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Prezado Associado, É com grande satisfação que o SindusCon-SP presta mais um serviço às suas empresas associadas, com a edição deste Manual de Orientação do SuperSimples. A inclusão das micro e pequenas empresas da construção civil no regime tributário do Simples Nacional, também conhecido como SuperSimples, é uma conquista do setor, pela qual o SindusCon-SP batalhou durante anos. Excluída dos setores que podiam se beneficiar do Simples, a construção civil obteve este direito mediante um trabalho sistemático de convencimento do Executivo e do Legislativo, no qual o SindusCon-SP teve um papel preponderante. Este manual não teria sido possível sem a contribuição decisiva das empresas associadas integrantes do Grupo Tributário do SindusCon-SP, a quem agradecemos. A publicação orienta as empresas sobre a vigência, a partir de julho de 2007, dos efeitos da Lei Complementar 123, que instituiu o regime tributário do Simples Nacional. A publicação traz a definição da receita bruta contida na legislação, para efeito de enquadramento da pessoa jurídica como microempresa ou empresa de pequeno porte; esclarece os diversos requisitos para esse enquadramento; e explica as exigências para a inscrição e a baixa. O manual também lista os benefícios tributários e procedimentos previstos, a simplificação e dispensa do cumprimento de algumas obrigações trabalhistas, as obrigações acessórias e a forma de recolhimento da tributação. Bom proveito! João Claudio Robusti Presidente do SindusCon-SP
O SINDUSCON-SP Em setembro de 1934, Roberto Simonsen, Mario Freire e Arthur Rangel Chistoffel uniram-se para a realização de um importante projeto: Criar uma instituição forte, unindo empresários na luta pelo desenvolvimento econômico e pelo crescimento do setor da construção civil. Surgia o SindusCon-SP, Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo, que se tornou o maior sindicato patronal da construção civil da América Latina. Hoje, o SindusCon-SP conta com uma sede no município de São Paulo, nove regionais e uma delegacia, distribuídas em pontos estratégicos no Estado. Para atender as necessidades das empresas associadas, o SindusCon- SP criou áreas de atuação divididas em setores de serviços: Área Produção e Mercado - setores: Obras Públicas, Habitação Popular e Imobiliário Área Jurídica - setores: Jurídico e Conselho Jurídico Área Estratégia e Produtividade - setores: Relações Internacionais e Projetos Especiais, Desenvolvimento Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP - CTQ, Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP - COMASP, Relações Capital-Trabalho (Segurança do Trabalho e Relações Trabalhistas) e Economia. Área Apoio Institucional - setores: Centro de Atenção ao Associado (CAA), Treinamento, Eventos, Publicações e Central de Seguros Com todas estas áreas e setores atuando em favor do setor, é fácil entender porque o SindusCon-SP, há mais de 70 anos, é o representante legítimo das empresas da indústria da construção civil, valorizando o desenvolvimento de soluções de qualidade. 5
Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de São Paulo Presidente João Claudio Robusti Vice-presidentes Cristiano Goldstein Delfino Paiva Teixeira de Freitas Edson Antonio Coghi Francisco Antunes de Vasconcellos Neto Iskandar Aude João Batista de Azevedo José Antonio Marsiglio Schuvarz José Carlos Molina José Romeu Ferraz Neto Luiz Antônio Messias Maristela Alves Lima Honda Odair Garcia Senra Sergio Tiaki Watanabe Representantes junto à Fiesp Eduardo Ribeiro Capobianco Sergio Porto Cristiano Goldstein Iskandar Aude Diretores Regionais Adilson Cesar Justo José Batista Ferreira José Luiz Goulart Botelho Luiz Bonifácio Urel Luiz Claudio Minniti Amoroso Ralph Ribeiro Júnior Ricardo Beschizza Rosana Zilda Carnevalli Herrera Silvio Benito Martini Filho 6
CAPILARIDADE EM TODO O ESTADO DE SÃO PAULO O SindusCon-SP está presente em todo o Estado de São Paulo por meio de nove Regionais e uma Delegacia, que abrangem o litoral e o interior. Atuam junto à Sede, somando forças políticas e trabalhando para a obtenção de melhores resultados para o desenvolvimento das atividades das empresas do setor. As Regionais estão localizadas nas principais cidades do Estado para oferecer os mesmos serviços prestados às empresas associadas da cidade de São Paulo: cursos, eventos, treinamentos, palestras técnicas e atendimento personalizado feito pela equipe de coordenadores disponíveis. BAURU R. Antônio Garcia, 4-67 V. Universitária CEP 17012-050 Tel/fax (14) 3234 1242 sindusba@sindusconsp.com.br CAMPINAS R. Barão de Jaguara, 1481 14º andar / Cj. 142 CEP 13015-910 Tel/fax (19) 3236 7088 sinduscps@sindusconsp.com.br MOGI DAS CRUZES (Delegacia) R. Barão de Jaceguai, 509, sl 135 CEP 08710-160 Tel (11) 4726 1602 sindusmogi@sindusconsp.com.br PRESIDENTE PRUDENTE R. Assis Chateaubriand, 112 CEP 19013-720 Tel/fax (18) 3222 9801 sindusppte@sindusconsp.com.br RIBEIRÃO PRETO R. Marechal Rondon, 199 CEP 14025-430 Tel (16) 3623 1340 sindusrp@sindusconsp.com.br SANTO ANDRÉ R. Antonio Cardoso Franco, 483 CEP 09015-530 Tel (11) 4990 6433 Fax (11) 4992 4676 sindussan@sindusconsp.com.br SANTOS Av. Ana Costa, 255 1º andar CEP 11060-001 Tel (13) 3222 5396 Fax (13) 3223 2035 sindusstos@sindusconsp.com.br SÃO JOSÉ DO RIO PRETO R. Joaquim Manoel Pires, 531 CEP 15091-210 Tel/fax (17) 3226 5626 sindussjp@sindusconsp.com.br SÃO JOSÉ DOS CAMPOS R. José Mattar, 175 - Jardim São Dimas CEP 12245-450 Tel.: (12) 3942 5007 Fax: (12) 3942 8318 sindusjc@sindusconsp.com.br SOROCABA R. José Del Ben, 100 CEP 18090-020 Tel/fax (15) 3224 2369 (15) 3234 3211 sinduscaba@sindusconsp.com.br 7
