DESONERAÇÃO DA FOLHA - CPRB - ATIVIDADES DO ART. 7º DA LEI Nº 12.546/2011, ALTERADA PELA LEI Nº 12.844/2013



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Transcrição:

DESONERAÇÃO DA FOLHA - CPRB - ATIVIDADES DO ART. 7º DA LEI Nº 12.546/2011, ALTERADA PELA LEI Nº 12.844/2013 Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 07/08/2013. Sumário: 1 - Introdução 2 - Objetivo 3 - Regras 4 - Atividades Abrangidas e Períodos de Abrangência 4.1 - Inaplicabilidade da Desoneração 4.2 - Regra da Lei nº 11.774/08 - Não Observância 4.3 - Ausência de Receita - Consequência 4.4 - Empresas do Setor de Construção Civil, Enquadradas nos Grupos 412, 432, 433 e 439 do CNAE - Regra Especial 5 - Empresas que se Dedicam a Outras Atividades 5.1 - Enquadramento pelo CNAE Principal 5.2 - Recolhimento da CPP de 20% 5.3 - Ausência de Receita - Consequência 6 - Prestação de Serviços - Retenção - Alíquota Diferenciada 7 - Receita Bruta - Base de Cálculo da CPRB 7.1 - Receitas Excluídas da Base de Cálculo 8 - Recolhimento da CPRB - Prazo e Forma 8.1 - Regime de Competência 9 - GFIP - Preenchimento 10 - Demais Obrigações Previdenciárias 11 - Contribuição Previdenciária sobre o 13º Salário 12 - Tratamento nas Ações Trabalhistas 13 - EFD-Contribuições 13.1 - Periodicidade e Forma de Entrega 13.2 - Escrituração da CPRB 14 - Empresas Optantes pelo Simples Nacional 1 - INTRODUÇÃO Neste comentário trataremos sobre a alteração na incidência de contribuição previdenciária patronal para algumas atividades econômicas, disciplinadas no art. 7º da Lei nº 12.546, de 14/12/2011 e suas alterações, regulamentada pelo Decreto nº 7.828/2012, observando a perda da vigência da Medida Provisória nº 612/2013. 2 - OBJETIVO A Lei nº 12.546/2011 tem por objeto desonerar o recolhimento da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento, prevista nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991. 3 - REGRAS As empresas listadas no artigo 7º da Lei nº 12.546/2011 devem recolher contribuição previdenciária sobre a receita bruta - CPRB, aplicando uma alíquota sobre sua receita bruta, em substituição a contribuição previdenciária patronal - CPP de 20% sobre a remuneração dos empregados e dos contribuintes individuais, prevista no art. 22 da Lei nº 8.212/1991. NOTAS ITC: 1. A tributação das empresas em relação à contribuição previdenciária para o RAT e as contribuições sociais devidas a outras entidades e fundos não foram alteradas.

