OS PROJETOS DE LEI EM TRAMITAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL QUE INCIDEM SOBRE A AGENDA INSTITUINTE DO SNE
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- Camila Fraga Tavares
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1 OS PROJETOS DE LEI EM TRAMITAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL QUE INCIDEM SOBRE A AGENDA INSTITUINTE DO SNE Suely Melo de Castro Menezes Maria Beatriz Mandelert Padovani
2 Projetos de Lei em trâmite para a criação do SNE: PLP 15/2011; PL 5.519/2013 ; PLP 413/2014.
3 PLP 15/2011: Limita-se ao estabelecimento de critérios (comprovação do cumprimento, por parte de Estados, Distrito Federal e Municípios, de requisitos) para receber a assistência técnica e financeira da União.
4 PL 5.519/2013: Propõe a organização do Sistema Nacional de Educação, tendo o Ministério da Educação MEC como órgão executivo das políticas nacionais.
5 PL 5.519/2013: Propõe a criação de uma instância permanente de negociação e cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
6 PL 5.519/2013: Reafirma que a política de financiamento da Educação Básica deverá pautar-se no CAQ, com mensuração de todos os insumos necessários à educação de qualidade.
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8 PL 5.519/2013: Mantém as competências dos órgãos já existentes (reforçando os Conselhos Estaduais e Municipais) e não apresenta as competências dos órgãos cuja criação propõe.
9 PLP 413/2014: Projeto complexo, que baseia-se no desmonte das estruturas atualmente em vigor.
10 PLP 413/2014: No que se refere aos Conselhos de Educação, contempla uma proposta verticalizada e uniforme. Todos os Conselhos passam a ter igual composição e funções ausência de regionalização
11 PLP 413/2014: Proposta: À União caberá a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, distributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
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13 PLP 413/2014: Competências dos Órgãos que integram o SNE
14 Conselho Nacional de Educação Além de outras previstas em lei, segundo o PLP em estudo, são competências do CNE: definir a base nacional comum para a composição dos currículos, da formação dos profissionais da educação e dos processos de avaliação educacional; normatizar de forma geral e vinculante as Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
15 Conselho Nacional de Educação apreciar recursos sobre normas emanadas do Conselho Federal, de Conselho Estadual ou Municipal, na forma de regulamento; coordenar o Fórum dos Conselhos de Educação.
16 Conselhos Federal, Estaduais e Municipais de Educação. Funções, apenas, regulatórias. Fórum dos Conselhos de Educação (instância de consulta regular e de coordenação normativa). Funções não especificadas.
17 Fórum Nacional. coordenar as Conferências Nacionais de Educação; acompanhar a execução do PNE e o cumprimento de suas metas; promover a articulação das Conferências Nacionais com as Conferências Estaduais e Municipais que as precederem.
18 Fóruns Estaduais, Distrital e Municipais de Educação. coordenar as Conferências de Educação; acompanhar a execução dos planos decenais de educação e o cumprimento de suas metas.
19 Comissão Tripartite Permanente de Pactuação Federativa. Art. 7 o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios atuarão em regime de colaboração, visando ao alcance das metas e à implementação das estratégias objeto deste Plano. 5 o Será criada uma instância permanente de negociação e cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
20 Comissão Tripartite Permanente de Pactuação Federativa - Superpoderosa. deliberar sobre as ações supletivas de cooperação entre os três entes federados no campo da educação obrigatória; estabelecer a divisão de responsabilidades entre os entes federados para criar, regular, manter e expandir as ações da educação básica pública como dever de Estado e direito do cidadão no território nacional;
21 Comissão Tripartite Permanente de Pactuação Federativa - Superpoderosa. operacionalizar as ações integradas fundamentadas no Plano Nacional de Educação; regular programas, projetos e ações educacionais de caráter supletivo constitutivos do Plano de Ações Integradas (PAIS);
22 Comissão Tripartite Permanente de Pactuação Federativa - Superpoderosa. ponderar a transferência de recursos disponíveis da União, visando assegurar o padrão mínimo de oportunidades educacionais e a promoção da equidade e da qualidade em âmbito nacional; fixar o valor do custo anual por aluno para a educação de qualidade;
23 Comissão Tripartite Permanente de Pactuação Federativa - Superpoderosa. definir as Normas Operacionais Básicas para as ações de caráter supletivo e de assistência técnica no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
24 Comissão Tripartite Permanente de Pactuação Federativa - Superpoderosa. promover a Mesa Nacional Permanente de Valorização dos Profissionais da Educação, de composição paritária entre gestores governamentais e representação sindical nacional dos trabalhadores em educação pública básica;
25 Comissão Tripartite Permanente de Pactuação Federativa - Superpoderosa. estabelecer as regras de transição dos programas e as ações em execução por meio de compromisso, acordos e convênios entre entes da federação que venham a se categorizar como constituintes da ação supletiva, à época de sua instalação, zelando pelo integral cumprimento de suas finalidades.
