Vigilância Populacional de Doença Pneumocócica Invasiva em Goiânia, Brasil. Ana Lúcia S. S. Andrade

Documentos relacionados
Carla A. S Domingues. Coordenadora Geral do Programa Nacional de Imunizações

Implementação da vigilância de PB y MB na Região das Américas

SALA DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE DOS IMIGRANTES

Vigilância sentinela das PB e MB em menores de 5 anos

Avaliação epidemiológica do impacto de um programa de vacinação

Estudos de eficácia da vacina contra pneumococo. Ana Lucia S S de Andrade Universidade Federal de Goiás

Departamento de Pediatria Journal Club. Apresentadora: Eleutéria Macanze 26 de Julho, 2017

Vigilância das meningites e doença meningocócica 2019

Marcos Carvalho de Vasconcellos Departamento de Pediatria da FM UFMG

UTILIZAÇÃO DAS DIFERENTES VACINAS PNEUMOCÓCICAS CONJUGADAS

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica

Maria Barros 8 Novembro 2017 PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE E HOSPITALAR

PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA PAV IMPORTÂNCIA, PREVENÇÃO CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS E NOTIFICAÇÃO

Vigilância das meningites e doença meningocócica

INSERIR O TÍTULO DO DO EVENTO

SIREVA no Brasil: funcionamento apresentação de dados

Vacinação em prematuros, crianças e adolescentes

Vigilância Epidemiológica... A implantação dos NHE. Alcina Andrade. SESAB/SUVISA/DIVEP Junho Secretaria da Saúde

2. Aplicabilidade: Coletadores, técnicos, bioquímicos, biomédicos, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos

Vigilância Epidemiológica Informar para conhecer. Profª Sandra Costa Fonseca

MENINGITE E DOENÇA MENINGOCÓCICA. Profa. Maria Lucia Penna Disciplina de Epidemiologia IV

Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP

Avaliação epidemiológica do impacto de um programa de vacinação

PNEUMONIAS BACTERIANAS AGUDAS ADQUIRIDAS NA COMUNIDADE

RESULTADO TRABALHOS CIENTÍFICOS

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

Convergência entre o Protocolo Genérico OPAS/CDC para a Vigilância de Influenza

COLETA DE SANGUE PARA HEMOCULTURA

Coberturas vacinais e homogeneidade, crianças menores de 1 ano e com 1 ano de idade, Estado de São Paulo,

SAÚDE DA CRIANÇA: PERFIL E LINHAS DO CUIDADO

MORBIDADE HOSPITALAR

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde - particularidades na criança

INFECÇÕES RELACIONADAS A CATETERES VASCULARES

Epidemiology of Meningococcal Disease in Brazil

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil

Danielle Guedes, Talita Wodtke e Renata Ribeiro

30 anos de SUS Saúde no Brasil e a evolução do tratamento do câncer

Descentralização de Programas de Vigilância e Controle de Doenças

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

Risco Ocupacional X Vacina. José Geraldo Leite Ribeiro

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

Vigilância das Doenças Crônicas Não

SALA DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE DOS IMIGRANTES

Causas responsáveis pelos maiores gastos globais com internação - SUS Brasil,

Cadastro metas para Indicadores de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde - Prioridades e Objetivos Estado: GOIAS

Reunião da CIT. Febre Amarela

Investigação de óbitos suspeitos de dengue

QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS DAS REDES PÚBLICA E PRIVADA?

SUMÁRIO. Glossário Apresentação PARTE I PRINCÍPIOS GERAIS... 27

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA COMUNIDADE. Etapas. Delimitação 11/4/2012. Diagnóstico de Saúde da Comunidade. Informações Gerais sobre a Área

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO DA ALDEIA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Criança

VACINAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Dose única 1 dose ao nascer. 1ª dose

ROTAVÍRUS Juliana Aquino

UPA 24h. Unidade de Pronto Atendimento. São objetivos da UPA:

Vacinas no paciente portador de doenças pulmonares crônicas. Mara Figueiredo

TITULO Inteligência artificial na medicina: aplicação do raciocínio baseado em caso no auxílio ao diagnostico radiológico de pneumonias na infância.

