Disciplina: Ginástica Geral. Prof. Dra. Bruna Oneda
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1 Disciplina: Ginástica Geral Conteúdo: Ginástica Artística Prof. Dra. Bruna Oneda
2 Evolução Histórica da GA A GA sofreu diversas influências. Desde tempos remotos, o homem realiza atividades acrobáticas que evoluíram ao longo dos anos. A ginástica de solo era inicialmente praticada em danças sacras e em comemorações festivas por antigos povos. Essas atividades se transformaram em atividades específicas, sendo praticadas no Egito, na Grécia e na Roma antiga, difundindo-se por toda a Europa e provavelmente pela Ásia.
3 Evolução Histórica da GA Uma das atividades que provavelmente influenciou a Ginástica Artística atual foi o salto sobre touro, praticado na Ilha de Creta, por volta do século II a.c. As atividades acrobáticas, por serem praticadas por pessoas das classes mais baixas, como, por ex, os escravos, para divertirem os seus amos, sofriam grande discriminação das populações.
4 Evolução Histórica da GA Na Idade Média, como o corpo passou a ser ignorado, e até mesmo objeto de sevícias para a purificação da alma, os acrobatas eram acusados de cúmplices de Satã. Apesar disso, alguns estudiosos da época, tentaram valorizar a atividade física. Certamente esses pensadores influenciaram as ações, nessa área, durante a Idade Moderna, quando várias propostas de reformulação das escolas do ensino regular promoveram a Educação Física como elemento obrigatório.
5 Evolução Histórica da GA Dentre os pensadores, destacou-se Guts Muths, que propunha atividades realizadas ao ar livre, incluindo corridas, saltos, lançamentos, lutas, natação e exercícios de trepar e equilibrar. Para o desenvolvimento das suas atividades, ele utilizava elementos da natureza, além de cordas penduradas, varas verticais, escadas inclinadas, dentre outros equipamentos.
6 Evolução Histórica da GA Na Alemanha, Ludwig Jahn, influenciado por Guts Muths, elaborou um conjunto de atividades físicas que também utilizava os elementos da natureza. Essas atividades eram realizadas nas florestas e eram tipicamente atividades militares, que incluíam corridas, saltos, tarefas de balançar, equilibrar, trepar, nadar, esgrima, equitação, arqueísmo e jogos de luta.. Jahn e seus seguidores gradativamente passaram a utilizar diversos aparelhos para complementar essas atividades, com destaque para o cavalo de pau, utilizado para volteios, que adestravam para a cavalgada
7 Evolução Histórica da GA Juntamente com as atividades físicas, Jahn e seus seguidores promoviam palestras e debates sobre a conjuntura política da Alemanha, na perspectiva de preparar a juventude para lutar pela igualdade social, defender a nação e colaborar na unificação do império germânico. Esse ímpeto nacionalista levou Jahn a utilizar o termo Turnkunst em substituição à denominação Ginástica, de origem grega.
8 Evolução Histórica da GA Em 1811 Jahn e seus seguidores fundaram o primeiro campo de Turnkunst. Nesse espaço para a prática do Turn (abreviação de Turnkusnt), foram construídos vários equipamentos para substituir os elementos naturais, fato que levou ao surgimento de diversos aparelhos utilizados, alguns deles, atualmente, na GA, tais como a barra e as paralelas.
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10 Evolução Histórica da GA Devido à forte influência que a atividade de Jahn exercia sobre os jovens, e pelo fato de essas atividades incluírem questões políticas que se antagonizavam ao sistema vigente, em 1820, a prática do Turn foi proibida, vigorando essa punição até o ano de 1842.
11 Bloqueio Ginástico Esse período foi denominado Bloqueio Ginástico e foi determinante para a difusão da atividade de Jahn pelo mundo, devido a alguns fatores fundamentais: Muitos dos seus seguidores fugiram da Alemanha indo para diversos países, levando aqueles ideais. Os ginastas que permaneceram na Alemanha criaram ginásios indoor, transferindo as atividades para porões escondidos do controle da polícia, fato que levou ao redimensionamento dos aparelhos para a prática num ambiente menor que ao ar livre.
12 O turn Outro aspecto fundamental foi que considerando o pouco espaço disponível, o que levou, à criação de manuais que uniformizaram a prática dos exercícios, pois o espaço limitado não permitia que muitos ginastas praticassem simultaneamente.
13 Evolução Histórica da GA Com o fim do Bloqueio Ginástico, Jahn foi reabilitado e considerado herói nacional, sendo o Turn implantado como atividade obrigatória nas escolas.
14 Evolução Histórica da GA A primeira Federação de Ginástica do mundo foi fundada na Suíça, em 1832, fato que motivou o surgimento de diversas outras federações nacionais na Europa, culminando com fundação da Federação Européia de Ginástica, em 1881, que em 1921, com a filiação de federações nacionais de fora do continente europeu, passou a ser denominada Federação Internacional de Ginástica (FIG). A GA surgiu no Brasil com a chegada dos primeiros alemães ao estado do Espírito Santo, em Entretanto, somente em 1824, quando um grupo de imigrantes alemães se fixou no Rio Grande do Sul, é que o Turn foi definitivamente implantado.
