Ginástica Rítmica. Profa. Dra. Bruna Oneda

Documentos relacionados
Regulamento Específico. Ginástica Rítmica Módulo II

Ginástica Ritmica. Profa. Dra. Bruna Oneda.

Todo tipo de atividade física sistematizada, cujos conteúdos variam desde as atividades como os jogos, o atletismo, as lutas e à preparação de

Ginástica Artística. Prof. Dra. Bruna Oneda. Aula 1

Ginástica Artística. Prof. Dra. Bruna Oneda. Aula 1

Ginástica Artística. Prof. Dra. Bruna Oneda. Aula 1

JOGOS ESCOLARES TV SERGIPE REGULAMENTO ESPECÍFICO

FEDERAÇÃO DE GINÁSTICA DE SANTA CATARINA

Ginástica Artística. Prof. Dra. Bruna Oneda 2016 /2

Regulamento Específico. Ginástica Rítmica Módulo I

Jogos Escolares de Belo Horizonte JEBH/2012. Regulamento Específico Ginástica rítmica - módulo I

Introdução à ginástica artística

Aula 1.2 Conteúdo: Ginástica rítmica. Habilidades: Sintetizar os fundamentos e regras da ginástica rítmica EDUCAÇÃO FÍSICA INTERATIVIDADE FINAL

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA

Posturas básicas da GA e tipos de auxílio e segurança. Disciplina: Ginástica Geral Prof. Dra. Bruna Oneda 2012

REGULAMENTO ESPECÍFICO GINÁSTICA RÍTMICA/2019 MÓDULO I REGULAMENTO ESPECÍFICO GINÁSTICA RÍTMICA/2019 MÓDULO I

Avaliação de aprendizagem Diretrizes do ensino de geografia e história Leitura e escrita do ensino fundamental

1 REGULAMENTO ESPECÍFICO DA GINÁSTICA RÍTMICA 12 a 14 ANOS

V Encontro de Pesquisa em Educação Física 1ª Parte GINÁSTICA RÍTMICA, SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON PR ESTUDOS E REFLEXÕES

Todas as ginastas não premiadas receberão medalha de participação.

EDUCAÇÃO FÍSICA FUNDAMENTAL PROF.ª FRANCISCA AGUIAR 7 ANO PROF.ª JUCIMARA BRITO

Objectivo Executar os exercícios sem falhas e de acordo com as exigências do regulamento técnico específico.

REGULAMENTO ESPECÍFICO GINÁSTICA RÍTMICA JERNS / JEES 2015

REGULAMENTO ESPECÍFICO DE GINÁSTICA RÍTMICA

TAÇA BRASIL DE GINÁSTICA RÍTMICA 2018

EDUCAÇÃO FÍSICA. PROFESSOR / ASSUNTO - 7º ano / MENSAL 2. Antonio Carlos / GINÁSTICA

REGULAMENTO DE GINÁSTICA RÍTMICA

Os mil e um movimentos da ginástica rítmica

ELEMENTOS ADAPTADOS (SD e DI)

VI TAÇA RS DE GINÁSTICA RÍTMICA REGULAMENTO 2016

X COPA AMISTOSA DOM BOSCO DE GINÁSTICA RÍTMICA

CONCEPÇÃO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE GINÁSTICA RÍTMICA

REGULAMENTO TÉCNICO GINÁSTICA RÍTMICA 2012

COMPOSIÇÃO COREOGRÁFICA EM GINÁSTICA RÍTMICA: do compreender ao fazer

Ginástica aeróbica no contexto da ginástica Geral. Prof. Dra. Bruna Oneda

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GINÁSTICA

Federação Internacional de Ginástica. Lettre da Rítmica Nº 1 Por Mme Maria Szyszkowska, Presidente do Comité Técnico 20 de Janeiro de 2009

97,61 - Unid. GINA x1000x100mm 23 Kg/m3. 132,11 - Unid. GINA1021. Tapete para Ginástica cobertura em Lona Verde.

