AMBr: conheça as mudanças que marcarão a história da entidade

Documentos relacionados
PRÊMIO ABF-AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Inscrição Prêmio ABF-AFRAS - Categoria Fornecedor

Campanha Anual e Campanha Capital de Captação de Recursos*

W W W. G U I A I N V E S T. C O M. B R

O papel do CRM no sucesso comercial

TAM: o espírito de servir no SAC 2.0

Empresário. Você curte moda? Gosta de cozinhar? Não existe sorte nos negócios. Há apenas esforço, determinação, e mais esforço.

PRÊMIO ABF- AFRAS DESTAQUE SUSTENTABILIDADE 2012 FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Categoria Franqueado

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

estão de Pessoas e Inovação

PESQUISA SOBRE A INCLUSÃO NO. Curitiba e Região Metropolitana

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL

COMO SE TORNAR UM VOLUNTÁRIO?

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

Dito isso, vamos ao que interessa para se abrir um escritório contábil:

II. Atividades de Extensão

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

Relatório de Sustentabilidade 2014

A Importância da Causa


Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Prepare-se para uma viagem em

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade

Agosto. São Paulo Brasil. connectedsmartcities.com.br

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação 22 a 24 de julho de 2015

SEJA BEM-VINDO! AGORA VOCÊ É UM DENTISTA DO BEM

RELATÓRIO FORMADORES DE OPINIÃO E ASSOCIADOS

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

Política do Programa de Voluntariado Corporativo GRPCOM ATITUDE

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 3 Planejando a Ação Voluntária

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

AGENDA SEBRAE OFICINAS CURSOS PALESTRAS JUNHO A DEZEMBRO GOIÂNIA. Especialistas em pequenos negócios. / / sebraego.com.

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

ESPORTE NÃO É SÓ PARA ALGUNS, É PARA TODOS! Esporte seguro e inclusivo. Nós queremos! Nós podemos!

REGULAMENTO DESAFIO CRIATIVOS DA ESCOLA

Como participar pequenos negócios Os parceiros O consumidor

Parabéns a você que burlou a realidade para se tornar a PEÇA que FALTAVA na sua advocacia.

PRÊMIO ABF- AFRAS. Destaque em Responsabilidade Social Elaborado por:

A Dehlicom tem a solução ideal em comunicação para empresas de todos os portes, sob medida.

Questionário para Instituidoras

Ass. de Comunicação Veículo: Correio Braziliense Data: 03/03/2011 Seção: Diversão&arte Pág.: 2 Assunto: Ludoteca

Equipe da GCO: 1. Carlos Campana Gerente 2. Maria Helena 3. Sandro 4. Mariana

Estratégias em Propaganda e Comunicação

Família. Escola. Trabalho e vida econômica. Vida Comunitária e Religião

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

O QUE É ECONOMIA VERDE? Sessão de Design Thinking sobre Economia Verde

Transporte compartilhado (a carona solidária)

Uma Experiência Empreendedora da Educação Cooperativa

Atividade I Como podemos fortalecer o Núcleo na Região para garantir a continuidade dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODMs?

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Coordenação-Geral de Comunicação e Editoração (CGCE) Diretoria de Comunicação e Pesquisa (DCP) Maio/2015

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

Como fazer marketing de relacionamento

Opção. sites. A tua melhor opção!

HISTÓRIAREAL. Como o Rodrigo passou do estresse total para uma vida mais balanceada. Rodrigo Pinto. Microsoft

A INFLUÊNCIA DO SALÁRIO NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar.

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2013

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

Informações sobre o Projeto Nome do Projeto: Bob s Melhor Idade Início do Projeto: 20 de Abril de 2003 Setor responsável: Responsabilidade Social

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Módulo 1 Questões Básicas da Economia Conceito de Economia

Mercantil do Brasil: retendo clientes pelo atendimento nas redes sociais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Assessoria de Imprensa e Media Training

Objetivo: Relatar a experiência do desenvolvimento do software Participar. Wilson Veneziano Professor Orientador do projeto CIC/UnB


ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

REGULAMENTO DA INSCRIÇÃO PARA O PROCESSO DE SELEÇÃO DOS PARTICIPANTES DA 14ª OFICINA DE PRODUÇÃO DE VÍDEO GERAÇÃO FUTURA

No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado. alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para

11 Prêmio Destaque em Comunicação SINEPE NAS INTERNAS. Centro Universitário UNIVATES

Comitê de Autossuficiência da Estaca

Projeto: POUSADA SOLIDARIEDADE

Problemas em vender? Veja algumas dicas rápidas e práticas para aumentar suas vendas usando marketing

Projeto Você pede, eu registro.

