ICMS-RJ 2014 Parte 1

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Transcrição:

ICMS-RJ 2014 Parte 1 Pedro Diniz Prezados leitores e alunos, Neste espaço fornecido pela Editora Ferreira, pretendo fazer a correção comentada das 31 questões de legislação tributária estadual do concurso para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro. A prova, formulada pela Fundação Carlos Chagas, foi aplicada em janeiro de 2014. Inicialmente, é importante reconhecer que foi uma prova muito bem elaborada, diferentemente das que ficaram a cargo da FGV. O aprofundamento e a distribuição das questões e a falta de grandes erros materiais eliminam as chances dos questionamentos sobre a qualidade do conteúdo abordado. Isso não quer dizer que a prova tenha agradado aos candidatos, já que a banca primou pela formulação de questões extensas e trabalhosas na maior parte dos casos. Comparativamente, ouso dizer que foi uma prova mais fácil, comparando-se com as aplicadas nos três últimos concursos para o cargo assemelhado no Estado de São Paulo. Entretanto, o tamanho dos enunciados, agregando-se o fato de que foi introduzida uma limitação de controle do tempo de prova, não permitiu que a maioria dos candidatos pudesse responder as questões com o tempo necessário. A resolução das questões será feita tendo em vista uma premissa de que o candidato deveria achar atalhos para conseguir gastar o menor tempo possível em cada uma delas. Sei que é fácil analisar friamente cada enunciado, a posteriori e fora do ambiente de prova. Entretanto, creio que parte dos futuros colegas que lograram sucesso devem ter percebido alguns desses atalhos. Fica uma dúvida no ar. Será que é este tipo de requisitos habilidade mental e rapidez de ação - que um Auditor Fiscal mais necessita para exercer suas funções? Será que a atividade de fiscalização e formalização do crédito tributário também não é valorizada por indivíduos que costumam refletir um pouco mais e tomar as decisões corretas com mais tranquilidade? Deixando de lado essas dúvidas, é certo que a FCC e as instituições contratantes estão escolhendo este tipo de prova com frequência cada vez maior. Assim, além das habilidades

relacionadas com o conhecimento das diversas disciplinas, o candidato deve considerar a necessidade de treinamento específico em leitura dinâmica e em resolução rápida de contas complexas. Sem esses atributos, de nada adianta ser um profundo conhecedor de todo o conteúdo previsto no edital. Poderíamos adicionar também exercícios destinados a permitir um maior controle sobre o passar do tempo e técnicas posturais para enfrentar as longas horas de estresse. Bem, mas vamos ao que nos interessa. Neste primeiro bloco, apresento a resolução das 11 primeiras questões, considerando a prova do modelo A01. E meus parabéns aos novos colegas, vencedores da árdua batalha, que em breve valorizarão ainda mais a fiscalização estadual de tributos do Estado do Rio de Janeiro. Bons Estudos! Prof. Pedro Diniz 70. A Comercial Importadora Esaú & Jacó, sediada em Niterói-RJ, importou mercadorias da China e as desembaraçou no porto de Vitória-ES. Entretanto, tais mercadorias são sujeitas à substituição tributária das operações subsequentes, tanto pela legislação fluminense, como pela legislação capixaba. Antes de retirar a mercadoria da zona aduaneira, o contribuinte atentou para o artigo 12, 2º, da Lei Complementar nº 87/1996, que estabelece: Art. 12... 2º Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deverá ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em contrário. Para retirar a mercadoria da zona aduaneira, o importador deverá apresentar ao órgão responsável pelo desembaraço o comprovante de pagamento do ICMS devido ao Estado do: a) Espírito Santo, em razão da importação realizada, visto que nesse momento ocorreu o fato gerador do referido imposto, bem como o comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao Estado do Rio de Janeiro, relativamente às operações subsequentes.

