Extinção da Punibilidade

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Transcrição:

Extinção da Punibilidade Denison Machado Oliveira Fabricio Nunes da Costa João Carlos Ramos Pinheiro Júnior Jonh Climaco Rodrigues Marques Kaio de Araújo Flexa Luiz Eduardo Monteiro da Silva Luiz Carlos Corrêa Feio Punibilidade; Extinção da Punibilidade; Causas de Extinção Gerais; Exemplos: Prescrição, morte. Causas de extinção especiais; Exemplos: retratação nos crimes contra a honra. Extinção da punibilidade havendo concurso de agentes: Comunicáveis; Exemplo: Perdão. Incomunicáveis; Exemplo: Morte. - Extinção da punibilidade havendo concurso de crimes (Art.108 do Código Penal). - Art. 108. A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elementos constitutivos ou circunstâncias agravantes de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. Causas não previstas no Art.107 do Código Penal. é causa extintiva da punibilidade a conciliação efetuada nos termos do art.520 CPP, nos crimes de calúnia, difamação e injúria, de competência do juiz singular. Voltou a ser causa extintiva da punibilidade o pagamento do tributo ou contribuição social, em crimes de sonegação fiscal e contra ordem tributária. Morte do Agente: Mors ominia solvit ( a morte tudo apaga) A morte um coautor não é causa de extinção da punibilidade que se comunique aos demais. Morte presumida não extingue a punibilidade. 1

Anistia Opera Ex. tunc Segundo Damásio de Jesus, a anistia opera Ex. tunc, para o passado, apagando o crime, extinguindo a punibilidade e demais consequências de natureza penal Competência da União, através de lei do Congresso Nacional, a concessão de anistia ( arts. 21, XVII e 48, VIII da CF) Graça e Indulto Graça é uma espécie de indulgência individual Indulto medida de caráter coletivo Indulto natalino Concedido anualmente pelo presidente da republica Abolitio Criminis Deixando a lei nova de considera como ilícito penal o fato praticado pelo agente, extingue-se o próprio crime r nenhum efeito pena subsiste. Decadência: É a perda do direito de promover a ação penal exclusivamente privada de representação, pois o ofendido não exerce o direito de ação em prazo legal. Art. 107, inciso IV do Código Penal, refere-se a decadência. Direta Formas Indireta Prazos decadencial: Art. 103 salvo disposição expresso em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do 3 do art. 100 Código Penal, do dia em que se esgota o prazo para o oferecimento da denúncia. Perempção da ação Penal: é onde o querelante deixa de dar andamento normal a ação penal exclusivamente privada. Art.60 CPP. Cabimento: Só é cabível na ação exclusivamente privada, sendo inadmissível na ação penal subsidiária da pública, pois esta conserva sua natureza de pública. 2

Renúncia: abdicação do direito de promover a ação penal privada, pelo ofendido ou seu representante legal. Cabimento. Formas Expressa Tácita Queixa oferecida a um dos ofensores; Se o Ministério Público não pode propor ação penal privada, não pode incluir nem um querelado. Perdão do Ofendido: Extingue-se a punibilidade pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada (art.107, inciso V, ). Perdão Judicial: O perdão judicial foi também arrolado com a reforma penal entre as causas de extinção da punibilidade (Art.107, inciso IX) Extinção da Punibilidade II Extinção da Punibilidade III (Prescrição) Retratação Conceito: A prescrição é a perda do direito de punir do estado pelo decurso do tempo. Reparação do Dano Prescrição da pretensão punitiva. Art.109 do CP A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é reincidente. Prescrição da pretensão executória Art.96, parágrafo único Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido exposta. 3

