Aula 8 Gases Ideais e Teoria Cinética



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Aula 8 Gases Ideais e Teoria Cinética Física II 2012 UNICAMP Quadro de Joseph Wrigth of Derby (1768) representando experimento de Robert Boyle

Equação de estado dos gases ideais Qualquer objeto macroscópico em equilíbrio termodinâmico tem o seu estado descrito por um conjunto de variáveis macroscópicas que denominamos variáveis de estado do sistema. No caso particular de fluidos homogêneos o estado do sistema fica caracterizado por qualquer par escolhido entre ( P, V, T ) que obedecem à chamada equação de estado

Equação de estado dos gases ideais A lei de Boyle Robert Boyle (1627-1691) medida de P = P(V) a T constante O volume de uma dada quantidade de gás, a temperatura constante, varia inversamente com a pressão

Equação de estado dos gases ideais A lei de Charles Jacques Charles 1746-1823 medida de V = V(T) a P constante Medida de Gay-Lussac em 1802: Muito próximo do valor atual k=1/2,7315!!

Equação de estado dos gases ideais A lei dos gases perfeitos (Emile Clapeyron em 1834) Visto que precisamos determinar o valor desta constante Lei de Avogadro

Equação de estado dos gases ideais A lei de Avogadro Volumes iguais de todos os gases nas mesmas condições de temperatura e pressão contêm o mesmo número de moléculas N A = 6,02 x 10 23 Se P = P 0 = 1atm e T = T 0 = 0 o C (CNTP) V = 22,4 l

Equação de estado dos gases ideais A lei dos gases perfeitos Aplicando-se a lei de Avogadro para 1 mol de qualquer gás perfeito tem-se o mesmo resultado

Validade da aproximação do gás ideal O ar em CNTP é ideal, afinal Charles e Boyle fizeram seus experimentos nessas condições http://www.vias.org/genchem/kinetic_12450_02.html

Desvios importantes

Superfície PVT

Superfície PVT para gases reais Voltaremos a este tema mais tarde: gases reais e transições de fase

Equação de estado dos gases ideais gases perfeitos x gases reais

Equação de estado dos gases ideais Trabalho na expansão isotérmica de um gás ideal T = const

Energia interna dos gases ideais A experiência de Joule da expansão livre P i, V i, T i P f, V f, T f Paredes adiabáticas

Energia interna dos gases ideais Joule observou que U depende apenas do estado termodinâmico do sistema (P, V, T) U(P,T) ou U(P,V) ou U(T,V)

Energia interna dos gases ideais Vamos tomar U em função de T e V: U = U(T,V) e

Capacidades térmicas molares dos gases ideais Para 1 mol de qualquer gás ideal Se dq é transferido a pressão constante Se dq é transferido a volume constante

Capacidades térmicas molares dos gases ideais processo isocórico processo isobárico P P P,V, T,U P+dP,V, T+dT, U+dU P,V, T,U P,V+dV, T+dT, U+dU dw T T+dT dq V T T+dT dq P Reservatórios (muito grandes, determinando T)

Capacidades térmicas molares dos gases ideais Processo isocórico; V constante (a b) P+dP b P a c T T + dt V V+dV

Capacidades térmicas molares dos gases ideais Processo isobárico; P constante (a c) P+dP b P a c T T + dt V V+dV

Capacidades térmicas molares dos gases ideais Como du independe do processo Diferenciando PV=RT obtem-se dt no processo isobárico e P+dP P a b U+dU c U T T + dt V V+dV para 1 mol da substância!

Capacidades térmicas molares dos gases ideais (temperatura ambiente) Molécula C V (J/mol.K) He 12,5 Ar 12,6 N 2 20,7 O 2 20,8 NH 4 29,0 CO 2 29,7 Este padrão não é uma coincidência, mostra a necessidade de uma abordagem microscópica: teoria cinética dos gases!

Exemplo Uma bolha de 5 moles de He monoatômico é mantida a uma certa profundidade num tanque de água. A temperatura do sistema é elevada de 20 o C a pressão constante e, então, a bolha expande. a) Qual o calor absorvido durante a expansão? b) Qual a variação da energia interna durante a expansão do gás? c) Qual o trabalho executado pelo gás durante a expansão?