b) Espírito Santo, em razão da importação realizada, visto que nesse momento ocorreu o fato gerador do referido imposto, bem como o comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao mesmo Estado, relativamente às operações subsequentes. c) Rio de Janeiro, apenas, em razão da importação realizada. d) Rio de Janeiro, em razão da importação realizada, como também o comprovante do ICMS devido, por substituição tributária, ao mesmo Estado, relativamente às operações subsequentes. e) Espírito Santo, apenas, em razão da importação realizada. Esta pode ser classificada como uma das questões de fácil resolução da prova de janeiro. O tema é a sujeição ativa do imposto (qual UF pode cobrar o ICMS) e o diploma a ser considerado é a LC 87, que difere das disposições da legislação estadual. Nesse caso, então, a regra que acarreta o direito de cobrança é o local no qual ocorrerá a entrada física, conforme a alínea d do inciso I do art. 11. O fato de se tratar de mercadoria sujeita a ST não afeta o ICMS importação, e assim já podemos dizer que as opções A, B e E estão erradas. Nos dois casos restantes, temos uma dificuldade adicional, relacionada com informação presente na alternativa D: haveria necessidade de pagar, também no momento do desembaraço, o ICMS devido por ST? Pelo próprio dispositivo da LC, vemos que só se exige antecipadamente o ICMS relacionado com a importação como requisito para proceder ao desembaraço. Essa interpretação é também corroborada pela própria Lei do ICMS, no inciso II do art. 23. Nos casos de substituição para frente, a retenção do imposto pelo industrial ou pelo importador (substituto) deve ocorrer apenas quando estes derem saída da mercadoria ou bem para seus clientes (substituídos). Gabarito: C 71. A Metalúrgica Sansão e Dalila, localizada no Estado do Rio de Janeiro, fabricou, sob encomenda de empresa petrolífera, um guindaste, no valor de R$ 200.000,00, cobrando, ainda, mais R$ 30.000,00, pelo projeto de engenharia industrial de desenvolvimento do produto e, também, R$ 20.000,00, a título de despesas de montagem e instalação do

equipamento. A empresa metalúrgica recebeu o valor total no mês de fevereiro de 2013, emitindo documento fiscal de Venda para Entrega Futura. Entretanto, o equipamento só ficou pronto no dia 30 de junho de 2013, data em que saiu do estabelecimento do fabricante com destino ao local de instalação, sendo instalado, no estabelecimento destinatário, em Campos-RJ, no dia 1º de julho de 2013. Nesse caso, o fato gerador ocorrerá em: a) julho e a base de cálculo do ICMS será de R$ 220.000,00. b) junho e a base de cálculo do ICMS será de R$ 250.000,00. c) fevereiro e a base de cálculo do ICMS será de R$ 220.000,00. d) fevereiro e a base de cálculo do ICMS será de R$ 230.000,00. e) fevereiro e a base de cálculo do ICMS será de R$ 250.000,00. Esta também pode ser considerada uma questão fácil. Neste modelo da prova, a banca parece ter colocado duas questões mais simples para enganar quem resolveu dar uma conferida apenas nas primeiras questões de LT. É de mais fácil resolução ainda se o candidato sabia a regra da legislação sobre saídas para entrega futura, prevista no 11 do art. 3º do Livro I do RICMS. Baseado nesta disposição, o FG ocorreu no mês de junho, quando ocorreu a efetiva saída do guindaste. Assim, todas as demais alternativas, excetuada a que contém a resposta, já estariam descartadas. Mesmo para quem não conseguiu identificar a resposta, no que se refere à base de cálculo, vejamos como devem ser computadas as importâncias que constam no enunciado: 1. Valor da mercadoria ou bem: sempre entra + 200 2. Valor do Projeto: sempre entra também, conforme o art. 5º, II, a, entendido como qualquer importância cobrada (seria ISS apenas se fosse cobrado como projeto em separado) + 30 3. Despesas de montagem: sempre entram quando cobradas junto com o fornecimento, de acordo com o 1º do art. 4º da Lei do ICMS + 20 Gabarito: B