26 PLP 413/2014: Função supletiva da União. Art. 21. A União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, estabelecerá padrão nacional de oportunidades educacionais para a educação obrigatória, baseado no cálculo do custo anual por aluno capaz de assegurar educação de qualidade.
27 PLP 413/2014: Função supletiva da União. 1º O custo anual por aluno de que trata este artigo será calculado ao final de cada ano, com validade para o ano subsequente, considerando variações regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino.
28 PLP 413/2014: Função supletiva da União. 2º A fórmula de cálculo do custo anual por aluno será de domínio público, resultante da consideração dos investimentos necessários para a qualificação e remuneração dos profissionais da educação, em aquisição, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino e em aquisições de material didático escolar, transporte do escolar, alimentação escolar e outros insumos indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem definidos em regulamento.
29 PLP 413/2014: Função supletiva da União. Art. 22. A ação supletiva da União e dos Estados será exercida de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão nacional de qualidade da educação.
30 PLP 413/2014: Função supletiva da União. Questões: Inversão da lógica de financiamento da Educação Básica. Não homologação do Parecer CNE/CEB nº. 8/2010.
31 PLP 413/2014: Função supletiva da União. Financiamento da educação sem a regulamentação do CAQi Gráfico 1: Investimento direto em educação por ente federado no Brasil em 2012, por percentual do PIB Fonte: INEP 2014
32 PLP 413/2014: Função supletiva da União. Financiamento da educação com a regulamentação do CAQi Gráfico 2: Investimento direto em educação por ente federado no Brasil em 2012, por percentual do PIB Fonte: INEP Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2014
33 O BRASIL AINDA NÃO ENCONTROU UMA FÓRMULA PARA A CRIAÇÃO DO SNE QUE RESPEITE A AUTONOMIA DOS ENTES FEDERATIVOS: PRINCIPAIS CRÍTICAS ÀS PROPOSTAS (PROJETOS DE LEI): PLP 15/2011 De tão superficial, pouco acrescenta ao debate (inócuo).
34 O BRASIL AINDA NÃO ENCONTROU UMA FÓRMULA PARA A CRIAÇÃO DO SNE QUE RESPEITE A AUTONOMIA DOS ENTES FEDERATIVOS: PRINCIPAIS CRÍTICAS ÀS PROPOSTAS (PROJETOS DE LEI): PLP 5.519/2013 Apresenta avanços e contém propostas aceitáveis que respeitam os órgãos atualmente existentes. Precisaria de um maior aprofundamento no que tange ao funcionamento, competências e composição dos novos órgãos que propõe para a efetivação do SNE (Comissões tripartites), além de um maior detalhamento das demais questões que circundam a oferta de Educação Básica.
35 O BRASIL AINDA NÃO ENCONTROU UMA FÓRMULA PARA A CRIAÇÃO DO SNE QUE RESPEITE A AUTONOMIA DOS ENTES FEDERATIVOS: PRINCIPAIS CRÍTICAS ÀS PROPOSTAS (PROJETOS DE LEI): PLP 413/2014 É complexo demais. Desconstitui as instâncias atualmente em funcionamento. Cria um complexo de órgãos com competências limitadas, transferindo para uma comissão tripartite grande parte do poder decisório do SNE.
36 O BRASIL AINDA NÃO ENCONTROU UMA FÓRMULA PARA A CRIAÇÃO DO SNE QUE RESPEITE A AUTONOMIA DOS ENTES FEDERATIVOS: Invade a autonomia dos sistemas, cujas decisões não seriam mais soberanas, posto que sujeitas a recursos perante um novo Conselho Nacional de Educação. Além disto, determina a composição e o funcionamento dos Conselhos Federal, Estaduais, Distrital e Municipais.
37 Ainda temos muito a discutir
38 OS PROJETOS DE SNE NÃO ATENDERAM ÀS EXPECTATIVAS E AOS DESAFIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA NO CONTEXTO DE SUA IMPLANTAÇÃO
39 Muito obrigada!
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