15 Evolução Histórica da GA Em 1950, as federações estaduais do Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro se filiaram à Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e, assim, oficializaram a Ginástica no Brasil. Em 1951, a CBD se filiou à FIG, passando o Brasil a fazer parte da comunidade oficial da Ginástica mundial. Em 1978, com a dissolução da CBD, foi fundada a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que assumiu os compromissos com todas as modalidades oficiais de Ginástica, substituindo a CBD como entidade representativa do país na FIG. A partir de então, várias participações brasileiras em eventos internacionais passaram a acontecer, culminando com a projeção da Ginástica brasileira no cenário internacional na atualidade.
16 A Federação Internacional de Ginástica (FIG) é o órgão máximo da Ginástica mundial. A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) é vinculada à FIG e à União Pan-Americana de Ginástica, sendo a entidade responsável pela Ginástica no Brasil, que tem a ela vinculadas as federações estaduais de ginástica que, por sua vez, têm a elas vinculadas as entidades interessadas em participar dos eventos oficiais das ginásticas.
17 Denominação Ginástica Artística A Ginástica Artística também é conhecida no Brasil pelas denominações de Ginástica Olímpica, Ginástica de Aparelhos, Ginástica de Solo e Ginástica Esportiva. A denominação Ginástica Olímpica ainda é a mais utilizada no Brasil. Até há alguns anos, era a única modalidade ginástica participante dos Jogos Olímpicos, o que levou a esta denominação. Atualmente a utilização desta nomenclatura é inadequada, visto que participam dos Jogos Olímpicos a Ginástica Rítmica e a Ginástica de Trampolim.
18 Aparelhos femininos e masculinos O solo, enquanto aparelho propriamente dito, é um estrado de dimensão 12m x 12m, feito de um material elástico que amortece eventuais quedas e ajuda ao impulso dos saltos O salto sobre a mesa é a prova mais rápida. Ele dura O salto sobre a mesa é a prova mais rápida. Ele dura aproximados 50 segundos. Cada atleta tem direito a 2 saltos. A prova é composta por uma pista de 25m, que termina em um trampolim de impulso e finalmente na mesa de dimensões 120x95cm. O salto é considerado um evento de explosão muscular, possuidor de uma margem mínima para erros.
19 Aparelhos femininos As paralelas assimétricas são atualmente fabricadas com fibras sintéticas - de vidro e recobertas com madeira e, por vezes, material aderente. As medidas da barra alta podem variar entre 2,20-2,55m e a barra baixa entre 1,40-1,75m -, seu peso se mantém sempre o mesmo, 98 kg assim como sua largura, de 2,40 m.
20 Aparelhos femininos Popularmente chamada de trave, a trave de equilíbrio é um dos dois aparelhos de práticas unicamente femininas. A trave em si é uma barra revestida com material aderente, situada a 1,25 metros do chão, com cinco metros de comprimento e dez centímetros de largura, onde a atleta deve equilibrar-se e realizar saltos e giros.
21 Aparelhos masculinos SOLO SALTO SOBRE A MESA A Barra fixa é composta pelos mesmos materiais das barras assimétricas femininas e possui semelhante maleabilidade que contribui para um amortecimento dos movimentos acrobáticos que o atleta executa durante sua apresentação. A barra está localizada a 2,80 m do solo, tem 2,40 m de comprimento e possui 28mm de diâmetro na barra propriamente dita. A barra, assim como as paralelas assimétricas, está presa ao chão através de presilhas e cabos de aço, que impedem qualquer movimento das barras verticais, não comprometendo nem a segurança e nem as apresentações dos atletas.
22 Aparelhos masculinos Argolas: aparelho é constituído por uma estrutura de onde prendem-se duas argolas, a 2,75 metros do solo. A distância entre elas é de 50 cm e o seu diâmetro interno é de 18 cm. A prova consiste em uma série de exercícios de força, balanço e equilíbrio. O júri valoriza o controle do aparelho e a dificuldade dos elementos da coreografia. Quanto menos tremer a estrutura que suspende as argolas à haste, melhor será a pontuação de execução do ginasta.
23 Aparelhos masculinos Cavalo com alças: o material usado é uma cobertura maleável, semelhante a usada na mesa de saltos e na trave de equilíbrio. Suas alças são feitas de plástico resistente e metal. Todos os cantos são arredondados. As alças ainda são cilíndricas e formam um arco com cantos arredondados e topo horizontal. Ele está a 1,15 m do chão. Seu comprimento é de 1,60 m e a largura é de 35 cm. As alças possuem 12 cm de altura e estão ajustavelmente distanciadas entre cm
24 Aparelhos masculinos Barras Paralelas: o aparelho possui as medidas de 1,95 x 3,5m, além de estarem distanciadas entre 42 e 52 cm. A prova consiste em exercícios de equilíbrio entre giros e paradas de mãos - e força, onde o ginasta utiliza das duas barras obrigatoriamente, passando por todo o seu comprimento. As provas não possuem tempo aproximado de execução, podendo um ginasta cumprir uma prova mais curta, porém com nota de partida mais elevada, enquanto uma prova mais longa, possui inferior dificuldade.
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