72. O Regulamento do ICMS do Estado do Rio de Janeiro, aprovado pelo Decreto no 27.427/2000, no Título I do Livro I, estabelece: Art. 3º O fato gerador do imposto ocorre:... IV no fornecimento de mercadoria com prestação de serviço: 1. não compreendido na competência tributária dos municípios; 2. compreendido na competência tributária dos municípios, e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido em legislação aplicável; Considere as situações a seguir: I. Hospital fluminense adquire medicamentos de outro Estado, para aplicar em tratamento médico. II. Hotel da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, fornece refeições à delegação do time japonês, durante a Copa do Mundo, as quais estão inclusas no valor das diárias. III. Oficina conserta elevador de Hotel da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, cobrando pela mão de obra e pelas peças substituídas durante o conserto. IV. Empresa fluminense de preparação de eventos e organização de festas foi contratada por Hotel da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, para realizar a Festa da Primavera e cobrou R$ 100.000,00 pela organização do evento e do bufê, em cujo montante já estava incluso o valor do fornecimento da alimentação e das bebidas. É possível identificar fato gerador do ICMS APENAS nas situações descritas em: a) III e IV. b) I e III. c) II, III e IV. d) II e III. e) I e IV. Neste caso, o tema é a intersecção do ICMS com o ISS, nas situações em que encontramos fornecimento de mercadorias conjuntamente com serviços, gerando sujeição ao tributo estadual. É um tema recorrente nas provas da FCC, seja nos concursos do fisco estadual ou do fisco municipal.

O enunciado pede que sejam identificadas as situações em que se cobra o ICMS. Vejamos as hipóteses apresentadas. I. Neste caso, poderia haver cobrança do ICMS pela entrada interestadual, mas não se exige o diferencial, pois o hospital é contribuinte do ISS e usa o medicamento na prestação de seus serviços sem FG. II. Ao incluir no valor da diária a cobrança do serviço de alimentação, o hotel foge à tributação do ICMS, na regra do item 4 do 5º do art. 3º do Livro I do RICMS sem FG. III. A oficina que fornece peças juntamente com o conserto que executa deve pagar ICMS sobre as peças, na regra do item 5, 5º,art. 3º, Livro I, do RICMS ocorre FG. IV. Finalmente, a empresa de buffet que fornece alimentação e bebidas deve pagar o ICMS sobre estas mercadorias, na regra do item 3 do 5º do art. 3º ocorre FG. Gabarito: A 73. Ao atribuir a competência tributária para a União, a Constituição Federal estabelece: Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:... IV produtos industrializados. Por outro lado, ao atribuir a competência para os Estados, determina a Constituição Federal: Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:... II operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; Em várias operações realizadas por empresas que se caracterizam como contribuintes tanto do IPI como do ICMS, temos a incidência dos dois impostos de forma concomitante. Nesse sentido, considere indústria vendendo seu produto a: I. construtora que irá incluir em obras de construção civil; II. comerciante revendedor de outro Estado;

III. comerciante revendedor do mesmo Estado; IV. outra indústria que vai utilizar como matéria-prima; V. outra indústria que utilizar como bem do ativo imobilizado. O IPI será incluído na base de cálculo do ICMS APENAS nos casos constantes em a) II, III e IV. b) III e V. c) III e IV. d) I e V. e) II e III. Outra questão sobre ICMS que envolve tema constitucionalmente regulado. Tal regramento não foi colocado no enunciado, mas também está expresso na CF (inciso XI, 2º, do art. 155): XI não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos; Excepcionalmente, o valor cobrado a título de IPI pode ser desconsiderado no momento de calcular o ICMS, e o examinador quer saber em quais dos cinco casos indicados esta dispensa não ocorrerá. I. A construtora que recebe mercadorias para incluir em obra não se caracteriza como contribuinte, ferindo uma das três condições da dispensa o IPI deve ser incluído neste primeiro caso. E a nossa resposta já foi encontrada! Só a opção D atende ao solicitado! Vejamos as demais situações: II. Na saída para contribuinte que comercializará a mercadoria não se inclui o IPI, mesmo que este se localize em outra UF. III. Na saída para contribuinte que comercializará a mercadoria não se inclui o IPI. IV. Na saída para contribuinte que industrializará a mercadoria não se inclui o IPI. V. Por fim, no caso de saída para contribuinte, mas com destino a imobilização, e não para comercialização ou industrialização, fica desatendida uma outra condição: o IPI deve ser incluído na BC do ICMS.