2. A tributação sobre a remuneração dos segurados empregados e contribuintes individuais arrecadadas pela empresa também não sofreu alteração. 4 - ATIVIDADES ABRANGIDAS E PERÍODOS DE ABRANGÊNCIA A desoneração da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento para as atividades listadas no artigo 7º da Lei nº 12.546/2011 se dá em sete períodos e situações a seguir. De 1º de dezembro de 2011 até 31 de julho de 2012, a contribuição devida pelas empresas que prestam exclusivamente os serviços de Tecnologia da Informação - TI e de Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC, referidos no 4º do art. 14 da Lei nº 11.774/2008, incidirá sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, à alíquota de 2,5%. A lista de serviços de TI e TIC do 4º do art. 14 da Lei nº 11.774/2008, são os que seguem: I - análise e desenvolvimento de sistemas; II - programação; III - processamento de dados e congêneres; IV - elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; V - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI - assessoria e consultoria em informática; VII - suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e VIII - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas. De 1º de abril de 2012 até 31 de Julho de 2012, a contribuição devida pelas empresas que prestam exclusivamente os serviços de TI e de TIC, referidos no 5º do art. 14 da Lei nº 11.774/2008, incidirá sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, à alíquota de 2,5%. Enquadra-se no 5º do art. 14 da Lei nº 11.774/2008, as empresas que prestam serviços de call center. De 1º de agosto de 2012 até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, à alíquota de 2%, as empresas que prestam os serviços referidos nos 4º e 5º do art. 14 da Lei nº 11.774/2008, e as empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0). Passa a ser incluído no 5º do art. 14 da Lei nº 11.774/2008, alterado pela Lei nº 12.715/2012, empresas que exercerem atividades de concepção, desenvolvimento e projeto de circuitos integrados. De 1º de janeiro de 2013 até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, à alíquota de 2%, as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0. De 1º de abril de 2013 até 03 de junho de 2013 (*) e de 1º de novembro de 2013 até 31 de dezembro de 2014 (**), contribuirão sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº

8.212/1991, à alíquota de 2%, as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412 (Construção de Edifícios), 432 (Instalações Elétricas, Hidráulicas e outras Instalações em Construções), 433 (Obras de Acabamento) e 439 (Outros Serviços Especializados para Construção) da CNAE 2.0. Passou a ser incluído no inciso VII do 4º do art. 14 da Lei nº 11.774/2008, com redação dada pela Medida Provisória nº 601/2012 (*) e pela Lei nº 12.844/2013 (**), as empresas com atividades de serviços de suporte técnico em equipamentos de informática em geral, que passam a integrar as atividades de TI sujeitas à regra da desoneração da folha. (*) A Medida Provisória nº 601/2012 determinava a regra da desoneração para os referidos setores, todavia esta não fora apreciada pelo Congresso Nacional e transformada em lei no período regimental e perdeu sua eficácia no dia 03/06/2012 (Art. 62, 11, da CF/1988; Art. 11 da Resolução CN nº 01/2002 e Ato CN nº 36/2012). (**) A Lei nº 12.844/2013 incluiu novamente esses setores na regra da desoneração da folha, determinando em seu texto a possibilidade de retroação da aplicação da regra à competência Junho/2013 se houvesse o recolhimento do tributo no prazo legal (19/07/2013), todavia, mesmo que o contribuinte desejasse fazer o referido procedimento não teria como fazê-lo, pois o Diário Oficial Extra somente circulou no dia 22/07/2013. Ademais, em nosso País nenhuma lei pode ter vigência e eficácia retroativa à sua publicação, em respeito ao direito adquirido, à coisa julgada e ao ato jurídico perfeito, com exceção de lei penal e se for para benefício do réu (Art. 5º, incisos II, XXXVI e XL, da CF e arts. 1º e 6º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB) e ainda em respeito ao 6º do art. 195 da CF, deve ser respeitada o princípio da noventena, assim, as contribuições sociais previdenciária só poderão ser exigidas após decorridos 90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, que vale tanto para majoração como redução da fonte de custeio da Seguridade Social. De 1º de janeiro de 2014 até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/91, à alíquota de 2%, por força da Lei nº 12.844/2013 (conversão de parte da Medida Provisória nº 612/2013): - as empresas de transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0; - as empresas de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0; - as empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0; NOTA ITC: As atividades a seguir listadas constavam da Medida Provisória nº 612/2013, todavia esta teve sua vigência encerrada em 1º/08/2013, portanto as referidas atividades não entrarão na regra da desoneração a partir de Janeiro de 2014: - as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros por fretamento e turismo municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional, enquadradas na classe 4929-9 da CNAE 2.0; - as empresas de engenharia e arquitetura enquadradas no grupo 711 da CNAE 2.0; - as empresas de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos enquadrados nas classes 3311-2, 3312-1, 3313-9, 3314-7, 3319-8, 3321-0 e 3329-5 da CNAE 2.0; e - as empresas que prestam os serviços classificados na Nomenclatura Brasileira de Serviços - NBS, instituída pelo Decreto nº 7.708, de 02/04/2012, nos códigos 1.1201.25.00 (Serviços de pesquisa e desenvolvimento em engenharia), 1.1403.29.10 (Serviços de engenharia de projetos aeroespaciais e tecnologia em microondas de potência), 1.2001.33.00 (Serviços de manutenção e reparação de veículos militares), 1.2001.39.12 (Serviços de manutenção e reparação de foguetes e equipamentos aeroespaciais), 1.2001.54.00 (Serviços de manutenção e reparação de equipamentos militares), 1.2003.60.00 (Serviços de instalação de sensores e sistemas de armas) e 1.2003.70.00 (Serviços de instalação de maquinários e equipamentos de emprego militar).