Componentes do grupo tributário e realizadores do manual Vice-presidente de Habitação Popular José Carlos Molina Coordenadora Rosilene Carvalho Santos Membros Alberto Cliquet Aniello Parziale Jair da Silva Maria João Gohara Luiz Antonio Galucci Luiz Carlos Silva Jr Marcelo Verdinelli Regina Ferreira Barbosa Renato Vicente Romano Filho Silvia Roberta Chiarelli 8
ESTATUTO NACIONAL DA MICROEMPRESA ME E EMPRESA DE PEQUENO PORTE - EPP LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2006 LC Nº 123/2006 9
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ÍNDICE 1 - OBJETIVOS... 11 2 - DEFINIÇÃO DE ME E EPP... 12 3 - VEDAÇÕES AO ENQUADRAMENTO COMO ME E EPP... 13 4 - INSCRIÇÃO E BAIXA... 15 5 - SIMPLES NACIONAL... 16 5.1 - ATIVIDADES PERMITIDAS... 16 5.2 - PROIBIÇÕES AO INGRESSO... 17 5.3 - TRIBUTOS ABRANGIDOS... 18 5.4 - TRIBUTOS NÃO ABRANGIDOS... 19 5.5 - ALÍQUOTAS... 20 5.6 - SIMULAÇÕES... 21 5.7 - OPÇÃO... 26 5.8 - RECOLHIMENTO... 27 5.9 - OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS... 28 5.10 - EXCLUSÃO... 29 6 - SIMPLIFICAÇÃO DAS RELAÇÕES TRABALHISTAS... 32 7 - INCENTIVO... 33 7.1 - AO CRÉDITO... 33 7.2 - À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA... 33 8 - FISCALIZAÇÃO... 34 9 - ACESSO A JUSTIÇA DO TRABALHO E JUIZADOS ESPECIAIS... 35 10 - PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVO-FISCAL... 36 11 - LICITAÇÕES PÚBLICAS... 37 12 - COMITÊ GESTOR DE TRIBUTAÇÃO... 40 12.1 - COMPOSIÇÃO... 40 12.2 - ATRIBUIÇÕES... 40 13 - ATOS REGULAMENTARES... 41 11
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1. OBJETIVOS A Lei Complementar nº 123/2006 estabelece: SIMPLES NACIONAL Forma diferenciada e regime único de recolhimento de impostos e contribuições da União, Estados, Distrito Federal e Municípios: Alíquotas Base de cálculo, entre outros. SIMPLIFICAÇÕES E DISPENSA DO CUMPRIMENTO DE ALGUMAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS MEIOS DE ACESSO AO CRÉDITO E AO MERCADO: Aquisições públicas Financiamentos público e privados Estímulo à Inovação Tecnológica ACESSO À JUSTIÇA SIMPLIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVO-FISCAIS 13
2. DEFINIÇÃO DE ME E EPP Microempresa é a sociedade empresária, simples ou o empresário, devidamente registrados na Junta Comercial ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, que tenham auferido no ano-calendário anterior receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais). Empresa de Pequeno Porte é a sociedade empresária, simples ou o empresário, devidamente registrados na Junta Comercial ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, que tenham auferido no ano-calendário anterior receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). Receita bruta, conforme a LC nº 123/2006, é o produto da venda de bens e serviços e o preço dos serviços, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. No primeiro ano de atividade, o limite das receitas acima referido será apurado proporcionalmente aos meses ou fração de meses de atividade da pessoa jurídica ou empresário. OBSERVAÇÕES: Sociedade empresária são aquelas que visam finalidade lucrativa, mediante o exercício de atividade mercantil; Sociedade simples são aquelas que desenvolvem atividade lucrativa não mercantil; Empresário é aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. 14
3. VEDAÇÕES AO ENQUADRAMENTO COMO ME E EPP A pessoa jurídica, ainda que aufira receita bruta nos limites estabelecidos para ME e EPP, não poderá gozar de nenhum dos benefícios estabelecidos na LC nº 123/2006 quando: a) outra pessoa jurídica participar de seu capital social; b) for filial, sucursal, agência ou representação no Brasil de pessoa jurídica com sede em outro país; c) tiver como sócia pessoa física inscrita como sociedade empresária ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite previsto para EPP; Exemplo: A empresa X pretende enquadrar-se como ME para gozar dos benefícios da LC nº 123/2006. Porém essa empresa tem um sócio que participa de outra sociedade já enquadrada com ME/EPP. Para saber se a empresa X também pode enquadrar-se como ME, as duas empresas somaram suas receitas brutas auferidas no ano-calendário anterior e o resultado foi inferior a R$ 2.400.000,00. Portanto, a empresa X poderá enquadrar-se como ME. d) o titular ou sócio participar com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite para EPP; e) o sócio ou titular for administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite previsto para EPP; Exemplo: Uma empresa A quer enquadra-se como EPP. Porém tem no quadro social uma pessoa física que é sócio-administrador de outra pessoa jurídica. Para saber se a empresa A também pode enquadrar-se como ME, as duas empresas somaram suas receitas brutas auferidas no anocalendário anterior e o resultado foi inferior a R$ 2.400.000,00. Portanto, a empresa A poderá enquadrar-se como ME. 15
f) constituída sob a forma de cooperativas, salvo as cooperativas de consumo; g) participar do capital de outra pessoa jurídica; h) exercer atividade de banco, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora, dentre outras ; i) resultar ou remanescer de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; j) for constituída sob a forma de sociedade por ações. 16