Engajamento com Partes Interessadas

CARGOS E FUNÇÕES APEAM

Mobilidade Urbana Urbana

Comunidade Solidária: parcerias contra a pobreza

MANUAL DE ORIENTAÇÃO DAS LIGAS ACADÊMICAS CURSO DE MEDICINA UNIFENAS BH? ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Manual do Candidato 2013

Sobre o Movimento é uma ação de responsabilidade social digital pais (família), filhos (jovem de 6 a 24 anos), escolas (professores e diretores)

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM)

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ²

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia.

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Multimídia

ÍNDICE. Introdução. Os 7 Segredos. Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão. \\ 07 Segredos Milionários

Patrocínio Institucional Parceria Apoio

BRIEFING BAHIA RECALL REVELAÇÃO. Apoio Social: HEMOBA - Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2003

AGENDA. Gestão Estratégia de Pessoas: A importância da gestão de pessoas nas organizações Tatiane Tiemi Shirazawa. GPTW Quem somos?

Scup e Política: vitória nas urnas pelas redes sociais

Transcrição:

issn 2316-5065 Ano XIV Nº 156 junho/julho de 2014 Publicação bimestral da Associação Médica de Brasília AMBr www.ambr.org.br Bento Viana Especial AMBr: conheça as mudanças que marcarão a história da entidade Ponto e Contraponto Você é a favor de um exame nacional de proficiência como requisito para o exercício da medicina? Especialidade Médica Saiba quando procurar um coloproctologista

issn 2316-5065 Ano XIV Nº 156 junho/julho de 2014 Publicação bimestral da Associação Médica de Brasília AMBr www.ambr.org.br Editorial Olá amigos leitores! Bento Viana Nada a falar sobre Copa. Nesta edição a gente abriu um espaço para falar da nossa Associação Médica de Brasília. Muito se tem feito para que a entidade se consolide como legítima representante da classe médica do DF e também para oferecer aos associados os melhores espaços de aprendizado, integração e confraternização. Confira o que a AMBr tem a lhe oferecer na reportagem especial de capa e na matéria sobre o novíssimo Espaço Prime. Especial AMBr: conheça as mudanças que marcarão a história da entidade Ponto e Contraponto Você é a favor de um exame nacional de proficiência como requisito para o exercício da medicina? Especialidade Médica Saiba quando procurar um coloproctologista Falando de especialidades médicas, leia as matérias sobre Coloproctologia e o esqueleto robô desenvolvido pela equipe do médico brasileiro, Dr. Miguel Nicolelis, e que foi apresentado (embora timidamente) na abertura da Copa do Mundo de futebol. Em comemoração ao dia 14 de junho, uma matéria sobre doação de sangue e a importância dos hemocentros. Se você ainda não é um doador, esperamos que pense seriamente no assunto. Polêmica que interessa a todos nós, mas principalmente aos estudantes, a editoria Ponto e Contraponto trata do exame de proficiência para exercício da medicina. Qual a sua opinião a respeito? A Festa Junina da AMBr, a Mais Forró foi, como esperado, um grande sucesso. Nesta edição uma vitrine dos melhores momentos que registraram a alegria dos médicos e seus convidados durante o melhor arraiá da cidade. Já pensando nas férias de fim de ano, você vai se encantar com as paisagens e opções turísticas da Patagônia. Em Gourmet, este editor se atreve a compartilhar uma receita de sobremesa muito apreciada pelos suspeitos degustadores lá de casa. Experimentem e me digam se gostaram: é simples e irresistível! Divirtam-se e aprofundem-se também com A verruga da bruxa, em Medicina e Arte; Jair Rodrigues, o Menestrel da alegria, em História da Música e o Pulo do gato em Gestão. Além de uma seleção de notícias e um calendário de eventos para você ficar bem informado. Boa leitura! Paulo Feitosa, Diretor de Comunicação da AMBr 3