4.1 - INAPLICABILIDADE DA DESONERAÇÃO Não se aplicará a desoneração da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento, as empresas que exerçam as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador, cuja receita bruta decorrente dessas atividades seja igual ou superior a 95% da receita bruta total ( 6º do art. 7º da Lei nº 12.546/2011, com redação da Lei nº 12.715/2012). 4.2 - REGRA DA LEI Nº 11.774/08 - NÃO OBSERVÃNCIA Durante a vigência da desoneração da folha, as empresas de TI e TIC abrangidas na regra sob comento não farão jus às reduções previstas no caput do art. 14 da Lei nº 11.774/2008. 4.3 - AUSÊNCIA DE RECEITA - CONSEQUÊNCIA As empresas que se dedicam exclusivamente às atividades referidas no item 4, supra, nos meses em que não auferirem receita, não recolherão a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento, conforme parágrafo único do art. 4º do Decreto nº 7.828/2012. 4.4 - EMPRESAS DO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL, ENQUADRADAS NOS GRUPOS 412, 432, 433 E 439 DO CNAE - REGRA ESPECIAL Serão aplicadas às empresas do setor da construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 do CNAE 2.0, as seguintes regras, conforme 9º do art. 7º da Lei nº 12.546/2011, incluído pela Lei nº 12.844/2013 (conversão de parte da Medida Provisória nº 612/2013): I - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI até o dia 31 de março de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária ocorrerá na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/91, até o seu término; II - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no período compreendido entre 1º de abril de 2013 e 31 de maio de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma do caput do art. 7º da Lei nº 12.546/2011, até o seu término; III - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no período compreendido entre 1º de junho de 2013 até o último dia do terceiro mês subsequente ao da publicação da Lei nº 12.844/2013, ou seja, até 31 de outubro de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária ocorrerá na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/1991 (*) ; IV - para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI após o primeiro dia do quarto mês subsequente ao da publicação da Lei nº 12.844/2013, ou seja, em 1º de novembro de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma do caput do art. 7º da Lei nº 12.546/2011, até o seu término; e V - no cálculo da contribuição incidente sobre a receita bruta, serão excluídas da base de cálculo, observado o disposto no art. 9º da Lei nº 12.546/2011, as receitas provenientes das obras cujo recolhimento da contribuição tenha ocorrido na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212/1991. Em resumo, a regra da desoneração aplicar-se-á apenas as obras com matrícula CEI emitidas entre 1º/04/2013 até 31/05/2013 e após 1º/11/2013. Para as demais obras matriculadas não haverá a aplicação da regra da desoneração, devendo a empresa proceder ao recolhimento normal sobre sua folha de pagamento. (*) A Lei nº 12.844/2013 determinou em seu texto a possibilidade de retroação da aplicação da regra à competência Junho/2013 se houvesse o recolhimento do tributo no prazo legal (19/07/2013), todavia, mesmo que o contribuinte desejasse fazer o referido procedimento não teria como fazê-lo, pois o Diário Oficial Extra somente circulou no dia 22/07/2013.

