Doenças ',' Aristóteles Pires de Matos Paulo Ernesto Meissner Filho

Documentos relacionados
DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS

MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS E DOENÇAS DO ABACAXI

VARIEDADES DE ABACAXI RESISTENTES À FUSARIOSE

CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS DE PLANTAS: MCNEW GRUPO III ABSORÇÃO DE ÁGUA E SAIS MINEIRAIS. Grupo III PODRIDÕES DE RAÍZ E COLO

Cultivo e Comercialização

CULTIVO DE MERISTEMAS APICAIS DE PLANTAS IN VITRO PARA LIMPEZA VIRAL EM ABACAXI

Doenças da Pupunha no Estado do Paraná

Viroses da bananeira

1 Medidas possíveis de serem utilizadas visando minimizar a incidência dos

Capa (Foto: Ricardo B. Pereira).

RECOMENDAÇÃO DE CULTIVARES DE ABACAXI PARA PRODUÇÃO DE MUDAS POR SECÇÃO DE CAULE NAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE RIO BRANCO-ACRE

Controle químico de doenças fúngicas do milho

Doenças do Maracujazeiro. Grupo: Carolina Colin Gabriela Venancio Luiza Soares

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIANGULO. Fitopatologia Básica. Professora : Fernanda G. Martins Maia

PRODUÇÃO INTEGRADA DE ABACAXI E A AGRICULTURA DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO

TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE MUDAS DE ABACAXI

Como identificar o Cancro europeu das pomáceas

Agiberela, conhecida também por fusariose, é uma

08/08/2017. Aula 2 - ABACAXI. (Ananas comosus) Curso: Engenharia Agronômica Disciplina: Fruticultura Tropical. Engº Agrº Harumi Hamamura

Manchas de Phoma. Manchas de Phoma. Cercosporiose Mancha de Olho Pardo Mancha de Olho de Pomba

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS CULTIVARES DE FEIJÃO COM SEMENTES DISPONÍVEIS NO MERCADO

6.4 CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS

DOENÇAS DO QUIABEIRO

(Foto: Ricardo Borges Pereira)

Doenças da Raiz e do Caule da Cebola

Impacto potencial das mudanças climáticas sobre as doenças do sorgo no Brasil

Ambiente e Doença. Predisposição 25/3/2014. Ambiente: Disciplina: Fitopatologia Geral PREDISPOSIÇÃO:

2 Variedades. Davi Theodoro Junghans José Renato Santos Cabral

Doenças da cenoura SINTOMAS. SEMENTE em processo de germinação: afeta os tecidos da plântula

Fitopatologia Geral. Princípios Gerais de Controle

Atualizado em 30/06/2014. Prof. Associado, Dr. Paulo Sergio Torres Brioso ( )

CULTURA DO ABACAXIZEIRO

COMPLEXO DE DOENÇAS FOLIARES NA CULTURA DO AMENDOIM, NAS REGIÕES PRODUTORAS DO ESTADO DE SÃO PAULO, NA SAFRA 2015/2016

Disciplina: Fitopatologia Agrícola CONTROLE CULTURAL DE DOENÇAS DE PLANTAS

TRATAMENTO DE SEMENTES

Disciplina: Fitopatologia Agrícola CONTROLE FÍSICO DE DOENÇAS DE PLANTAS

LEF 424 PRINCÍPIOS GERAIS DE CONTROLE

Epidemiologia Vegetal. Etiologia é o estudo da doença, que envolve a relação ciclo patógeno-hospedeiro-ambiente

GRUPO DE DOENÇAS. Grupo de Doenças. Profª. Msc. Flávia Luciane Bidóia Roim. Universidade Norte do Paraná

Panorama da cultura do mamoeiro no Brasil: principais problemas da cadeia produtiva¹

Comunicado Técnico 60

Nematoides ',' Cecília Helena Silvino Prata Ritzinger

Oabacaxizeiro é uma planta

Doenças da Parte Aérea

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Mandioca e Fruticultura. Documentos 211

Diagnose da Podridão Radicular da Mandioca na Comunidade Boa Esperança, Santarém, Pará

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. Documentos 184

Pragas e Doenças. Vamos conhecer primeiro as principais pragas do jardim

Critério CRISÂNTEMO de Classificação

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Mandioca e Fruticultura. Documentos 198