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância das meningites e doença meningocócica

A PEDIATRIA E A SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NO BRASIL: Contribuição da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para a promoção de ações com

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR

Ministério da Saúde Gabinete do Ministro PORTARIA Nº 1.946, DE 19 DE JULHO DE 2010

Declaração de Conflitos de Interesse. Nada a declarar.

VACINAS A SEREM DISPONIBILIZADAS PARA AS CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS DE IDADE NA CAMPANHA DE MULTIVACINAÇÃO 2016.

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Departamento de Pediatria Serviço de Pneumologia Pediátrica Journal Club. Setembro 2018

Dra. Tatiana C. Lawrence PEDIATRIA, ALERGIA E IMUNOLOGIA

Novas vacinas : Seu impacto em pediatria. Margarida Correia. Luanda, Ormed Angola

- Meningite Pneumocócica-

Epidemiologia. Tipos de Estudos Epidemiológicos. Curso de Verão 2012 Inquéritos de Saúde

PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO

PLANO DE CURSO PEDIATRIA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

Vigilância das Doenças Crônicas Não

PAC Pneumonia Adquirida na Comunidade

NOTA DE ALERTA SARAMPO

Incidência de hospitalização por PAC

INFORME Nº 14/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL

PNEUMONIA ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA (PAV)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE MEDICINA TROPICAL E DERMATOLOGIA

1 AMOSTRA/HEMOCULTURA = 1 PUNÇÃO VENOSA DISTRIBUÍDA EM 2 FRASCOS DE HEMOCULTURA

Biossegurança. Drª Jacqueline Oliveira Rueda. Infectologista Pediátrica Mestre em Doenças Infecciosas

A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE E O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

Vigilância da Influenza A (H1N1)

Trabalho Final Atividades Integradoras IV. Aline dos Santos Novaes Martins

Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil, até semana epidemiológica 31 de 2009

Inquérito epidemiológico *

O MELHOR JEITO DE ESTUDAR É O SEU. Pediatria 2018

Painel de Indicadores Estratégicos de Vigilância em Saúde

O ESTUDO. Pneumonias: monoterapia com β-lactâmico ou terapia combinada a macrolídeo?

Pneumonia (Pneumonia Humana) (compilado por Luul Y. Beraki)

Assunto: Atualização da investigação de caso suspeito de sarampo em João Pessoa/PB - 22 de outubro de 2010

Transcrição:

Vigilância Populacional de Doença Pneumocócica Invasiva em Goiânia, Brasil Ana Lúcia S. S. Andrade

3 IPTSP

Anos de Vida Perdidos por Incapacidade e Morte Prematura 0 20 40 60 80 100 INFECÇÕES TRATO RESPIRATÓRIO BAIXO INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO BAIXO HIV-AIDS HIV-AIDS 84,5 91,0 DEPRESSÃO UNIPOLAR DEPRESSÃO - BIPOLAR DIARRÉIAS DIARRÉIAS DOENÇA ISQUÊMICA DO CORAÇÃO DOENÇA ISQUÊMICA DO CORAÇÃO DOENÇAS NEGLIGENCIADAS DOENÇAS NEGLIGENCIADAS DOENÇAS CEREBROVASCULARES DOENÇAS CEREBROVASCULARES MALÁRIA MALÁRIA 49,2 46,5 67,5 62,0 58,6 56,6 ACIDENTE DE TRÂNSITO ACIDENTE DE TRÂNSITO TUBERCULOSE TUBERCULOSE 34,7 38,7 Anos de Vida Ajustado por Incapacidade (milhões) Adaptado de: Hotez et al. N Engl J Med, Sept 2007;357:1018-27.