Bento Viana Diretoria Executiva Dr. Luciano Gonçalves de Souza Carvalho Presidente Dr. Evaldo Trajano Filho Vice-Presidente Dr. Jorge Gomes de Araujo Diretor Administrativo Dr. Carlos Jose Sabino Costa Diretor Econômico-Financeiro Dr. Paulo Henrique Ramos Feitosa Diretor de Comunicação e Divulgação Dr. Elias Couto e Almeida Filho Diretor de Planejamento Dr. Luiz Augusto Casulari Roxo da Motta Diretor de Editoração Científica Dra. Ana Patrícia de Paula Diretora Científica e de Ensino Médico Continuado Dr. Fernando Fernandes Correia Diretor Social e de Atividades Culturais Dra. Olimpia Alves Teixeira Lima Diretora de Relações com a Comunidade Conselho Fiscal Titular Dr. Márcio de Castro Morem Dra. Alba Mirindiba Bonfim Palmeira Dr. Ognev Meireles Cosac Suplente Dra. Elza Dias Tosta da Silva Dr. Alexandre Barbosa Sotero Caio Dr. Bolivar Leite Coutinho Bento Viana Delegados efetivos Dra. Edna Marcia Xavier Dr. Alexandre Morales Castillo Olmedo Dr. Jose Nava Rodrigues Neto Dr. Carlos Alberto de Santa Ritta Filho Dr. Eudes Fernandes de Andrade Dr. Sergio Tamura Dr. Aloísio Nalon Queiroz suplentes Dr. Adalberto Amorim de M. Junior Dr. Antonio Geraldo da Silva Dr. Bruno Vilalva Mestrinho Dr. Baelon Pereira Alves Dr. Roberto Cavalcanti Gomes de Barros Dr. Roberto Nicolau Cavalcanti de Souza Dr. Alcides de Oliveira Dourado Filho Conselho Editorial Dr. Luciano Gonçalves de Souza Carvalho Dr. Evaldo Trajano Filho Dr. Paulo Henrique Ramos Feitosa Dr. Luiz Augusto Casulari Roxo da Motta Diretor responsável Paulo Henrique R. Feitosa Editora-chefe Cristiane Rodrigues Kozovits jornalista responsável Natalia Rabelo (9284- DF) Revisão Cristiane Rodrigues Kozovits fotógrafo colaborador André Zimmerer ESTAGIÁRIA Beatriz Arcoverde Editoração Grifo Design Comercialização comunicacao@ambr.org.br (61) 9655-9326 (61) 2195-9724 Impressão Ideal Gráfica e Editora Tiragem 5.000 exemplares Médico em Dia é uma publicação da Associação Médica de Brasília AMBr SCES Trecho 3 Conj. 6 (61) 2195-9797 redação comunicacao@ambr.org.br www.ambr.org.br Crédito Foto Andre Zimmerer Depositphotos Andre Zimmerer Revista cultural de distribuição gratuita. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Sumário 10 Tribuna Andre Zimmerer Entenda a Operação Lipo e saiba como proceder diante da fiscalização 14 Gestão da Saúde PAGESS está de volta com nova programação e traz excelente oportunidade para a classe médica qualificar seus gestores 40 Gourmet Aprenda a fazer uma sobremesa rápida, prática e deliciosa 20 Capa Conheça a AMBr e descubra tudo o que a Associação fez para seus associados nos últimos anos 42 Mais Forró Confira os melhores momentos da festa junina da AMBr Medicina & Arte 16 Radar 28 Ponto e Contraponto 32 Histórias da Música Popular 34 Perfil 37

