Lei geral de licitações Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993

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Transcrição:

Lei geral de licitações Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Capítulo I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Seção I Dos Princípios Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 1. Importante lembrar que compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação. Os demais entes federativos podem legislar sobre normas específicas acerca da matéria, para aplicação em seus procedimentos licitatórios. Em suma, todos os entes podem editar leis sobre licitação, mas devem obedecer àquelas normas gerais traçadas pela União. Assim, para a União Federal, há uma competência privativa, no que tange às regras gerais, e uma competência comum, no que se refere às regras específicas. Prepondera o pensamento de que a maioria das disposições da Lei nº 8.666/93 se caracteriza como norma geral. Não obstante, verificado que um determinado dispositivo da Lei nº 8.666/93 possui caráter específico, 17

Ronny Charles Lopes de Torres 18 não haverá, necessariamente, inconstitucionalidade. Na verdade, o dispositivo terá validade, mas, no que tange ao regramento específico, sua disposição regrará apenas as contratações federais, não vinculando os demais entes federativos (Estados, Municípios e DF). Contudo, caso o dispositivo federal tente impor regras específicas aos demais entes, haverá inconstitucionalidade. Em resumo, naquilo que é geral (a grande maioria de seus dispositivos, segundo a jurisprudência do STF), a Lei nº 8.666/93 possui caráter nacional, aplicando-se a todos os entes da Federação; naquilo que remete a especificidades, ela regula apenas o campo federal, estando os demais entes livres para aprovarem disposições próprias. 2. Por sua vez, o inciso XXI do artigo 37 da Constituição Federal, estabelece que, ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. A norma constitucional permite ressalvas à obrigatoriedade de licitar (contratação direta), que devem ser estabelecidas pela legislação, sendo incabível a criação de uma hipótese de contratação direta por decreto. 3. Deve-se destacar a possibilidade de que sociedades de economia mista e empresas públicas, exploradoras de atividades econômicas, não se sujeitem ao dever de licitar. Em síntese, a melhor doutrina e acórdãos do TCU têm direcionado para o entendimento de que, embora seja exigível o procedimento licitatório para tais pessoas jurídicas da Administração Indireta, é inafastável que nas suas atividades tipicamente comerciais, em que se exige agilidade incompatível com o procedimento licitatório, seria inadmissível ou irrazoável a obrigação de licitar. Massificou-se o entendimento de que as empresas públicas e as sociedades de economia mista, exploradoras de atividade econômica, não necessitariam de obediência ao procedimento licitatório quando realizassem contratações relativas às atividades-fim para as quais foram criadas. Contudo, convém esclarecer, não é a simples diferenciação entre atividade-fim e atividade-meio que irá respaldar a exigibilidade ou não do certame licitatório, mas, sim, a constatação ou não da impossibilidade de

Lei geral de licitaçõeslei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 consecução dos objetivos pretendidos pela pessoa jurídica, em sua atividade econômica, através do certame licitatório. Não pode ser considerada apta a atender ao interesse da Administração a exigência de utilização do rígido regime de direito público, para que a estatal exploradora de atividade econômica participe da competição de mercado. Esse entendimento parece consoante aquele externado pelo STF, que tem admitido a adoção de regime diferenciado a estatais exploradoras da atividade econômica, sem restrição ao tipo de atividade (fim ou meio), sob o fundamento de que a atividade econômica exercida por essas empresas estatais, em regime de livre competição com as empresas privadas, justifica a submissão a um regime diferenciado de licitação (STF, MS 25.888/DF). De qualquer forma, reitere-se que essa permissibilidade se caracteriza como uma exceção, ocorrendo apenas em relação SEM e EP, exploradoras de atividade econômica, e nas situações em que a submissão ao regime licitatório comprometa essa atividade. STF: Ação Cautelar. 2. Efeito suspensivo a recurso extraordinário admitido no Superior Tribunal de Justiça. 3. Plausibilidade jurídica do pedido. Licitações realizadas pela Petrobrás com base no Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado (Decreto nº 2.745/98 e Lei nº 9.478/97). 4. Perigo de dano irreparável. A suspensão das licitações pode inviabilizar a própria atividade da Petrobrás e comprometer o processo de exploração e distribuição de petróleo em todo o país, com reflexos imediatos para a indústria, comércio e, enfim, para toda a população. 5. Medida cautelar deferida para conceder efeito suspensivo ao recurso extraordinário. (STF AC 1193 MC-QO, Relator(a): Min. GILMAR MEN- DES, Segunda Turma, julgado em 09/05/2006, DJ 30-06-2006) Aplicação em concurso (2002/CESPE/SEFAZ-AL/TÉCNICO DE FINANÇAS) Julgue os itens abaixo, relativos à Lei n.º 8.666, de 1993, que dispõe acerca dos processos de licitação. Uma sociedade de economia mista com sede no estado de Alagoas não está subordinada ao regime dessa lei. A resposta: ERRADO Em face da autonomia administrativa dos prefeitos municipais, o regime da lei de licitações não é aplicável a esses entes da Federação. A resposta: ERRADO 19