Mortes Anuais em Crianças < 5 anos Causas Mundo Paises Américas N % N HIV/AIDS 321.000 3 6.000 Diarréia 1.762.000 17 51.000 % 1 12 Sarampo 395.000 4 1.000 <1 Malária 853.000 8 1.000 <1 Infecção Respiratória Aguda 2.027.000 19 54.000 12 Causas neonatais 3.910.000 37 195.000 44 Causas externas 305.000 3 23.000 5 Outras 1.022.000 10 109.000 5 Total 10.596.000 100 439.000 100 Fonte: World Health Report, 2005

Principais causas de morte por Doenças Preveníveis por Vacina em < 5 anos Doença pneumocócica* Sarampo Hib Rotavirus* Tetano HepB Modificado de: www.preventpneumo.org/diseases_vaccines

Gastos com pneumonia Ministério da Saúde - Brasil Ano Custos por admissão (U$) Custos por ano (U$) Modificado de Fuchs et al, Paediatric Respiratory Reviews (2005) 6, 83 87

CENÁRIO 1999 Era das Vacinas Conjugadas 1999 Programa Nacional Imunizações Vacinação H. influenzae b Prevenção Meningites Qual o Impacto da Vacinação Hib nas Pneumonias Pediátricas?

Linha de base epidemiológica CENÁRIO 1999 Qual o Impacto da Vacinação Pneumocócica na redução das pneumonias pediátricas, na redução dos sorotipos vacinais?

PNEUMONIAS - REDE DE VIGILÂNCIA N GOIÂNIA 90% Pneumonias infância Centros de Saúde Hospitais 3 0 3 6 Km

www.who.int/vaccines-documents/docspdf01/www616.pdf

DEFINIÇÃO DE CASO Pneumonia Radiológica Clínica: Algoritmo OMS Raio X: Foto digital Consolidação Alveolar e/ou Derrame Pleural

TRIAGEM AMBULATORIAL Centros de Saúde Pneumonias com Rx tórax compatível etiologia bacteriana Central de Regulação Médica - Internação Base de dados administrativa Monitoramento Online Recrutamento de Pneumonias Andrade et al. Int Journal Epidemiol, 2004

Vigilância hospitalar das pneumonias 976 crianças as (16 meses de vigilância) Confirmação do diagnóstico radiológico por 2 radiologistas seniors 74% de pneumonias confirmadas por raio-x N = 724 casos de pneumonia Andrade et al. Int Journal Epidemiol, 2004

Incidência de pneumonias bacterianas n /Total Incidência x 10 5 RR P Idade (meses) 25 59 227/54 959 413,0 1 2 24 497/35 617 1395,4 3,38 <0,001 Sexo Feminino 327/44 459 735,5 1 0,049 Masculino 397/46 117 860,8 1,17 0,03 Total 724/90 576 799,3 Andrade et al. Int Journal Epidemiol, 2004 Andrade et al., Cad Saude Publ, 2004

Incidência de pneumonia por 100.000 em < 5 anos N Goiânia 2 0 2 4 6 Km Incidência X 100.000 0 245,5 245,5 515,5 515,5 857,0 857,0 1277,9 1277,9 2381,0 63% dos casos Andrade et al. Cad Saude Publica; 20(2):411-21 2004.