Palavra do Presidente Luciano Carvalho Presidente da AMBr Representatividade e Associativismo: pilares da Associação Médica de Brasília Sérgio Amaral Num mundo onde predomina a individualidade está cada vez mais difícil promover atividades associativas, que integrem pessoas ou categorias profissionais em torno de interesses e valores comuns e as faça agir coletivamente. Esperava-se de uma era tecnológica, de informação, uma maior interação entre as pessoas, que tivessem mais tempo para o congraçamento, o autoconhecimento, a socialização e as outras coisas da vida, além do trabalho e da busca pelo conhecimento. Ao invés, a derrubada das fronteiras e a velocidade da mudança, regidas pelo monetarismo, tornaram o ser humano uma máquina competitiva, desconfiada, solitária, estressada e egóica. Nesse cenário, o papel das entidades de classe é ainda mais importante, pois, além de exercer sua missão na representatividade de uma categoria ela hoje precisa resgatar, junto a seus associados, o espírito associativo, a partilha de valores comuns, a disponibilidade para fazer parte de um projeto coletivo em benefício de um grupo. A Associação Médica de Brasília, nos últimos anos, tem focado suas atividades em dois pilares principais. O primeiro considera sua posição estratégica no mapa das entidades vinculadas à AMB, o que estimula sua vocação política e de interlocução junto aos poderes constituídos e lotados na capital brasileira. Nesse sentido, a AMBr tem sediado debates importantes e estimulado a participação da classe médica, desde os jovens estudantes de medicina, ao engajamento político em defesa do mérito da medicina e da valorização da profissão. O desafio da representatividade passa também pela integração com as Sociedades de Especialidades, as ligas estudantis e as ações conjuntas com o mundo acadêmico, buscando planejar e realizar ações de desenvolvimento profissional, inclusive ensinando aos médicos como gerir suas empresas (clínicas e consultórios) com mais eficácia e perenidade. O segundo pilar reside exatamente no congraçamento da classe no Distrito Federal. A Associação tem investido em atividades culturais e de entretenimento e na melhoria contínua dos espaços de lazer da sede da entidade, considerada um dos melhores espaços sociais e de lazer dentre as associações médicas em todo o Brasil. A AMBr tem sediado debates importantes e estimulado a participação da classe médica." Mais que zelar pela ética, a conscientização e a defesa dos médicos, queremos fortalecer o espaço de partilha, o ponto de encontro das famílias para a diversão, a prática desportiva e recreativa e a vivência comunitária. Hoje somos gestores, mas somos, antes de tudo, médicos. Continuamos exercendo nossas profissões nos consultórios e hospitais, mas aprimoramos o olhar crítico de quem sabe que a qualidade do ensino e da prática da medicina passa, inevitavelmente, pela política. Portanto, um dos grandes desafios que temos neste momento, como classe organizada e como cidadãos, é enfrentar as urnas com consciência, pois é ínfima nossa representatividade no Congresso Nacional e, especialmente, na Câmara Distrital. Precisamos mudar esta realidade. Precisamos pensar e agir coletivamente. Precisamos nos unir e lutar juntos pelo que juramos e acreditamos. 7

esqueleto robô Esqueleto robô controlado pelo cérebro dá mobilidade à pessoa com paralisia Ao lado da equipe de Miguel Nicolelis e dos demais pacientes envolvidos no projeto, um rapaz paraplégico deu o chute inaugural simbólico da Copa do Mundo usando um exoesqueleto movido por seu pensamento Fotos: Crédito Foto 8 A abertura da Copa do Mundo de 2014, no estádio do Itaqueirão em São Paulo, foi palco de um momento histórico: um paraplégico foi capaz de dar o chute inaugural da competição. Isto foi possível graças ao exoesqueleto robótico de Miguel Nicolelis, participante do projeto Andar de Novo, criado em 2007. O projeto é um consórcio formado por mais de 156 pesquisadores de vários países, cujo comando científico é do neurocientista brasileiro, professor da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS). O objetivo é desenvolver uma tecnologia de interface cérebromáquina, explorada por Nicolelis desde 1999, capaz de permitir que pessoas com mobilidade restringida voltem a andar usando a força do pensamento para controlar um equipamento externo, substituto dos membros inferiores. Uma touca especial capta as atividades elétricas do cérebro por eletroencefalografia. Estas são enviadas a um computador localizado nas costas da veste robótica. O computador decodifica a mensagem e envia a ordem aos membros artificiais, que passam a executar os movimentos imaginados pelo paraplégico. Ao mesmo tempo, sensores organizados nos pés do voluntário enviam sinais para a roupa especial. A pessoa, então, sente uma vibração nos braços toda vez que o robô toca o chão. Jovens brasileiros participam dos testes Oito jovens da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) foram selecionados para participar dos testes clínicos do projeto, mas apenas Juliano Pinto, de 29 anos, com paraplegia completa de tronco inferior e membros inferiores há sete anos, teve a oportunidade de vestir o exoesqueleto e dar o pontapé inicial da Copa. Foram 17 meses de pesquisa até se chegar ao robô apresentado e ainda há pelo menos 30 meses de trabalho pela frente. Demonstração na Copa Inicialmente foi divulgado que o voluntário caminharia alguns passos para dar o simbólico chute, mas as mudanças do Comitê Organizador da Copa do Mundo transformaram os 29 segundos prometidos em 16. A cena ocorreu fora do campo, para não prejudicar o gramado. Integrantes do Andar de Novo apareceram com Juliano, que estava em pé e já utilizava o exoesqueleto. Ele deu um passo com a perna direita e movimentou a bola. Apesar da pouca visibilidade, Nicolelis se mostrou satisfeito com o resultado ao postar em sua conta no Twitter a frase We did it!!!!, que na tradução do inglês quer dizer conseguimos.