Gabarito: D 74. As alíquotas internas hipotéticas das mercadorias de origem nacional a seguir relacionadas, praticadas pelo Estado do Rio de Janeiro, são respectivamente: sal 12%; confecções 18%; óleo diesel 12%. Supondo que contribuintes do regime normal de apuração tenham efetuado, em uma determinada data, as seguintes vendas: Atacadista Daniel, localizado em Niterói-RJ, vendeu R$ 100.000,00 de sal a supermercado de Brasília-DF; Indústria Isaías, localizada em Macaé-RJ, vendeu R$ 100.000,00 de confecções à empresa distribuidora de energia elétrica do Acre; Distribuidora Ezequiel, localizada em Petrópolis-RJ, vendeu R$ 100.000,00 de óleo diesel a posto de combustíveis de Palmas-TO. O valor total do ICMS devido ao Estado fluminense referente a essas operações é a) R$ 21.000,00. b) R$ 30.000,00. c) R$ 14.000,00. d) R$ 24.000,00. e) R$ 42.000,00. Temos agora uma questão concreta para verificar se o candidato conhece regras previstas para utilização de alíquotas em função da natureza de operação ou prestação realizada. Tais regras estão indicadas dentro da própria Constituição Federal, devendo também ser seguidas as disposições sobre a aplicação das alíquotas interestaduais, definidas pelo Senado Federal para as operações entre contribuintes em especial a Resolução 22/89. Outra informação de relevância presente no enunciado deve ser observada: trata-se de operação com mercadorias de origem nacional, para as quais não se aplicam as regras da Resolução 13/12. 1. A operação inicial ocorre entre contribuintes localizados em UFs distintas, com o objetivo de revenda consideramos o que consta no inciso IV, devendo ainda considerar que a operação se inicia no Sudeste e se encerra no Centro-Oeste do Brasil. Aplicamos a alíquota de 7%.

2. Em seguida, temos outra operação interestadual entre contribuintes do ICMS, sendo que agora o adquirente utilizará as mercadorias em atividade de consumo (confecções para empresa de energia elétrica). Para uso final, temos outras regras na CF: deve ser usado o regramento da alínea a, inciso VII, 2º do art. 155, da Constituição Federal. Sendo o destinatário contribuinte, continua a ser aplicada a alíquota interestadual. Assim, como se trata de saída do RJ para destinatário localizado na região Norte, se aplica também a alíquota de 7%. Nesta segunda operação, haveria ainda pagamento de imposto, na origem, para o estado do Acre, mas esse aspecto não é relevante para a solução da questão. 3. Na operação final, também realizada entre contribuintes localizados em UFs distintas e com finalidade de revenda. Pela localização do destinatário, também seria aplicada uma alíquota de 7% conforme regra do inciso IV. Entretanto, pela natureza da mercadoria (derivado de petróleo), protegida constitucionalmente da incidência do ICMS nas saídas interestaduais, nada será cobrado na origem, em razão do disposto na alínea b do inciso X, 2º, do art. 155. Temos aqui uma pequena imprecisão, pois o óleo diesel não é unicamente manufaturado com petróleo ou outro de seus derivados. Entretanto, não teríamos como pleitear resposta distinta da que se encontra na opção C. Gabarito: C 75. Considere as proposições a seguir: I. Pessoa física que, uma única vez, importa equipamento do exterior para utilização em tratamento de saúde, não é considerada contribuinte, devido a falta de habitualidade na prática do fato gerador e a ausência de intuito comercial. II. O armazém-geral fluminense será responsável pelo ICMS incidente na saída de mercadoria depositada por contribuinte, quando ocorrer inadimplência do depositante, devedor original da obrigação tributária. III. No caso de uma empresa transportadora, que realiza apenas prestação de serviço de transporte intramunicipal na cidade do Rio de Janeiro, adquirir lubrificantes derivados de petróleo de fornecedor de outro Estado, não haverá ICMS a ser pago ao Estado do Rio de Janeiro, em virtude da imunidade constitucional para as operações interestaduais com tal mercadoria e, também, em virtude de o destinatário não ser contribuinte do ICMS. Está INCORRETO o que se afirma em:

a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I, II e III. e) II e III, apenas. Esta é outra questão que segue o figurino da FCC: apresentação de um conjunto de assertivas, solicitando, em seguida, que sejam identificadas quais estão incorretas. O tema comum enfocado são vários dispositivos sobre a sujeição passiva, direta e indireta. I. Temos aqui uma fácil classificação, dado que sabemos que, para a legislação do ICMS, seja a complementar federal, seja a ordinária estadual, no caso de importação o requisito de habitualidade, é dispensado para a caracterização da condição de contribuinte. Sendo assim, já estariam eliminadas as alternativas B, C e E. II. A responsabilidade dos Armazéns Gerais está prevista de diversas formas dentro da Lei do ICMS, destacando-se aquelas indicadas no inciso III do art. 18. Não se encontra indicado, no entanto, o fato do contribuinte depositante estar inadimplente com o Fisco. As hipóteses preveem casos em que o lançamento e declaração do imposto estão prejudicados, mas quando se trata de simples falta de pagamento, nada pode ser oposto ao armazém. Assim, o candidato nem precisava ler a terceira alternativa, pois a resposta já está descoberta, já que as duas primeiras afirmativas são falsas. III. A assertiva final explora o Fato Gerador relacionado com a entrada de mercadoria imune de outra UF. Nesse caso, a exigibilidade depende do destino a ser dado a mercadoria ou bem (quando não se comercializa ou industrializa posteriormente), e não do fato do destinatário ser ou não contribuinte. Assim, mesmo o prestador intramunicipal deve pagar o ICMS. É incorreta também a última assertiva, confirmando a resposta na opção D. Gabarito: D 76. Para efeito de cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, considera-se local da operação: a) quanto a bem importado do exterior, o do domicílio do adquirente, exceto quando não for contribuinte habitual do imposto.

b) aquele de onde o ouro tenha sido extraído, em relação à operação em que passe a ser considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial. c) aquele em que seja realizada a apreensão, no caso de arrematação de mercadoria ou bem importado do exterior e apreendido. d) quanto à mercadoria importada do exterior o do estabelecimento destinatário da mercadoria ou bem, quando a importação, promovida por outro estabelecimento, ainda que situado em outra unidade da Federação, esteja previamente vinculada ao objetivo de destiná-lo àquele. e) aquele em que ocorreu a saída da mercadoria do estabelecimento, quando flagrada em situação fiscal irregular em seu transporte. Uma outra questão foi elaborada para trabalhar com o tema do local do fato gerador do ICMS. Não há menção ao diploma a ser considerado, então utilizarei as regras do art. 30 da Lei Estadual do ICMS. Pode ser colocada entre as de fácil resolução. Na primeira alternativa, encontramos uma inversão do conteúdo previsto no item d2, inciso I, do citado art. 30. O local da operação será o domicílio do importador exatamente quando este for não contribuinte habitual do ICMS. Sendo contribuinte, teremos sempre um estabelecimento no qual as atividades são desenvolvidas. Não pode ser considerada correta. Outra situação particular é abordada na opção B, sobre o ouro considerado mercadoria. Nos termos do item g, inciso I, do art. 30, o local de extração será considerado local de FG quando o ouro deixar de ser considerado ativo financeiro ou instrumento cambial. Quando ele passa a obter tal condição, ocorre FG do Imposto sobre Operações Financeiras. Também não atende ao enunciado. Nos casos de licitação de mercadoria importada, a legislação determina que o momento do FG deva ser o da aquisição, e não o da apreensão da mercadoria importada apreendida e abandonada. A assertiva diverge da regra prevista no item e, inciso I, do art. 30. A nossa resposta encontra-se na opção D. O regramento consta no item d13 do inciso I. Pela Lei Estadual do ICMS, quando uma mercadoria for importada por um estabelecimento da empresa, mas estiver destinada previamente a outro