Processos adiabáticos no gás ideal Definição: Para n moles do gás ideal Diferenciando PV=nRT :

onde

Processos adiabáticos no gás ideal integrando-se a equação temos T 2 P T 1 Linha do processo adiabático V Isotermas

Processos adiabáticos no gás ideal Com a equação de estado do gás ideal obtemos ainda e

Processos adiabáticos no gás ideal Trabalho realizado num processo adiabático onde como P W V i V f V Observe que a medida do trabalho realizado carrega informação parcial sobre a composição do gás

Problema em sala: Um condicionador de ar resfria um quarto de 30 0 C para 25 0 C. a) estime o volume do quarto b) calcule a variação da energia interna do ar no quarto Obs.: pense em duas maneiras de resolver o problema

Teoria Cinética dos Gases

Algumas considerações microscópicas Temos mencionado frequentemente que a pressão é oriunda da variação do momento linear das moléculas que colidem com as paredes do recipiente que encerra uma certa quantidade de gás ideal. Temos também mencionado que a temperatura pode ser relacionada com a energia cinética média das partículas que compõem a nossa amostra de um gás ideal. Observamos que o calor específico molar a volume constante de um gás apresenta um comportamento sistemático em função da característica molecular (moléculas mono, di ou poliatômicas) dos seus componentes.

Algumas considerações microscópicas Como poderíamos quantificar estas relações entre quantidades macroscópicas (as variáveis de estado) e microscópicas (energia, momento linear, etc) de um sistema? A resposta é o objetivo de estudo da chamada... Teoria cinética dos gases Com a teoria cinética dos gases poderemos, por exemplo, entender os valores de C v dos gases

Teoria cinética da pressão Molécula de gás recipiente Molécula de gás recipiente 1 2

Colisões de moléculas com a parede e variação de momento linear A Moléculas a uma distância d < v x dt da parede A transferem momento no durante o intervalo de tempo dt Número de colisões no intervalo dt: Densidade média 3 Volume considerado Metade das moléculas deslocam-se no sentido oposto

Momento linear e pressão Variação de momento (direção x) por molécula Número de colisões no elemento de volume Variação total de momento (direção x) 2ª lei de Newton Pressão

Introduzindo as médias Obviamente Portanto Não nos interessam as componentes da velocidade: Isotropia do espaço

Pressão e velocidade molecular Resultados anteriores:

Teoria cinética da pressão Pressão Energia cinética total média

Temperatura e energia cinética média Gases ideais: Energia cinética média em função da temperatura

Energia cinética média e temperatura II

Temperatura, energia cinética média e velocidade A velocidade quadrática média

Velocidade quadrática média GÁS Massa Molar v rms (m/s) (10-3 kg/mol) H 2 2.02 1920 He 4.0 1370 H 2 O (vapor) 18.0 645 N 2 28.0 517 O 2 32.0 438 CO 2 44.0 412 SO 2 64.1 342

Distribuição de velocidades Dada uma velocidade média, qual é a distribuição de velocidades? http://phet.colorado.edu/en/simulation/gas-properties

Distribuição de Maxwell v z v y v x

Distribuição de Maxwell v z v y v x Normalização e valores médios

Distribuição de Maxwell Pode-se mostrar que se A normalização e o valor médio de v 2 nos permitem calcular A e B

Distribuição de Maxwell Temperatura (K) velocidade (m/s) http://phet.colorado.edu/en/simulation/gas-properties

Energia interna do gás ideal e o calor específico molar Gás ideal monoatômico Energia interna U = Energia cinética total média <K>

Energia interna do gás ideal e o calor específico molar Para 1 mol do gás ideal monoatômico Mas

Capacidades térmicas molares dos gases ideais (temperatura ambiente) Molécula C V (J/mol.K) He 12,5 Ar 12,6 } N 2 20,7 O 2 20,8 NH 4 29,0 CO 2 29,7

Energia interna do gás ideal e o calor específico molar Para 1 mol do gás ideal monoatômico temos que e

O teorema da equipartição de energia Gás ideal diatômico 3 graus de liberdade do movimento do centro de massa da molécula. Energia de translação por molécula 3 termos quadráticos na energia

O teorema da equipartição de energia Gás ideal diatômico 2 graus de liberdade adicionais pelo movimento de rotação da molécula. Energia de rotação por molécula 2 termos quadráticos na energia