DIAGNÓSTICO E ORIENTAÇÃO NO MANEJO DE DOENÇAS AOS HORTICULTORES NO MUNICÍPIO DE CASSILÂNDIA MS

Tombamento de mudas Caciara Gonzatto Maciel Marília Lazarotto Graziela Piveta Marlove Fátima Brião Muniz

MANEJO DE IRRIGAÇÃO REGINA CÉLIA DE MATOS PIRES FLÁVIO B. ARRUDA. Instituto Agronômico (IAC) Bebedouro 2003

DOENÇAS ABIÓTICAS E INJÚRIAS

Algumas espécies de insetos,

GRUPO DE DOENÇAS. Grupo de Doenças. Profª. Msc. Flávia Luciane Bidóia Roim. Universidade Norte do Paraná

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical. Documentos 185

Práticas Culturais Pós-floração

Doenças. Valácia Lemes da Silva Lobo Marta Cristina Corsi de Filippi Anne Sitarama Prabhu

A PROPAGAÇÃO DO ABACAXIZEIRO

Impacto potencial das mudanças climáticas sobre a gomose da acácia-negra no Brasil

Clipping de notícias. Recife, 13 de agosto de 2015.

MANEJO DAS PLANTAS INFESTANTES EM PLANTIOS DE ABACAXI EM PRESIDENTE TANCREDO NEVES, MESORREGIÃO DO SUL BAIANO

QUALIDADE DAS MUDAS DE CANA-DE- AÇÚCAR

Cultivo do Sorgo

Clima e Solo. Oom~n?o Haroldo R. C. Reinhardt Cet~/1O Augusto Pinto da Cunha Lwz Francis~o da Silva Souza

Metodologia para infestação artificial de mudas de abacaxizeiro com a cochonilha Dysmicoccus brevipes visando estudos de supressão populacional

DOENÇAS DO ABACATEIRO

Cartilha. Cenário e Manejo de Doenças Disseminadas pela Cigarrinha no Milho

ISSN Agosto, Edição revista e ampliada. Cultura do Abacaxi: Sistema de Produção para a Região de Itaberaba, Bahia

IV Workshop sobre Tecnologia em Agroindústrias de tuberosas tropicais MANDIOCA COMO FONTE DE CARBOIDRATO

PRODUTIVIDADE FATORES QUE AFETAM A MANEJO INADEQUADO DE NEMATOIDES QUALIDADE NAS OPERAÇÕES AGRÍCOLAS PROBLEMAS NUTRICIONAIS NO SOLO

Cultivo do Milho. Sumário. Doenças. Rayado Fino Virus)

Fungo Phoma em Orquídeas

Nematoides Fitoparasitas da Cana-de-açúcar: Ocorrência, Danos e Manejo

Controle integrado das doenças de hortaliças. Carlos A. Lopes Embrapa Hortaliças

MÉTODOS EM FITOPATOLOGIA

ABACAXI. Fitossanidade. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Mandioca e Fruticultura Ministério da Agricultura e do Abastecimento

Conceitos MOLÉSTIA É uma sequência de eventos numa interação entre um organismo e um agente, em que, como resultado de uma ação contínua do agente, oc

06/11/2012 FUNGOS DE SOLO E DE MADEIRA CAUSADORES DE MORTE DE PLANTAS EM VIDEIRA. Introdução. Introdução. Introdução. Introdução.

Doença de plantas é definida como qualquer alteração

secundários e as raízes e radicelas definham e apodrecem. Com o sistema radicular menor, não há absorção de nutrientes e água na copa da planta.

Critério de Classificação Crisântemo Corte.

CIRCULAR TÉCNICA. Reação de cultivares de algodoeiro a doenças e nematoides, safra 2017/18

Fusarium spp. Este fungo causa uma doença denominada Podridão Seca.

