ph Do Exsudato Para Sementes De Pinhão-Manso

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Transcrição:

ph Do Exsudato Para Sementes De Pinhão-Manso Fernanda Vieira Santana (1), Tássia Fernanda Santos Neri Soares (2), Michelle Conceição Vasconcelos (3), Joel Conceição Costa (4), Renata Silva-Mann (5). (1) Bolsista de Iniciação Científica-CNPq, UFS - Universidade Federal de Sergipe, (2) Bolsista de Iniciação Científica-FAPITEC, UFS Universidade Federal de Sergipe; tassia_nanda@hotmail.com; (3) Mestre em Agroecossistemas, UFS - Universidade Federal de Sergipe; michelle_florestal@yahoo.com.br; (4) Engenheiro Agrônomo UFS - Universidade Federal de Sergipe, joelconceicaocosta@yahoo.com.br; (5) Professora Adjunta/Orientadora, Departamento de Engenharia Agronômica, UFS - Universidade Federal de Sergipe; renatamann@hotmail.com. RESUMO A utilização de testes que determinem a viabilidade de diferentes lotes de sementes de maneira rápida beneficiam os produtores. Com isso o teste de ph do exsudato pode ser eficiente permitindo resultados breves por meio de um processo de liberação de metabólitos durante a embebição das sementes. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi verificar a eficiência relativa do teste rápido, ph do exsudato, na avaliação da qualidade fisiológica de sementes de pinhão-manso. O teste foi realizado no Laboratório de Tecnologia de Sementes da Universidade Federal de Sergipe. O ensaio foi disposto em DIC com quatro repetições de 25 sementes. Antes da exposição das sementes às soluções indicadoras as mesmas foram embebidas em água destilada por 30 minutos. Após esse procedimento cada semente foi acondicionada em copo plástico contendo água e uma gota da solução de fenolftaleína e uma de solução de carbonato de sódio anidro. A avaliação foi realizada com base na coloração do meio de embebição, sendo consideradas como viáveis as sementes cujos exsudatos apresentaram coloração rosa a rosa forte e como inviáveis as que apresentaram coloração rosa clara a incolor. Ao final da exposição, as sementes foram colocadas para germinar. Os valores dos percentuais de germinação do teste de ph do exsudato e do teste de germinação foi de 69% e 68%. Portanto, conclui-se que é viável a utilização do teste de ph do exsudato para estimar de forma rápida a viabilidade de sementes de pinhão-manso. Palavras-chave: viabilidade, qualidade fisiológica, germinação. INTRODUÇÃO A germinação de sementes em teste de laboratório é baseada na emergência e desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião. Pode-se com o teste de germinação determinar, numa amostra, a proporção de sementes vivas e capazes de produzir plantas normais. Entretanto, o teste de germinação apresenta limitações quanto à diferenciação de lotes além da demora - Resumo Expandido - [974] ISSN: 2318-6631-

