FCC TRT14 - Técnico Judiciário - 2016) A Consolidação das Leis do Trabalho prevê algumas hipóteses em que ocorrerá a resolução do contrato de trabalho em razão de falta grave cometida pelo trabalhador. Assim, na terminologia legal, são motivos que constituem a justa causa para extinção do contrato de trabalho pelo empregador, EXCETO: (A) ato de indisciplina. (B) incontinência de conduta. (C) desídia no desempenho das respectivas funções. (D) violação de segredo da empresa. (E) recusa em realizar serviços defesos por lei ou alheios ao contrato. Gabarito: E. A letra E é a única alternativa que não apresenta um motivo de justa causa para extinção do contrato de trabalho pelo empregador. Vejamos todas as hipóteses da CLT de justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 34

a) ato de improbidade; (violação do dever moral, desonesto) b) incontinência de conduta ou mau procedimento; (Mau procedimento é gênero do qual incontinência é espécie; Mau procedimento: comportamento incorreto, irregular, atos que desrespeitem a discrição pessoal e a dignidade; incontinência de conduta: atos exagerados de conduta sexual) c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; (por exemplo: trabalha num empresa de cosméticos e vende cosméticos de outra marca na própria empresa) d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; (cuidado com a ressalva: não pode ter havido suspensão da execução da pena) e) desídia no desempenho das respectivas funções; (imprudência, negligência ou imperícia no exercício da função) f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; (indisciplina: descumprimento de ordens ou regulamentos gerais; insubordinação: descumprimento de ordens específicas, individuais) i) abandono de emprego; (requisitos: faltas reiteradas consecutivas; faltas injustas e não abonadas; "animus abandonandi" = intenção de abandonar) 35

j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional. Súmula 32 TST: Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer. Súmula 73 TST: A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória. 4) (FCC TRT16 Técnico Judiciário - 2014) Vera, empregada da empresa "A", estando atolada em dívidas, informou levianamente a seu superior hierárquico que havia mudado de residência, apresentando novo comprovante falso, visando 36

receber maiores vantagens a título de vale- transporte. A empresa "A" descobriu a atitude de sua empregada e rescindiu o seu contrato de trabalho por justa causa, em razão da prática de falta grave caracterizada por (A) desídia. (B) ato de incontinência de conduta. (C) desídia e insubordinação. (D) ato de improbidade. (E) ato de indisciplina. Gabarito: D. Vera agiu malandramente, fazendo cara de carente só pra poder curtir um vale-transporte. Relaciona-se com desonestidade, violação do dever moral, ou seja, improbidade: CLT, Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; (violação do dever moral, desonesto). 5) (FCC TRT CE - Analista Judiciário - 2009) A ocorrência de justa causa no decorrer do prazo do aviso prévio dado pelo empregador (A) não retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória, salvo na hipótese de abandono de emprego. 37

(B) não retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória, inclusive na hipótese de abandono de emprego. (C) retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória, salvo na hipótese de abandono de emprego. (D) retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória, inclusive na hipótese de abandono de emprego. (E) retira do empregado o direito apenas de algumas verbas rescisórias de natureza indenizatória especificadas em lei, salvo na hipótese de abandono de emprego. Gabarito: C. Aplicação direta da Súmula 73 TST: A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória. 6) (FCC TRT16 Analista Judiciário-2009) O pagamento relativo ao período de aviso prévio (A) apenas indenizado está sujeito à contribuição para o FGTS acrescido de 50%. (B) apenas trabalhado está sujeito à contribuição para o FGTS. 38

(C) trabalhado ou indenizado está sujeito à contribuição para o FGTS. (D) apenas indenizado está sujeito à contribuição para o FGTS. (E) trabalhado ou indenizado não está sujeito à contribuição para o FGTS. Gabarito: C. Mais uma questão que cobrou o entendimento sumulado do TST: Súmula 305 TST: O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS. 7) (FCC-TRT23-Analista Judiciário-Área Administrativa-2016) Em relação ao aviso prévio, considere: I. Na hipótese de rescisão de contrato de trabalho em decorrência do encerramento definitivo das atividades da empresa não é devido aviso prévio. II. Contrato de trabalho por prazo determinado que contém cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada não gera direito do empregado ao aviso prévio, mesmo que seja executado tal direito pelo empregador. III. É válida a substituição do período que se reduz da jornada de trabalho durante o aviso prévio concedido pelo empregador pelo pagamento das horas correspondentes, desde que acrescidas do adicional de 50% sobre o valor da hora normal. 39