4. INSCRIÇÃO E BAIXA Os órgãos e entidades responsáveis pela inscrição e baixa de ME e EPP deverão simplificar seus procedimentos nas 3 (três) esferas de governo - a União, os Estados e os Municípios. Para tanto, deverão baixar normas contemplando os seguintes itens: a) unificação de procedimentos de abertura e fechamentos de ME e EPP; b) disponibilizar de forma presencial ou na internet informações, orientações e instrumentos que se fizerem necessário à abertura e ao fechamento da empresa; c) para abertura, as exigências relativas à segurança sanitária, metrologia, controle ambiental e prevenção de incêndios, além de simplificados, serão uniformizados; d) as vistorias para concessão de autorizações e licenças de funcionamento somente serão feitas após o início de funcionamento, exceto quando a atividade não comportar grau de risco compatível com o procedimento; e) emissão de alvará de funcionamento provisório, exceto para as atividades de alto grau de risco; f) entrada única de dados cadastrais e documentos; g) a ME e a EPP poderão registrar seus atos constitutivos, alterações e baixas nos três níveis de governo, independentemente da regularidade tributária, previdenciária ou trabalhista da pessoa jurídica e dos sócios. Dispensada a apresentação de Certidão Negativa de Débitos - CND. 17
5. SIMPLES NACIONAL 5.1. ATIVIDADES PERMITIDAS Abaixo, relacionamos algumas atividades desenvolvidas por pessoas jurídicas que poderão optar pelo Simples Nacional, quando exercerem exclusivamente essa atividade ou em conjunto com outras atividades que não estejam proibidas de ingressarem nesse Regime Diferenciado de Recolhimento de Tributos: a) serviços de reparos hidráulicos, elétricos, pintura e carpintaria em residências ou estabelecimentos civis ou empresariais; b) serviços de instalação e manutenção de aparelhos e sistemas de ar condicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e tratamento de ar em ambientes controlados; c) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada; d) empresas montadoras de estandes para feiras; e) cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; f) escritório de serviços contábeis; g) serviço de vigilância, limpeza ou conservação. 18
5.2. PROIBIÇÕES AO INGRESSO As micro e empresas de pequeno porte que desenvolvem as atividades abaixo relacionadas não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do SIMPLES NACIONAL: a) as que tenham sócio domiciliado no exterior; b) as que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, que constitua profissão regulamentada ou não; c) as que realizem cessão ou locação de mão-de-obra; d) as que realizem atividade de consultoria; e) as que se dediquem ao loteamento e à incorporação imobiliária; f) as microempresas e empresas de pequeno porte que possuam débitos com o INSS ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; Obs.: As pessoas jurídicas ou empresários que desenvolvam atividades vedadas ao SIMPLES NACIONAL, cujo faturamento anual encontra-se dentro dos limites estabelecidos para ME e EPP, poderão gozar dos demais benefícios estabelecidos na LC nº 123/06. Existem outras atividades vedadas ao ingresso ao SIMPLES NACIONAL pela LC nº 123/06 não ligadas à construção civil. 19
5.3. TRIBUTOS ABRANGIDOS I) IRPJ - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica; II) IPI Imposto sobre Produtos Industrializados; Obs.: Em geral, a construção civil não é contribuinte deste imposto. III) CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; IV) COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social V) PIS/PASEP Contribuição para o PIS/Pasep; VI) INSS Para a construção civil, as contribuições previdenciárias não estão incluídas no SIMPLES NACIONAL; VII) ICMS Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação; Obs.: Em geral, a construção civil não é contribuinte deste imposto. VIII) ISS Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza. Obs.: A LC nº 123 de 2006 garantiu o abatimento do valor do material fornecido pelo prestador de serviços da base de cálculo do ISS referente aos serviços de construção civil elencados nos subitens 7.02 e 7.05 da LC nº 116 2006. Obs.: As microempresas e empresas de pequeno porte optante pelo SIMPLES NACIONAL são isentas do imposto de renda, na fonte ou na declaração de ajuste do beneficiário, dos valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio, exceto quando corresponder a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados. A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação do percentual de 32% ou 8% sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta total anual, tratando-se de declaração de ajuste, subtraído do valor devido na forma do SIMPLES NACIONAL no período. O limite acima referido não se aplica a pessoa jurídica que mantiver escrituração contábil. 20
5.4. TRIBUTOS NÃO ABRANGIDOS I) IOF - Imposto sobre Operações Financeiras; II) II - Imposto de Importação; III) IE - Imposto de Exportação; IV) IPTR - Imposto sobre Propriedade Territorial Rural; V) Imposto de Renda RENDA FIXA OU VARIÁVEL (DEFINITIVO); Obs.: Trata-se do Imposto de Renda sobre o rendimento de aplicações financeiras. VI) Imposto de Renda Ganhos de capital na venda de bens do ativo permanente; Ex.: Venda de equipamentos, veículos e imóveis. VII) CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Crédito e Direito de Natureza Financeira; VIII) FGTS - Fundo de Garantia; IX) INSS EMPREGADO; X) INSS EMPRESÁRIO; Obs.: O SIMPLES NACIONAL para a construção civil não inclui os recolhimentos previdenciários. XI) Imposto de Renda Retido das pessoas físicas; XII) PIS / COFINS / Imposto sobre Importação - IPI na Importação bens e serviços; XIII) ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - na substituição tributária, por terceiro, importação e regime de antecipação; XIV) ISS - Imposto sobre Serviços na substituição tributária, retenção na fonte e importação de serviços. 21