na obtenção dos resultados, fato este que tem levado ao desenvolvimento de testes de vigor que sejam confiáveis e rápidos permitindo decisões rápidas (BRASIL, 2009; SANTOS, 2007; CUSTÓDIO, 2005). A avaliação da qualidade de sementes empregando testes rápidos vem assumindo cada vez maior importância no contexto da produção de sementes, não só para dar subsídios aos programas de controle de qualidade, mas na agilização do processo de produção e redução de custos. À medida que o controle de qualidade evolui dentro dos programas das empresas produtoras, cresce a necessidade da adequação de metodologias específicas às diferentes espécies de sementes (SANTANA,1998). É de fundamental importância uma tecnologia capaz de possibilitar a avaliação rápida e precisa da germinação e do vigor, viabilizando a eliminação de lotes de sementes de baixa qualidade. Para auxiliar os produtores tem-se utilizado testes de vigor que contribuem para diminuir custos, prevenir prejuízos e para melhor aproveitamento da mão-de-obra envolvida no trabalho de controle de qualidade (AMARAL & PESKE, 2000). Entre os testes de vigor que apresentam rapidez, encontram-se aqueles baseados na permeabilidade das membranas sendo considerados promissores, o teste do ph do exsudato, que permite essa avaliação devido à liberação de metabólitos durante a embebição das sementes (MIAMOTO et al., 2010; CUSTÓDIO, 2005; CARVALHO, 2002). O teste do ph do exsudato baseado na alteração do ph provocada pela exsudação de lixiviados, tem mostrado correlações significativas com o teste padrão de germinação para sementes de diferentes espécies, a exemplo da soja. Apesar de ser um teste simples e rápido, cuja avaliação é baseada no desenvolvimento da coloração, pode dar ao teste uma conotação subjetiva que associada ao efeito de outros fatores como umidade da semente, temperatura e tempo de embebição irão influenciar o resultado e sua eficácia. (SANTANA, 1998). Dada a importância o teste do ph do exsudato buscou-se avaliar a qualidade fisiológica de sementes de pinhão-manso (Jatropha curcas L.) que pertence à família Euforbiaceae, a mesma da mamona e mandioca, é uma cultura perene, rústica e adaptada às mais diversas condições edafoclimáticas (ALVES et al., 2008). O rendimento de óleo do pinhão-manso é o principal produto desse cultivo, e o volume de óleo produzido pela planta depende da associação das características produtivas e vegetativas em um determinado ambiente (SPINELLI et al., 2010). O objetivo do trabalho foi estudar a eficiência relativa do teste rápido, ph do exsudato, na avaliação da qualidade fisiológica de sementes de pinhão-manso. MATERIAL E METÓDOS O experimento foi realizado no Laboratório de Tecnologia de Sementes da Universidade Federal de Sergipe, em São Cristóvão SE. Para a realização do ensaio foram utilizadas sementes de pinhão-manso provenientes do município de São Cristóvão- SE, que foram armazenadas em sacos plásticos em câmara fria, com temperatura de 6 a 8 C e umidade relativa de ± 65%. O teste de ph do exsudato foi realizado de forma individual, onde cada semente foi acondicionada em copo plástico contendo 15 ml de água destilada. A embebição das sementes foi efetuada a 25ºC, em incubadora tipo B.O.D. por 30 minutos (AMARAL & PESKE, 1984). Para a coloração foram utilizadas duas soluções indicadoras: solução de fenolfetaleína e solução de carbonato de sódio anidro. A solução de fenolfetaleína foi preparada dissolvendo-se um grama de fenolfetaleína em 100 ml de álcool absoluto e em seguida adicionando-se 100 ml de água destilada fervida. A solução de carbonato foi preparada dissolvendo-se 0,8 gramas de carbonato de sódio anidro em 1000 ml de água destilada e fervida (AMARAL & PESKE, 1984). Após o período de embebição foi adicionado em cada copo uma gota da solução de fenolfetaleína e uma da solução do carbonato de sódio anidro, procedendo-se a mistura com o auxílio de um bastão de vidro. A avaliação foi realizada com base na coloração do meio de embebição, sendo - Resumo Expandido - [975] ISSN: 2318-6631-

consideradas viáveis as sementes, cujos exsudatos apresentaram coloração rosa a rosa forte e como inviáveis coloração rosa clara a incolor (AMARAL & PESKE, 1984). Após a coloração com as soluções indicadoras as sementes foram colocadas para germinar, conforme as Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009), o teste foi realizado em papel de germinação umedecido com água destilada, 2,5 vezes o peso do papel, e incubada em incubadora tipo B.O.D. (Biochemical Oxygen Demand), com temperatura de 25ºC constante, sob luz contínua, sendo estimado o percentual de germinação. O delineamento experimental adotado para ensaio foi o inteiramente casualizado (DIC) com quatro repetições de 25 sementes cada. Os dados do potencial de germinação do ph do exsudato e do teste de germinação foram submetidos à análise de variância pelo teste de F a 5% de probabilidade com o auxílio do programa SISVAR (FERREIRA, 2008), e em seguida as médias foram comparadas empregando o teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO A determinação do tempo de embebição empregado no teste foi baseado em experimentos realizados anteriormente. Avaliando a eficiência do teste do ph do exsudato em sementes de ervilha, Rech et al. (1999), concluíram que o tempo entre 15 e 30 minutos de embebição foi suficiente para determinar a qualidade fisiológica das sementes. Esse resultado condiz com os resultados observados por Amaral & Peske (1984), onde o teste de ph do exsudato empregado em sementes de soja e utilizando soluções indicadoras de fenolftaleína e carbonato de sódio anidro permitiu a determinação da qualidade fisiológica das sementes com o tempo de embebição de 30 minutos. De acordo com Santana (1998), o teste do ph do exsudato é baseado na alteração do ph provocada pela exsudação de lixiviados durante a embebição das sementes. Dessa forma avaliação do teste é fundamentado no desenvolvimento da coloração do meio de embebição, considerando que as sementes viáveis apresentam coloração a rosa forte, e as sementes inviáveis permanecem com coloração rosa claro a incolor (Figura 1). - Resumo Expandido - [976] ISSN: 2318-6631-

