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Transcrição:

CARTA DE MANAUS Nós, Governadores dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, integrantes da Amazônia Legal, comprometidos desde a instauração deste Fórum, com a construção de consensos e mecanismos estratégicos para a operacionalização do desenvolvimento que garanta a sustentabilidade da floresta, sua biodiversidade e recursos minerais e hídricos, indissoluvelmente vinculada ao crescimento econômico, geração e distribuição de renda, que se traduzam na melhoria da qualidade de vida de 23 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia. (Carta de Belém, 30 de maio de 2008), reunidos na cidade de Manaus-AM, cientes do momento delicado das agendas política e econômica do Brasil, e; CONSIDERANDO que os interesses nacionais devem se impor sobre quaisquer outros; CONSIDERANDO a legitimidade conferida pela sociedade aos Governadores eleitos em 2014, cuja somatória dos votos equivale aos votos para a Presidência da República; CONSIDERANDO que as políticas públicas federais nem sempre se aproximam das necessidades e das especificidades da realidade local; CONSIDERANDO que se é verdadeiro que nossa região engloba a parte menos desenvolvida do território nacional, pela ausência histórica de uma política de superação de desigualdades regionais, também é verdadeiro que aqui estão as maiores possibilidades de expansão e desenvolvimento econômico sustentável; Dirigimo-nos à sociedade brasileira e ao Governo da República, para: PROPOR uma agenda pela reconstrução federativa envolvendo todos os governadores, como agentes protagonistas, que objetive não apenas a construção do ajuste fiscal, mas sobretudo a retomada do crescimento

econômico. Tendo a convicção da solidez das instituições democráticas, capazes de, mediante um amplo entendimento nacional, consolidar as condições objetivas para a superação da crise política; REAFIRMAR nosso compromisso de trabalhar pela plena inclusão de nossas populações ao processo de desenvolvimento econômico e social nacional, e; SUGERIR medidas que julgamos necessárias para superação das desigualdades a que nos referimos. 1. NOSSOS DESAFIOS Os desafios ao desenvolvimento de nossa região decorrem de sua especificidade geográfica e ambiental. Estamos cientes disso e temos trabalhado, conjuntamente, no esforço da construção do desenvolvimento com sustentabilidade ambiental. Para que o desmatamento na Amazônia continue em baixos índices é imprescindível maior apoio financeiro para os Estados que tem destinado tempo e recursos próprios à proteção do território, atuando como principais responsáveis pelo cumprimento das metas nacionais de redução de gases de efeito estufa, sejam recompensados pelos seus esforços. Essa nossa especificidade amazônica define e impacta a forma e os custos como os Estados entregam à sociedade os serviços públicos, especialmente Educação, Saúde e Segurança. À dispersão e diversidades populacional, que incluem além das zonas urbanas distantes, comunidades ribeirinhas e indígenas isoladas, somam-se a carência de infraestrutura de comunicação e a imensidão de nossos territórios, com seus milhares de quilômetros de fronteiras vivas, tornando mais difícil e oneroso prestar tais serviços.

A fragilidade de nossas fronteiras tem possibilitado que o ruinoso e lucrativo negócio do tráfico de drogas seja a razão primeira dos crimes e da espiral de violência que afetam nossas sociedades e superlotam nossos presídios, exigindo emprego de recursos que deveriam ser direcionados para áreas mais nobres da atuação do Poder Público. Ademais, a despeito dessa realidade física adversa, os dados demonstram que persiste uma abordagem perversa que contribui para a manutenção dessas desigualdades. Exemplificando: Na área de educação, o valor per capita do FUNDEB, que em 2014 teve a média nacional de R$ R$ 2.821,56, teve para a região um valor médio de apenas R$ 2.042,51; Na área de saúde, a região tem o menor valor de disponibilidade de recursos per capita para ações de média e alta complexidade, enquanto a média nacional é de R$ 209,34, a região recebe R$ 160,66. 2. NOSSAS PROPOSTAS Assim, ENTENDEMOS que é necessária a adoção de medidas estratégicas estruturantes, combinadas com ações conjunturais imediatas. Quanto à Educação, defendemos como fundamental a regionalização das metodologias de cálculo dos recursos destinados aos insumos da educação visando a reconhecer as características ímpares da Região, em especial os destinados ao transporte escolar, merenda escolar regionalizada, geração e aquisição de energia elétrica e construção de escolas em localidades isoladas, e solicitamos de imediato: O aumento do valor do FUNDEB por aluno de forma a corrigir a distorção apontada, face as nossas especificidades.