estabelecimento, o local do FG será definido pela localização deste segundo estabelecimento. A assertiva final também está equivocada. Sem a documentação regular, não podemos admitir que o local da operação seja o da saída da mercadoria, pois este é desconhecido ou até mesmo forjado. Assim, o regramento do item c do inciso I é que o local do FG é o próprio local no qual ela for encontrada irregularmente, seja em trânsito, seja armazenada. Gabarito: D 77. A Transportadora Josué estabelecida em Volta Redonda-RJ, que apura o ICMS devido por meio do regime periódico de apuração, efetuou, no mês de setembro de 2013, transporte de fios elétricos desde aquela cidade fluminense até uma empresa distribuidora de energia elétrica, consumidora final da mercadoria, situada em Salvador-BA, cobrando, pelo frete, o valor de R$ 2.000,00. No mesmo mês, efetuou o transporte de fios elétricos, com destino a uma loja revendedora de Santa Catarina, cobrando a importância de R$ 1.000,00 por essa prestação de serviço de transporte. Ao retornar, cobrou a importância de R$ 2.500,00, a título de frete, para trazer explosivos desde Brusque-SC, até loja revendedora do Rio de Janeiro. Nesse caso, considerando as alíquotas do ICMS incidentes sobre essas prestações, o valor total do ICMS devido ao Estado do Rio de Janeiro, pelas prestações acima mencionadas, será: a) R$ 480,00. b) R$ 780,00. c) R$ 560,00. d) R$ 660,00. e) R$ 260,00. Agora temos outra questão relativamente fácil a respeito de cálculos envolvendo a forma pela qual o ICMS incide sobre prestações de serviço de transporte. Mediante a aplicação das alíquotas adequadas, deve-se promover o cálculo para chegar ao valor do imposto devido ao Estado do Rio de Janeiro. 1. Na primeira prestação, temos frete interestadual para uma capital localizada no Nordeste, com destino a contribuinte do ICMS a alíquota aplicável é de 7%, decorrendo destas condições um imposto equivalente a R$ 140,00.

2. Na segunda saída, também com destino a contribuinte, o imposto deve ser calculado pela alíquota de 12% (aqui temos uma pequena imprecisão, pois não há menção expressa ao local de saída da mercadoria). Consideremos, então, que o imposto devido é de R$120,00, em função do frete destinado a unidade federada da região Sul do país. 3. A prestação final nem merece ser calculada, pois o retorno do transportador com carga acarreta tributação do ICMS para o estado de Santa Catarina. Sendo assim, o total devido para o ERJ é de R$ 260,00, indicação presente na letra E. Não seria atendido também eventual recurso interposto por candidato, mas o enunciado parte de uma outra presunção que, se não atendida, implicaria em resultado distinto. A resposta considera as alíquotas interestaduais definidas para as prestações rodoviárias, aquaviárias e ferroviárias. Caso o frete fosse efetuado por via aérea, o ICMS devido seria de R$ 120,00, com a aplicação da alíquota de 4%, definida pela Resolução do Senado 95/96. Gabarito: E 78. A Fábrica de Tintas Amós, de Nova Iguaçú-RJ, efetuou vendas de tintas (mercadoria que está sujeita à substituição tributária das operações subsequentes, em território fluminense) às seguintes empresas localizadas no Estado do Rio de Janeiro: Fábrica de Tintas Miquéias, que as irá revender; Fábrica de Fogões Habacuc, que irá utilizá-las na pintura de seus produtos; e Atacadista Baruc, que, após essa aquisição, decidiu revender apenas metade do lote, destinando o restante à pintura de suas instalações. Nesse caso, Amós deverá reter o ICMS a) nessas três situações, mas Amós terá direito a ressarcimento referente à tinta utilizada por Baruc, na qualidade de consumidor final. b) apenas na venda para Baruc, e este terá direito ao ressarcimento referente à tinta que utilizou para consumo. c) nas vendas para Miquéias e Baruc, e nenhuma das empresas terá direito a ressarcimento. d) nas vendas para Miquéias e Baruc, e este terá direito ao ressarcimento referente à tinta que utilizou para consumo. e) nessas três situações, e nenhuma das empresas terá direito a ressarcimento.

