CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PRESCRIÇÃO

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1 CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE M ARLON RICARDO LIMA CHAVES PRESCRIÇÃO Conceito: É quando o Estado perde o direito/poder de punir tendo em vista o seu não exercício durante um prazo previamente estipulado legalmente. É sabido que a existência de uma infração penal gera uma insegurança social, porém, com o passar do tempo esta insegurança diminui, a infração é esquecida e a aplicação de uma sanção penal perde a sua finalidade já que não há reincidência por parte do infrator. Tipos de Prescrição: Existem basicamente dois tipos: Prescrição da pretensão punitiva e Prescrição da pretensão executória. No primeiro, Prescrição da Pretensão Punitiva (PPP), o prazo prescritivo é basicamente regulado pela pena em abstrato, tendo em vista

2 que não existe pena condenatória transitada em julgado. A regra determina que esta pena analisada deve ser a pena máxima prevista para aquele delito penal. Caso exista a incidência de causas de aumento, deve ser levada em consideração a pena máxima e o máximo do aumento previsto. Na Prescrição da Pretensão Executória o prazo prescritivo é calculado com base na pena efetivamente aplicada, ou seja, o valor a ser considerado é o constante na decisão condenatória transitada em julgado. Como subtipo temos a Prescrição Retroativa. Para que ocorra devemos levar em consideração a sentença aplicada em concreto, desde que tenha transitado em julgado para a acusação, contando o tempo decorrido antes da sentença. Outro subtipo seria a Prescrição Intercorrente onde também é considerada a pena em concreto transitada para a acusação porém, o início da contagem do prazo é a data da sentença, perdurando até o transito em julgado da mesma. Uma grande parte da doutrina defende a existência de mais um tipo. Nesta, chamada de Prescrição Digital não poderíamos considerar para determinar o prazo prescritivo a pena máxima cominada ao crime e sim, fazer uma análise do valor máximo de pena que seria aplicada aquele caso, em uma eventual condenação, tendo em vista as condições do réu e sua participação no delito. O STJ pacificou entendimento que este tipo de prescrição não é possível na Súmula 438.

3 Prazos da Prescrição: O art. 109 do Código Penal define que para que ocorra a prescrição da pretensão punitiva deve-se considerar a pena máxima cominada, assim como descreve os prazos prescricionais. Em relação a prescrição da pretensão executória, os prazos são os mesmos porém, a pena a ser utilizada como base é a aplicada. Caso o condenado seja reincidente, estes prazos são aumentados de um terço desde que a reincidência tenha sido reconhecida na própria sentença que arbitrou a pena. Os prazos determinados no Art. 109 do CP são os seguintes: I em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; II em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito e não excede a doze. III em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito. IV em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois e não excede a quatro; V em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano, ou,

4 sendo superior, não exceda a dois; VI em três anos, se o máximo da pena é inferior a um ano. Para o cálculo destes prazos prescritivos, tendo em vista sua natureza penal, deve-se contar o dia do início e excluir o último. Tal prazo é válido tanto para penas privativas de liberdade quanto para as restritivas de direitos. No caso da pena de multa, quando ela é a única pena cominada ao fato delituoso o prazo prescricional é de dois anos. Caso exista alguma outra pena cominada, esta que deve ser considerada para o cômputo do prazo prescritivo. Redução dos Prazos: Existem basicamente duas hipóteses onde os prazos prescritivos são diminuídos pela metade. Tais situações estão previstas no art. 115, CP e dizem respeito a idade dos apenados. Caso o condenado, no tempo da infração, for menor que 21 anos, o

5 prazo prescritivo deve ser diminuído pela metade. A mesma regra aplica-se ao infrator que, na data da sentença tiver mais que 70 anos. Início da Contagem da Prescrição da Pretensão Punitiva: A determinação de quando se inicia a contagem do prazo prescricional, antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória está prevista no art. 111 do CP: Art A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: I - do dia em que o crime se consumou; II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido. V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a

6 esse tempo já houver sido proposta a ação penal. Percebemos com a leitura que a regra geral para o computo do prazo prescritivo é o dia da consumação do delito. Para efeito desta data devem-se levar em consideração as regras consumativas. Quando falamos de infração tentada, o início da prescrição se dá no momento em que foi praticado o último ato executório tendo em vista a inexistência de consumação. Em caso de crimes permanentes devemos analisar a data em que findou a permanência. A existência de infração permanente pressupõe uma ação contínua e indivisível sendo que o estado violador da lei se prolonga enquanto durar a consumação. Caso a investigação seja iniciada, com a instauração de inquérito policial, MIRABETE defende que o prazo prescricional seja computado da data da abertura do inquérito. (MIRABETE e FABRINI, Manual de Direito Penal, Editora Atlas, 2012, fl.398). Nos crimes de bigamia, falsificação ou alteração de assentamento de Registro Civil o prazo prescritivo apenas se inicia quando o fato tornar-se conhecido pela parte prejudicada. Em alteração recente, quando falamos de crime sexual praticado contra menor de 18 anos (criança ou adolescente), previstos tanto no Código Penal quanto em legislação especial o prazo prescricional apenas terá início quando a vítima completar 18 anos a não ser que já se tenha iniciado uma