XI COPA AMISTOSA DOM BOSCO DE GINÁSTICA RÍTMICA

ASSOCIAÇÃO DE GINÁSTICA DE LISBOA

MASC. Juvenil FEM. FEM. 5º AO 8º ANO INTEGRAL

Conheça as medidas oficiais da quadra e as regras do Beach Tennis

Iniciação MASC. FEM. Sub-12 MASC. Sub-17 FEM. INTEGRAL

REGULAMENTO TÉCNICO CAMPEONATO BRASILEIRO INDIVIDUAL GINÁSTICA RÍTMICA

REGULAMENTO TÉCNICO TORNEIO NACIONAL GINÁSTICA RÍTMICA

VII COPA AMISTOSA DOM BOSCO DE GINÁSTICA RÍTMICA

Voltar. Público: 6º ano ao Ensino Médio. Público: 2º ano ao Ensino Médio

INDICAÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DAS FICHAS

ginástica Aula Teórica Prof. Cláudio Gomes

ginástica Aula Teórica Prof. Cláudio Gomes

Ginástica Rítmica RESUMO

REGULAMENTO ESPECÍFICO GINÁSTICA RÍTMICA Revisto em outubro de 2016

08 a 10 setembro de 2017 Local: GINÁSIO MUNICIPAL ARMANDO CUNHA Av. das Américas, 550 Casqueiro Cubatão/SP

REGULAMENTO ESPECÍFICO GINÁSTICA RÍTMICA. (Revisto em novembro de 2015)

EXTRACURRICULARES. atividades

CRONOGRAMA ANUAL DA ATIVIDADE FÍSICA E DESPORTIVA

CAPÍTULO XIII GINÁSTICA RÍTMICA SEÇÃO I DO JASC

XIII COPA AMISTOSA DOM BOSCO DE GINÁSTICA RÍTMICA

Ginástica e a Educação Física no Brasil

REGULAMENTO DE JANEIRO: REUNIÃO GERAL DE LANÇAMENTO DA TEMPORADA 2019.

REGULAMENTO MARINGÁ CUP 2019

VIII COPA AMISTOSA DOM BOSCO DE GINÁSTICA RÍTMICA

PLANIFICAÇÃO ANUAL - 3º CICLO ACTIVIDADES FÍSICAS

FEDERAÇÃO DE GINÁSTICA DE SANTA CATARINA

REGULAMENTO TÉCNICO TORNEIO REGIONAL 2019 GINÁSTICA RÍTMICA

NOTA OFICIAL Nº 03/2016

ARREMESSO/LANÇAMENTOS

FEDERAÇÃO DE GINÁSTICA DE SANTA CATARINA

FEDERAÇÃO DE GINÁSTICA DE SANTA CATARINA

O Sonho Olímpico Rio Por Juliana Bargas Huber

CÓDIGO NACIONAL ADAPTADO GINÁSTICA RÍTMICA 2006/2008

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2017/2018 PLANIFICAÇÃO ANUAL

Regulamento Específico. Ginástica Artística Feminina

Federação Paulista de Ginástica

PLANEJAMENTO Série: 9º ano Professor: Cassio Lima 1ª UNIDADE 28/01/2019 a 10/05/2019 DISCIPLINA: Educação física

REGULAMENTO TÉCNICO DA GINÁSTICA RÍTMICA 2014

ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR 1º CICLO ATIVIDADE FÍSICA E DESPORTIVA

Ginástica Artística no contexto. da ginástica geral. Prof. Dra. Bruna Oneda 2016

Federação de Ginástica de Portugal Instituição de Utilidade Pública e Utilidade Pública Desportiva Fundada em: 1950

25 Situação de Exercício critério, teste escrito, relatório e/ou trabalho escrito.

GINÁSTICA PARA OS GREGOS

Federação Paulista de Ginástica

CÓDIGO DE PONTUAÇÃO ADAPTADO

Histórico basquetebol James Naismith 1891

Planificação Anual Departamento Expressões e Tecnologias

A Física e suas Aplicações ao Tênis

Eletiva: Somando Medalhas

1. Introdução. FIEP BULLETIN - Volume 84- Special Edition - ARTICLE II (

Catálogo de Produtos. Dicat Sports 2016

88 80% 90 80% 22.5mm 35mm 48mm 59mm 69mm mm. 450 mm. ANILHA BUMPER: 5, 10, 15, 20 e 25Kg. ANILHA FRACIONADA: 0.5, 1, 1.5 e 2Kg 50.