Esta é uma questão importante e difícil que trata da Substituição Tributária no ICMS. O examinador aproveitou para incluir questionamento duplo, indagando sobre as situações em deve ser retido o imposto nas operações seguintes e também quando surge oportunidade de solicitar o ressarcimento do imposto anteriormente retido. A primeira preocupação é saber o que acarreta a retenção antecipada a ocorrência de pelo menos uma outra operação subsequente, no processo de circulação da mesma até o consumidor final. A remessa para comercialização das mercadorias e bens se sujeita ao regime de ST, enquanto as saídas para industrialização, consumo ou imobilização, não se sujeitam, como regra geral. Assim, em primeiro lugar: Na saída para Miquéias, com fins de revenda: retém Na saída para Habacuc, com finalidade de consumo: não retém Na saída para Baruc, com fins de revenda: retém Mas nem sempre é preciso reter na própria operação, pode-se deixar para promover a retenção depois, na próxima operação. É o caso de saída entre indústrias ambas são consideradas substitutas. Então, só se retém efetivamente na saída para Baruc. A regra que justifica este procedimento (dispensa de retenção) encontra-se no art. 38 da Lei do ICMS. A dispensa para estabelecimentos também considerados substitutos está indicada no inciso I. Com isso, a resposta já foi encontrada na opção B. Quanto ao direito de ressarcimento, encontramos as previsões de forma mais explicitada no art. 18, Livro II, RICMS. Nele estão apresentadas todas as situações que caracterizam a falta de ocorrência de uma operação subsequente de comercialização: remessa para industrialização, perda, remessa para outra UF etc. No caso, Baruc, pelo consumo de metade das mercadorias recebidas, tem direito ao ressarcimento proporcional, o que confirma nossa resposta. Gabarito: B 79. No mês de maio de 2013, as Indústrias Geroboão, do Rio de Janeiro-RJ, realizaram APENAS operações de saída de mercadorias tributadas.

Nesse mesmo mês, efetuaram as seguintes aquisições: material de embalagem, no valor de R$ 100.000,00, com ICMS de R$ 18.000,00; mesa de reuniões para a diretoria da empresa, no valor de R$ 30.000,00, com ICMS no valor de R$ 5.400,00; despesas com serviços de comunicação utilizados na atividade de compras de insumos e de vendas de produtos, no valor de R$ 20.000,00, com ICMS de R$ 5.000,00; veículo para entrega de mercadorias vendidas no valor de R$ 200.000,00, com ICMS de R$ 24.000,00. Com base na Lei Complementar no 87/1996 e na Lei Estadual no 2.657/1996, o valor que essa empresa poderá lançar como crédito, nesse mês, é a) R$ 18.500,00. b) R$ 23.500,00. c) R$ 23.725,00. d) R$ 18.725,00. e) R$ 18.000,00. Esta questão trata de assunto que também é sempre exigido em provas do Fisco estadual. A banca solicita que seja realizado um pequeno exercício sobre os cálculos necessários para a compensação de créditos e débitos do ICMS. A questão apresenta poucos eventos, facilitando as contas, mas foi utilizado um critério que não se encontra previsto expressamente na Lei Complementar e na Lei Ordinária do ICMS do RJ. Apenas no RICMS-RJ temos disposições que corroboram o entendimento da FCC. 1. Na primeira aquisição temos os materiais para embalagem, que podem ser creditados, pois circulam posteriormente, tal como a mercadoria ICMS a creditar de R$ 18.000. 2. A mesa de reuniões para a diretoria é um bem do ativo, admitindo crédito fracionado em 48 meses, conforme o 2º do art. 33, da Lei do ICMS. Entretanto, em função de restrições que se encontram apenas no Livro I do RICMS, não se admite o creditamento da fração equivalente a 5.400/48 = R$ 112,50. O dispositivo que traz tal vedação é o parágrafo único do art. 43, Livro I, do RICMS: Salvo prova em contrário, presumem-se alheios à atividade do estabelecimento os veículos de transporte pessoal e qualquer mercadoria ou bem que, adquirido para ativo fixo ou consumo do estabelecimento, NÃO SEJA UTILIZADO DIRETAMENTE em sua atividade industrial, comercial ou de prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

