Roteiro de estudo 1 o bimestre de 2011 História/3º ano 1. (UFF 2002) O historiador Pierre Vilar, referindo-se ao fenômeno do Nacionalismo um dos mais importantes temas do mundo contemporâneo, afirmou: "(...) toda consciência de comunidade implica a consciência de um 'lado de dentro' e de 'um lado de fora', de um 'nós' e de um 'eles'; (...) E, imediatamente, a desconfiança dos grupos vizinhos chega à superfície, podendo variar do desdém ao ciúme, do escárnio à briga, e se completar com momentos de auge, como "fêtes", demonstrações ou competições. Em que momento, com que amplitude, com que grau de intensidade e permanência, com que mínimo de vontade política uma psicologia de comunidade manifesta apreço a uma entidade que pode ser chamada de nação? Este é o problema do historiador, pois o fenômeno realmente existe e, perante nossos olhos, tem desempenhado um papel inestimável. É impossível lhe atribuir um juízo de valor, uma vez que foi sempre positivo e negativo, revolucionário e conservador, cheio de ações admiráveis e de horrores sangrentos." Considerando o fragmento acima e sabendo que o Nacionalismo adotou formas diversas na América e na Europa: a) Estabeleça, no caso do México, a relação entre a questão agrária e a Revolução Mexicana do século XIX. b) Comente a expressão "socialismo num só país" utilizada para definir a política da URSS no período stalinista. 2. (Fuvest 2004) Canção 1 Suba ao trono o jovem Pedro Exulte toda a Nação; Os heróis, os pais da Pátria Aprovaram com união. Canção 2 Por subir Pedrinho ao trono, Não fique o povo contente; Não pode ser coisa boa Servindo com a mesma gente. (Quadrinhas populares cantadas nas ruas do Rio de Janeiro em 1840.) Compare as quadrinhas populares e responda: a) Por que D. Pedro II tornou-se imperador, antes dos dezoito anos, como previa a Constituição? b) Quais as diferentes posições políticas expressas nas duas canções populares? 1
3. (Uerj 2004) (KENNEDY, Paul. Ascensão e queda das grandes potências. Rio de Janeiro: Campus, 1989.) Os planos de guerra apresentados no mapa acima demonstram como o sistema de alianças, constituído pelos países europeus no período denominado "Paz Armada" (1871-1914), acabou por levar o mundo à Primeira Guerra Mundial. Outro elemento importante para a compreensão das relações político-diplomáticas nesse período é a instrumentalização do nacionalismo por parte dos Estados. a) Estabeleça a relação existente entre o pan-eslavismo e o plano de ataque austro-húngaro à Sérvia. b) Tendo em vista as tensas relações entre franceses e alemães desde a década de 1870, aponte duas razões para a existência tanto do Plano XVII (invasão francesa da Lorena) quanto do Plano Schlieffen (ataque alemão à França). 2
4. (UFJF 2007) Observe o mapa a seguir: No período regencial (1831-1840), uma série de conflitos surgiu em algumas províncias brasileiras. Sobre esse contexto, responda: a) Cite e analise duas características do contexto no qual ocorreram esses conflitos assinalados no mapa. b) Eleja um desses conflitos e analise-o. 5. (Unicamp 2008) Na década de 1840, com a perspectiva do fim do tráfico negreiro, o governo brasileiro começou a interessar-se por fontes alternativas de mão de obra, encorajando a imigração de "trabalhadores pobres, moços e robustos" e tentando fixá-los nas fazendas de café. Se os imigrantes tivessem de comprar terras e os preços fossem mantidos em alta, eles seriam obrigados a trabalhar alguns anos antes de poderem comprar seu próprio lote. A Lei de Terras foi aprovada em 18 de setembro de 1850, duas semanas após a aprovação da lei contra o tráfico de escravos. (Adaptado de Leslie Bethell e José Murilo de Carvalho. "O Brasil da Independência a meados do século XIX". In: BETHELL, Leslie (org.). História da América Latina: da Independência a 1870, vol. III. São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial, 2001, p. 753-54, 766.) a) Como se dava o acesso à terra antes e depois da promulgação da Lei de Terras de 1850? b) De que maneira a Lei de Terras de 1850 buscou promover o trabalho livre? 3
6. (UFG 2008) Observe a imagem. A imagem demonstra uma concepção geográfica do mapa norte-americano, orientada pela ideia de divisão do mundo entre capitalistas e comunistas. Como ficou conhecida a prática política que traduziu essa ideia de divisão de mundo, nos Estados Unidos, na década de 1950? Explique como essa prática política caracterizava-se e descreva duas de suas ações. 7. (Unifesp 2009) A Guerra do Vietnã opôs o norte ao sul do país e contou, entre 1961 e 1973, com participação direta dos Estados Unidos. Relacione esta guerra com a: a) Descolonização da Ásia. b) Guerra Fria. 8. (Unicamp 2010) No tempo da independência, não havia ideias precisas sobre o federalismo. Empregava-se federação como sinônimo de república e de democracia, muitas vezes com o objetivo de confundi-la com o governo popular, embora se tratasse de concepções distintas. Por outro lado, Silvestre Pinheiro Ferreira observava ser geral a aspiração das províncias à autonomia, sem que isso significasse a abolição do governo central da monarquia. Mas a historiografia da independência tendeu a escamotear a existência do projeto federalista, encarando-o apenas como produto de impulsos anárquicos e de ambições personalistas e antipatrióticas. (Adaptado de Evaldo Cabral de Melo. A Outra Independência. O federalismo pernambucano de 1817 a 1824. São Paulo: Ed. 34, 2004, p. 12-14.) a) Identifique no texto dois significados distintos para o federalismo. b) Quais os interesses econômicos envolvidos no processo de independência do Brasil? 9. (Unicamp 2010) No século XIX, surgiu um novo modo de explicar as diferenças entre os povos: o racismo. No entanto, os argumentos raciais encontravam muitas dificuldades: se os arianos originaram tanto os povos da Índia quanto os da Europa, o que poderia justificar o domínio dos ingleses sobre a Índia, ou a sua superioridade em relação aos indianos? A única resposta possível parecia ser a miscigenação. Em algum momento de sua história, os arianos da Índia teriam se enfraquecido ao se misturarem às raças aborígenes consideradas inferiores. Mas ninguém podia explicar realmente por que essa ideia não foi aplicada nos dois sentidos, ou seja, por que os arianos da Índia não aperfeiçoaram aquelas raças em vez de se enfraquecerem. (Adaptado de Anthony Pagden. Povos e Impérios. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. p. 188-194.) 4
a) Segundo o texto, quais as incoerências presentes no pensamento racista do século XIX? b) O que foi o imperialismo? 10. (Uerj 2010) Francisco Carlos Teixeira da Silva. In: REIS FILHO, Daniel A.; FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste (orgs.). O século XX o tempo das crises. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. Havia um projeto fascista, uma utopia capaz de seduzir homens e mulheres, de arrastar multidões para além das interpretações esotéricas e hipnóticas de um líder único. Durante o período do entre guerras, a ideologia fascista teve uma significativa capacidade de atração sobre indivíduos e grupos de diversas regiões do mundo. Tendo em vista o contexto social e econômico desse período, indique e explique uma prática dos regimes fascistas que tenha mobilizado o apoio popular. Q:\editoracao\2011\Ped2011\História\EM\Vered@ Roteiro 1º bimestre-3c.docx 5