Ronny Charles Lopes de Torres 4. Relembramos que a Emenda Constitucional nº 19/98, alterou o art. 173, 1º da CF, permitindo que lei estabeleça estatuto jurídico próprio para as empresas e as sociedades de economia mista, dispondo, entre outros elementos, sobre regras específicas para licitações dessas pessoas jurídicas. Aplicação em concurso (2008/CESPE/SECAD-TO/PERITO CRIMINAL) As sociedades de economia mista não se submetem ao procedimento licitatório porque têm o mesmo tratamento concedido às empresas privadas. A resposta: ERRADO Art. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei. Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. 1. A licitação tem por objeto as obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros. Assim, quando aliena um bem, realiza compras (papel, cadeiras, automóveis...), contrata serviços (manutenção, vigilância, telefonia...) ou obras, o gestor deve, em regra, submeter-se a este procedimento prévio denominado licitação. 2. Ao mencionar expressamente a característica consensual do contrato administrativo, o estatuto expurga qualquer possibilidade de que determinados atos praticados pela Administração, em que inexiste o elemento de acordo de vontades, possam assim ser considerados. Nesse sentido, não se caracterizam como contratos administrativos a desapropriação, a fiscalização, a tributação, entre outros. 3. Embora o caput ressalve apenas as hipóteses previstas nesta Lei, entende- -se possível que outras leis federais contenham hipóteses de dispensa (já que a competência da União, para estabelecer regras gerais, não se exauriu com a Lei nº 8.666/93). 20

Lei geral de licitaçõeslei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 Nesse sentido, o inciso II do 2º do artigo 8º da Lei 11.652, de 07 de abril de 2008, estabelece uma hipótese de dispensa de licitação para contratação da Empresa Brasil de Comunicação S/A EBC, vinculada à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, por órgãos e entidades da administração pública, com vistas à realização de atividades relacionadas ao seu objeto, desde que o preço contratado seja compatível com o de mercado. Tal hipótese de dispensa é válida, embora não conste na Lei nº 8.666/93. 4. A licitação é um procedimento prévio de seleção por meio do qual a Administração, mediante critérios previamente estabelecidos, isonômicos, abertos ao público e fomentadores da competitividade, busca escolher a melhor alternativa para a celebração de um contrato. Sendo um procedimento prévio à realização do contrato, a licitação tem como intuito permitir que se ofereçam propostas e que seja escolhida a mais interessante e vantajosa ao interesse público, impondo regras de controle que devem ser respeitadas pelo gestor. Aplicação em concurso (2008/NCE/UFRJ /ANTT/ADMINISTRAÇÃO-GERAL) O processo administrativo unilateral destinado a selecionar um contratante com a Administração Pública para a aquisição ou a alienação de bens, a prestação de serviços e a execução de obras, mediante escolha da melhor proposta apresentada é o/a: a) leilão; b) pregão; c) concurso; d) dispensa; e) licitação. A resposta: Letra e 5. Recentemente foi aprovada a Lei federal nº 12.232/2010, que dispôs sobre normas gerais para licitação e contratação de serviços de publicidade, prestados por intermédio de agências de propaganda. Cumpre lembrar que, diante da competência da União para estabelecer regras gerais de licitações e contratos (art. 22, inc. XXVII, CF), essa Lei tem validade tanto para a União como para os Estados, os Municípios e o DF. Subordinam-se a tal Lei, ainda, os órgãos do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, as pessoas da administração indireta e todas as entidades controladas direta ou indiretamente pelos entes políticos acima referidos. 21