Planificação Anual Departamento Expressões e Tecnologias

JOGOS REGIONAIS E ABERTOS 2009

REGULAMENTO TÉCNICO GINÁSTICA RÍTMICA TORNEIO NACIONAL

PARECER DOS RECURSOS

Avaliação prática Solo

NORMAS ESPECÍFICAS ATLETISMO

Disciplina: Ginástica Geral. Prof. Dra. Bruna Oneda

catálogo KIT ATLETISMO

EB 2,3 MARTIM DE FREITAS EDUCAÇÃO FÍSICA 2011/2012 2º CICLO NÍVEIS INTRODUTÓRIO, ELEMENTAR E AVANÇADO. JOGOS PRÉ DESPORTIVOS (excepto Raquetes) 5º Ano

Transcrição:

Ginástica Rítmica Profa. Dra. Bruna Oneda

Ginástica Ritmica (GR) Ramificação da ginástica que possui infinitas possibilidades de movimentos corporais combinados aos elementos de balé e dança teatral, realizados fluentemente em harmonia com a música e coordenados com o manejo dos aparelhos próprios desta modalidade olímpica, que são a corda, o arco, a bola, as maças e a fita. Toledo, E, 2009

Dimensão histórica da GR François Delsarte, foi o primeiro a lançar suas idéias a respeito da expressão de sentimentos pelos movimentos corporais. Mais tarde, Émile Jaques-Dalcroze iniciou a prática de exercícios rítmicos como meio de desenvolvimento da sensibilidade musical através dos movimentos do corpo.

Dimensão histórica Delcroze desenvolveu ainda estudos dos quais obteve como resultado a relação harmônica dos movimentos com o equilíbrio e os sentimentos, o que gerou grande influência na formação das escolas de dança e um gradativo desempenho na educação física, pois esta ganhava um novo olhar e uma nova ramificação.

Dimensão histórica Em seguida, um aluno de Dalcroze, Rudolf Bode, melhorou os movimentos, os deixando mais naturais e integrais, também com o intuito de demonstrar, por intermédio dos movimentos, os estados emocionais do praticante.

Rudolf Bode Somou a utilização de aparelhos com o objetivo de ornamentar a apresentação e as característica femininas, estabeleceu os princípios básicos da ginástica rítmica, seguidos ainda hoje, e tornou-se com isso o pai da modalidade.

Rudolf Bode Suas teorias fundamentaram-se na contração e no relaxamento, as essências do movimento humano e do ritmo corporal, além de explorar as direções e planos em todas as suas possibilidades, que constituem a base da variação dos deslocamentos na ginástica rítmica atual.

Rudolf Bode Introduziu ainda a expressão, marca desta ginástica, e o trabalho em grupos, que destaca a harmonia entre as participantes.

Dimensão histórica Isadora Duncan levou a modalidade até a União Soviética, onde iniciou o ensino desta nova atividade como prática independente, incluídas as regras para competições e em 1942, foi realizado o primeiro evento competitivo: O Campeonato Nacional Soviético.

Dimensão histórica Em paralelo ao trabalho de Duncan, na Alemanha, Heinrich Medau estudou os exercícios rítmicos daquela época e iniciou a elaboração e a introdução de aparelhos como a bola, as maças e o arco, considerado o primeiro passo para a utilização dos aparelhos nos exercícios femininos como se vê nas competições regidas pela FIG.