5.5. ALÍQUOTAS Aplicam-se para a construção civil as alíquotas previstas no Anexo IV da LC nº 123/06, abaixo transcrevemos: Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP ISS Até 120.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00% de 120.000,01 a 240.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79% de 240.000,01 a 360.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50% de 360.000,01 a 480.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84% de 480.000,01 a 600.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87% de 600.000,01 a 720.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23% de 720.000,01 a 840.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26% de 840.000,01 a 960.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31% de 960.000,01 a 1.080.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61% de 1.080.000,01 a 1.200.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65% de 1.200.000,01 a 1.320.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00% de 1.320.000,01 a 1.440.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00% de 1.440.000,01 a 1.560.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00% de 1.560.000,01 a 1.680.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00% de 1.680.000,01 a 1.800.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00% de 1.800.000,01 a 1.920.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00% de 1.920.000,01 a 2.040.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00% de 2.040.000,01 a 2.160.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00% de 2.160.000,01 a 2.280.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00% de 2.280.000,01 a 2.400.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00% Obs.: Os Estados e Municípios podem conceder isenção ou redução do ICMS ou do ISS. 22
5.6. SIMULAÇÕES COMPARATIVO PRESUMIDO X SIMPLES EXEMPLO 1 A) NO LUCRO PRESUMIDO CÁLCULO DOS TRIBUTOS Empreitada Parcial (Só mão de Obra) Empreitada Global (M.Obra+Material) RECEITA BRUTA MENSAL 10.000,00 10.000,00 CÁLCULO DO IRPJ LUCRO PRESUMIDO 32% 3.200,00 8% 800,00 ALÍQUOTA 15 % 480,00 120,00 CÁLCULO DA CSLL LUCRO PRESUMIDO 32% 3.200,00 12% 1.200,00 ALÍQUOTA 9% 288,00 108,00 TRIBUTOS SOBRE A RECEITA BRUTA CÁLCULO DO PIS ALÍQUOTA 0,65 % 65,00 65,00 CÁLCULO DA COFINS ALÍQUOTA 3% 300,00 300,00 CÁLCULO DO ISS ALÍQUOTA 5% 500,00 500,00 TOTAIS DOS TRIBUTOS 1.633,00 1.093,00 PERCENTUAL 16,33 10,93 B) NO SIMPLES NACIONAL RECEITA BRUTA MENSAL 10.000,00 10.000,00 IRPJ - CSLL - PIS - COFINS E ISS 4,50% DE R$ 10.000,00 450,00 450,00 Obs.: Foi considerado o faturamento acumulado dos últimos 12 meses, com base mensal de R$ 10.000,00, para identificar a alíquota com o ISS incluso. 23
COMPARATIVO PRESUMIDO X SIMPLES EXEMPLO 2 A) NO LUCRO PRESUMIDO CÁLCULO DOS TRIBUTOS Empreitada Parcial (Só mão de Obra) Empreitada Global (M.Obra+Material) RECEITA BRUTA MENSAL 50.000,00 50.000,00 CÁLCULO DO IRPJ LUCRO PRESUMIDO 32% 16.000,00 8% 4.000,00 ALÍQUOTA 15% 2.400,00 600,00 CÁLCULO DA CSLL LUCRO PRESUMIDO 32% 16.000,00 12% 6.000,00 ALÍQUOTA 9% 1.440,00 540,00 TRIBUTOS SOBRE A RECEITA BRUTA CÁLCULO DO PIS ALÍQUOTA 0,65% 325,00 325,00 CÁLCULO DA COFINS ALÍQUOTA 3% 1.500,00 1.500,00 CÁLCULO DO ISS ALÍQUOTA 5% 2.500,00 2.500,00 TOTAIS DOS TRIBUTOS 8.165,00 5.465,00 PERCENTUAL 16,33 10,93 B) NO SIMPLES NACIONAL RECEITA BRUTA MENSAL 50.000,00 50.000,00 IRPJ - CSLL - PIS - COFINS E ISS 8,97% DE R$ 50.000,00 4.485,00 4.485,00 Obs.: Foi considerado o faturamento acumulado dos últimos 12 meses, com base mensal de R$ 50.000,00, para identificar a alíquota com o ISS incluso. 24
COMPARATIVO PRESUMIDO X SIMPLES EXEMPLO 3 A) NO LUCRO PRESUMIDO CÁLCULO DOS TRIBUTOS Empreitada Parcial Empreitada Global (Só mão de Obra) (M.Obra+Material) RECEITA BRUTA MENSAL 100.000,00 100.000,00 CÁLCULO DO IRPJ LUCRO PRESUMIDO 32% 32.000,00 8% 8.000,00 ALÍQUOTA 15% 4.800,00 1.200,00 ADICIONAL: 10% DE 12.000,00 1.200,00 CÁLCULO DA CSLL LUCRO PRESUMIDO 32% 32.000,00 12% 12.000,00 ALÍQUOTA 9% 2.880,00 1.080,00 TRIBUTOS SOBRE A RECEITA BRUTA CÁLCULO DO PIS ALÍQUOTA 0,65% 650,00 650,00 CÁLCULO DA COFINS ALÍQUOTA 3% 3.000,00 3.000,00 CÁLCULO DO ISS ALÍQUOTA 5% 5.000,00 5.000,00 TOTAIS DOS TRIBUTOS 17.530,00 10.930,00 PERCENTUAL 17,53 10,93 B) NO SIMPLES NACIONAL RECEITA BRUTA MENSAL 100.000,00 100.000,00 IRPJ - CSLL - PIS - COFINS E ISS 12,00% DE R$ 100.000,00 12.000,00 12.000,00 Obs.: Foi considerado o faturamento acumulado dos últimos 12 meses, com base mensal de R$ 100.000,00, para identificar a alíquota com o ISS incluso. 25
COMPARATIVO PRESUMIDO X SIMPLES EXEMPLO 4 A) NO LUCRO PRESUMIDO CÁLCULO DOS TRIBUTOS Empreitada Parcial Empreitada Global (Só mão de Obra) (M.Obra+Material) RECEITA BRUTA MENSAL 200.000,00 200.000,00 CÁLCULO DO IRPJ LUCRO PRESUMIDO 32% 64.000,00 8% 16.000,00 ALÍQUOTA 15% 9.600,00 2.400,00 ADICIONAL: 10% DE R$ 44.000,00 4.400,00 CÁLCULO DA CSLL LUCRO PRESUMIDO 32% 64.000,00 12% 24.000,00 ALÍQUOTA 9% 5.760,00 2.160,00 TRIBUTOS SOBRE A RECEITA BRUTA CÁLCULO DO PIS ALÍQUOTA 0,65 % 1.300,00 1.300,00 CÁLCULO DA COFINS ALÍQUOTA 3% 6.000,00 6.000,00 CÁLCULO DO ISS ALÍQUOTA 5% 10.000,00 10.000,00 TOTAIS DOS TRIBUTOS 37.060,00 21.860,00 PERCENTUAL 18,53 10,93 B) NO SIMPLES NACIONAL RECEITA BRUTA MENSAL 200.000,00 200.000,00 IRPJ - CSLL - PIS - COFINS E ISS 16,85% DE R$ 200.000,00 33.700,00 33.700,00 Obs.: Foi considerado o faturamento acumulado dos últimos 12 meses, com base mensal de R$ 200.000,00, para identificar a alíquota com o ISS incluso. Obs.: A base de cálculo da CSLL foi considerada conforme resposta de consulta feita junto à Secretaria da Receita Federal de São Paulo. 26