VIOLETA DE VASO. Mín. de 08 flores abertas e demais botões

PRODUÇÃO DE MUDAS NA PROPRIEDADE A PARTIR DA ENXERTIA VERDE

Controle Cultural de Doenças do Algodoeiro. Alderi Emídio de Araújo Eng o Agr o, Fitopatologista, M. Sc. Pesquisador Embrapa Algodão

FUNGO FUSARIUM OU CANELA SECA

CONTROLE DE PRAGAS E INCIDÊNCIA DE DOENÇAS OPORTUNISTAS

e ecofisiologia Edson Eduardo Melo Passos Bruno Trindade Cardoso Fernando Luis Dultra Cintra

CVC. É comum o citricultor confundir os sintomas da CVC com deficiência de zinco ou sarampo.

RESPOSTA AO TRATAMENTO DE INDUÇÃO FLORAL EM GENÓTIPOS DE ABACAXIZEIRO

Comunicado Técnico 72

Nitrato de potássio pode ser utilizado por um ou mais dos seguintes motivos:

Cultivo do Milho

EFICIÊNCIA DE APLICAÇÃO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE MOFO- BRANCO NO ALGODOEIRO

Manejo de doenças em sorgo sacarino. Dagma Dionísia da Silva Pesquisadora em fitopatologia - Embrapa Milho e Sorgo

Transcrição:

Doenças ',' Aristóteles Pires de Matos Paulo Ernesto Meissner Filho

347 Entre os problemas fitossanitários que afetam o abacaxizeiro, qual é o mais importante? não significa, necessariamente, que essa planta está infectada por F. guttiforme. Entretanto, é o melhor indicativo da doença. o abacaxizeiro é atacado por vários patógenos, cuja importância depende da região. No Brasil, a fusariose, doença causada pelo fungo Fusarium guttiforme, é o problema mais importante da cultura. 348 Sim. Além do Brasil, onde a fusariose foi primeiramente relatada em 1964/ essa doença está presente na Bolívia, onde foi acidentalmente introduzida no início da década de 1990. 349 Além do Brasil, existem outros países onde a fusariose ataca o abacaxizeiro? Por que a fusariose é consideradà a doença mais importante da abacaxicultura brasileira? A ir:nportância da fusariose fundamenta-se na capacidade que seu agente causal tem de infectal' mudas, plantas, inflorescências em desenvolvimento e frutos. Estes últimos tornam-se imprestáveis para comercialização. 350 Como é possível reconhecer mudas, plantas e frutos infectados pelo agente causal da fusariose? 142 Uma das características do. abacaxrzeiro é a exsudação de uma substância gomosa, também conhecida por resina, em resposta às "irritações" provocadas por agentes bióticos e abióticos. No que diz respeito à fusariose, o sjntoma externo associado à infecção pelo patógeno é a exsudação de,resina pelos tecidos atacados. Como a exsudação de goma não é um sintoma específico, a pr:sença dessa substância na superfície de uma planta de abacaxi Já que a exsudação de resina não é uma característica 351 específica da infecção por F. guttiforme, existem outras maneiras de identificar a doença em plantas, no campo? Sim. Em mudas e plantas infectadas, a base das folhas e a região afetada do caule apresentam uma podridão-mole, de ~ol~ração marrom-c1ara, que escurece com o tempo. Em asso~laçao com a exsudação de resina, as plantas infectadas por F. gutttforme apresentam alterações em sua arquitetura (arranjo das.!olhas). Os sintomas mais comuns são: "Olho aberto". Folhas mais curtas e mais numerosas. Curvatura do talo. Clorose. Morte da planta. No fruto, a podridão-mole desenvolve-se na polpa e a resina se acumula nos lóculos do ovário. Odor de fermentação que 6<ala dos tecidos infectados. 352 Quais são as medidas de controle da fusariose? Para controlar a fusariose, é necessária a integração de medidas de controle cultural e químico, entre outras. A primeira medida de controle consiste na utilização de mudas sadias na instalação de novos plantios. Durante o crescimento vegetativo/ devem-se fazer inspeções 143

