30/09/2012 PROCESSO PENAL I. Processo penal I

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Luiz Henrique Raminhos Laranjeira
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1 I 12ª -Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 Processo penal I 2 1

2 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA QUEIXA: A queixa inaugura à ação penal, é uma petição inicial; Deve ser oferecida ao juiz!!! Deve conter os requisitos do art. 41 do CPP; Titular: ofendido art. 34 revogado ou não??; Art. 50 a renúncia do representante não afeta o direito de queixa do ofendido Capacidade para oferecimento da queixa? Art. 33 CPP 3 AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA QUEIXA: Extinção de punibilidade (art. 107 CP): Decadência da queixa perda de um direito pela inércia de seu titular; Renúncia: ocorre antes de intentada a ação penal privada, pode ser expressa art. 50 CPP ou tácita art. 104 CP; Perdão: é fato processual que ocorre no curso da ação art. 106 CP e 57 do CPP, deve ser aceito pelo ofensor em 3 dias Perempção: art. 60 deixa-se de promover andamento no processo por mais de 30 dias 4 2

3 QUEIXA/MODELO: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE UBERABA/MG 10 espaços duplos ERNESTO SILVA, brasileiro, solteiro, autônomo, portador do RG nº e do CPF nº , residente na Rua onze, 00, bairro: Braz, nesta cidade, por seu procurador infra- assinado regularmente constituído (conforme instrumento de mandato anexo), vem oferecer QUEIXA-CRIME contra ADONIRAM BARBOSA, brasileiro, solteiro, compositor, residente na rua 11, Nº01 01, no bairro de Jaçan anã, pelos fatos e argumentos que passa a expor: I - DOS FATOS 1º. O querelado é conhecido e renomado compositor em todo o país, sendo suas músicas tocadas incessantemente nas rádios dios; 2º. Na data de 01 de janeiro, o querelado, compôs e soltou as rádios de todo o país música que objetivamente fere a moral do querelante, uma vez que deixa claro Ernesto não é confiável... 3º. Ocorre que o trabalhador Ernesto que aqui figura como querelante é uma pessoa honesta, digna e idônea, nunca deu azo a pecha que lhe atribui a indigitada música sica; tal música esta causando desconforto, incômodo e situações constrangedoras para o querelante que hoje se vê obrigado a aclarar para todos seus amigos, parentes e até mesmo desconhecidos que a música trata-se de mera difamação e longe está da verdade; 5 QUEIXA/MODELO: II - DO DIREITO E DO PEDIDO 1º. Incidiu o querelado, nas penas do Art.139 CPP, pelo que requer o postulante seja o querelado processado e, a final, condenado pelo delito praticado; 2º. Requer, ouvido o órgão do Ministério Público e recebida a queixa-crime, seja o querelado citado para o interrogatório e defesa que tiver, prosseguindo-se no processo até final, consoante disposto na lei; 3º. Finalmente, requerendo toda e qualquer diligência conveniente à comprovação do alegado nesta, apresenta o rol de testemunhas; Nestes Termos Pede e Espera Deferimento , de... De... Advogado OAB 6 3

4 AÇÃO PENAL POPULAR É a ação promovida por qualquer um do povo Duas hipóteses de ação penal popular: Ação de habeas corpus; Ação proposta contra crime de responsabilidade lei de 1950 (praticados por presidente, ministros, STF, PGR etc); denúncia frente a câmara / senado / assembléia; Infrações político-administrativas não tem caráter sancionatório - excto o impeachment 7 AÇÃO CIVIL Com o crime pode haver dano o que obriga o agente à indenizar o ofendido; Devem ser propostas no Cível pelo ofendido ou seus herdeiros; Art. 63 do CPP c/c 387 IV do CPP / art. 302 lei de 1997; etc.. Ação civil ex delicto (ação civil de reparação de dano) A decisão que julgar ter sido o ato cometido com alguma excludente de ilicitude faz coisa julgada no cível, assim como a decisão de absolvição por restar comprovada a não autoria; 8 4

5 AÇÃO CIVIL Ação de execução condenatória: de sentença Título executivo judicial; art. 584 do CPC penal Ação de conhecimento independente da ação penal; Art. 907 do CC aquele que causar dano ilícito fica obrigado à reparação dos prejuízos; Prescrição/abolitio/anistia: afastam a criação de título executivo judicial; 9 Matéria própria do Direito Penal; O juiz pode reconhecer a qualquer momento a extinção de punibilidade; art. 61 do CP; Art. 107 do CP I - pela morte do agente; II - pela anistia, graça ou indulto; III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; IV - pela prescrição, decadência ou perempção; V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 10 IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 5

6 Decadência: acontece nas ações penais de iniciativa pública condicionadas e nas ações de iniciativa privada(exceto a subsidiária); Renúncia (privadas exceto subsidiária): quando o ofendido não quiser oferecer a queixa contra o ofendido, abdicando do seu direito pode ser exercido até a queixa (STF), expressa (art. 50 CPP) e tácita (art. 57 CPP); Perdão AP privada: deve ser aceito pelo ofensor para ser causa extintiva de punibilidade. Acontece após o oferecimento da queixa(exceto na subsidiária); ex: desistência da ação, petição 11 declarando o perdão; Prescrição: arts. 109 a 119: é perda da oportunidade de punir (efetivar o jus puniendi) do Estado devido ao esgotamento de prazo determinado por lei. Ou seja o Jus puniendi não é eterno e o Estado deve efetivá-lo no prazo determinado por lei. Imprescritíveis: racismo + grupos armados contra a ordem constitucional e o Estado Democrático de Perigo. Espécies: prescrição da pretensão punitiva e prescrição da pretensão executória. 12 6

7 Prescrição da pretensão punitiva: 1- Propriamente abstrato prevista; dita calculada na pena 2- Intercorrente após a sentença condenatória calculada com base na pena fixada pelo juiz; 3- Retroativa pena fixada pelo juiz e aplicada da sentença para trás. 4- Ficta, virtual antecipadamente futura. in ou antecipada - reconhecida com base na provável pena 13 Se o querelado não aceitar o perdão o querelante pode utilizar-se da Perempção: propriamente dita e personalíssima: art. 60 CPP falecimento + 60 dias; extinção, 30 dias, deixar de comparecer; Morte do agente: art. 62 CPP, certidão de óbito + oitiva do MP; 14 7

8 Exceções: Art. 168-A 2º do CP 2 o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal Art. 34 lei 9.249/9595 extinção dos crimes da Lei 8.137/1990(ordem tributária), dentre outras; Refis e outros programas de parcelamento suspendem a pretensão punitiva, não corre o 15 prazo prescricional (10.684/03); Art Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente 16 8

9 Caso se verifique a extinção o MP é obrigado a oferecer a denúncia?? E caso verificar a extinção da punibilidade o juiz é obrigado a citar o réu e receber a denúncia prévia?? Pelo princípio da economia processual e pela racionalidade das decisões jurídicas, o MP deve arquivar o IP assim que perceber a extinção de punibilidade; Já o juiz, embora excessivamente burocrático, terá de seguir o art. 397 do CPP, ainda que tal postura se apresente disfuncional e anacrônica, ocasionando a demora desnecessária 17 para findar o processo; Feitoza discorda: o juiz pode rejeitar a denúncia pois a extinção de punibilidade se enquadra na falta de justa causa do art. 395 do CPP; 18 9

10 rubenscorreiajr.blogspot.com. Obrigado! 19 10

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