Bursite Tem Cura? Causas, Tratamentos e Dicas Seg, 17 de Julho de :49 - Última atualização Seg, 17 de Julho de :53

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Transcrição:

Ao longo dos últimos anos, houve um aumento expressivo dos casos de pessoas que sofrem com problemas relacionados às dores articulares. As lesões causadas por esforços repetitivos fazem parte dos problemas relacionados às atividades laborativas que afetam os músculos, os tendões, os ligamentos, as articulações e os nervos. Entre estes muitos problemas, a bursite é um dos mais comuns. Estes problemas causam dor e geram afastamento do indivíduo de suas atividades profissionais de forma temporária e até mesmo por tempo indeterminado. Apesar de estes problemas afetarem a população de uma maneira geral, é mais comum a sua ocorrência entre os trabalhadores e praticantes de atividades físicas que estão expostos a esforços excessivos e movimentos repetitivos. As afecções nas articulações geram um grave problema socioeconômico, pois implicam em baixa produtividade no trabalho, causam o afastamento profissional e geram altos gastos por parte da saúde pública nos projetos de recuperação e no tratamento destes pacientes. A bursite tem cura e é dos problemas associados às articulações, podendo ser facilmente tratada se houver um diagnóstico correto. Vamos conferir quais são as principais causas e tratamentos disponíveis e algumas dicas de como curar o problema. 1 / 8

O que é a bursite? Dentro das articulações no corpo humano, existem bolsas cheias de líquidos lubrificantes chamadas de bursas. Essas bolsas têm a função de proteger os tecidos que ficam ao redor das articulações para evitar o atrito entre o músculo, o osso e o tendão. As bursas são fundamentais para auxiliar no movimento, para amortecer impactos e também para aumentar a proteção das articulações, reduzindo a fricção e o desgaste das mesmas. Quando ocorre um atrito entre dois ossos, comprimindo os tendões da articulação durante os movimentos de levantar, flexionar ou estender, pode acontecer um processo de inflamação que é chamado de bursite. Entre as articulações que podem ser mais afetadas estão as articulações do quadril, dos cotovelos, do ombro, dos joelhos e o tendão de Aquiles. Quais as causas e os sintomas da bursite? Muitas das causas da bursite ainda não foram determinadas, mas as principais delas estão relacionadas ao uso repetitivo das articulações, traumatismo, lesões causadas por esforço, histórico de doenças como a artrite reumatoide, gota, artrite psoriática, distúrbios da tireoide, infecções, entre muitas outras. A bursite pode ocorrer em qualquer pessoa, sendo mais comum, porém, em adultos acima dos 40 anos. 2 / 8

Esta inflamação pode gerar diversos sintomas, entre eles o mais comum é a presença de dor, que pode ser súbita e intensa, deixando a região bem sensível ao toque, causando também inchaço, vermelhidão e atrapalhando os movimentos. O diagnóstico deve ser feito corretamente por um profissional da área de saúde, pois os sintomas da bursite são parecidos com diversas outras inflamações, podendo causar confusão com outros problemas. Mas vale lembrar que a bursite tem cura, e veremos mais abaixo como curar a condição e seus tipos de tratamento. Tipos de Bursite Bursite no quadril Existem duas principais bursas no quadril que podem inflamar. A primeira abrange o ponto ósseo do quadril chamado de o grande trocanter (bursite trocantérica). A outra bursa é do tendão do músculo iliopsoas, que fica no lado interno do quadril, ao lado da virilha. Esta inflamação no quadril pode afetar homens e mulheres, porém é mais comum em pessoas de meia idade e em idosos. 3 / 8

Bursite no ombro A articulação do ombro é formada pelo úmero, pela clavícula e pela escápula. A bursa protege os tendões desta região e, com pressão prolongada, repetitiva ou devido ao esforço excessivo, pode ocorrer a inflamação desta bolsa. Os números de distúrbios na articulação do ombro crescem todos os anos. Alguns estudos mostram que de 14% a 21% das pessoas apresentam algum sintoma de dor na região do ombro. Bursite no joelho A bursite no joelho pode acontecer em diferentes regiões, podendo ocorrer na bursa pré-patelar, localizada entre a rótula e a pele, a chamada bursa de pata de ganso, que fica na superfície interna do joelho, a bursa infrapatelar, que fica abaixo da rótula, a bursa infrapatelar profunda, que está localizada entre o tendão patelar e a gordura de Hoffa, ou na Bursa semimembranosa. A bursite de joelho é bastante comum, podendo acontecer por sobrecarga, devido à pressão contínua, por trauma direto, por pequenos traumas repetitivos ou mesmo pela repetição prolongada. Quais os principais tratamentos da bursite? 4 / 8