constantes no plantio, a fim de identificar e erradicar as plantas com sintomas da doença. Em regiões. com histórico de ocorrência de fusariose, e dependendo da época de produção, deve-se praticar o controle químico, mediante pulverizações com fungicidas, iniciando por volta de 40 dias após a indução da floração, dependendo da região produtora. As pulverizações devem continuar até o fechamento das últimas flores, usando-se apenas fungicidas registrados no Mapa e mediante receituário agronômico, conforme legislação vigente. A relação de agrotóxicos registrados para uso no abacaxizeiro encontra-se disponível no site do Agrofit (BRASIL, 2013). 353 Existem outras medidas de controle da fusariose? Podem ser descritas pelo menos duas outras possibilidades de controle da fusarios~, as quais não são agressivas ao meio ambiente: A primeira consiste na produção de frutos em épocas desfavoráveis à incidência da doença, visto que as condições ambientais favorecem bastante a fusariose. A outra alternativa diz respeito ao cultivo de variedades resistentes à doença, entre as quais se destacam as cultivares BRS Imperial, BRS Vitória, BRS Ajubá e IAC Fantástico. 355 O que é podridão-do-olho do abacax~zeiro? A podridão-do-olho é uma doença causada por um fungo denominado Phytophthora nícotíanae varo parasítíca, que vive no solo. Essadoença é favorecida por elevadas precipitações pluviométricas e ocorre em 'duas épocas distintas do ciclo da cultura: 356 Quai.s são as medidas de controle da podridão-do-olho? 357 Logo após o plantio. Após o tratamento de indução floral. Para controlar a podridão-do-olho, é necessária a adoção de medidas integradas de controle cultural e químico. Os plantios devem ser instalados em solos leves e bem drenados. Durante a capina, deve-se evitar a colocação de mato sobre as plantas, uma vez que o solo contaminado pode cair na roseta foliar. Em plantios com histórico de ocorrência da doença, recomenda-se realizar o controle químico antes e depois do tratamento de indução floral, utilizando-se produtos registrados para esse fim. Na aplicação de defensivos agrícolas, o que significa período de carência? 354 Quais são as condições ambientais que mais favorecem a incidência da fusariose nos frutos? É o período de tempo que deve ser obedecido entre a última aplicação de um defensivo e a colheita dos frutos. A incidência da fusariose é maior nos frutos originados de inflorescências que se desenvolvem em períodos de alta pluviosidade e em temperaturas entre 18 C e 30 0e. A intensidade de desen 358 Quais são as viroses que ocorrem em aba<:axi no Brasil? l volvimento da doença é maior na faixa de temperatura entre 200C e 25 C/ associada a períodos chuvosos. A murcha-do-abacaxi, causada pelo ví- ~ rus associado à murcha-do-abacaxi (PíneappIe mealybug wí!t-associated vírus, PMWaV), e a faixa-c1orótica-do'-abacaxi, causada pelo 'Píneapple chlorotíc streak vírus/o ( ( c 144 145

359 Quais são as medidas gerais de controle da murcha-doabacaxi? incluindo as mudas. Isso significa que, mesmo não apresentando sintomas, a muda está infectada com o vírus. Para o'controle da murcha-do-abacaxi devem ser adotadas as seguintes medidas:, Utilizar mudas sadias na implantação do plantio. Realizar a cura das mudas e/ou o tratamento químico para 360 eliminar as cochonilhas presentes. Treinar pessoal para reconhecer sintomas de viroses em plantas, no início da ocorrência, a fim de eliminar as que apresentam sintomas de murcha. Erradicar as plantações velhas de abacaxizeiro e plantas isoladas. ReÇllizar o controle de formigas e da cochonilha na área de plantio bem como nas redondezas. Tratar as mudas por imersão em água quente (50 C por 30 minutos), o que assegura a obtenção de mudas livres de vírus. Fazer um teste inicial com algumas mudas porque, dependendo da cultivar tratada ou da idade da muda, podem ocorrer queimas. Existe algum tratamento para controle de virose em plantação infectada? Não. No momento, não existe produto ou método algum que permita tratar e/ou controlar uma virose em uma plantação infectada. 362 363 mudas sadias a partir de plantas infec É possível produzir tadas por viroses? Os sintomas da murcha-do-ahacaxi Sim. É possível obter plantas sadias pela realização de cultura de tecidos com meristemas ou gemas obtidos de plantas infectadas com viroses. O tratamento de mudas por imersão em água quente (50 C por 30 minutos) também possibilita a obtenção de mudas livres de vírus. Porém, antes de realizar o tratamento térmico, devese verificar a sensibilidade da cultivar ao calor. Após a cultura de tecidos ou termoterapia, as mudas produzidas devem ser testadas para verificar se o vírus presente foi eliminado,. com os provocados por outros problemas? podem ser confundidos Sim. Excesso ou falta de água, plantas afetadas pelo fungo Phytophthora, deficiência de cobre (Cu) e o ataque por nematoides podem provocar sintomas semelhantes aos causados pela murcha. Todas as plantas submetidas à termoterapia (tratamento 364 com calor) ou obtidas por micropropagação (cultura de tecidos) estão livres de vírus? 361 Mudàs sem sintomas retiradas de plantas com murcha podem ser usadas para plantio?. Não. Essas téénicas permitem obter plantas sadias, mas a eficiência da eliminação de vírus é variável. É necessário avaliar as plantas produzidas quanto à aúsência de viroses. Não. Uma vez infectada pelo vírus associado à murcha-do-abacaxi, a planta apresenta infecção sistêmica, isto é, a seiva infectada circula pela planta toda, 365 Qual é o agente causal da murcha-do-abacaxi? Essa doença possui etiologia complexa. Em outros países, foram encontrados em plantas com murcha, um Ampe/ovirus e um 146 147