Prazo da prescrição da pretensão punitiva Art.111 do CP A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: I- do dia que o crime se consumou; II- no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa. III- nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; IV- nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido. Prazos da prescrição executória Art. 110 do CP A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regulase pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado for reincidente. Redução dos prazos são reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (art. 115). Início do prazo da prescrição da pretensão punitiva Dispõe no art. 111 cp. quanto ao tempo inicial da prescrição antes de transitar em julgado sentença final. I do dia em que o crime se consumou; II no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; III nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; IV nos de bigamia e nos de falsidade ou alteração de assentamento do reconhecimento civil, da data em que o fato se tornou conhecido. Início do prazo de prescrição da pretensão executória o termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível é fixado pelo art. 112 cp. I do dia em que transita em julgado após a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional. Interrupção do prazo de prescrição da pretensão punitiva as causa interruptivas da prescrição da pretensão punitiva são as enumeradas nos incisos I a IV do art. 117 cp. I pelo recebimento da denúncia ou da queixa; II pela pronúncia; III pela decisão confirmatória da pronúncia; IV pela publicação da sentença ou acórdão condenatório recorríveis; V pelo início ou continuação do cumprimento da pena; VI pela reincidência. Interrupção do prazo de prescrição da pretensão executória é interrompida, em primeiro lugar pela interrupção ou continuação do cumprimento da pena (art. 117, inciso V). II do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena. Comunicabilidade das causas de interrupção (Art. 117 do Código Penal). Excetuados os casos do incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeito relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles. Causas interruptivas estende-se a todos os autores do delito, e o mesmo ocorre no caso de concurso de crimes, quando ocorre conexão desde que seja eles objetos do mesmo processo. Estende-se também ao réu absolvido a interrupção do prazo prescricional provocada pela condenação do corréu. Suspensão do prazo (Art. 116 do Código Penal) São causas que que se presentes, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, impedem o curso da prescrição. Trata o art. 116 das causas impeditivas da prescrição, ou seja, das causas em que há suspensão do prazo de prescrição, que não ocorre: I- enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime. II- enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. 4

Prescrição intercorrente (art.110, 1 e 2 ). Duas são espécies de prescrição: 1. Prescrição da pretensão punitiva, que ocorre antes do trânsito em julgado da sentença e cujo prazo tem por base cálculo o máximo de pena cominada ao crime; 2. Prescrição da pretensão executória, que ocorre após o trânsito em julgado da sentença condenatória para a acusação e cujo prazo tem por base de cálculo a pena aplicada. Prescrição Retroativa É uma segunda espécie de prescrição da pretensão punitiva e tem também o seu prazo regulamentado pela pena na decisão condenatória e não na pena em abstrato. Súmula 146: A prescrição da ação penal regula-se pela pena concretizada na sentença, quando não há recurso da acusação. Passou-se a calcular então a prescrição da ação penal também sobre os prazos anteriores a sentença condenatória, instituindo-se a denominada prescrição retroativa. Assim, por exemplo, se o prazo prescricional couber, contado retroativamente, entre a data em que a sentença condenatória foi publicada e data em que houver o recebimento da denúncia, caberá à extinção da punibilidade nos termos do art. 110 do Código Penal. Recurso da acusação: Aplicada a pena na sentença, o recurso da acusação, ao menos provisoriamente, o reconhecimento da prescrição intercorrente, pois, se provido e elevada a pena, não se opera a extinção da punibilidade. Condenação em segunda instância: Quando o réu é absolvido e recorre com sucessão, obtendo a condenação em segunda instância. Prescrição das penas restritivas de direitos: Dispõe o art.44 do CP que as penas restritivas de direito são autônomas e substitutivas da pena privativa de liberdade. O art.109, parágrafo único, do CP determina: Aplica-se às penas restritivas de direitos os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade. Prescrição e mérito: Julgada extinta a punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva, inclusive intercorrente ou retroativa, já não se pode discutir, em qualquer instância, sobre o mérito do processo. Prescrição e perdão judicial: Três são as orientações a respeito do prazo. 1 ) regula-se pelo prazo mínimo previsto em lei, ou se ja, dois anos; 2 ) regula-se pelo mínimo da pena que poderia ser apl icada, em abstrato, ao praticado; 3 ) regula-se pelo máximo da pena em abstrato prevista para o crime. Prazos paralelos: Condenado o réu, podem correr paralelamente dois prazos de prescrição: a prescrição da pretensão intercorrente; a prescrição pretensão executória,. Prescrição e legislação especial: Nos termos do art.12, as regras da prescrição, como normas gerais que são, aplica-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. Abuso de autoridade: como a lei não faz referência ao tema prescrição, de aplicar-se os princípios do CP (art.12). Crimes contra a Segurança Nacional: o art.6, IV, d a Lei de Segurança Nacional (Lei n.7.170, de 14-12-1983) determina a extinção da punibilidade pela prescrição. Contravenções: a LCP não dispões a respeito da prescrição, aplicandose então os princípios gerais sobre o tema (art.12 do CP). OBRIGADO. Crimes contra a economia popular: em seus dispositivos legais, as Leis n.1.521/51, 4.591/64 e 6.435/77 e o Decreto-lei n. 73, de 21 de novembro de 1966, não cuidam do tema da prescrição. Crimes de imprensa: o art.41, caput, da Lei de Imprensa (Lei n.5.250/67) dispõe que a prescrição da pretensão punitiva ocorre em dois anos após a data da publicação ou transmissão incriminada, e, a da pretensão executória, no dobro do prazo em que for fixada a pena. 5