Ronny Charles Lopes de Torres Atenção. A Lei federal nº 12.232/2010 será aplicada, apenas, subsidiariamente, em relação às empresas que possuem regulamento próprio de contratação, às licitações já abertas, aos contratos em fase de execução e aos efeitos pendentes dos contratos já encerrados na data de sua publicação. 6. De acordo com a Lei federal nº 12.232/2010, considera-se serviço de publicidade o conjunto de atividades realizadas integradamente, que tenham por objetivo o estudo, o planejamento, a conceituação, a concepção, a criação, a execução interna, a intermediação, a supervisão da execução externa e a distribuição de publicidade aos veículos e demais meios de divulgação, com o objetivo de promover a venda de bens ou serviços de qualquer natureza, difundir ideias ou informar o público em geral. Nas contratações de serviços de publicidade, podem ser incluídos, como atividades complementares, em síntese, os serviços especializados pertinentes: ao planejamento e à execução de pesquisas e de outros instrumentos de avaliação e de geração de conhecimento, relacionados à ação publicitária ou ao objeto contratual; à produção e à execução técnica das peças e projetos publicitários criados; à criação e ao desenvolvimento de formas inovadoras de comunicação publicitária. Importante. Somente pessoas físicas ou jurídicas previamente cadastradas pelo contratante poderão fornecer ao contratado bens ou serviços especializados relacionados às atividades complementares da execução do objeto contratual. Em tal fornecimento, deve o contratado apresentar, ao contratante, 3 (três) orçamentos obtidos entre pessoas que atuem no mercado do ramo do fornecimento pretendido. Atenção. É expressamente vedada a inclusão, como objeto do contrato de publicidade, de atividades não previstas pela Lei, especialmente: assessoria de imprensa, comunicação e relações públicas ou as que tenham por finalidade a realização de eventos festivos de qualquer natureza. Caso sejam necessárias, elas devem ser contratadas por meio de procedimentos licitatórios próprios. 7. Para participar das licitações de serviços de publicidade, as agências de propaganda devem possuir certificado de qualificação técnica de funcionamento, obtido perante o Conselho Executivo das Normas Padrão CENP. 22

Lei geral de licitaçõeslei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 Atenção. O instrumento convocatório das licitações de publicidade possui exigências específicas, conforme artigo 6º da Lei federal nº 12.232/2010. Dentre elas, podemos destacar: as licitações para serviços de publicidade adotarão, obrigatoriamente, os tipos melhor técnica ou técnica e preço. as informações suficientes para que os interessados elaborem propostas serão estabelecidas em um briefing, de forma precisa, clara e objetiva; a proposta técnica será composta por: um plano de comunicação publicitária, pertinente às informações expressas no briefing, e por um conjunto de informações referentes ao proponente; o plano de comunicação publicitária será composto dos seguintes quesitos: raciocínio básico; estratégia de comunicação publicitária; ideia criativa; e estratégia de mídia e não mídia. os documentos de habilitação serão apresentados apenas pelos licitantes classificados no julgamento final das propostas. é possível a adjudicação do objeto da licitação a mais de uma agência de propaganda. Nesse caso, para a execução das ações de comunicação publicitária, o órgão ou a entidade deverá, obrigatoriamente, instituir procedimento de seleção interna entre as contratadas, cuja metodologia será aprovada pela administração e publicada na imprensa oficial. 8. As licitações previstas na Lei federal nº 12.232/2010 (serviços de publicidade prestados por intermédio de agências de propaganda) serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial, com exceção da análise e julgamento das propostas técnicas. Importante. As propostas técnicas, serão analisadas e julgadas por subcomissão técnica, constituída por, pelo menos, 3 (três) membros que sejam formados em comunicação, publicidade ou marketing ou que atuem em uma dessas áreas, sendo que, pelo menos, 1/3 (um terço) deles não poderá manter nenhum vínculo funcional ou contratual, direto ou indireto, com o órgão ou a entidade responsável pela licitação. A escolha dos membros da subcomissão técnica será feita por sorteio, em sessão pública, entre os nomes de uma relação que será publicada na 23