3. No caso dos serviços de comunicação para indústria temos restrição na Lei Complementar para que tal creditamento ocorra para as entradas verificadas antes de janeiro de 2020. 4. Por fim, nos casos de veículos não utilizados para transporte pessoal podemos aplicar a regra de creditamento fracionado: 24.000/48 = R$ 500,00. O crédito total é de R$ 18.500,00, indicando resposta na opção A. Outra informação relevante é a de que todas as saídas foram tributadas. Deste modo os créditos conferidos pela entrada não se sujeitam a nenhum tipo de limitação em função das saídas. Infelizmente, o critério utilizado na compra da mesa ultrapassa o conteúdo da LC e da Lei do RJ. Este mesmo entendimento já tinha sido seguido pela FCC em uma prova aplicada no curso de formação dos Auditores Fiscais de SP aprovados em 2002. Como não havia resposta atendendo ao resultado alternativo, não creio que sejam aceitos eventuais recursos interpostos. Gabarito: A 80. Considerando que a mercadoria é sujeita à substituição tributária das operações subsequentes, no Estado do Rio de Janeiro, de acordo com a legislação fluminense, é correto afirmar: a) O ICMS referente às operações subsequentes deverá ser retido e recolhido pelo industrial ou pelo atacadista, a favor do Estado do Rio de Janeiro, estejam eles localizados no próprio Estado fluminense ou em Estados signatários de acordo de substituição tributária com o Estado do Rio de Janeiro, sempre que remeterem a mercadoria a revendedor fluminense. b) Em caso de existência de acordo de substituição tributária com o Estado onde se situa o contribuinte remetente da mercadoria (substituto), se este não efetuar a retenção e o recolhimento do ICMS devido antecipadamente por substituição tributária, dele, e não do destinatário (substituído), será exigido o imposto não retido, pois o CTN estabelece, em seu artigo 102, que a legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. c) No cálculo do ICMS retido por substituição tributária, por substituto industrial, o valor do IPI pago pela indústria e cobrado em sua Nota Fiscal, não será incluído na base de

cálculo da substituição tributária, visto que a mercadoria se destina à comercialização pelo destinatário. d) A margem de valor agregado das mercadorias sujeitas à substituição tributária, em operações internas, será estabelecida calculando-se a relação percentual entre os preços de varejo e da indústria ou entre os preços do varejo e do atacado, adotandose a média ponderada dos preços coletados, e será estabelecida em convênio ou protocolo firmado no âmbito do Confaz. e) O contribuinte terá direito à restituição do imposto retido, em caso de perda ou extravio da mercadoria em seu estoque, mediante autorização da repartição fiscal, lançando-o em seu livro Registro de Apuração do ICMS, e no caso de operação interestadual destinada a contribuinte, mediante a emissão de Nota Fiscal, exclusiva para esse fim, em nome do estabelecimento que tenha efetuado a retenção, pelo valor do imposto retido, após a mesma ser visada pela repartição fiscal que efetuará as verificações necessárias. Encerramos nosso primeiro bloco de resoluções com outra questão sobre substituição tributária, com assertivas diversas sobre esse regime de apuração e pagamento do ICMS. As opções longas e a complexidade dos textos indicavam que o candidato deveria ter abandonado a iniciativa de responder a questão, dadas as condições da prova. Entretanto, vejamos como chegamos à resposta correta desejada. O erro da assertiva inicial decorre da utilização da palavra sempre, pois mesmo que exista acordo, nas operações interestaduais, em alguns casos a retenção não se efetua por razões diversas, conforme dispõe o art. 29 da Lei do ICMS: o revendedor pode também ser substituto, pode ser estabelecimento não varejista da mesma empresa etc. Na segunda opção, também temos uma afirmação que não pode ser considerada integralmente correta, já que a cobrança antecipada pode ser feita do substituto de outra UF, mas pode também ser feita do próprio substituído no estado do RJ, conforme preveem os arts. 25 e 21, inciso VI, da Lei do ICMS. A opção C tem uma proposição importante sobre inclusão do IPI na base de cálculo da retenção. A regra constitucional, aplicável na operação do industrial não se aplica neste caso. Quando se trata da BC de retenção, o valor do IPI, excluído da BC da operação própria, presume-se repassado aos futuros destinatários da mercadoria, devendo ser incluído na BC final. Bem elaborada, mas falsa também a assertiva.

Temos, em seguida, outra afirmativa próxima da correção, segundo o que consta no art. 11, Livro II, do RICMS. As BCRs são fixadas mediante a apuração de margens entre indústria e varejo e entre atacado e varejo, mas, no caso das operações internas, sua fixação interna é dada por lei ordinária, e não por meio de convênio. A opção final é a única 100% correta. Estão previstas duas formas de restituição do ICMS retido e depois tornado não devido, conforme os arts. 19 e 20, Livro II, do RICMS. Quando houver perda, o próprio contribuinte ajusta o valor do ICMS, promovendo o creditamento após autorização do Fisco. Quando se tratar de operação interestadual subsequente, para fora do RJ, o mecanismo passa a ser a emissão de nota fiscal de ressarcimento pelo substituído intermediário, endereçada ao substituto que fez a retenção original. Gabarito: E