Depositphotos Tribuna Operação Lipo 10 Deflagrada em maio pelo Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF), a Operação Lipo trouxe desconforto para as clínicas de cirurgia plástica e deu início a um importante debate na área médica: até onde vai o direito do consumidor e o da clínica? A operação teve como objetivo vistoriar todas as clínicas e consultórios que fazem cirurgia plástica. A priori, a seleção de clínicas a serem fiscalizadas foi feita aleatoriamente. Segundo o Procon, entre 2008 e 2014 foram mais de 400 denúncias de irregularidades nos serviços prestados por clínicas de estética. A fiscalização começou após a morte de uma paciente dias após passar por cirurgia plástica. A iniciativa preocupou boa parte dos donos das clínicas de cirurgia plástica no DF, já que entre as exigências dos fiscais responsáveis pela vistoria estava a exposição aos pacientes da tabela de honorários e procedimentos corriqueiros. Para a presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional DF, Dra. Rosângela Santini Ferreira, um dos

principais problemas da operação foi a não distinção entre clínicas de estética e clínicas de cirurgia plástica: São duas coisas diferentes, e para deixar bem claro essa distinção, nós conseguimos nos reunir com a diretoria do Procon, onde fomos acompanhados pelo Conselho Regional de Medicina e o Sindicato dos Médicos. A presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM- DF), Martha Helena Zapallá, conta que durante a reunião ficou acordado a continuação da operação dentro do que caberia ao Procon: A operação é válida e cabe ao instituto. O que não estávamos de acordo era a exigência da tabela de honorários, e argumentamos isso baseado na normatização do nosso código de ética. A medicina não é peça de mercadoria, ela é individualizada, cada caso é um caso, explica a presidente do CRM. Parecer argumenta em favor da medicina De acordo com o Código de Ética Médica, a medicina não pode ser exercida como comércio e a atuação profissional do médico não se caracteriza como relação de consumo. Porém, esse entendimento ainda não está assentado pela jurisprudência, inexistindo legislação específica sobre o tema. A relação médico-paciente é essencialmente pessoal e o contrato celebrado entre eles é desprovido de empresarialidade. Entretanto, por não haver legislação específica acerca do tema, e disciplinando o Código de Defesa do Consumidor acerca dos profissionais liberais de uma forma genérica, é possível interpretar que também os médicos, como profissionais liberais que são, estariam sujeitos ao Código de Defesa do Consumidor. O Conselho Federal de Medicina entende que não se aplica o Código de Defesa do Consumidor nas relações médico-paciente, uma vez que se fala da troca de um produto defeituoso ou da compra e venda de um serviço de recuperação automotiva, por exemplo. O que fazer A previsão de retorno da Operação Lipo é nas próximas semanas. De acordo com o instituto, as fiscalizações foram retomadas após a Copa do Mundo de 2014. Rosângela Maria Santini alerta para as providências que devem ser tomadas para evitar problemas com o Procon: Apresentar as formas de pagamento oferecidas pela clínica de cirurgia plástica. Apresentar somente o valor das consultas (não é obrigatório o valor de procedimentos). Ter o número do Procon visível para pacientes. Acrescentar o número do Procon na nota fiscal da clínica. Qualquer dúvida sobre o caso, procurar a Sociedade Brasiliense de Cirurgia Plástica ou o Conselho Regional de Medicina. Ter o Código de Defesa do Consumidor visível para os pacientes. Caso tenha alguma dúvida, procurar a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional DF ou o Conselho Regional de Medicina. Andre Zimmerer Dra. Rosângela Santini Ferreira 11

Especialidade Médica Coloproctologia Andre Zimmerer Depositphotos Também conhecida como proctologia, a coloproctologia é a especialidade cirúrgica responsável por cuidados com o intestino grosso (cólon), o reto e o ânus. Apesar de parecer recente, o seu estudo é documentado há seis mil anos, sendo considerada uma das especialidades mais antigas da medicina. No Egito Antigo, por exemplo, já existia o chamado guardião do ânus real do Faraó. Existe uma série de doenças que podem afetar o intestino, o reto e o ânus, que são tratadas pela especialidade. O presidente da Sociedade Brasiliense de Coloproctologia, Rômulo Medeiros de Almeida, destaca as duas queixas principais: a constipação intestinal e a hemorroida. Além delas, o médico chama atenção para o aumento dos casos de câncer no intestino diagnosticados. O elevado número de casos de câncer no intestino tem chamado atenção nos últimos tempos. Na verdade não sabemos se ele está aumentando ou se estamos detectando melhor, observa Rômulo. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a perspectiva para 2014 é que o câncer no intestino seja o terceiro que mais mata no país, considerando a população geral. Entre mulheres será o segundo que mais mata. Precisamos de uma campanha oficial como temos para a mama, o colo de útero e a próstata. É um câncer que, se detectado precocemente, tem índice de cura de 95%, justifica. A incidência de câncer no intestino é a mesma para ambos os sexos. É uma doença que ocorre predominantemente a partir da 6ª década de vida, mas a recomendação mundial é de procurar o especialista a partir dos 50 anos. Pessoas nessa faixa etária têm que se preocupar ainda mais. Já vimos casos em crianças e adolescentes, mas são casos raros, alerta. Rômulo também ressalta que o trabalho do coloproctologista é realizado em parceria com outras especialidades como: ginecologia, urologia, geriatria e cardiologia: Sendo assim, o primeiro diagnóstico pode ser dado por outros especialistas que, em seguida, nos encaminha o paciente. Dr. Rômulo Medeiros de Almeida Quando procurar um coloproctologista?»» Sangramento anal»» Dificuldade para evacuar»» Dor e cólica abdominal frequentes»» Diarreia crônica (por mais de 3 semanas)»» Alteração do ritmo intestinal»» Prisão de ventre (constipação intestinal)»» Dor ao evacuar»» Histórico familiar com câncer intestinal 13