IV. Aviso prévio e garantia de emprego são dois institutos incompatíveis, razão pela qual somente após o final do período desta pode ser concedido aquele. V. Tendo, no curso do aviso prévio, sido concedido ao empregado auxílio- doença, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário, tendo em vista que a projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. Está correto o que consta APENAS em (A) IV e V. (B) II e III. (C) I, IV e V. (D) III e V. (e) I, II e IV. Gabarito: A. Os itens IV e V estão corretos. Vejamos um a um. Item I errado: Súmula 44 TST: A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio. Item II errado: Embora típico de contratos de prazo indeterminado, o aviso prévio poderá incidir, como exceção, em contratos de prazo determinado, como por exemplo, nos contratos que possuam cláusula assecuratória do direito 40

recíproco de rescisão prevista no art. 481 da CLT - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. Item III errado: Contraria a Súmula 230 TST: É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes. Item IV certo: Súmula 348 TST: É inválida a concessão do aviso prévio na fluência da garantia de emprego, ante a incompatibilidade dos dois institutos. Item V certo: É praticamente a literalidade da Súmula 371 TST: A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário. 8) (FCC-TRT14-Técnico Judiciário-2016) A Doutrina conceitua o aviso prévio como o ato de comunicação antecipada de uma parte a outra da intenção de romper o contrato de trabalho. Conforme regras contidas na legislação sobre o instituto do aviso prévio é correto afirmar: (A) É utilizado em todas as modalidades de contratos por prazo determinado e indeterminado. 41

(B) No término normal dos contratos de experiência o seu prazo é reduzido para oito dias. (C) Em contrato por prazo indeterminado que perdurou de janeiro de 2014 até outubro de 2014 o prazo será de trinta e três dias. (D) A falta do aviso prévio por parte do trabalhador dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. (E) O valor das horas extraordinárias, ainda que habituais, não integra o aviso prévio indenizado. Gabarito: D. O gabarito é a exata letra do Art. 487, 2º, CLT: A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo. Letra A errada: Não podemos dizer que o aviso é utilizado indiscriminadamente em todas as modalidades de contratos por prazo determinado. Embora típico de contratos de prazo indeterminado, o aviso prévio poderá incidir, como exceção, em contratos de prazo determinado, como por exemplo, nos contratos que possuam cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão prevista no art. 481 da CLT e nos contratos de experiência, conforme a Súmula 163 do TST: CLT, Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. 42

Súmula 163 TSTS: Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT. Letra B errada: A alternativa inventou uma situação que não há qualquer respaldo legal. Não existe essa regra que no término normal dos contratos de experiência o seu prazo é reduzido para oito dias. Letra C errada: Veja que o contrato perdurou de janeiro de 2014 até outubro de 2014, ou seja, menos de 1 ano. Ao aviso prévio são acrescidos três dias por ano de serviço prestado, limitado a 90 dias. Lei 12.506/2011: Art. 1º O aviso prévio, (...), será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. Letra E errada: CLT, art. 487, 5º O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. 9) (FCC-TRT18-Analista Judiciário- 2008) Quanto à rescisão do contrato de trabalho por culpa do empregado e seus efeitos, analise: I. A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória. 43

II. Não há distinção entre os atos de incontinência de conduta e mau procedimento, tratando-se de sinônimos tipificados pela Consolidação das Leis do Trabalho. III. Configura ato de insubordinação o descumprimento de ordem constante em circulares internas da empresa. IV. Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de trinta dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer. Está correto o que consta APENAS em (A) III e IV. (B) I, II e III. (C) I e IV. (D) I, III e IV. (E) II e IV. Gabarito: C. Os itens I e IV estão corretos. Item I certo: Está de acordo com a Súmula 73 TST: A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória. Item II errado: Mau procedimento é gênero do qual incontinência é espécie; Mau procedimento: comportamento incorreto, irregular, atos que desrespeitem a discrição pessoal e 44