Ademais, em nosso País nenhuma lei pode ter vigência e eficácia retroativa à sua publicação, em respeito ao direito adquirido, à coisa julgada e ao ato jurídico perfeito, com exceção de lei penal e se for para benefício do réu (Art. 5º, incisos II, XXXVI e XL, da CF e arts. 1º e 6º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB) e ainda em respeito ao 6º do art. 195 da CF, deve ser respeitada o princípio da noventena, assim, as contribuições sociais previdenciária só poderão ser exigidas após decorridos 90 dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, que vale tanto para majoração como redução da fonte de custeio da Seguridade Social. 5 - EMPRESAS QUE SE DEDICAM A OUTRAS ATIVIDADES Para as empresas que se dedicam a outras atividades além das previstas no item 4, retromencionado, com exceção das atividades enquadradas por CNAE (V. subitem 5.1), até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição previdenciária obedecerá: quanto à parcela da receita bruta correspondente às atividades neles referidas, deve ser recolhida a CPRB de 2%; e quanto à folha de pagamento, deve ser recolhida a CPP de 20%, mediante a aplicação do redutor resultante da razão entre a receita bruta das atividades não relacionadas aos serviços abrangidos no item 4 e a receita bruta total apurada no mês, observando o somatório das receitas de todos os estabelecimentos da empresa (matriz e filiais). O disposto acima aplicar-se-á às empresas que se dediquem a outras atividades, somente se a receita bruta decorrente de outras atividades for superior a 5% da receita bruta total. Não ultrapassado o limite de 5%, a CPRB será calculada sobre a receita bruta total auferida no mês. NOTA ITC: Orienta a 7ª região fiscal, conforme Soluções de Consulta nº 369/2012 e nº 370/2012, que as empresas de TI e TIC que se dediquem também a outras atividades deverão segregar meticulosamente as receitas provenientes dos serviços de TI e TIC daquelas decorrentes de outros serviços, mantendo registro discriminado de sua origem, a fim de que seja possível a correta utilização da desoneração fiscal de que aqui se trata. 5.1 - ENQUADRAMENTO PELO CNAE PRINCIPAL As empresas para as quais a substituição da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento pela contribuição sobre a receita bruta estiver vinculada ao seu enquadramento no CNAE deverão considerar apenas o CNAE relativo a sua atividade principal, assim considerada aquela de maior receita auferida ou esperada, não lhes sendo aplicado o disposto no item 5, ou seja, não será efetuada a regra da proporção ( 9º do art. 9º da Lei nº 12.546/2011, com redação dada pela Lei nº 12.844/2013, conversão de parte da Medida Provisória nº 612/2013). Nesses casos, a base de cálculo da CPRB será a receita bruta da empresa relativa a todas as suas atividades. 5.2 - RECOLHIMENTO DA CPP DE 20% No regime misto citado no item 5, supra, aplicável às empresas que exercem, conjuntamente, atividades sujeitas ao regime substitutivo prevista nos artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, e outras atividades não submetidas ao referido regime, o recolhimento da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento deve ser feito em Guia da Previdência Social - GPS, por estabelecimento da empresa, com observância do redutor. 5.3 - AUSÊNCIA DE RECEITA - CONSEQUÊNCIA Segundo o 1º do artigo 6º do Decreto nº 7.828/2012, nos meses em que não auferirem receita relativa às atividades abrangidas na regra da desoneração, as empresas com atividade

mista deverão recolher a CPP de 20% sobre a folha de pagamento, não sendo aplicada a proporção prevista na legislação, com exceção das empresas que o enquadramento será pelo CNAE. Nos meses em que não auferirem receita relativa às atividades não abrangidas pela regra da desoneração, as empresas deverão recolher a CPRB, não sendo aplicada a proporção. 6 - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - RETENÇÃO - ALÍQUOTA DIFERENCIADA No caso de contratação de empresas abrangidas na regra da desoneração para a execução de serviços, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212/1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços. Ressalta-se que para as empresas do setor da construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 do CNAE 2.0, a aplicação da retenção de 3,5% somente ocorrerá para as obras abrangidas na regra da desoneração, conforme orientações do subitem 4.4, retrocitado. 