Gestão da Saúde Programa de Gestão da AMBr volta a todo vapor no segundo semestre Depositphotos O Programa de Apoio à Gestão e Empreendedorismo em Saúde Suplementar da AMBr (PAGESS) está de volta com nova programação. O PAGESS é uma excelente oportunidade para a classe médica qualificar seus gestores, tanto o corpo técnico quanto o administrativo. Os médicos não possuem formação em administração empresarial. Quando saem para o mercado de trabalho precisam abrir empresas de prestação de serviços em saúde e se deparam com uma dura realidade, explica o diretor de Planejamento da AMBr, Dr. Elias Couto. Ele acrescenta que a gestão empresarial é um dos principais problemas enfrentados pelos profissionais da área de saúde no Distrito Federal. Nossas empresas de saúde pagam muitos impostos, enquanto nós, médicos, sofremos com uma remuneração cada vez menor pelos serviços prestados. Precisamos enxugar custos e otimizar nossos ganhos para assegurar o crescimento da empresa, afirma. Uma pesquisa feita pela AMBr no final de 2012 mostra que mais de 95% dos médicos entrevistados ressaltaram a importância de uma gestão eficiente. Há uma carência grande de capacitação nesse sentido. Não existe formação do profissional médico na área de administração. E eles também são empresários e só terão sucesso profissional se alcançarem sucesso na clínica ou consultório, considera Dr. Elias. Atividades retornam em julho No dia 10 de junho a Associação Médica de Brasília (AMBr) realizou o Diagnóstico Gestão MPE. A proposta foi voltada para os interessados em obter um Diagnóstico Empresarial alinhados aos Requisitos de Excelência do Prêmio MPE Brasil. Feito em parceria entre SEBRAE, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Gerdau e FNQ, o Prêmio MPE Brasil Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, tem como objetivo disseminar o Modelo de Excelência da Gestão (MEG) aos empresários, cuja ferramenta de análise é o questionário de autoavaliação da gestão para MPEs desenvolvido com base no MEG. O tema escolhido para a primeira palestra do ciclo do segundo semestre, que ocorrerá em 22 de julho, foi: Gestão de Qualidade em Saúde. Médicos e seus gestores terão mais uma oportunidade de se aperfeiçoarem em técnicas e ferramentas de gestão aplicadas à empresa médica. Em agosto, de 4 a 7, ocorrerá a III Semana de Apoio à Gestão. Este ano a iniciativa vem com uma novidade: ao invés de o médico ir até o local da palestra, as apresentações serão realizadas nos principais centros clínicos de Brasília. Percebemos uma dificuldade grande de o médico deixar o ambiente de trabalho para assistir a uma palestra. Por isso este ano faremos diferente. A palestra irá até o profissional. Temas como o QUALISS, gestão de pessoas, gestão financeira, gestão de marcas, entre outros, serão discutidos nos quatro dias do projeto. A abertura será na sede da AMBr. As demais discussões ocorrerão nos hospitais Santa Lúcia, Santa Helena e Anchieta. As inscrições são gratuitas e as vagas são limitadas. Serviço 14 Inscrições no e-mail gestão@ambr.org.br ou pelo telefone 2195-9797. Outras informações pelo site www.ambr.org.br