Obs.: Os quadros anteriores desde a página 21 são meras simulações e não devem ser utilizados como único elemento para definição do melhor regime tributário. Para a opção pelo melhor regime tributário as empresas devem analisar a realidade de seus números e de suas operações, com base na Contabilidade, bem como efetuar a comparação também com o regime do Lucro Real. Obs.: As alíquotas do ISS dos quadros anteriores em relação ao Lucro Presumido foram utilizadas no seu limite máximo, mas sofrem variação de acordo com a legislação municipal. 27
5.7. OPÇÃO A opção pelo SIMPLES NACIONAL será realizada no mês de janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do anocalendário da opção; Será irretratável para todo o ano-calendário; A opção produzirá efeito a partir da data de início de atividade, desde que exercida nos termos, prazo e condições estabelecidas pelo Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte; Após regulamentação, a opção será automática; Excepcionalmente no ano-calendário de julho/2007, a opção pelo SIMPLES NACIONAL se dará no mês de julho de 2007, produzindo efeitos a partir do 1º dia do mesmo mês de julho. (Resolução nº 4 do Comitês Gestor, de 30/5/2007); A opção será feita pela internet. 28
5.8. RECOLHIMENTO Guia única a ser instituída pelo Comitê Gestor; Código específicos de recolhimento; Pagamento pela rede bancária credenciada, salvo se os Entes Federativos ou o Comitê Gestor dispuser de forma diferente; Recolhimento até o último dia útil da primeira quinzena do mês subseqüente, exceto se o Comitê Gestor dispuser de forma diferente; Caso haja filial, o recolhimento será pela matriz; Será disponibilizado sistema eletrônico de cálculo; Os pagamentos fora do prazo ficarão sujeitos aos mesmos acréscimos previstos na legislação do Imposto de Renda; Caso haja retenção de ISS na fonte, o valor retido será definitivo e será deduzido da parcela do SIMPLES NACIONAL; As microempresas e empresas de pequeno porte não poderão transferir créditos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo SIMPLES NACIONAL; O Comitê Gestor regulamentará o modo pelo qual será pedido restituição ou compensação tributária. 29
5.9. OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS As microempresas e empresas de pequeno porte devem apresentar: Declaração anual, simplificada de informações sôcio-econômicas e fiscais, perante a Receita Federal do Brasil; Emitir documentos fiscais de prestação de serviços; de acordo com as instruções do Comitê Gestor; Livro caixa com escriturações financeira e bancária; Contabilidade simplificada de suas receitas, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor; Outras obrigações, acessórias impostas pelo Comitê Gestor; Informações, relativas a terceiros; Declaração eletrônica com dados sobre serviços prestados e tomados, conforme modelo instituído pelo Comitê Gestor. Os empreendedores individuais que aufiram receita bruta até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais): a) poderão optar por fornecer nota fiscal avulsa de prestação de serviços a ser obtida junto à Secretaria de Finanças Municipal; b) farão a comprovação da receita bruta mediante a apresentação de escrituração simplificada das receitas, conforme instruções do Comitê Gestor. 30
5.10. EXCLUSÃO A exclusão poderá ocorrer de ofício ou mediante comunicação das empresas optantes. Será de ofício quando: a) for verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória; b) houver embaraço ou resistência à fiscalização; c) sua constituição ocorrer por interpostas pessoas; d) for constatada prática reiterada de infração ao disposto na Lei Complementar; e) a empresa for declarada inidônea; f) comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho; g) houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da movimentação financeira, inclusive bancária; h) for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade; i) for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade. Obs.: Nas hipóteses previstas nas alíneas b a i, a exclusão produzirá efeito a partir do próprio mês de ocorrência destas, impedindo a opção pelo regime diferenciado e favorecido na Lei Complementar pelos próximos 3 (três) anos-calendário seguintes, podendo ser elevado para 10 anos em casos de fraude. 31
