TJ-BA. Noções de Direito Processual Penal. Prof. Guilherme Rittel

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1 TJ-BA Noções de Direito Processual Penal Prof. Guilherme Rittel

2 ATOS DE COMUNICAÇÃO Caso o réu não apresente resposta: Art Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.

3 ATOS DE COMUNICAÇÃO - Suspensão do Processo - Suspensão da Prescrição IMPORTANTE: Súmula 415 STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada.

4 ATOS DE COMUNICAÇÃO * PRODUÇÃO ANTECIPADA DAS PROVAS: Deve-se justificar a medida concretamente fundamentada. STJ Súmula nº Produção Antecipada de Provas - Fundamentação - Periculum in Mora A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o mero decurso do tempo. * PRISÃO: presentes os requisitos do art. 312 Não é automática

5 ATOS DE COMUNICAÇÃO Citação de militar: A citação do militar será feita por intermédio do chefe do respectivo serviço. Citação do funcionário público: A citação é pessoal, devendo ser notificado também o chefe da repartição (garantia de continuidade do serviço público).

6 INTIMAÇÃO ATOS DE COMUNICAÇÃO Intimação é a ciência da prática de um ato processual (fato processual já consumado). As regras, a princípio, são as mesmas das citações. No caso do defensor constituído, advogado do querelante e do assistente de acusação, a intimação é feita mediante por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado.

7 ATOS DE COMUNICAÇÃO Se não houver órgão de publicação? Neste caso, a intimação é feita diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo. Já o defensor nomeado e o MP serão intimados pessoalmente.

8 ATOS DE COMUNICAÇÃO Quanto à instrução, se esta for adiada, aplicase o art. 372: Adiada, por qualquer motivo, a instrução criminal, o juiz marcará desde logo, na presença das partes e testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrará termo nos autos.

9 Observações: ATOS DE COMUNICAÇÃO 1) No caso da Lei Maria da Penha, a mulher é intimada de todos os atos processuais relativos ao agressor (em especial ingresso e saída da prisão); 2) Com a reforma do CPP em 2008, também o ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem.

10 NOTIFICAÇÃO ATOS DE COMUNICAÇÃO É a ciência dada ao interessado para que possa praticar determinado ato processual (comportamento futuro e positivo).

11 Quantos aos atos judiciais, Pacelli menciona que há os atos que meramente determinam o prosseguimento do feito: são os despachos; por outro lado, quando decide acerca do mérito da questão, tratar-se-ia de uma decisão judicial.

12 SENTENÇA Arts. 381 a 392 Parte da doutrina classifica as sentenças em: 1) Definitivas (absolutórias ou condenatórias); 2) Terminativas (quando põe fim ao processo sem decidir o mérito. Com relação à sentença absolutória, ela pode ser própria (absolve o agente por não restar comprovada sua culpa, lato sensu) ou imprópria (quando o acusado é inimputável e o juiz converte em medida de segurança).

13 SENTENÇA Arts. 381 a 392 Quando a sentença emana de órgão colegiada, é chamada de acórdão, já que haveria um ajuste coletivo de vontades.

14 SENTENÇA Arts. 381 a 392 Requisitos formais da sentença: I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las; II - a exposição sucinta da acusação e da defesa; III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; IV - a indicação dos artigos de lei aplicados; V - o dispositivo; VI - a data e a assinatura do juiz.

15 SENTENÇA Arts. 381 a 392 Requisitos materiais da sentença: I Relatório; II Motivação; III Dispositivo ou conclusão.

16 SENTENÇA Arts. 381 a 392 Atenção: A lei 9099/95 dispensa o relatório, quando se tratar de sentença no âmbito dos Juizados: Art. 81, 3º A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do Juiz.

17 SENTENÇA Arts. 381 a 392 Toda sentença deve ser motivada, fundamentada! Art. 93, IX, CF: todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.

18 SENTENÇA Arts. 381 a 392 Toda sentença deve ser motivada, fundamentada! Art. 93, IX, CF: todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.

19 Caso a sentença seja obscura, ambigua, contraditória ou omissa? Cabe a oposição de embargos, no prazo de 02 dias.

20 Princípio da correlação ou da pertinência O juiz não pode julgar extra, citra ou ultra petita (fora, quém ou além do pedido). No entanto, o juiz pode dar nova definição jurídica ao fato. Art. 383, CPP.

21 Art O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. 1o Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos.

22 Outra hipótese é quando, por conta das provas existentes nos autos, o MP deverá aditar a denúncia ou queixa. Há todo um procedimento especial, definido no art. 384, CPP.

23 Art Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.

24 1.º Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. 2.º Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das partes, designará dia e hora para continuação da audiência, com inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização de debates e julgamento. 3.º Aplicam-se as disposições dos 1o e 2o do art. 383 ao caput deste artigo.

25 4.º Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento. 5.º Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá.

26 O MP pode pedir a absolvição? Sim! O que não pode é desistir do processo. Neste caso (pedindo a absolvição), deve o juiz absolver? Não necessariamente! Art Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada.

27 Hipóteses de absolvição: Art O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: I - estar provada a inexistência do fato; II - não haver prova da existência do fato; III - não constituir o fato infração penal; IV estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;

28 V não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; VI existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; VII não existir prova suficiente para a condenação.

29 Parágrafo único. juiz: Na sentença absolutória, o I - mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade; II ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas; III - aplicará medida de segurança, se cabível.

30 Hipóteses de condenação: Art O juiz, ao proferir sentença condenatória: I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal, e cuja existência reconhecer; II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decreto- Lei no 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal;

31 III - aplicará as penas de acordo com essas conclusões; IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido; V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e medidas de segurança, ao disposto no Título Xl deste Livro;

32 VI - determinará se a sentença deverá ser publicada na íntegra ou em resumo e designará o jornal em que será feita a publicação 1o O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta. [...]

33 2o O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade.

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