ARTIGO Eduardo Regonha O segredo para encontrar o pulo do gato Eduardo Regonha Diretor executivo da XHL Consultoria. Doutor em Ciências Custos em Oftalmologia. Professor do Centro Universitário São Camilo, da Fundação Unimed, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Arquivo pessoal Certa vez, um médico e amigo proprietário de uma clínica na qual presto serviços de consultoria me perguntou qual seria o pulo do gato para transformar a clínica, incrementar as receitas, reduzir custos, melhorar o resultado e mudar o perfil da instituição. Respondi, então, que dependia do ambiente e do próprio gato (pois o gato poderia ser manso ou arrojado e perspicaz). Posteriormente, comecei a refletir um pouco sobre a pergunta e cheguei à conclusão que a minha resposta tinha uma certa lógica, pois as grandes sacadas para alguns podem ser totalmente diferentes para outros e dependem do momento da empresa, do ambiente externo e interno, da economia do país, da aceitação dos proprietários e dos gestores para mudanças, uma guinada ou uma alteração em toda a conjuntura da instituição. O início do ano pode ser o momento de começar a preparar o pulo do gato. Depositphotos Independente de qual será a grande sacada, acredito que uma coisa é certa: precisamos de informações, principalmente no que tange a dados econômicos e financeiros, que precisam ser confiáveis e dinâmicos. Podemos iniciar analisando os dados históricos, verificando o comportamento da instituição, o nível de crescimento das receitas e de cada item de despesa, quais são as melhores e as piores operadoras de planos de saúde, que procedimentos geraram melhor margem, quais despesas tiveram altas expressivas. Depois, elaboramos estratégias e traçamos um plano de ação para a efetiva execução das ideias. Uma dica importante é analisarmos qual a margem de contribuição mínima por produto ou por serviço. Primeiro, vamos entender o conceito de margem de contribuição. Ela é o resultado da receita (preço de venda) menos o custo variável (que depende da produção). Também é o montante que sobra para a cobertura dos custos fixos e que considera somente o custo direto, efetivamente gerado pelo evento realizado, sem absorver nenhum custo fixo. Em um exemplo, se recebemos de um procedimento o montante de R$1 mil e gastamos de material, medicamentos e honorários (custos variáveis) o total de R$600, chegamos a uma sobra de R$400. Esta sobra se caracteriza como sendo a margem de contribuição. É importante ressaltar que a margem de contribuição não incorpora os custos fixos (salários, depreciação, entre outros custos de estrutura). Quanto maior a margem de contribuição, melhor. Todavia, devemos também conhecer o volume, pois a clínica pode ter serviços com uma alta margem de contribuição, porém com uma produção baixa, e outros serviços com margens medíocres e com um volume alto, aí exatamente onde estão o campo de negociação e a tentativa de reverter a situação. A margem de contribuição é um importante instrumento para tomada de decisão e negociação, pois não tem interferência de rateios e normalmente caracteriza-se como uma informação real e efetiva. Para uma boa análise, recomendamos conhecer bem qual o montante de custos fixos da clínica, ou seja, o custo de estrutura e o custo que independe do volume de produção. Se concluirmos que a soma dos custos fixos atingiu um montante de R$30 mil e o total das receitas alcançou R$100 mil, podemos concluir que precisamos de uma margem de contribuição mínima de 30% para atingir o ponto de equilíbrio, ou seja, é o mínimo para não amargar prejuízos. Mas é relevante destacar que um determinado serviço pode não obter os 30% de margem e atingir somente 22% (por exemplo) e, dessa forma, incorrer em prejuízos. Esse resultado não caracteriza que esse evento seja ruim para a instituição, pois a margem de contribuição é positiva. Ou seja, se esse determinado serviço foi vendido por R$100 e foram gastos R$78 de materiais e medicamentos, sobram R$22 de margem. Esses R$22 não foram suficientes para cobrir o montante de custos fixos (no caso, 30%), mas pelo menos estão sobrando R$22 para ajudar a pagar os custos fixos. É muito importante destacar que os serviços com margem de contribuição negativa são extremamente perversos para o resultado da organização. São eventos que exigem uma cobertura advinda de outros serviços para cobrir o déficit da margem negativa. Portanto, acredito que o grande pulo do gato é termos informações que possibilitem tomadas de decisões precisas e propiciem melhores negociações junto às operadoras, pois seria inviável propor à operadora realizar somente os procedimentos mais rentáveis. O pulo do gato realmente depende do gato e do ambiente, mas, se o gato tiver informações confiáveis, o pulo será bem mais preciso. 15

