12/08/2012 PROCESSO PENAL II PROCESSO PENAL II

Transcrição

1 II 3ª - Parte Professor: Rubens Correia Junior 1 II Acessem!!!!!! 2 1

2 PROCESSOS E PROCEDIMENTOS PENAIS Forma padrão de procedimento - ordinário (art.395 a 405 CPP) Procedimento comum - sumário (531 a 538) - sumaríssimo (9.099/95) Procedimento do júri (406 a 497 CPP); Procedimentos Falimentares (503 a 512 CPP); Procedimentos do crimes contra funcionário público (519 a 523 CPP); Procedimento de restauração de autos (541 a 548); É a fase procedimental onde serão colhidos os elementos necessários à formação do livre convencimento do juiz. Processo monofásico! Início: após o recebimento da denúncia ou queixa / outros autores deixam claro que ela se inicia com o oferecimento da defesa (pois o processo penal prima pelo contraditório) ; Audiência de testemunhas / julgamento instrução e julgamento / inquirição de interrogatório do réu / perícias / debates / 2

3 Antes de 2008 o primeiro ato era o interrogatório?!?!!? após a denúncia o que resta ao juiz fazer? 1 - Rejeitar a denúncia com base no art. 395 CPP sempre com base no inciso III que abarca todos os outros; I -for manifestamente inepta (peça controversa que não forneça dados robustos para que o réu exerça o contraditório); II -faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; (suspeição/ competência / possibilidade jurídica do pedido / interesse de agir prescrição/ legitimidade. ) condições de procedibilidade ex: audiência de reconciliação nos crimes contra a honra III -faltar justa causa para o exercício da ação penal. após a denúncia o que resta ao juiz fazer? - pode aceitar em parte a denúncia (eu não concordo pelo princípio da segurança jurídica e imparcialidade do juiz) mas não pode retificar a denúncia; - o juiz pode modificar a definição jurídica do crime? Só após a instrução criminal emendatio libelli / mutatio libelli; já a teoria minoritária pugna pela possibilidade de emendar a denúncia - pode o juiz rejeitar e o tribunal aceitar? Se a negativa se deve a consideração de incabível a ação penal, pode sim o tribunal receber 3

4 após a denúncia o que resta ao juiz fazer? Sobre o aditamento da denúncia: Oportuno, conveniente e útil Art. 384 a Art Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente após a denúncia o que resta ao juiz fazer? Sobre o aditamento da denúncia: Oportuno, conveniente e útil Busca da Verdade Real, é o princípio praxe do processo penal, e no aditamento, é uma dentre outras razões lógicas de sua existência, pois serve para integralizar, acrescentando à denúncia (ou queixa) os fatos ou sujeitos que faltaram na exordial, tendo como fim, por óbvio, a verdade real 4

5 após a denúncia o que resta ao juiz fazer? Ementa TJSP - Apelação: APL SP Processual Penal. Denúncia que narra a conduta de estelionato. Emendatio libelli para dar nova tipificação ao delito. Inclusão da conduta de subtrair. Condenação por furto qualificado mediante fraude. Inadmissibilidade por meio de emenda à denúncia. Necessidade de ADITAMENTO. Absolvição pela imputação do crime de furto mediante fraude. Concessão de habeas corpus de ofício. Emendatio Libelli Art O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. 1 o Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. 2 o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos 5

6 Mutatio libelli MUDANÇA NA ACUSAÇÃO Alteração da narrativa acusatória!!! Surgimento de nova prova!! Art. 384 CPP MP adita a denúncia em 5 dias, pena do art. 28 CPP Deve ser ouvido o defensor do acusado; A audiência única (art. 400 e 531 CP)pode ser cindida em caso de mutatio libelli; O art. 384 deve ser seguido mesmo se a mutatio for beneficiar o réu; Não cabe na segunda instância; Só se aplica em ação pública; Após a denúncia o que resta ao juiz fazer? 2 - Receber a denúncia e ordenar a citação para que o acusado responda em 10 dias; Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário Argumentar 397 CPP + incompetência de juízo + coisa julgada + ilegitimidade das partes + negar os fatos + oferecer documentos + especificar provas + arrolar testemunhas Não ofereceu em 10 dias? Nomeia defensor!!! 6

7 Após a denúncia o que resta ao juiz fazer? 2 - Receber a denúncia e ordenar a citação para que o acusado responda em 10 dias; Não há necessidade de fundamentar o recebimento da denúncia; Está defesa poderá se levantar argumentos para a absolvição sumário do art. 397 CPP; Réu não se apresente??? Art. 366 CPP Matéria preliminar deve ter conteúdo processual 8 testemunhas art. 401!!! condução coercitiva se arrolada Exceção será processada em apartado art. 95 a 112 exceção de incompetência Após a denúncia o que resta ao juiz fazer? 3 - Após o recebimento da defesa inicial o juiz deverá absolver sumariamente se presente um destes requisitos I -a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; II -a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; III -que o fato narrado evidentemente não constitui crime; IV -extinta a punibilidade do agente 7

8 rubenscorreiajr.blogspot.com. Obrigado! 15 8