Estrato Sócio Econômico por distrito de acordo com salário do chefe da família N % chefe família com 2 salários mínimo Alta renda Renda intemediária 3 0 3 6 Km Baixa renda Renda muito baixa Fonte: IBGE 2000

Cenário Atual - Brasil Cenário Atual - Brasil Disponibilidade de vacina pneumocócica conjugada eficaz Alto custo por dose da vacina Alto custo por dose da vacina Falta de estudos que comprovem a carga da infecção pneumocócica na infância

2ª. etapa Vigilância Populacional 2007-2010 Objetivo: carga da infecção pneumocócica/100 mil cças 28 dias-36 meses Meta: 95% cobertura casos Locais de captação: Pronto Atendimento e Hospitais 26 unidades saúde 200 profissionais na vigilância

META Subsidiar o Programa Nacional de Imunizações na avaliação do custo efetividade da introdução da vacina pneumocócica conjugada nos serviços de saúde

Crianças Elegíveis febre 39 o C, suspeita clínica pneumonia, meningite ou outra doença pneumocócica Serviços de Pronto Atendimento

Serviços de Pronto Atendimento Unidades básicas de saúde Hospitais conveniados Coleta de Sangue, liquor/fluidos e RX tórax

PRONTO ATENDIMENTO PEDIÁTRICO SETOR SAÚDE Goiânia SUS CONVENIADOS PRIVADO HOSPITAIS DE REFERÊNCIA HOSPITAIS AMBULATÓRIOS PROGRAMA PSF

SISTEMA DE REFERÊNCIA SETOR SAÚDE Sem Pediatras Com pediatras PSF PSF Ambulatórios Ambulatórios Hospitais Hospitais Públicos Públicos e Privados Privados Hospitais de Referência Tipo I Tipo II-III

VIGILÂNCIA DE CASOS ELEGÍVEIS VIGILÂNCIA PASSIVA CARTAZES COM DIVULGAÇÃO DA VIGILÂNCIA VIGILÂNCIA ATIVA DEMANDA ESPONTÂNEA AMBULATÓRIOS E HOSPITAIS (26 CENTROS) COMDATA CENTRAL DE REGULAÇÃO CASOS INTERNADOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS DA VIGILÂNCIA CALL CENTER (IPTSP)

FLUXOGRAMA DA VIGILÂNCIA Casos Elegíveis PRONTO ATENDIMENTO RX Tórax (foto digital) Formulários Sangue (Ped Plus) LCR / LP (Agar chocolate/criotubos) Radiologista LACEN GERÊNCIA DA VIGILÂNCIA (IPTSP) E n t r a d a de D a d o s Adolfo Lutz/SP

REDE DE VIGILÂNCIA DE DOENÇA PNEUMOCÓCICA INVASIVA N # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # # 3 0 3 6 9 Km Goiânia Centros de Saúde Hospitais Distrito Sanitário

CENÁRIO NOS SERVIÇOS DE PA PRÉ VIGILÂNCIA 1. Carência de recursos humanos e qualificação 2. Limitações de espaço físico 3. Carência de pediatras para a demanda do PA 4. Alta rotatividade de pediatras e pessoal técnico 5. Carência de insumos 6. Tratamento presuntivo das pneumonias Sem confirmação RX de tórax e hemocultura 7. Uso prévio de antibiótico 8. Laboratório: hematológico e bioquímica

300 crianças Pneumonia Adquirida na Comunidade 2 coletas de sangue simultâneas 6 ml 2 ml 72% (+) 35% (+) P<0,01 Volume do sangue coletado é crucial para detecção do pneumococo Metersky ML et al. Am J Respir Crit Care Med 2004:169:342 347. Predicting bacteremia in patients with community-acquired pneumonia.

Taxa de contaminação 12.692 hemoculturas Tintura iodo Iodo-povidina Álcool Iodo-povidina+álcool Total emergência oncologia, UTI pediatria, UTI cirurgia, UTI Total * p < 0,01 Calfee DP. J Clin Microbiol 2002;40:1660-1665

Desafio Redução das taxas de contaminação de hemoculturas

Taxa de Contaminação* S. Coagulase negativo 3,5% Bastonetes Gram + 1,1% S. viridans 0,3% * N = 1.353 dados preliminares