Medicina & Arte Dr. Armando J. C. Bezerra Dr. Simônides Bacelar Arquivo pessoal 16 A verruga da bruxa As bruxas, apesar de serem bruxas, têm lá seu charme. O que seria da encantadora história de Branca de Neve se não houvesse uma bruxa tentando matá-la por ser a mais bela do reino, conforme confidenciou o espelho a sua invejosa madrasta, a rainha má? Arquivo pessoal Dr. Armando J. C. Bezerra Dr. Simônides Bacelar

As bruxas têm, dentre suas atividades preferidas, o costume de cavalgar vassouras voadoras, em noites de lua cheia, e passar o tempo mexendo com colher de pau um caldo de sapo fervendo dentro de um caldeirão de ferro. Elas também têm em comum muita maldade, feiura, uma boca repleta de dentes estragados, uma voz rouca de meter medo, uma risada terrivelmente macabra e um temperamento bastante ranzinza. Usam chapéu pontiagudo lembrando um cone e apresentam geralmente no nariz uma verruga enorme, a popularmente chamada verruga de bruxa. Mas, será que aquela coisa feia crescendo na ponta do nariz é mesmo uma verruga? Verruga é uma tumoração da pele decorrente da ação do papilomavírus humano, muito conhecido pela sigla HPV. No local afetado, a camada de queratina da pele torna-se frequentemente saliente, o que pode causar transtorno estético e até mesmo funcional. Em crianças, é muito comum os pediatras encontrarem, ao exame físico, uma ou mais verrugas nas mãos desses pacientes. Usualmente aparecem como saliências no dorso dos dedos e muitas vezes junto das unhas. Devido à procedência viral, são contagiosas e podem se espalhar pelo corpo. A frequência com que são diagnosticadas as fizeram ser classificadas como verrugas vulgares. A verruga plantar é outra forma de apresentação da doença. Como o nome sugere, a verruga cresce, se aprofunda na planta ou sola do pé, dificulta muito a permanência da pessoa na posição ortostática e torna muito dolorosa a deambulação. Crista de galo e condiloma acuminado são maneiras diferentes de as pessoas se referirem às verrugas genitais. Tais verrugas são consideradas uma DST doença sexualmente transmissível, portanto uma preocupação em termos de saúde pública. Frequentemente diagnosticadas por urologistas, ginecologistas e proctologistas, elas podem ser encontradas no pênis, na vulva e na região anal. As verrugas planas, como a denominação faz crer, não são muito protrusas nem ásperas como as vulgares. Depositphotos Numerosas, acometem quase sempre as áreas do corpo ricas em pilosidade, como a região da face e do pescoço onde cresce a barba. Dependendo do caso, o médico pode optar por tratamento clínico ou cirúrgico. Algumas verrugas podem involuir espontaneamente. O imaginário humano é riquíssimo na busca da explicação para tais curas como também para a causa da doença. Via das dúvidas, para que não cresça uma verruga na mão, é bom não apontar com o dedo indicador para as estrelas na hora de contá-las no céu. Mas, se não é uma verruga, o que seria mesmo aquela coisa feia crescendo no queixo ou no nariz da bruxa? Tudo leva a crer tratar-se de um nevo. Popularmente chamados de pinta ou sinal, apresentam-se com aspecto bastante variado ao exame físico. Podem ser vasculares, como no caso dos hemangiomas. Diagnosticados frequentemente pelos pediatras já na hora do parto, estes deixam os pais apreensivos por motivos de estética. Alguns requerem tratamento, outros regridem com o passar do tempo. Os nevos melanocíticos abrigam células variavelmente abastadas de melanina. Em razão de fatores como localização corporal, aspecto da pigmentação, tamanho, regularidade das bordas, velocidade de crescimento, dentre vários outros, esses nevos são geralmente classificados como atípicos ou displásicos, juncionais e intradérmicos. A semelhança entre um melanoma e alguns tipos de nevos melanocíticos requer do médico uma adequada conduta clínica. Certamente duas curiosidades pairam no ar: Que fim levou a rainha malvada? O que aconteceu com Branca de Neve após comer a maçã enfeitiçada que lhe foi oferecida pela rainha que se transformara em uma bruxa má? Avisados pelos animais da floresta da maldade praticada pela bruxa malvada, os sete anões a perseguiram enfurecidos. A bruxa, em fuga, caiu de um penhasco e morreu. A princesa Branca de Neve, enfeitiçada por ter ingerido a maçã, caiu num profundo sono. O encanto foi quebrado quando um príncipe de um reino vizinho lhe deu um beijo de amor. Branca de Neve acordou e foi conduzida pelo charmoso príncipe para com ele morar em um bonito castelo, onde foram felizes para sempre. 17