A Importância do Jogo no Processo de Aprendizagem da Matemática Auda Patricia Lima de Miranda 1 audamiranda@hotmail.com Valdenor Santos Oliveira (FCSGN) 2 sassadenovo@hotmail.com Resumo: Este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância do jogo no processo de aprendizagem da matemática. O método de pesquisa utilizado foi à pesquisa bibliográfica através de leituras em livros e pesquisa na internet os autores pesquisados foram: Friedmann, Huizinga, Piaget, Andrade e Carleto. Durante a elaboração deste artigo foram levantados conceitos a cerca da importância do jogo no processo de aprendizagem de matemática. Os jogos faz com que a criança busque pela aprendizagem sendo algo que a estimule, além de servir como estratégia de trabalho em grupo, oportunizando a socialização entre os mesmos. O jogo é uma importante ferramenta usada para aproximar a teoria da pratica, muitas vezes os professores se apegam na teoria e não buscam metodologias diferentes para que o aluno compreenda perfeitamente o que lhe foi proposto. E o presente artigo vem com uma proposta de reflexão sobre esse tema que é muito importante para melhorar nossa praticapedagógica. Palavras-chave: Aprendizagem; matemática; jogos. Abstract: This article aims to reflect on the importance of play in learning mathematics process. The research method used was the bibliographical research Friedmann, Huizinga, Piaget, Andrade in Carleto. During the writing of this article concepts were raised about the importance of play in the mathematics learning process. The games makes children seek learning by being something that encourages, in addition to serving as a working strategy group, providing opportunities for socialization between them. The game is an important tool used to approximate the theory of practice, often teachers cling on theory and not seek different methods for the student to understand exactly what was proposed. And this item comes with a proposal for a debate on this issue that is very important to improve our practices and pedagogical. Keywords: learning; mathematics; games. 1. INTRODUÇÃO O objetivo principal deste artigo é fazer com que cada professor ao ler reflita sobre sua pratica pedagógica, se esta de acordo com a necessidade dos nossos alunos. Ainda no 1 Professora. Auda Patricia Lima de Miranda, licenciada em Pedagogia pela faculdade da (UNIASSELVI). E-mail: audamiranda@hotmail.com. Julho de 2015. 2 Valdenor Santos Oliveira, Licenciado e Bacharel em Educação Física (UNIJUI, Ijuí - RS, 2006), mestre em Educação pela UFMT e atualmente professor da rede Estadual de ensino do Estado de Mato Grosso e da Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte (FSCGN). e-mail: sassadenovo@hotmail.com. Julho de 2015.
século XXI muito tem si falado e debatido sobre os jogos. Para alguns professores tradicionalistas é simplesmente um mero passatempo. Mas o que nos falta é um olhar critico sobre esta metodologia que vem cada vez mais aproximando nossos alunos de uma compreensão mais ampla do conteúdo trabalhado em sala e transformados em ações do cotidiano. O jogo vem com essa finalidade de, fazer com que a criança ponha na pratica aquela teoria aprendida na sala de aula, e cabe ao professor organizar um planejamento mais dinâmico e lúdico para sua turma. Muitas vezes não queremos trabalhar com jogos, pois não é uma aula fácil. O professor deve ter domínio sobre sua sala além de conhecer e ter domínio perfeitamente de todos os jogos a ser trabalhado. E principalmente conter em seu planejamento um objetivo a ser alcançado. Ainda hoje encontramos alunos com medo e dificuldade na disciplina de matemática, muitos acreditam que nunca vão conseguir compreender essa tal matemática. O jogo é uma ferramenta que faz com que os alunos não vejam a matemática como um bicho de sete cabeças e passam a se sentir mais seguros para resolvê-la. Existem vários modelos de jogos para todos os níveis de aprendizagem e níveis de ensino, desde a educação infantil até ensino médio. Então cabe ao professor analisar e planejar. 2. JOGOS NA EDUCAÇÃO A introdução do jogo na vida do educando pode acontecer desde o inicio da vida escolar. O jogo deve visto como instrumento educacional, contribuindo na construção de valores morais e éticos dos alunos, além do trabalho em equipe. Piaget (1999) mostra claramente em suas obras que os jogos não são apenas uma forma de entretenimento para gastar energia das crianças, mas maneiras que visam contribuir e enriquecer o desenvolvimento intelectual do mesmo. E assim, segundo o mesmo teórico, os jogos e as atividades lúdicas tornam-se importantes à medida que a criança se desenvolve usando um jogo pra cada fase e ano. Como dito no inicio deste artigo o jogo deve ser integrado no sistema educacional como algo que sirva como material que possibilite a livre exploração da criança, para beneficia-la na aprendizagem em matemática, reconhecendo o jogo como um elemento motivador.