Ronny Charles Lopes de Torres imprensa oficial, em prazo não inferior a 10 (dez) dias da data em que será realizada a sessão pública marcada para o sorteio. É possível, a qualquer interessado, impugnar pessoa integrante da referida relação. Atenção: Essas exigências não são necessárias quando a licitação for processada sob a modalidade convite, nas pequenas unidades administrativas e sempre que for comprovadamente impossível seu cumprimento. 9. De acordo com a Lei nº 12.232/2010, a quebra, por parte de agente do órgão ou entidade responsável pela licitação de publicidade, dos dispositivos legais garantidores do julgamento do plano de comunicação publicitária sem o conhecimento de sua autoria, implicará anulação do certame, sem prejuízo da apuração de eventual responsabilidade administrativa, civil ou criminal dos envolvidos na irregularidade. 10. Nas contratações de serviços de publicidade, o fornecimento de bens ou serviços especializados (incluídos como atividades complementares) exigirá sempre a apresentação pelo contratado, ao contratante, de 3 (três) orçamentos obtidos entre pessoas que atuem no mercado do ramo do fornecimento pretendido. Atenção. Sempre que o fornecimento tiver valor superior a 0,5% (cinco décimos por cento) do valor global do contrato, os orçamentos serão coletados em envelopes fechados, que serão abertos em sessão pública, convocada e realizada sob fiscalização do contratante. Este procedimento é desnecessário quando o fornecimento de bens ou serviços envolver valor igual ou inferior a 20% (vinte por cento) do valor limite da modalidade convite, para compras e serviços. 11. Nos contratos de publicidade (Lei nº 12.232/2010), pertencem ao órgão ou ente contratante as vantagens obtidas em negociação de compra de mídia diretamente ou por intermédio de agência de propaganda, incluídos os eventuais descontos e as bonificações na forma de tempo, espaço ou reaplicações que tenham sido concedidos pelo veículo de divulgação. Atenção. É possível a concessão de planos de incentivo por veículo de divulgação e sua aceitação por agência de propaganda. Os frutos resultantes constituem, para todos os fins de direito, receita própria da agência. 24

Lei geral de licitaçõeslei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 12. As informações sobre a execução dos contratos regulados pela Lei nº 12.232/2010, com os nomes dos fornecedores de serviços especializados e veículos, serão divulgadas em sítio próprio, aberto para o contrato, na rede mundial de computadores, garantido o livre acesso às informações por quaisquer interessados. Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010). 1º É vedado aos agentes públicos: I admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos 5º a 12 deste artigo e no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) II estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e no art. 3º da Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991. 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: I produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional; (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010) II produzidos no País; III produzidos ou prestados por empresas brasileiras. IV produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura. 25

Ronny Charles Lopes de Torres 4º (Vetado). 5º Nos processos de licitação previstos no caput, poderá ser estabelecido margem de preferência para produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 6º A margem de preferência de que trata o 5º será estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em consideração: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) I geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) II efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) III desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) IV custo adicional dos produtos e serviços; e (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) V em suas revisões, análise retrospectiva de resultados. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 7º Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no 5º. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 8º As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os 5º e 7º, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 9º As disposições contidas nos 5º e 7º deste artigo não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de produção ou prestação no País seja inferior: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) I à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) II ao quantitativo fixado com fundamento no 7º do art. 23 desta Lei, quando for o caso. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 10. A margem de preferência a que se refere o 5º poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul Mercosul. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 26

Lei geral de licitaçõeslei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 11. Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado promova, em favor de órgão ou entidade integrante da administração pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo Poder Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 12. Nas contratações destinadas à implantação, manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em ato do Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que trata a Lei nº 10.176, de 11 de janeiro de 2001. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 13. Será divulgada na internet, a cada exercício financeiro, a relação de empresas favorecidas em decorrência do disposto nos 5º, 7º, 10, 11 e 12 deste artigo, com indicação do volume de recursos destinados a cada uma delas. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) 1. A finalidade da licitação, inicialmente, reunia a busca pela contratação mais vantajosa e o respeito ao tratamento igualitário e impessoal a todos os interessados em firmar a contratação administrativa ( vantajosidade + isonomia ). Essa finalidade dual era descrita pelo artigo 3º da Lei nº 8.666/93, ao estabelecer que a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração. Recentemente, a Lei nº 12.349/2010 incluiu a promoção do desenvolvimento nacional sustentável como finalidade da licitação pública. Nessa feita, com a alteração promovida, a finalidade da licitação passa a envolver três conceitos, quais sejam: Vantajosidade Isonomia Promoção do desenvolvimento nacional sustentável Tanto o tratamento isonômico como a vantajosidade e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável não se constituem em finalidades absolutas, mas relativas. A proposta mais vantajosa será aquela considerada 27