7 - RECEITA BRUTA - BASE DE CÁLCULO DA CPRB A base de cálculo da CPRB é a receita bruta da empresa, na forma dos arts. 7º e 9º da Lei nº 12.546/2011, alterado pela Lei nº 12.715/2012. A receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15/12/1976, in verbis: Art. 183 - No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: (...) VIII - os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante (Inciso incluído pela Lei nº 11.638/2007). A receita bruta que constitui a base de cálculo da CPRB compreende a receita decorrente da venda de bens nas operações de conta própria, a receita decorrente da prestação de serviços e o resultado auferido nas operações de conta alheia. Para os fins da contribuição previdenciária sobre a receita bruta, considera-se empresa a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406/2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso (Art. 9º, inciso VII, da Lei nº 12.546/201, acrescido pela Lei nº 12.844/2013). 7.1 - RECEITAS EXCLUÍDAS DA BASE DE CÁLCULO A CPRB não incide sobre as receitas decorrentes de exportação, conforme 2º do art. 149 da Constituição Federal de 1988. Excluí-se da base de cálculo da CPRB, a receita bruta decorrente de transporte internacional de carga, conforme alínea b do inciso II do artigo 9º da Lei nº 12.546/2011, acrescido pela Medida Provisória nº 601/2012 (extinta) e posteriormente reacrescida pela Lei nº 12.844/2013. Para efeito da determinação da base de cálculo, podem ser excluídos da receita bruta ( 7º do art. 9º, da Lei nº 12.546/2011, com redação da Lei nº 12.715/2012): as vendas canceladas, inclusive por devolução de mercadorias, e os descontos incondicionais concedidos;

o Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, se incluído na receita bruta; e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. 8 - RECOLHIMENTO DA CPRB - PRAZO E FORMA A data de recolhimento da contribuição previdenciária sobre a receita bruta obedecerá ao disposto na alínea b do inciso I do art. 30 da Lei nº 8.212/1991, ou seja, será até o dia 20 do mês subsequente ao fato gerador. O recolhimento dessas contribuições previdenciárias será efetuado através de DARF, sob o código a seguir, conforme o caso (ADE/CODAC nº 33/2013): Código de Receita Especificação da receita (DARF) 2985 Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Art. 7º da Lei nº 12.546/2011. A contribuição substitutiva incidente sobre a receita bruta deve ser recolhida em DARF, de forma centralizada pelo estabelecimento matriz. 8.1 - REGIME DE COMPETÊNCIA A apuração da contribuição substitutiva para as pessoas jurídicas tributadas com base no Lucro Real deve observar o regime de competência, não se lhes aplicando, para fins de reconhecimento de receitas, o comando contido no art. 407 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR (Decreto nº 3.000/99), segundo entendimento do Fisco nas Soluções de Consulta nº 105/12 e 106/12. 9 - GFIP - PREENCHIMENTO O Ato Declaratório Executivo CODAC nº 93, de 19/12/2011, dispõe sobre os procedimentos a serem observados para o preenchimento da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - GFIP pelas empresas abrangidas nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011. Para fins de aplicação da substituição das contribuições previdenciárias estabelecidas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, prevista no caput do art. 7º da Lei nº 12.546/2011, as empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação - TI e de Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC deverão observar quando da prestação de informações no SEFIP, até que ocorra a adequação desse sistema, o disposto a seguir: - Os valores de Contribuição Previdenciária Patronal calculados pelo SEFIP e demonstrados no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa deverão ser somados e lançados no Campo "Compensação". - Fica mantida a orientação prevista no ADE/CODAC nº 82/2009, em relação às contribuições destinadas a Outras Entidades e Fundos para as empresas de TI e TIC que exportam serviços para o mercado externo. - A GPS gerada deverá ser desprezada, devendo ser preenchida GPS com os valores efetivamente devidos.