Badnavirus. Porém, as informações hoj'e existentes indicam que o vírus associado à murcha-do-abacaxi (Pineapple mealybug wiltassociated virus, PMWaV), um Closterovirus, é o agente causal da murcha. Em que região foi constatado pela primeira vez o vírus 366 associado à murcha-do-abacaxi e qual é sua distribuição atual? o vírus associado à murcha-do-abacaxi foi identificado pela. prime,ira vez no Havaí. Hoje, considera-se que ele esteja presente em todas as regiões produtoras de abacaxi, do Brasil e do mundo. das ninfas- da cochonilha, bem como utilizar-mudas livres de vírus para o plantio., 370 o vírus associado à murcha-do-abacaxi é transmitido por sementes de frutos de a~acaxi infectados? Não. O vírus associado à murcha-do-abacaxi não é-transmitido por sementes. 371, Quais são as principais culturas afetadas pelo ~írus associado à murcha-do-abacaxi? ',I 367 Existe alguma variedade que apresente resistência ao vírus associado à murcha-do-abacaxi? O vírus associado à murcha-do-abacaxi só infectao abacaxlzelro. Não. A 'Smooth Cayenne' é altame~te suscetível\à murcha, ao passo que a variedade Pérola é apenas tolerante ao vírus. 372 Quais são os sintomas da infecção com o vírus associado à murcha-do-abacaxi? Como é transmitido o vírus associado à murcha-do-abacaxi 368 e qual é a fonte principal de vírus 'para o abacaxizeiro? o vírus é transmitido de uma planta de abacaxi pa~a outra pela cochonilha Oysmicoccus brevipes. Mudas infectadas com o vírus são veículos de disseminação a longa distância e de manutenção do vírus em determinada área. Os primeiros sintomas ocorrem no sistema radicular, que é bastante prejudicado em seu desenvolvimento, e as plantas infectadas podem ser arrancadas com facilidade com a murcha. Ocorre também apodrecimento de raízes. As folhas passam a apresentar coloração vermelho-bronzead,a, com as margens curvadas para baixo e as pontas enroladas e necrosada5. Pode ocorrer a ~orte de plantas infectadas. Se o vírus associado à murcha-do-abacaxi é transmitido 369 pela cochonilha, a aplicação de inseticidas no abacaxizal ajuda a controlar essa virose? Sim. Mas, além de controlar a cochonilha vetora, é importante controlar as formigas doceiras, que são os agentes disseminadores 148 373 Quais são os danos provocados pelo vírus associado à mur'cha-do-abacaxi? A murcha pode causar a morte de plantas, impedir a frutificação normal ou ocasionar a produção de frutos sem valor comercial. Já foram rel~tados prejuízos de mais de 70% por causa da murcha. 149

374 Em que idade o abacaxizeiro é suscetível ao vírus associado à murcha-do-abacaxi? Esta virose pode ocorrer em plantas de qualquer idade. No entanto, quando a infecção ocorre na fase jovem, os sintomas e a redução na produção são mais drásticos. A suscetibiliglade ao vírus ocorre durante todo o ciclo da planta. 375 Quais são os principais métodos para diagnosticar viroses do abacaxizeiro? Os principais métodos de diagnóstico desta virose são: a sintomatologia apresentada, a análise de amostras no microscópio eletrônico de transmissão, a realização de testes sorológicos, a análise de RNA de fita dupla (dsrna) ou a análise por PCR, em amostras de plantas suspeitas. Referência BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Agrofit. 2013. Di spon ível em: <http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofic cons/pri nci patagrofit_ cons>. Acesso em: 15 maio 2013. \ 150