Quanto à saúde, a par da ampla discussão da distribuição de recursos e encargos entre os entes federativos, em especial no que tange à assistência básica, face à fragilidade financeira de nossos municípios, solicitamos objetiva e imediatamente: a) Equalizar à média nacional os valores de recursos federais disponibilizados per capita para a Média e Alta complexidade ambulatorial e hospitalar, para aqueles estados com valores abaixo dessa média; b) Efetivar, no exercício corrente, imediato descontigenciamento dos recursos da saúde de forma a atender os serviços já habilitados juntos ao Ministério da Saúde. Quanto à Segurança Pública, destacamos a necessidade de definição de uma estratégia nacional, que inclua a participação do Poder Público Federal, alocando recursos, assumindo tarefas e partilhando a gestão, especialmente no controle de nossas fronteiras. Quanto ao Meio Ambiente, a Estratégia Nacional de Redução de Emissões pelo Desmatamento e Degradação (REDD), a ser submetida à Convenção-Quadro das Nações Unidas, deve abranger um esforço conjunto de participação entre os Estados e a União, que vão além das ações de comando e controle, para assegurar a redução do desmatamento e potencializar a conservação e o fomento às atividades produtivas. A referida Estratégia deve contemplar uma justa repartição de benefícios entre Estados e União por meio da metodologia estoque-fluxo, reconhecimento da União para que Estados possam ter acesso a recursos externos provenientes de negociações bilaterais, iniciativas subnacionais e outros mecanismos financeiros de compensação por redução das emissões de carbono como recursos do Fundo Verde do Clima (cuja Entidade Nacional Designada é o Ministério da Fazenda), entre outros. Para tanto, os Estados da

Amazônia legal solicitam a criação de uma Força Tarefa para assegurar a efetividade da representação subnacional na Comissão Nacional de REDD. De forma imediata, propomos a criação de uma sala permanente de entendimento com o Ministério do Meio Ambiente e Incra, para definições da política fundiária amazônica, a preparação e decisões compartilhadas sobre o COP 21, o Fundo Amazônia e o Fundo Internacional Verde. Quanto ao Desenvolvimento Econômico, entendemos que é necessária a adoção de outras medidas que indo além do escopo de superação das dificuldades conjunturais presentes, semeiem o caminho do desenvolvimento sustentável. Para isso defendemos, no âmbito de uma estratégia de fortalecimento da competitividade da economia nacional: a) A retomada das operações de crédito e desembolso, adequada à capacidade de endividamento de cada Estado, para projetos estruturantes que fundamentem a retomada do crescimento e desenvolvimento econômico dos Estados da Amazônia Legal; b) A decisão deve considerar que os Estados da região apresentam potencialidades econômicas já conhecidas e inexploradas, e que se colocam como parte da solução para o desenvolvimento nacional; c) A revisão do cálculo dos royalties devidos por produtos e serviços desonerados de tributação ou destinados ao exterior, como a energia e a exploração mineral. Em sinergia com tais operações de crédito o Governo Central precisa investir em projetos estratégicos, em especial nas áreas de logística, comunicação, energia, e aviação regional. Iniciativas como a Ferrovia Transoceânica e o balizamento de nossos rios, como a Hidrovia do Rio Madeira, Araguaia e Tocantins são fundamentais para esse processo de desenvolvimento e precisam se tornar realidade.

Entendendo necessária a construção de uma solução de superação da Guerra Fiscal, substituindo-a por uma efetiva política de desenvolvimento regional, MANIFESTAMOS nosso apoio à iniciativa dos Estados e do Governo Federal, consubstanciada na proposta de Resolução do Senado Federal 001/2013, conjugada com os termos da proposta de convênio 70/2014 do CONFAZ, que ao regular a convalidação dos incentivos fiscais prevê e condiciona a convalidação à implementação de mecanismos de financiamento do desenvolvimento e compensação de perdas de arrecadação. Sabendo que os pontos aqui abordados não esgotam a discussão sobre as ações e ajustes legais necessários para o pleno desenvolvimento de nossa região, cabe alertar como inadiável uma revisão da prioridade da agenda amazônica para o Brasil, Assim, propomos a criação de um grupo de trabalho de nossos estados, com a participação do Governo Federal, para a construção de um modelo de desenvolvimento adequado à nossa região, rediscutindo inclusive a forma de aplicação e o papel dos fundos constitucionais. Crendo, firmemente, que está na Amazônia grande parte da solução dos problemas nacionais, Subscrevemos, Sebastião Afonso Viana Macedo Neves Governador do Estado do Acre _ Antônio Waldez Góes da Silva Governador do Estado do Amapá

José Melo de Oliveira Governador do Estado do Amazonas Flávio Dino de Castro e Costa Governador do Estado do Maranhão José Pedro Gonçalves Taques Governador do Estado do Mato Grosso Confúcio Aires Moura Governador do Estado do Rondônia Maria Suely Silvia Campos Governadora do Estado do Roraima Simão Robson Oliveira Jatene Governador do Estado do Pará Marcelo de Carvalho Miranda Governador do Estado do Tocantins