Marx e as Relações de Trabalho

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Transcrição:

Marx e as Relações de Trabalho

Marx e as Relações de Trabalho 1. Segundo Braverman: O mais antigo princípio inovador do modo capitalista de produção foi a divisão manufatureira do trabalho [...] A divisão do trabalho na indústria capitalista não é de modo algum idêntica ao fenômeno da distribuição de tarefas, ofícios ou especialidades da produção [...]. (BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista. Tradução Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. p. 70.) O que difere a divisão do trabalho na indústria capitalista das formas de distribuição anteriores do trabalho? a) A formação de associações de ofício que criaram o trabalho assalariado e a padronização de processos industriais. b) A realização de atividades produtivas sob a forma de unidades de famílias e mestres, o que aumenta a produtividade do trabalho e a independência individual de cada trabalhador. c) O exercício de atividades produtivas por meio da divisão do trabalho por idade e gênero, o que leva à exclusão das mulheres do mercado de trabalho. d) O controle do ritmo e da distribuição da produção pelo trabalhador, o que resulta em mais riqueza para essa parcela da sociedade. e) A subdivisão do trabalho de cada especialidade produtiva em operações limitadas, o que conduz ao aumento da produtividade e à alienação do trabalhador. 2. A respeito da organização do processo produtivo na economia capitalista no período pós Segunda Guerra Mundial, assinale o que for correto. 01) A concentração espacial das distintas etapas do processo produtivo, o forte controle sobre elas e a acentuada hierarquização das funções constituem características do denominado modelo fordista. 02) Pode-se dizer que o toyotismo foi uma resposta à crise da economia capitalista mundial manifesta na década de 1970. Ele se caracterizou, entre outros fatores, pela exigência de maior versatilidade dos trabalhadores para o desempenho das funções. 04) O período em que vigorou hegemonicamente o modelo fordista foi acompanhado pela expansão dos serviços públicos. Nos países de capitalismo central, essa expansão produziu o denominado Estado de bem estar social. 08) O fordismo caracterizou-se por métodos que procuraram fazer que os próprios operários internalizassem a disciplina de trabalho necessária para a acumulação

capitalista. Assim, dispensou a necessidade de várias funções intermediárias do processo produtivo. 16) Embora distintos, o fordismo e o toyotismo coincidiram, igualmente, com períodos de enfraquecimento das organizações sindicais dos trabalhadores. 3. A questão das classes sociais ocupa um papel fundamental na teoria de Karl Marx. Para ele, existem condicionantes e determinantes na complexa relação entre indivíduo e sociedade e entre consciência e existência social. Considerando as reflexões de Karl Marx sobre esse tema, marque a alternativa incorreta. a) A luta de classes desenvolve-se no modo de organizar o processo de trabalho e no modo de se apropriar do resultado do trabalho humano. b) A luta de classes está presente em todas as ações dos trabalhadores quando lutam para diminuir a exploração e a dominação. c) Em meio aos antagonismos e lutas sociais, o indivíduo pode repensar a realidade, reagir e até mesmo transformá-la, unindo-se a outros em movimentos sociais e políticos. d) As classes sociais sustentam-se em equilíbrios dinâmicos e solidários, sendo a produção da solidariedade social o resultado necessário à vida em sociedade. 4. As sociedades modernas são complexas e multifacetadas. Mas é com o capitalismo que as divisões sociais se tornam mais desiguais e excludentes. Marx já observara que só o conflito entre as classes pode mover a história. Assim sendo, para o referido autor, em qual das opções se evidencia uma característica de classe social? a) O status social e cultural dos indivíduos. b) A função social exercida pelos indivíduos na sociedade. c) A ação política dos indivíduos nas sociedades hierarquizadas. d) A identidade social, cultural e coletiva. e) A posição que os indivíduos ocupam nas relações de produção. 5. O capitalismo vê a força de trabalho como mercadoria, mas é claro que não se trata de uma mercadoria qualquer. Ela é capaz de gerar valor. [...] O operário é o indivíduo que, nada possuindo, é obrigado a sobr (COSTA, 2005). Segundo Karl Marx, a força de trabalho é alugada ou comprada por meio a) da Mais-valia.

b) do Lucro. c) do Salário. d) da Alienação. e) das Relações políticas

Gabarito 1. E 2. 7 (1+2+4) 3. C 4. E 5. C