Será mediante comunicação das Microempresas ou de Pequeno porte, quando: a) por opção; b) obrigatoriamente, quando elas incorrerem em quaisquer das situações de vedação previstas na Lei Complementar 123; c) obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário de início de atividade, o limite de receita bruta mensal correspondente a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), multiplicados pelo número de meses de funcionamento neste período, em relação aos tributos e contribuições federais. A exclusão do Simples Nacional produzirá efeito: a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente, quando ocorrer por opção do contribuinte; b) a partir do mês seguinte da ocorrência da situação impeditiva; c) quando a receita bruta mensal ultrapassar o limite de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), multiplicados pelo número de meses de atividade, no ano calendário do início de atividades: I) desde o início das atividades; II) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente, na hipótese de não ter ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite proporcional de que trata o 10 do art. 3o da Lei Complementar, em relação aos tributos federais, ou os respectivos limites de que trata o 11 do mesmo artigo, em relação aos tributos estaduais, distritais ou municipais, conforme o caso; Obs.: o limite aqui referido é de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). III) quando a microempresa e empresa de pequeno porte for excluída do Simples Nacional por ultrapassar o limite de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), multiplicados pelo número de meses de atividade, não poderá optar no ano-calendário subseqüente ao do início de atividades da ciência da comunicação da exclusão; 32
Obs.: Na hipótese, a microempresa ou empresa de pequeno porte não poderá optar, no ano-calendário subseqüente ao do início de atividades, pelo Simples Nacional. Na hipótese de débitos com as Fazendas e a Previdência Social, será permitida a permanência da pessoa jurídica como optante pelo Simples Nacional mediante a comprovação da regularização do débito no prazo de até 30 (trinta) dias contados a partir da ciência da comunicação da exclusão. A exclusão do Simples Nacional na hipótese em que os Estados, Distrito Federal e Municípios adotem limites de receita bruta inferiores a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais) para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS observará: a) o limite de receita de R$ 100.000 (cem mil reais) ou de R$ 150.000,00 (cento cinqüenta mil reais) multiplicados pelo o número de meses de funcionamento; b) a receita não ultrapassar 20% dos limites acima referidos, a exclusão produzirá efeito a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente. As regras acima serão regulamentadas pelo Comitê Gestor. Obs.: A Resolução CGSN nº 5 de 30 de maio de 2007 traz dispositivos regulamentando estes regime especial. 33
6. SIMPLIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS As microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas de: - afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências; - anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro; - empregar e matricular aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem; - posse do livro intitulado Inspeção do Trabalho ; - comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas. Sobre as obrigações previdenciárias e trabalhistas do empresário que tiver auferido receita bruta anual no ano-calendário anterior de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais) é concedido, ainda, o seguinte tratamento especial por no máximo de 3 anos, contados da data da formalização até o dia 31 de dezembro do segundo ano subseqüente: - contribuição previdenciária do empresário e dos sócios em substituição à contribuição previdenciária do contribuinte individual ou facultativo; - dispensa do pagamento das contribuições sindicais; - dispensa do pagamento da contribuição social de 10% sobre o montante do depósito do FGTS na dispensa sem justa causa do empregado. 34
7. INCENTIVO 7.1. AO CRÉDITO Caberá ao Poder Executivo: a) medidas para melhorar o acesso ao mercado de capitais; b) linhas especiais de crédito em bancos comerciais públicos e os bancos múltiplos públicos com carteira comercial e Caixa Econômica Federal. O Banco Central poderá disponiblizar dados e informações ao Sistema Financeiro Nacional visando ampliar o acesso ao crédito. O CODEFAT poderá disponiblilizar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT para cooperativas de crédito cujos cooperados sejam microempresa e empresa de pequeno porte. 7.2. À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA União, Estados e Municípios manterão programas com condições de acesso diferenciadas, favorecidos e simplificados; Ministério da Fazenda pode reduzir a zero a alíquota do IPI e Pis/Cofins. 35
8. FISCALIZAÇÃO A fiscalização, no que se refere aos aspectos trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental e de segurança, terá natureza prioritariamente orientadora, quando a atividade ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse procedimento. Será observado o critério de dupla visita para lavratura de autos de infração, salvo quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social CTPS, ou, ainda, na ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização. 36
9. ACESSO A JUSTIÇA DO TRABALHO E JUIZADOS ESPECIAIS A Lei Complementar nº 123/2006 dispõe do acesso às seguintes Justiças: 1) Justiça do Trabalho: facultando ao empregador de microempresa ou de empresa de pequeno porte fazer-se substituir ou representar por terceiros que conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo trabalhista ou societário. 2) Juizados Especiais Estaduais e Federais: admitindo que as microempresas e as empresas de pequeno porte de que trata esta Lei Complementar possam ser proponentes de ação perante o Juizado Especial Estadual e Federal, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas. 3) Ações Tributárias: Os processos judiciais de natureza tributária serão ajuizados em face da União; Obs.: Esta referida Lei Complementar dispõe também que as microempresas e empresas de pequeno porte deverão ser estimuladas a utilizar os institutos de conciliação prévia, mediação e arbitragem para solução dos seus conflitos. E mais, que serão reconhecidos de pleno direito os acordos celebrados no âmbito das comissões de conciliação prévia. 37
10. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVO-FISCAIS Os processos administrativos ocorrerão no âmbito do ente da Federação (Município, Estado e União) que efetuou o lançamento ou fez a exclusão do SIMPLES. O município poderá, mediante convênio, transferir a atribuição de julgamento exclusivamente ao Estado em que se localiza. No caso em que o contribuinte exerça atividades incluídas no campo de incidência do ICMS e do ISS, a autuação será feita utilizando-se a maior alíquota prevista nesta Lei Complementar, sendo que o julgamento caberá ao Estado ou ao Distrito Federal. Consultas serão feitas junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil. 38
11. LICITAÇÕES PÚBLICAS Regularidade Fiscal Exigência só na ocasião da assinatura do contrato. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das MEs e EPPs somente será exigida por ocasião da assinatura do contrato. De acordo com a lei, essa matéria não é tratada como uma faculdade, mas sim uma obrigação, que deverá ser respeitada pela Administração Pública. A lei assegura ainda que, mesmo havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, as MEs e EPPs terão dois dias úteis, a partir do momento da declaração do vencedor da licitação, para regularizar sua documentação. Caso a documentação não seja regularizada no prazo estabelecido em lei, a empresa vencedora perderá o direito de contratar, podendo incorrer nas penas elencadas na Lei Federal 8.666/93, quais sejam: multa; advertência; suspensão do direito de licitar com o órgão promotor da licitação e a declaração de inidoneidade, proibição total de contratar com toda a Administração Pública. Critério de Desempate Preferência para a Micro e Pequena Empresa Nas licitações, será assegurada, como critério de desempate, a preferência de contratação para as MEs e EPPs. Entendem-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas MEs e EPPs sejam iguais ou até 10% superiores à proposta mais bem classificada. Na modalidade de pregão, o intervalo percentual será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço. Ocorrendo o empate, será observada a seguinte forma abaixo, quando a melhor oferta inicial não tiver sido apresentada por MEs e EPPs: a) A ME e EPP mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado; b) Não ocorrendo a contratação da ME e EPP, na forma do item anterior, serão convocadas as remanescentes que porventura se enquadrem nos critérios de desempate acima exposto (10% para Tomada de Preços; Carta- 39
Convite; Concorrência Pública e 5% para Pregão), na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito; c) No caso de equivalência dos valores apresentados pelas MEs e EPPs que se encontrem nos intervalos de 10% para Tomada de Preços, Carta- Convite, Concorrência Pública e 5% para Pregão, será realizado sorteio entre elas para que se identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta. Não se contratando na ocorrência de empate, como acima demonstrado, o objeto licitado será adjudicado em favor da proposta originalmente vencedora do certame. No caso de pregão, a ME ou EPP mais bem classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo máximo de 5 (cinco) minutos após o encerramento dos lances, sob pena de preclusão. Empenhos e a cédula de crédito microempresarial A ME e a EPP titular de direitos creditórios decorrentes de empenhos liquidados por órgãos e entidades da União, Estados, Distrito Federal e Município e não pagos em até 30 (trinta) dias contados da data de liquidação, poderão emitir cédula de crédito microempresarial. A cédula de crédito microempresarial é título de crédito, tendo como lastro o empenho do Poder Público, cabendo ao Poder Executivo sua regulamentação no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da publicação da Lei Complementar. Desta forma essa regra não tem aplicação imediata e sua finalidade é não deixar que o atraso no pagamento das faturas pela Administração Pública prejudique o fluxo de caixa das MEs e EPPS. Licitação Pública. Instrumento de desenvolvimento econômico, social e regional Nas contratações públicas da União, dos Estados e dos Municípios, poderá (ou seja, uma faculdade) ser concedido tratamento diferenciado e simplificado ás MEs e EPPS objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da 40
eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica, desde que previsto e regulamentado na legislação do respectivo ente. Assim, a administração pública poderá realizar processo licitatório: a) Destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00; b) Em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda a 30% do total licitado; c) Em que se estabeleça cota de até 25% do objeto para a contratação de microempresas e empresas de pequeno porte, em certames para a aquisição de bens e serviços de natureza divisível. O valor licitado de acordo com os procedimentos acima referidos não poderá exceder 25% do total licitado em cada ano civil. Na hipótese de ser exigida dos licitantes a subcontratação de MEs ou EPPS, desde que o percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda 30% do total licitado, os empenhos e pagamentos do órgão ou entidade da administração pública poderão ser destinados diretamente às MEs e EPPS subcontratadas. Não se aplica o disposto nos arts. 47 e 48 da Lei Complementar, ou seja, o tratamento diferenciado para empresas enquadradas em ME e EPP, quando: a) os critérios de tratamento diferenciado e simplificado para as MEs e EPPS não forem expressamente previstos no instrumento convocatório; b) não houver um mínimo de 3 fornecedores competitivos enquadrados como microempresas ou empresas de pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no edital; c) o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte não for vantajoso para a administração pública ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado; d) a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. 41