É brincando que a criança aprende a agir, a buscar meios, estratégias para chegar ate o fim vitorioso. O professor deve usar o jogo como recurso didático contribuindo no processo de desenvolvimento mental da criança, existem também dois momentos que precisam ser considerados, no primeiro momento devemos levar em conta o contato da criança com o jogo e no segundo, como ele encontrou tais estratégias para alcançar aquele objetivo. Educar não é apenas passar informações ou mostrar apenas um caminho que o professor considere o mais correto, mas é ajudar a criança, orientando a tomar decisões. É oferecer várias ferramentas e possibilidades para que a criança consiga aprender de fato a matemática. Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental é fundamental que os professores possibilitem atividades recreativas em locais propícios para que as crianças possam brincar, contribuindo para a qualidade de ensino matemático. Este artigo vem tratando o uso dos jogos nas aulas de matemática, mas isso não impede que o professor use esta ferramenta para outras disciplinas. Desde que tenha em seu planejamento um objetivo a alcançar. Carleto (2003) em sua pesquisa diz que: muitos autores como Rousseau, Pestalozzi, Dewey, Claparede, Montessori, Piaget e Vygotsky foram importantes na organização de concepções pedagógicas em que a atividade lúdica é percebida como um processo pelo qual a criança enriquece o senso de responsabilidade, desenvolve a sua auto expressão e desenvolve-se física, cognitiva e socialmente. 2.1 Jogo na aprendizagem da matemática O jogo é uma ferramenta que vem ganhando espaço nas escolas e nas salas de aula. A atividade lúdica ajuda a criança a compreender o conteúdo de uma maneira mais divertida. Muitos alunos tem a matemática como a matéria de menor valor por não compreende-la. Quando o professor assume o papel de educador dinâmico ele consegue influenciar e promover a aprendizagem em sua sala associando a teoria a pratica. Alguns professores dizem que mais antigamente não precisava de jogo e as crianças aprendiam. Esse professor se esquece que estamos no século XXI e que nossa clientela é outra, vivemos em um mundo digital, com tecnologias avançadas, aonde nossas crianças ainda pequenas manuseiam celulares, tabletes, computadores de ultima geração.
Cabe a nos professores nos adaptarmos e nos reorganizarmos para atender esse novo publico, com uma dinâmica que estimulem eles. Hoje ainda neste século vemos crianças desistindo da escola, por medo de não conseguir aprender a matemática e o professor deve fazer algo para atrair, estimular seus alunos. Hoje para a disciplina de matemática existem inúmeros jogos desde a educação infantil ate o ensino médio. O professor deve deixar a zona de conforto de lousa, livro e giz e promover a aprendizagem dos seus alunos de outra forma que atraia os mesmos. 2.2 O papel do professor na aprendizagem dos alunos na disciplina de matemática Na aprendizagem dos alunos o professor tem papel fundamental, pois o mesmo contribui para que possa haver o processo de ensino. Ser professor não é somente entrar em uma sala de aula e ministrar sua aula, e sim mostrar, direcionar o aluno para por em pratica o que ele aprendeu na escola em sua vida no dia a dia. O professor ao assumir uma sala de aula sabe que terá que planejar as aulas, respeitando os diferentes níveis de aprendizagem que tem nesta sala, procurando metodologias diferentes para atingir os objetivos desejados. O professor deve ter muita paciência, além de conhecer seus alunos, aceitando suas limitações e potencialidades físicas, motoras, cognitiva e socioafetivas. O professor também deve procurar a família dos seus alunos, pois se os dois trabalharem juntos esse aluno terá mais chances de desenvolver a aprendizagem. Como dito anteriormente os alunos tem certo receio sobre a matemática, se o professor através de atividades lúdicas, jogos, associarem teoria a pratica com o apoio da família o aluno conseguira desenvolver. Muitos professores ficam amarrados no planejamento não dando espaço para que aconteça essa aula diferente. Segundo Almeida (2000. p. 83), o jogo vem possibilitar ao aluno a capacidade de raciocinar e pensar em tudo que aprende, buscando por si só as respostas para os problemas encontrados tentando da melhor forma resolve-lo. Para que a criança desenvolva a capacidade de pensar ele precisa de algo que não seja somente lousa e giz. Ao usar jogos as crianças desenvolvem habilidades de pensar analisar, passando pelos erros e buscando alternativas até conseguir acertar. O professor antes de iniciar qualquer jogo deve orientar seus alunos qual o objetivo da atividade, para que o mesmo não leve isso como um confronto, um desafio com o
