3º Encontro Técnico A actividade da SATIVA na certificação de produtos de pecuária em modo de produção biológico Escola Superior Agrária de Castelo Branco 14 Abril 2004
Objecto de actividade Empresa processadora e distribuidora de produtos alimentares de agricultura biológica
Evolução Empresarial - Forte aposta nas virtualidades e potencial dos alimentos de agricultura biológica - iniciou actividade em 1996 como distribuidora grossista - inaugurou em 2003 uma unidade de processamento de carnes, exclusivamente de produção biológica e com entreposto frigorifico - perspectiva iniciar ainda em 2004 uma actividade de retalho, integrando uma loja de produtos alimentares e um restaurante
Oferta de produtos Lácteos Carnes Refeições rápidas Gama diversificada de produtos gourmet
Clientes Âmbito nacional - Grandes e médias cadeias de distribuição - Lojas especializadas - Alta restauração e hotelaria Perspectiva em 2004 iniciar a exportação
Fornecedores Produtores nacionais de carnes de bovino e ovino Produtores europeus, nos restantes produtos
Posicionamento Actuação coerente, nomeadamente em termos de inovação, com uma aposta no desenvolvimento sustentável da fileira do biológico Cooperação intra-fileira baseada no estabelecimento de parcerias para : - potenciar oportunidades de mercado - obtenção de economias de escala - reforço de capacidades
Contexto de mercado Fileira agro-alimentar com acentuadas dinâmicas de mutação - maior sensibilidade dos consumidores face à qualidade e segurança alimentar após sucessivas crises (BSE, dioxinas, nitrofuranos, etc) - coexistência de diferentes modos de produção (convencional, protecção integrada, biológico, etc) - preponderância da distribuição comercial - (grandes cadeias) mais próxima do consumidor final e com forte poder negocial, influenciando nomeadamente a produção
Consumidores Consumidores portugueses com elevado nível de cepticismo na oferta de produtos alimentares Segundo recente estudo europeu são os que mais sentem a perda de qualidade progressiva dos alimentos - cerca de 33% considera que a segurança alimentar diminui - 67% afirma que a qualidade e gosto dos alimentos tem baixado significativamente - Contudo: - - o bife biológico é considerado como a variedade de carne mais segura do mercado
Barreiras ao Desenvolvimento Elevado desconhecimento no mercado sobre M.P.B. e relevância desta oferta, como resposta consistente às preocupações de qualidade e segurança alimentar que estão na ordem do dia Confusão dos consumidores sobre a similitude de designações e símbolos associados a diferentes modos e processos de produção (fileiras de qualidade) e falsos bios Pouca ênfase dos poderes públicos no apoio à expansão do M.P.B.
Controlo e Certificação de Produtos Factor chave para uma evolução sustentável da fileira do biológico pelo contributo para induzir melhores práticas; como elemento confiável para os consumidores. Haverá que prosseguir e aprofundar com rigor o trabalho que vem sendo desenvolvido para consolidar a confiança e apetência do mercado neste tipo de oferta.
Envolvimento da EQUANTO na Certificação Experiência a dois níveis Como operador sujeito a controle (processamento de carnes) Na aquisição de produtos certificados para posterior elaboração
Aspectos Críticos A interacção da EQUANTO com diversificados agentes ao longo da fileira, permite-nos concluir haver: razoável desconhecimento ou dúvidas quanto a regras e procedimentos base a respeitar na produção, abate e comercialização (ex. timing de conversão, exigência de licença e certificados,...) necessidade de uma cooperação estreita entre entidades certificadoras e restantes agentes, para além do controlo documental, dada a juventude do modo de produção, para: -partilha de informação - esclarecimento de dúvidas - apoio ao desenho de processos de inovação
Sugestões para desenvolvimento Evoluir o actual símbolo de certificação, para assegurar junto dos consumidores a diferenciação com outro tipo de ofertas (DOP, DOC, IGV, etc) Intervir sobre os falsos BIO : - Bifidus - Venda de produtos como biológicos, não sendo certificados Apoio dos poderes públicos nos custos de certificação, condicionado aos resultados a obter pelas entidades apoiadas Reforço do controlo presencial, sempre que se recorra a equipamentos e espaços da indústria convencional Incentivar a venda como produtos da agricultura biológica dos produtos que obtenham certificação Informar o mercado, conjuntamente com outros parceiros do sector, sobre a actividade que vem sendo desenvolvida.