7 ação penal para apurar o fato. Tal alteração veio para proteger a vítima menor que, muitas vezes, não entende a gravidade da atitude criminosa ou, tendo em vista sua condição de incapaz, teme a denúncia por motivos íntimos. Para este caso, a lei agora determina que, quando completa 18 anos a vítima passa a ter discernimento para decidir sobre a denunciação do infrator, passando a iniciar nesta data o prazo prescritivo dos crimes cometidos contra ela. Início da Contagem do Prazo da Prescrição Executória: O art. 112 do Código Penal traçou o momento em que se inicia a contagem do prazo prescritivo no caso do condenado com trânsito em julgado: Art No caso do art. 110 deste Código, a prescriçã o começa a correr: I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena. O termo inicial para a contagem da prescrição da pretensão executória é determinado por este artigo é o trânsito em julgado da sentença condenatória.

8 Vale ressaltar neste ponto que, tendo em vista que uma pena aplicada em sentença, com trânsito em julgado para o Ministério Público não pode ser alterada para a pior em sede recursal, este trânsito em julgado considerado para o início do prazo prescritivo não é, necessariamente, o trânsito em julgado da sentença para ambas as partes, bastando que tenha ocorrido para o Ministério Público ou para a acusação. Caso o condenado venha a empreender fuga, a execução é interrompida e começa a correr o prazo prescricional. Causas de Interrupção do Prazo da Prescrição: No curso do prazo prescricional, podem ocorrer motivos que geram a interrupção deste prazo, estes estão previstos no art. 117 do CP: Art O curso da prescrição interrompe-se: I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; II - pela pronúncia; III - pela decisão confirmatória da pronúncia; IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;

9 VI - pela reincidência. Um dos pontos mais importantes em relação a esta é que, havendo um motivo ensejador da interrupção o cômputo do prazo prescritivo é reiniciado. O recebimento da denúncia ou queixa é considerado como causa de interrupção mesmo que tenha ocorrido em sede recursal. A pronúncia, no caso de crimes de competência do tribunal do júri também enseja a interrupção. Da mesma forma, este recebimento pode ocorrer em primeira instância ou em sede recursal. Caso exista sentença ou ACÓRDÃO condenatório, mesmo que ainda exista a possibilidade de recurso, a data da publicação interrompe a prescrição. Outra causa de interrupção da prescrição, neste caso falando-se em prescrição da pretensão executória é o início do cumprimento da pena. Caso haja fuga ou revogação de livramento condicional, o momento da recaptura é considerado como momento interruptivo. A reincidência, que deve ter com data considerada a do trânsito em julgado de uma sentença penal condenatória, também é causa de interrupção da prescrição.

10 Causas de Suspensão da Prescrição: Quando ocorre a suspensão do prazo prescricional, é levado em consideração o tempo já transcorrido, Findando a suspensão o prazo retorna de onde parou. Ao motivos para a suspensão estão no art. 116, CP: Art Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime; II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. Caso a decisão da existência ou não da infração penal depender da solução de uma controvérsia em outro processo, desde que a mesma tenha fundamento e seriedade, o prazo prescritivo fica suspenso até o resultado da

11 mesma. Quando o agente está a cumprir pena em Estado estrangeiro, tendo em vista que o processo não pode transcorrer no Brasil, a prescrição também é suspensa. Da mesma forma, existindo condenação com trânsito em julgado, a prescrição não corre enquanto o mesmo cumpre pena por outro delito Outra hipótese de suspensão foi trazida pela Lei 9.099/95, art. 89, 6º onde a prescrição fica suspensa durante o prazo determinado para a suspensão condicional do processo. Quando falamos de processos onde foi requerida suspensão do mesmo por partido político, contra deputado ou senador, conforme dita o art. 53 da CF a prescrição também fica suspensa. Falando-se de crime previdenciário ou contra a ordem tributária, enquanto a pessoa jurídica relacionada com o agente estiver incluída no regime de parcelamento de débitos, a prescrição contra o infrator também fica suspensa. Bibliografia de apoio:

12 MIRABETE e FABBRINI, Julio Fabbrini e Renato N. Manual de Direito Penal. Editora Atlas NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. Editora Revista dos Tribunais NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. Editora Revista dos Tribunais CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Editora Saraiva GRECO. Rogério. Curdo de Direito Penal. Editora Ímpetus ZAFFARONI e BATISTA, Eugênio Raúl e Nilo. Direito Penal Brasileiro. Editora Revan.

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