- Os relatórios gerados pelo SEFIP "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso" devem ser desprezados e mantidos demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/compensação. Quando da prestação de informações, pelas empresas enquadradas nas hipóteses previstas no art. 7º da Lei nº 12.546/2011, relativas às contribuições incidentes sobre o 13º salário declarado na GFIP da competência 13, deverá ser lançado no campo "Compensação" a diferença entre o valor calculado pelo SEFIP e o valor apurado pela empresa de acordo com o previsto no Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 42/2011. 10 - DEMAIS OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS As empresas compreendidas nas regras do artigo 7º da Lei nº 12.546/2011 continuam sujeitas ao cumprimento das demais obrigações previstas na legislação previdenciária, tais como, elaborar folha de pagamento, lançar na contabilidade os fatos geradores de contribuições previdenciárias e as contribuições sociais previdenciárias, fazer a comunicação de acidente de trabalho, elaborar o LTCAT e o PPP, entre outras previstas no art. 47 da IN/RFB nº 971/2009. 11 - CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE O 13º SALÁRIO Relativamente aos períodos anteriores à tributação da empresa nas formas instituída pelo art. 7º da Lei ora em análise, mantém-se a incidência da CPP de 20%, aplicada de forma proporcional sobre o 13º salário. Em cada ano-calendário, no período em que a empresa não estiver submetida ao regime substitutivo previsto no art. 7º da Lei nº 12.546/2011 ou ao regime misto, ou seja, com atividades abrangidas e não abrangidas na regra da desoneração, é devida a contribuição previdenciária de 20% sobre o 13º salário, apurada proporcionalmente a esse período. No período em que a empresa estiver submetida exclusivamente ao regime substitutivo previsto no art. 7º da Lei nº 12.546/2011, não é devida a contribuição previdenciária de 20% sobre o valor do 13º salário proporcionalmente a esse período. A título de exemplo, se a empresa passa a estar abrangida na regra da desoneração da folha a partir de janeiro de 2013, em dezembro, a referida empresa não terá recolhimento de CPP de 20% sobre o 13º salário. Todavia, a título de exemplo, se a empresa passasse a estar abrangida na regra da desoneração da folha a partir de abril de 2013 e permanecesse o resto do ano na regra da desoneração, em dezembro, a referida empresa teria de recolher a CPP de 20% sobre 3/12 do 13º salário. Em cada ano-calendário, no período em que a empresa estiver submetida ao regime misto, é devida a contribuição previdenciária patronal sobre o 13º salário, apurada proporcionalmente a esse período, com incidência do redutor descrito no item 5, deste comentário. Assevera-se que para fins de cálculo da razão, deve ser considerada a receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao mês de dezembro de cada ano-calendário. 12 - TRATAMENTO NAS AÇÕES TRABALHISTAS Nas ações trabalhistas o fato gerador da contribuição previdenciária patronal ocorre na data da prestação dos serviços e rege-se pela legislação então vigente (Lei nº 8.212/1991, art. 43), assim, ocorrendo ação trabalhista em que resultar verbas de natureza remuneratória paga ao empregado e sendo o período dessa prestação de serviços anterior àquele em que a empresa submete-se à contribuição substitutiva, o cálculo da contribuição será feito na forma do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, utilizando-se como base de cálculo o valor da remuneração apurada judicialmente.