Rastreabilidade da Aderência ao Protocolo de Coleta para Hemocultura Não aderência do coletador Não aderência do coletador 1 - Não lavar as mãos 2 - Fazer bola de algodão sem luvas, sem lavar as mãos 3 - Utilização de iodo-povidina seguida de álcool 4 - Tempo de espera para secagem da iodo-povidina < 1 minuto 5 - Palpação da veia com dedo, ou com a luva não estéril após antissepsia do local 6 - Coleta de pequeno volume de sangue, insuficiente para crescimento bacteriano e suficiente para crescimento e predomínio de contaminantes 7 - Não desinfecção da garrafinha 8 - Desinfecção da garrafinha com algodão já utilizado na desinfecção do braço da criança

Rastreabilidade da Aderência ao Protocolo de Coleta para Hemocultura Não aderência da mãe da criança Não aderência da mãe da criança 1 - Recusa por motivos de demora no atendimento 2 - Criança tossindo, espirrando próximo ao local da punção

Período da Vigilância 23 Maio-10 Setembro de 2007 No. Mediana=13 Média = 15,2 (dp 9,0) N=1.353* Idade meses *dados preliminares

Perfil Epidemiológico dos casos detectados pela Vigilância* Atendimento inicial em Centro de Saúde 78,8% Temperatura 39º.C nas últimas 24h 75% Suspeita de pneumonia 92,3 Diagnóstico inicial sepse 0,4% Diagnóstico inicial bacteremia 7,5% Antibiótico últimos 7 dias 33,2% Tomou vacina pneumo conjugada 2,6% Tomou vacina pneumo polissacáride 0,4% Recusa 5,2% Encaminhado para internação 49,7% Óbito 0,1% * dados preliminares

COBERTURA DA VIGILÂNCIA Hospitais Unidades BásicasB 78,8% Centros de Saúde

Acurácia Preditiva Positiva do Diagnóstico Clínico de Pneumonia Padrão Radiológico Laudo N=1151 Acurácia Consolidação alveolar Opacidade indeterminada Infiltrado Intersticial Pneumonia bacteriana Pneumonia inespecífica Pneumonia não bacteriana 468 40,7% 130 10,6% 23 2,0% * dados preliminares

I S O L A M E N T O DE P N E U M O C O C O C O N S O L I D A Ç Ã O A L V E O L A R

I S O L A M E N T O DE P N E U M O C O C O Opacidade indeterminada Infiltrado intersticial Doença pequenas vias aéreas Normal

Distribuição espacial de pneumonia com condensação alveolar (critérios WHO) N RR=4,0 p<0,001 RR=3,2 p<0,001 RR=19,1 p<0,001 RR=11,4 p<0,008 Setor Censitário 3 0 3 6 9 Km dados preliminares

Pontos Fortes da Vigilância Formação de Recursos Humanos da Rede para Vigilância de DPI e de pós-graduap graduação Stricto Sensu Diretrizes da Bioética Transporte de material contaminado intra-urbano Formação de Massa Crítica Interinstitucional para DPI Aumento da Acurácia cia Laboratorial para detecção do pneumococo Fortalecimento das Parcerias SES, SMS, Universidade, Rede Conveniada Detecção e Tratamento Precoce na capilaridade do Sistema de Saúde

Instituições Participantes Universidade Federal de Goiás DSC / IPTSP Secretaria de Estado da Saúde / GO LACEN, Hospital Materno Infantil, HDT Hospitais Conveniados Secretaria Municipal da Saúde / Goiânia Unidades Básicas Instituto Adolfo Lutz / SP FCM Santa Casa / SP

Infecção pelo pneumococo Gotículas transportadas pelo ar aspiração portador nasofaríngeo contaminação por contiguidade alvéolo via hematogênica por contiguidade pneumonia otite média sinusite pleura pericárdio sangue empiema empiema sepse peritôneo peritonite joelho artrite/osteomielite meninges meningite Fonte: Adaptado Bogaert et al, 2004 Adaptado de: Bogaert et al. Lancet, 2004.