Alguns pequenos cuidados no dia a dia podem ajudar bastante no tratamento deste problema. Durante o período de recuperação, é importante que se evite qualquer atividade que possa agravar o problema, devendo sempre se manter a área inflamada bem firme para que não faça nenhum movimento. A aplicação de gelo no local também ajuda no alívio das dores e na redução do inchaço. O uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios também é fundamental. No entanto, deve-se tomar cuidado com a automedicação, pois esta pode causar o retardamento do diagnóstico. O uso abusivo de analgésicos e de medicamentos anti-inflamatórios pode mascarar os sintomas e agravar o problema. Portanto, não é recomendado se fazer uso de remédios sem a orientação de algum profissional da saúde. Ao sinal de qualquer um dos sintomas, procure a avaliação de um médico para realizar a verificação do diagnóstico de forma correta. Os tratamentos são normalmente feitos com medicamentos para combater a inflamação no local e com antibióticos, podendo, em alguns casos, ser realizado um procedimento invasivo para que seja feita a retirada do líquido da bursa, sendo bastante rara a necessidade de procedimento cirúrgico. A fisioterapia também é fundamental durante o tratamento e é uma opção para o paciente. Ela auxilia na correta restauração das funções da articulação que foi afetada, ajudando também na diminuição da dor, e também pode ajudar no fortalecimento dos músculos em volta da articulação para que os movimentos sejam restaurados. 5 / 8

É importante salientar que a causa do problema deve ser eliminada, como por exemplo, nos casos em que houve esforço repetitivo, o paciente deverá encerrar suas atividades durante o tratamento e também precisará mudar seu estilo de vida para que a bursite não se torne crônica. Tratamentos alternativos para a bursite Entre os muitos tratamentos disponíveis atualmente para comprovar que a bursite tem cura, a acupuntura vem se destacando como uma excelente opção. Esta técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa é usada como tratamento para diversas doenças, ficando bastante conhecida no ocidente por sua eficiência. A acupuntura auxilia no equilíbrio dos fluxos de energia com a aplicação de agulhas em pontos específicos do corpo. Este processo ajuda a ativar os nervos dos músculos, liberando as fibras, e ativando neurotransmissores e hormônios que promovem relaxamento e sensação de bem-estar. Como curar a bursite? 6 / 8

Muitas pessoas questionam se a bursite tem cura e como deve proceder para que o problema não volte. Como vimos anteriormente, a bursite pode ter muitas causas e muitas delas estão relacionadas ao estilo de vida e aos cuidados que o paciente tem durante sua rotina diária. Um caso em que o problema tenha surgido devido aos esforços realizados no ambiente de trabalho, por exemplo, deve ser avaliado, pois mesmo que se faça o tratamento correto da doença, o paciente não poderá mais seguir com suas atividades atuais e deverá realizar mudanças para que não haja um problema pior no futuro. Para evitar possíveis problemas no futuro, é recomendado que se mantenha um estilo de vida saudável, incluindo o correto descanso e a prática constante de exercícios de alongamento, fortalecimento muscular e também a inclusão de atividades aeróbicas com a orientação de um profissional da área da saúde especializado. Dicas de prevenção Mais do que entender que a bursite tem cura e simplesmente tratar o problema, é importante tomar medidas de prevenção para evitar o desenvolvimento da doença. O programa de prevenção deve incluir pausas para descanso, redução da sobrecarga muscular durante a atividade, redução dos problemas de rotina com a diversificação das tarefas, adequação ergonômica de máquinas, ferramentas e mobília. 7 / 8

O repouso e o posicionamento correto durante as atividades são fundamentais para prevenir as lesões e evitar novos danos. Outra sugestão é o uso de talas na área afetada, em conjunto com o tratamento na fisioterapia, para que haja redução da dor no local. Uma dica também importante é que antes de se fazer qualquer atividade física ou mesmo alguma atividade profissional que exija esforço físico, deve-se realizar o correto aquecimento muscular e também aumentar a ingestão de líquidos ao longo do dia. mundoboaforma 8 / 8