Quando o período da prestação de serviços recair sobre aquele em que a empresa se sujeita ao regime da desoneração da folha, de que trata o artigo 7º da Lei nº 12.546/2011, a contribuição previdenciária patronal de 20% oriunda de ações trabalhistas não será devida, se a receita bruta da empresa decorrer exclusivamente das atividades abrangidas na desoneração. Contudo, será devida a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre o valor da remuneração decorrente da sentença ou do acordo homologado, com incidência do redutor de que trata o item 5 deste comentário, se a receita bruta da empresa for oriunda de atividades descritas no art. 7º da Lei nº 12.546/2011 e de outras atividades não contempladas nesses dispositivos. 13 - EFD-CONTRIBUIÇÕES A Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) - EFD-PIS/Cofins passou a ser denominada de Escrituração Fiscal Digital das Contribuições incidentes sobre a Receita - EFD-Contribuições, de acordo com a Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012. A EFD-Contribuições passa a ser observada pelos contribuintes da contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta, além, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins. Ficam obrigadas a adotar e escriturar a EFD-Contribuições em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita: Referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas no art. 7º da MP nº 540/11, convertida na Lei nº 12.546/2011; Referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos 3º e 4º do art. 7º da Lei nº 12.546/2011; Referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de agosto de 2012, para demais atividades incluídas pela MP nº 563/2012, convertida na Lei nº 12.715/2012. NOTA ITC: A Instrução Normativa RFB nº 1.305, de 26/12/2012, excepcionalmente, prorrogou a recepção da EFD-Contribuições em questão (Escrituração da Contribuição Previdenciária sobre Receitas, dos meses de 2012), para o 10º dia útil de fevereiro de 2013, sem quaisquer penalidades. Ressalta-se que as empresas que passaram a estar abrangidas na regra da desoneração a partir de 1º de janeiro de 2013, 1º de abril de 2013, 1º de novembro de 2013 e 1º de janeiro de 2014 também vão estar obrigadas à entrega da EFD-Contribuições, todavia, até o presente momento não há edição de norma sobre o assunto. 13.1 - PERIODICIDADE E FORMA DE ENTREGA Os arquivos da EFD-Contribuições tem periodicidade mensal e devem apresentar informações relativas a um mês civil ou fração, ainda que as apurações das contribuições e créditos sejam efetuadas em períodos inferiores a um mês, como nos casos de abertura, sucessão e encerramento. O arquivo digital deve conter as informações referentes às operações praticadas e incorridas em cada período de apuração mensal e será transmitido até o 10º dia útil do 2º mês subsequente ao mês de referência da escrituração digital.

O arquivo digital de escrituração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta será gerado de forma centralizada pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, em função do disposto no art. 15 da Lei nº 9.779/1999, e submetido ao programa disponibilizado para validação de conteúdo, assinatura digital, transmissão e visualização. 13.2 - ESCRITURAÇÃO DA CPRB As empresas devem informar no Bloco P da EFD-Contribuições a apuração da contribuição previdenciária sobre a receita bruta. Para proceder à escrituração e apuração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, no Bloco P, deve a pessoa jurídica cadastrar o estabelecimento que auferiu receitas sujeitas à referida contribuição no registro 0145. Uma vez informado o registro 0145 na escrituração, o PVA irá habilitar os registros do Bloco P, a saber: Registro P100: Demonstração da receita do estabelecimento, da base de cálculo e do correspondente valor da contribuição; Registro P200: Consolidação do valor da contribuição devida pela empresa. Detalhes para preenchimento da EFD devem ser obtidos no Guia Prático EFD-Contribuições - Versão 1.12, Atualização: Janeiro/2013. 14 - EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL A regra da desoneração da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento, prevista na Lei nº 12.546/2011 e suas alterações, não se aplicaria para as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional de que trata a Lei Complementar nº 123/2006. Todavia, o entendimento da Receita Federal do Brasil é de que as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional tributadas pelo Anexo IV, com atividade de construção civil, terão a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento substituída pela contribuição previdenciária sobre a receita bruta (Comunicado s/ nº do dia 17/05/2013 e Soluções de Consulta 9ª RF nºs 141, 142, 143 e 144, de 2013). Fonte: Editorial ITC Atenção! De acordo com o disposto no caput e inciso XIII do art. 7º, e nos arts. 24, 29 e 101 a 184, da Lei nº 9610/1998 (Direitos Autorais) e no artigo 184 do Decreto-Lei nº 2848/1940 (Código Penal), na redação dada pela Lei nº 10.695/2003, é expressamente proibida, por qualquer meio, a reprodução parcial e/ou total de matérias exclusivas do site: www.itcnet.com.br, exceto a impressão e a citação ou referência bibliográfica de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.