Germinação (%) Figura 1: Sementes de Jatropha curcas L. embebidas em água destilada após o contato com as soluções indicadoras de fenolftaleína e carbonato de sódio anidro. O objetivo de realizar o teste padrão de germinação, logo após a realização do teste de ph do exsudato, foi confirmar os resultados obtidos pelo teste de ph. Na Figura 2 observa-se a representação gráfica dos percentuais de viabilidade obtidos pelo teste de ph do exsudato e pelo teste padrão de germinação para as sementes de pinhão-manso. 100 80 60 40 20 0 ph do exsudato Teste de Germinação Figura 2: Percentual de germinação do teste do ph do exsudato e do teste padrão de germinação de sementes de Jatropha curcas L. Ao comparar-se os resultados dos percentuais de germinação do teste do ph do exsudato e os do teste padrão de germinação para as sementes de pinhão-manso observou-se os valores de 69% e 68%, não havendo diferenças significativas. Segundo Matos (2009) o teste de ph do exsudato aponta como inviáveis sementes que contem injúrias do tipo broca ou do tipo quebra. Esse resultado foi observado utilizando o teste de ph do exsudato em sementes de angico (Anadenanthera falcata) que apresentaram viabilidade de 82,85% comparado com o resultado obtido pelo teste de tetrazólio para as mesmas sementes que foi de 97,14%. Dessa forma, todas as sementes que apresentam injúrias tem maior facilidade de serem consideradas inviáveis durante o teste, pois apresentam locais de passagem dos íons que acidificam a solução de embebição. No caso das sementes de pinhão-manso, mesmo se observando certas injúrias nas sementes, estas não comprometeram a germinação das sementes que puderam ser consideradas viáveis, pois apresentaram as estruturas essenciais para a formação de plântulas. CONCLUSÃO A utilização do teste de ph do exsudato permite a determinação rápida da viabilidade de sementes de pinhão-manso. AGRADECIMENTOS - Resumo Expandido - [977] ISSN: 2318-6631-

Agradeço ao CNPq pela concessão da bolsa. REFERÊNCIAS ALVES, J.M.A.; SOUZA, A. A.; SILVA, S. R. G.; LOPES, G. N.; SMIDERLE, O. J.; UCHÔA, S. C.P. Pinhão-Manso: Uma Alternativa para a Produção de Biodiesel na agricultura familiar da Amazônia Brasileira. Agroambiente On-line, v. 2, nº 1, 2008. AMARAL, A.S.; PESKE, S.T. ph do exsudato para estimar, em 30 minutos, a viabilidade de sementes de soja. Revista Brasileira de Sementes, v. 6, n. 3, p. 85-92, 1984. AMARAL, D. S.; PESKE, S. T. Testes para avaliação rápida da qualidade fisiológica de sementes de trigo. Revista Brasileira de Agrociência, v. 6, n 1, p. 12 15, 2000. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para Análise de Sementes. Brasília, 2009. CARVALHO, J. A.; PINHO, E. V. R. V.; OLIVEIRA, J. A.; GUIMARÃES, R.M. BONOME, L. T. Testes rápidos para avaliação da qualidade fisiológica de sementes de Citromeloswingle. Revista Brasileira de Sementes, v. 24, n. 1, p. 263-270, 2002. MATOS, J. M. M. Avaliação da eficiência do teste de ph de exsudato na verificação de viabilidade de sementes florestais. Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília UNB, Brasília, 2009. MIAMOTO, R.; RIVAS, R.; POMPELLI, M. F.; SANTOS, M.G. Avaliação do vigor de dois lotes de sementes de Moringa oleifera L. Anais... Campina Grande: Embrapa Algodão, p. 859-863, 2010. RECH, E.G.; VILLELA, F.A.; TILLMANN, M.A. Avaliação rápida da qualidade fisiológica de sementes de ervilha. Revista Brasileira de Sementes, v. 21, n. 2, p. 1-9, 1999. SANTANA, D.C.; VIEIRA, M. D. G. G. C.; CARVALHO, M. M.; OLIVEIRA, M. S. Teste do ph do exsudato-fenolftaleína para rápida definição sobre o destino de lotes de sementes de milho. Revista Brasileira de Sementes, v. 20, n. 1, p. 160-166, 1998. SANTOS, F. S. Biometria, germinação e qualidade fisiológica de sementes de Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex A. Dc.) Standl. provenientes de diferentes matrizes. Dissertação de mestrado. Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Jaboticabal, 2007. SPINELLI, V.M.; ROCHA, R.B.; RAMALHO, A.R.; MARCOLAN, A.L.; VIEIRA JUNIOR, J.R.; FERNANDES, C. F.; MILITÃO, J.S.T.; DIAS, L. A. S. Componentes primários e secundários do rendimento de óleo de pinhão-manso. Ciência Rural, v. 40, n.8, p. 1752-1758, 2010. - Resumo Expandido - [978] ISSN: 2318-6631-