Professor Wisley Aula 05
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- Luiz Fernando Carmona Aveiro
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1 <<DIREITO PROCESSUAL PENAL>> - <<Polícia Rodoviária Federal>> Professor Wisley Página 1 de 5
2 AÇÃO PENAL 1. CONCEITO É o direito público subjetivo de provocar o Estado-Juiz a tutela jurisdicional a um caso concreto. Para Pacelli, a ação é um meio de provação da jurisdição. 2. CARACTERÍSTICAS a) Autônomo: ele surge com a ocorrência da infração penal b) Abstrato: independe do resultado c) Subjetivo: o titular do direito é especificado na própria legislação. Via de Regra é o MP, e excepcionalmente a própria vítima ou seu representante legal d) Público: a atividade provocada é de natureza pública e) Instrumental: é o meio para se alcançar a efetividade do direito material 3. CONDIÇÕES DA AÇÃO Numa prova objetiva, deve-se adotar a visão Tradicional das condições da ação, trazidas abaixo. a) Possibilidade Jurídica do Pedido: o pedido formulado deve ter amparo no ordenamento jurídico Ex. denúncia contra menor de 18 anos não tem possibilidade jurídica b) Interesse de Agir: Necessidade, Adequação e Utilidade do Processo c) Legitimidade para Agir: Polo Ativo: Na ação penal pública é o MP/ Na ação penal privada é o ofendido ou seu representante legal Polo Passivo: provável autor do fato, com mais de 18 anos. d) Justa Causa: É o lastro probatório mínimo sobre a materialidade e autoria do delito, indispensável para a existência do processo penal. A ausência de justa causa pode levar a rejeição da denúncia ou ao trancamento da ação penal, por meio de Habeas corpus. Observação: No caso de Drogas, é indispensável, no momento do ajuizamento da ação penal, o laudo preliminar de constatação da natureza da droga; Igualmente, laudo pericial nos crimes contra a propriedade imaterial. Página 2 de 5
3 Art A denúncia ou queixa será rejeitada quando: I - for manifestamente inepta; II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. Parágrafo único. (Revogado). Art Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. 4. CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES PENAIS No processo penal, a classificação das infrações penais é realizada de acordo com a titularidade da ação penal. a) AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PÚBLICA: Denúncia - INCONDICIONADA: é a regra, o MP não depende de qualquer autorização ou manifestação da vítima - CONDICIONADA: depende de uma condição específica (condição de procedibilidade) Representação da Vítima ou Requisição do Ministro da Justiça. Porém, cabe exclusivamente ao MP o juízo de propositura da ação penal. b) AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA: Queixa Crime - EXCLUSIVAMENTE PRIVADA OU PROPRIAMENTE DITA: a ação é exercida pela vítima ou seu representante legal - PERSONALÍSSIMA: o direito de ação só é exercido pela vítima. Não há sucessão processual para o C.A.D.I/ art. 236 CP Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento - SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: tem cabimento diante da inércia do MP 5. REQUISITOS PARA PETIÇÃO INICIAL a) Exposição do Fato Criminoso, com todas as suas circunstâncias b) Qualificação do Acusado c) Classificação jurídica: é a tipificação penal que o acusado está incurso d) Rol de testemunhas Rito Comum Ordinário: 08 testemunhas, por fato Rito Comum Sumário: 05 testemunhas, por fato Rito Como Sumaríssimo: 03 testemunhas, por fato e) Escrita no Vernáculo f) Deve contar a assinatura g) Procuração com Poderes Especiais: somente no caso de Queixa-Crime. - a menção ao fato criminoso é para livrar o advogado de eventual processo indenizatório. - a jurisprudência aceita a assinatura da parte na peça, ao invés de procuração com poderes especiais. Página 3 de 5
4 Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal. *Querelado 6. PRINCÍPIO DA INÉRCIA DA JURISDIÇÃO: ao juiz não é dado iniciar um processo penal de ofício. Ele precisa ser provocado. Não temos mais o processo JUDICIALIFORME, em que o processo era iniciado através de uma portaria do juiz ou do próprio delegado (art. 26 CPP). Art. 129 CF. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; Art. 26 CPP. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial Página 4 de 5
5 COMO ESSE ASSUNTO VEM SENDO COBRADO PELOS CONCURSOS Q. 01. ANALISTA JUDICIÁRIO TRF 2ªR/FCC/2012. Quando a lei penal incriminadora silencia a respeito da ação penal cabível para determinada infração penal, entende-se que a ação penal é a) pública condicionada a representação b) privada exclusiva c) pública incondicionada d) privada personalíssima e) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça Q. 02. ANALISTA JUDICIÁRIO TRF 2ªR. A ação penal privada não pode ser proposta pelo Ministério Público, mesmo se houver requisição do Ministro da Justiça. Gabarito 1. C 2. Correta Página 5 de 5
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