O teorema da equipartição de energia Gás ideal diatômico: um grau de liberdade extra de vibração

O teorema da equipartição de energia Cada termo quadrático na expressão da energia contribui para a energia média por molécula com Molécula diatômica

O calor específico molar Gás ideal no caso geral tem q termos quadráticos na energia

O calor específico molar Moléculas diatômicas rígidas Moléculas diatômicas com vibração Moléculas poliatômicas possuem vários modos vibracionais além de mais um rotacional

Capacidades térmicas molares dos gases ideais (temperatura ambiente) Molécula C V (J/mol.K) He 12,5 Ar 12,6 N 2 20,7 O 2 20,8 NH 4 29,0 CO 2 29,7 } } }

Capacidades térmicas molares dos gases ideais C V /R (H 2 ) translação rotação vibração 3,5 2,5 1,5 Escala logaritimica 0,02 0,1 0,2 1 2 5 T(x10 3 K ) Explicação do comportamento de C V : quantização da energia

Como isso? Necessário um mínimo de energia para ativar a rotação e a vibração!

Escalas de energia

O problema da equipartição de energia: uma das origens da mecânica quântica http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/kinetic/shegas.html#c6 Por que à temperatura ambiente não temos a manifestação de todos os graus de liberdade?

Exemplo Um mol de oxigênio inicialmente a 310 K expande adiabaticamente de 12 a 19 l. a) Qual a temperatura final do gás? Como O 2 é diatômica e a temperatura não é suficiente para gerar vibrações moleculares b) Qual seriam a temperatura e pressão finais caso o gás tivesse expandido livremente a partir de uma pressão de 2,0 Pa?

O caminho livre médio O movimento das moléculas componentes de um gás ideal é completamente aleatório; o gás não é perfeitamente ideal devido a colisões entre as moléculas Qual é a distância média entre as colisões? Caminho livre médio

O caminho livre médio O volume de exclusão O d O d A trajetória do volume de exclusão d

O caminho livre médio O volume de exclusão vê as demais partículas como massas pontuais Seção transversal do tubo percorrido pelo volume de exclusão Em t o volume varrido será Espaço percorrido pelo centro da esfera

O caminho livre médio Número médio de colisões sofridas Frequência média de colisões sofridas

O caminho livre médio Correção devida à velocidade relativa

Exemplo Sabendo-se que o diâmetro molecular efetivo de uma molécula de ar é de 3,7 x 10-10 m qual é o seu caminho livre médio nas CNTP? Qual é a distância média entre moléculas? Qual a frequência média das colisões por ela sofrida? Caminho livre médio Volume específico e distância média Frequência média

O movimento Browniano http://sciweb.nybg.org/science2/pdfs/dws/brownian.pdf

Explicação do movimento Browniano: um dos trabalhos do ano milagroso de Einstein (1905) http://www.aip.org/history/einstein/brownian.htm http://www.scielo.br/pdf/rbef/v29n1/a07v29n1.pdf J. M. Silva e J. A.S. Lima

Movimento browniano http://galileoandeinstein.physics.virginia.edu/more_stuff/applets/brownian/brownian.html Probabilidade de encontrar um partícula a uma distância x a partir da posição em que começou a ser contado o tempo t Expressão para o deslocamento quadrático médio Coeficiente de Difusão Coeficiente de viscosidade Valor medido por Perrin

A medição e a validação da hipótese atômica http://www.aip.org/history/einstein/essay-brownian.htm Anotação do movimento Browniano observado por Perrin Jean Perrin (1870 1942): Confirmação da teoria de Einstein e determinação de N A

Gases reais: van der Waals Interações entre as moléculas num gás real são importantes F(r) r > r 0 força atrativa r < r 0 força repulsiva r 0 0 r

Gases reais: van der Waals Correção devida à interação entre as moléculas do gás Correção devida ao volume de exclusão de cada molécula

Gases reais: van der Waals

Gases reais: van der Waals Substância T C (K) P C (atm) (g/cm 3 ) P C V C /RT C H 2 O 647,50 218,50 0,3250 0,23 0 2 154,60 49,70 0,4100 0,292 N 2 126,00 33,50 0,3100 0,291 H 2 32,98 12,76 0,0314 0,304 4 He 5,19 2,25 0,0690 0,308 P C V C /RT C =3/8=0,375 para o gás de van der Waals