colega que esta jogando com ele, e que o erro seja visto como processo de Aprendizagem, pois através dele, o aluno buscará o acerto, com a ajuda do professor essa busca será produtiva. O professor, ao trazer o jogo para sala de aula fara com que sua aula seja diferente, porem o professor deve refletir sobre que conhecimentos seu aluno vai obter utilizando determinados tipos de jogos. Sabemos que jogo nos anos iniciais é de suma importância, tanto que o governo federal por meio do programa PACTO, (Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa), oferecido pelo Governo Federal para as redes municipais e estaduais, em um dos seus módulos apoia e reforça o uso das atividades lúdicas. O material defende que a escola seja inclusiva e centrada no prazer de aprender. (BRASIL, 2012). Correa (2000) fala que o professor deve prestar atenção como pontos positivos e negativos do jogo como evitar: valorização e insistência da vitória, e critica em publico daqueles que não conseguiram. Pontos positivos: oferecer ajuda quando necessário a outras pessoas, ter confiança em si mesmo e capacidade de enfrentar desafios, e socialização. Freire (1989) afirma que a aprendizagem depende muito da relação entre professor e aluno. Pois se essa relação tiver confiança e parceria a aprendizagem acontece de forma significativa. 3. CONCLUSÃO Os jogos na aula de matemática é uma metodologia que vem sendo usado com frequência pelos professores da atualidade, como disse anteriormente muitas são as criticas sobre esta estratégia, e devemos sim com cuidado desenvolver as mesmas em sala de aula. Muitas vezes o aluno não consegue desenvolver tal habilidade proposta, mas o que você enquanto professor fez para que ele unisse a teoria a pratica e conseguisse desenvolver e aprender. Espero que todos possamos refletir e modificar ou reorganizar nossas praticas pedagógicas visando uma aprendizagem significativa para nossos alunos. Possibilitando que o mesmo seja um aluno que respeita o seu próximo, sua vez de jogar, a elogiar, aceitar que dessa vez não consegui e assim por diante.
Para Friedmann (1992), a atividade lúdica compreende os conceitos de brincadeiras, jogo e brinquedo. A autora afirma que brincadeira refere-se, basicamente a ação de brincar, ao comportamento espontâneo que resulta de uma atividade não estruturada, jogo é compreendido como uma brincadeira que envolve regras; brinquedo é utilizado, para designar o sentido de objeto de brincar, atividade lúdica abrange de forma mais ampla os conceitos anteriores. Na aprendizagem de matemática deve ser trabalhado de forma dinâmica e significativa. Os jogos pois como foi dito anteriormente o jogo é usado como uma ferramenta de aprendizagem que ajude e possibilite o aluno a compreender melhor o conteúdo trabalhado. REFERENCIAS - ANDRADE, Cyrce. A formação lúdica do professore. In: Jogos e Brincadeiras: desafios e descobertas, 2 ed..salto para o futuro. Ano XVIII, Boletim 07, p. 57-64, maio/2008. CARLETO, Eliana Aparecida. O lúdico como estratégia de aprendizagem. Revista Olhares e Trilhas, Uberlândia, v 4, nº 4, p 97-104, 2003. FRIEDMANN, Adriana, O direito de brincar a brinquedoteca, São Paulo, Scritta; ABRINQ. 1992. BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, Pacto Nacional Pela Alfabetização na idade Certa, Ludicidade na Sala de aula, Ano 01. Unidade 04, Brasília MEC/SEB. 2012ª. FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia. Saberes necessários a prática educativa. São Paulo; Paz e Terra. 1996. PIAGET, Jean, 1896-1980. 2. Educação Pensadores Historia. Editora Massangana, 2010. 140 p - Coleção Educadores. VYGOTSKY, Lev Semionovich, 1896-1934. 2. Educação Pensadores Historia. Editora Massangana, 2010. 156 p Coleção Educadores.