Ronny Charles Lopes de Torres melhor, de acordo com os critérios estabelecidos, fundamentados em parâmetros legais. O tratamento isonômico será consagrado, mesmo quando estabelecidos critérios legais diferenciadores (como algumas situações de dispensa ou exigências habilitatórias), que devem, de qualquer forma, respeitar a igualdade material. O desenvolvimento nacional sustentável, que consagra um raciocínio de fomento às licitações sustentáveis, não pode servir como justificativa para a imposição irrazoável de restrições à competitividade. Atenção. Cabe observar que a Corte Especial do STJ decidiu pela impossibilidade de participação das cooperativas em processo licitatório para contratação de mão de obra, quando o labor, por sua natureza, demandar necessidade de estado de subordinação ante os prejuízos que podem advir para o patrimônio público, caso o ente cooperativo se consagre vencedor no certame (AgRg no REsp 960.503/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/09/2009, DJe 08/09/2009). Aplicação em concurso (2011/MPE-PR/Promotor de Justiça) A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável. Assim, sob pena de frustrar a licitude de procedimento licitatório ou dispensá-lo indevidamente, incorrendo na prática de ato de improbidade administrativa, é vedado aos agentes públicos: a) Assegurar preferência, como critério de desempate entre os licitantes, aos bens e serviços produzidos no país; b) Permitir a participação de empresa consorciada, na mesma licitação, através de mais de um consórcio ou isoladamente; c) Dispensar a licitação para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão; d) Dirigir convite a empresas do ramo pertinente ao objeto licitado, sem que estas estejam cadastradas; e) Utilizar-se da tomada de preços nos casos em que couber convite. Resposta: letra b (2010/FCC/TRE-AM/Analista Judiciário/Área Administrativa) O dever que tem a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite de realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle, traduz o princípio 28

Lei geral de licitaçõeslei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 a) da legalidade. b) do julgamento objetivo. c) da vinculação ao instrumento convocatório. d) da adjudicação compulsória. e) do sigilo das propostas. Resposta: letra c (2010/FCC/TRE-AL/Analista Judiciário/Área Administrativa) São princípios da licitação expressamente citados na Lei nº 8.666/93, dentre outros: a) julgamento objetivo, competitividade e sigilo das propostas. b) vinculação ao instrumento convocatório, competitividade e sigilo das propostas. c) adjudicação compulsória, competitividade e igualdade. d) probidade administrativa, julgamento objetivo e igualdade. e) probidade administrativa, sigilo das propostas e adjudicação compulsória. Resposta: letra d (Banco da Amazônia S.A. Cargo 1: Técnico Científico Área: Administração) Acerca dos institutos jurídicos aplicáveis às licitações e aos contratos administrativos públicos, julgue os itens a seguir à luz da Lei n.º 8.666/1993 e suas alterações. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a administração, sendo processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos que regem essa lei. Resposta: Certo (2002/CESPE/SEFAZ-AL/Técnico de Finanças) Julgue os itens abaixo, relativos à Lei n.º 8.666, de 1993, que dispõe acerca dos processos de licitação. A impessoalidade, a probidade administrativa, bem como a vinculação ao instrumento convocatório constituem princípios básicos da licitação. A resposta: CERTO O objetivo principal do procedimento licitatório é a garantia do princípio constitucional da isonomia, o que descaracteriza a necessidade de seleção da proposta mais vantajosa para a administração. A resposta: ERRADO 2. A igualdade material não exige o tratamento formalmente igualitário a todos; mas, ao permitir um tratamento desigual, diante de situações desiguais, exige que ele se dê na medida dessas diferenças e de acordo com 29