Em 1961, foi apresentada à FIG. Dois anos depois, houve a realização do primeiro campeonato mundial, na cidade de Budapeste, com a participação de dez nações.

Em 1975, por decisão da FIG, passou a ser chamada ginástica rítmica desportiva, regida então pela entidade. Em 1980, foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional, integrando então os Jogos de Moscou como modalidade de apresentação. Na Olimpíada seguinte, em 1984, (Los Angeles), passou a ser modalidade competitiva com eventos individuais.

Dimensão histórica A partir dos Jogos de Atlanta, em 1996, passou a ser disputada em provas de conjuntos. Em 2000, passa a ser denominada de Ginástica Rítmica pela FIG

Aparelhos oficiais Corda Arco Bola Maças Fita

Corda Pode ser feita de qualquer material sintético, desde que permaneça leve e flexível. Espessura de aproximadamente 12mm. Seu tamanho é proporcional à altura da ginasta. (quase o dobro do tamanho). Possui nós em suas extremidades. As extremidades podem ser recobertas com material antiderrapante em cor neutra.

Corda Os elementos podem ser realizados com a corda aberta ou dobrada, presa em uma ou nas duas mãos, em direções diferentes, sobre diferentes planos, com ou sem deslocamento, com apoio sobre um ou os dois pés ou sobre uma outra parte do corpo.

Corda As ginastas lançam e recuperam a corda executando saltos, giros, ondulações e equilíbrio. Os principais elementos corporais da corda são os saltos.

Arco O arco é feito de madeira ou plástico, sendo importante que o material não deforme ou seja muito pesado. Possui aproximadamente 80cm de diâmetro. Deve ser rígido, mas sem se dobrar. Este aparato define um espaço, que deve ser usado plenamente pela ginasta, movendo-se de acordo com o círculo formado.

Arco São requeridas frequentes trocas de mãos e uma boa coordenação de movimentos. O formato do arco favorece rolamentos, passagens, rotações, saltos e pontes. Seus elementos corporais principais são os saltos, pivotes e equilíbrios.

Bola Feita de plástico ou de borracha, de número 10, 12 ou 14 e de peso entre 300 e 400 gramas. Único aparelho que não é permitido permanecer em contínuo contato com a atleta, a bola deve estar em constante movimento pelo corpo ou em equilíbrio. Jogada e recuperada com controle e precisão, é um elemento dinâmico que valoriza a série da ginasta.

Bola Os elementos corporais devem ser executados sobre o apoio de um ou dois pés ou qualquer outra parte do corpo e devem ter forma fixa, ampla e bem definida. Flexibilidade e ondas são os elementos corporais principais deste aparelho.

Maças São feitas de madeira, borracha ou microfibra e devem ter entre 40 e 50 cm de comprimento e pesar pelo menos 150 gramas cada. A parte mais grossa é chamada de corpo, a parte mais afilada, de pescoço e a parte formada por uma esfera de 3 cm de diâmetro é a cabeça. Delicadeza das mãos é fundamental para se trabalhar bem com esse aparelho.

Maças A ginasta usa as maças para executar rolamentos, círculos, curvas e formar o número máximo possível de figuras assimétricas, combinando-as com várias figuras formadas apenas pelo corpo. Exercícios com as maças requerem alto grau de ritmo, coordenação e precisão para boas recuperações e equilíbrio

Fita É composto por duas partes: o estilete, uma vareta que segura a fita e que pode ser feito de madeira, bambu, 0.5 cm de plástico ou fibra de vidro e deve medir diâmetro e aproximadamente 35cm de comprimento.

Fita A fita é de cetim ou outro material semelhante, desde que não engomado. Deve ter aproximadamente 7cm de largura e 5 ou 6 metros de comprimento. Longa, pode ser lançada em qualquer direção para criar desenhos no espaço, formando imagens e formatos de todo o tipo. Serpentinas, espirais e arremessos exigem da ginasta coordenação, leveza, agilidade e plasticidade.