12. COMITÊ GESTOR DE TRIBUTAÇÃO 12.1. COMPOSIÇÃO Vinculado ao Ministério da Fazenda e presidido pela União. Composto por: Representação da União: 2 representantes da Secretaria da Receita Federal 2 representantes da Secretaria da Receita Previdenciária Obs.: Com a unificação das Secretarias da Receita Federal e da Receita Previdenciária, a União, no Comitê Gestor, é representada por 4 membros da Receita Federal do Brasil. Representação dos Estados e do Distrito Federal: 2 representantes dos Estados e do Distrito Federal Representação dos Municípios: 2 dos Municípios Presidido pela União 12.2. ATRIBUIÇÕES Tratar de aspectos tributários e gerir as questões decorrentes da legislação; Apreciar a necessidade de revisão dos valores de enquadramento das microempresas e empresas de pequeno porte; Estabelecer a forma de opção pelo Simples Nacional, sendo irretratável para todo o ano-calendário; Regulamentar a forma de indeferimento pela Administração Tributária da opção pelo SIMPLES NACIONAL; Definir o sistema de repasses do total arrecadado; Definir o modelo de documento fiscal de venda ou prestação de serviços. 42
13. ATOS REGULAMENTARES I - INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 103, DE 30 DE ABRIL DE 2007 Dispõe sobre enquadramento, reenquadramento e desenquadramento da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, constantes da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, nas juntas comerciais. II - INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 104, DE 30 DE ABRIL DE 2007 Dispõe sobre a formação de nome empresarial, sua proteção e dá outras providências. III INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 105, DE 16 DE MAIO DE 2007 A Instrução Normativa n. 105, 16 de maio de 2007 do Departamento Nacional de Registro do Comércio DNRC dispõe que: 1) No Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, os pedidos de arquivamento de atos de extinção ou redução de capital de empresário ou de sociedade empresária, bem como os de cisão total ou parcial, incorporação, fusão e transformação de sociedade empresária serão acompanhados dos documentos que comprovem a quitação de tributos e contribuições sociais no âmbito federal, quais sejam: Certidão Conjunta Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União, emitida pela Secretaria da Receita Federal e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; Certidão Negativa de Débito CND; Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS. Obs.: O disposto no item acima aplica-se também aos pedidos de arquivamento de atos de extinção, desmembramento, incorporação e fusão de cooperativa. 2) Ficam dispensadas da apresentação de comprovação de quitação de tributos e contribuições no âmbito federal, para fins de arquivamento: a) o empresário ou a sociedade empresária enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte; b) os pedidos de arquivamento de atos relativos ao encerramento de atividade de filiais, sucursais e outras dependências de sociedades empresárias nacionais e de empresários. 43
IV - RESOLUÇÃO Nº 4 DE 30 DE MAIO DE 2007, DO COMITÊ GESTOR DE TRIBUTAÇÃO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DOU DE 1º DE JUNHO DE 2007 Dispõe sobre a opção pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. V - RESOLUÇÃO Nº 5 DE 30 DE MAIO DE 2007, DO COMITÊ GESTOR DE TRIBUTAÇÃO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DOU DE 1º DE JUNHO DE 2007 Dispõe sobre o cálculo e o recolhimento dos impostos e contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (SIMPLES NACIONAL). VI - RESOLUÇÃO Nº 6 DE 18 DE JUNHO DE 2007, DO COMITÊ GESTOR DE TRIBUTAÇÃO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DOU DE 20 DE JUNHO DE 2007 Dispõe sobre os códigos de atividades econômicas previstos na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) a serem utilizados para fins da opção pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES NACIONAL). VII - RESOLUÇÃO Nº 7 DE 18 DE JUNHO DE 2007, DO COMITÊ GESTOR DE TRIBUTAÇÃO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DOU DE 20 DE JUNHO DE 2007 Altera a Resolução CGSN nº 5, de 30 de maio de 2007, que dispõe sobre o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES NACIONAL). VIII - RESOLUÇÃO Nº 8 DE 18 DE JUNHO DE 2007, DO COMITÊ GESTOR DE TRIBUTAÇÃO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DOU DE 20 DE JUNHO DE 2007 Dispõe sobre o Portal do Simples Nacional na internet. 44
IX - RESOLUÇÃO Nº 9 DE 18 DE JUNHO DE 2007, DO COMITÊ GESTOR DE TRIBUTAÇÃO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DOU DE 20 DE JUNHO DE 2007 Dispõe sobre a adoção pelos Estados de sublimites para efeito de recolhimento do Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS). 45
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