Práticas educativas em espaço não escolar. Paula Bruna Cortez

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Transcrição:

Práticas educativas em espaço não escolar. Paula Bruna Cortez Afiliação 1 : Faculdades Integradas Teresa D Ávila Afiliação 2 : Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência- PIBID pbccortez@hotmail.com

RESUMO A realização das práticas educativas em espaço não escolar pode oferecer meios para que auxiliem o desenvolvimento do pensamento crítico do educando de forma participativa e colaborativa na sociedade. Para um bom andamento desta prática, se faz necessário a interação do aluno com o meio social, político e cultural, propondo formas que os auxiliem nesta construção de produções oferecidas pelo educador. Tem-se como intenção analisar a organização de sequências didáticas, fundamentadas nos quatros pilares da educação, desenvolvidas em espaço não escolar, proporcionando ao sujeito ler, compreender e agir mediante o espaço local, em que está inserido. Os produtos gerados pelos sujeitos mediante as práticas educativas serão publicadas em mídia organizadas pelos mesmos. PALAVRAS- CHAVE: Práticas educativas, educação não formal, pedagogia. ABSTRACT The realization of the educational practices in space no school can offer ways to help in the development of critical thinking of learners in a participatory and collaborative society. For a smooth running of the practice, it is necessary student interaction with the social, political and cultural, proposing ways that help them in this building productions offered by the educator. It is intended to analyze the organization of didactic sequences, based on the four pillars of education, developed in non-school space, providing the subject read, understand and act upon local space in which it is inserted. The products generated by the subjects through educational practices will be published in the media organized by them. KEYWORDS: Educational practices, non-formal education pedagogy.

1 INTRODUÇÃO As práticas educativas se dão na interação com o meio social, político e cultural realizamos atividades que auxiliem o educando a buscar aprender a ter autonomia ao ser, pensar e agir. Nesta condição, o educador é o mediador desta construção, onde a transformação se dá pela produção que o próprio sujeito constrói, ou seja, o entendimento não é transferido, mas coparticipante. Esta pesquisa tem como intenção analisar a organização de sequências didáticas possíveis para serem desenvolvidas em espaço não escolar e apresentar o desenvolvimento de um conjunto das mesmas fundamentadas nos quatro pilares da educação.tem como benefício também a mediação do educador neste processo de construção do conhecimento do educando, onde seu papel é de extrema importância para a realização das tarefas, mobilizando o educando a pensar certo, de forma que possamos formar jovens investigadores, inquietos, curiosos e persistentes. Fundamentada nesta perspectiva, a pergunta da pesquisa: como se dará o desenvolvimento de práticas educativas em um espaço não escolar? É possível que tais práticas venham a acrescentar na formação de educandos e educadores que estiverem envolvidos em um determinado projeto, tornando- os participativos e colaboradores do desenvolvimento e transformação do espaço social, além de manifestar no educando o espírito crítico e criativo neste processo de aprendizagem, havendo também a mobilização da comunidade neste contexto formativo. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A educação não pode concentrar-se em reunir as pessoas fazendo-as aderir a valores comuns forjados no passado. Deve também, responder à questão: viver juntos, com que finalidades, para fazer o quê? E dar a cada um, ao longo de toda vida, a capacidade de participar, ativamente, num projeto de sociedade. (DELORS2001, p. 60). Ainda em DELORS (2001) descreve que o principal é que cada pessoa consiga ter um nível de autonomia intelectual que lhe permita formar o próprio juízo de valor diante das mais variadas situações, e que, em cada um desses momentos, ela tenha capacidade de escolher caminhos e alternativas baseada no seu entendimento da realidade. E que também a prática pedagógica deve ser compreendida com base em quatro pilares do conhecimento. Para que esta didática seja aplicada de forma eficaz é preciso estar em torno destes pilares: - Aprender a conhecer: o sujeito busca uma nova forma de pensar e agir diante dos desafios que encontra no caminho. É preciso ter curiosidade, autonomia e atenção para exercer sua tarefa; -Aprender a fazer: o primordial é saber trabalhar em grupo, ser flexível, e saber 121

resolver conflitos, cooperando com seu grupo e buscando soluções de problemas para o que está sendo estabelecido; - Aprender a conviver: em um mundo em que as tecnologias estão tomando conta das relações humanas, onde o contato não é mais direto e sim através de redes sociais, é preciso que o indivíduo tenha o hábito de relacionar-se com o outro de forma direta, respeitando o ponto de vista de cada um e esforçar-se para um bem comum. - Aprender a ser: é necessário desenvolver potencialidades no indivíduo, para que seja participativo, cooperativo e interativo em suas relações, trabalhando sempre o pensamento crítico, imaginação e criatividade. FREIRE (1996) relata que o aprendizado vai além do que transferir um conhecimento, o aprendizado se dá nas criações de possibilidades que o educador oferece ao educando para produzir e construir seu próprio saber. Nesta condição, o educador é o mediador desta construção, onde a transformação se dá pela produção que o próprio sujeito constrói, ou seja, o entendimento não é transferido, mas coparticipante. Segundo Libânio (2007) A pedagogia, serve para investigar a natureza, asfinalidades e os processos necessários às práticas educativas com o objetivo de propor a realização desses processos nos vários contextos em que essas práticas ocorrem. Desta forma, as práticas educativas podem ser entendidas como o contexto no qual os seres humanos estão vivendo\interagindo, devem ser analisadas e processo continuo buscando verificar se os objetivos do aprender a aprender a conviver propondo ao indivíduo sua autonomia. 3 METODOLOGIA A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT, 1985, p. 14) A pesquisa será realizada em uma instituição não escolar que atende indivíduos com idade entre 6 a 15 anos que frequentam a escola de ensino fundamental pública. Os dados serão coletados por meio de um diário de bordo, onde será registrada a elaboração de projeto, os diálogos, mobilização, trabalho de campo e ação entre jovens e educador. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO A pesquisa bibliográfica e a pesquisa-ação irão auxiliar na solução da problemática da pesquisa uma vez que os envolvidos na mesma atuarão para solucioná-la. 122

A pesquisa será dividida em quatro etapas: planejamento de projetos onde os educandos produzirão junto ao mediador projetos que contribuam para melhoria de um fator relevante do bairro escolhido por eles. A segunda etapa, o educando é levado à campo de pesquisa para coleta de dados por meio de fotos e análise do local evidenciado. A etapa seguinte, os educandos enviarão os projetos à entidade pública para uma possível resposta dos mesmos. Para a divulgação destes trabalhos, o mediador junto aos educandos elaborarão um informativo apontando os resultados. 5 CONCLUSÃO Mediante ao processo de análise destas práticas educativas, é possível observar que elas acrescentam na formação de educandos e educadores envolvidos nesta pesquisa. Porém, tais práticas requerem tempo e pré-disposição do mediador para que ele estimule o senso crítico e a autonomia do educando de uma forma que os façam pensar certo e da maneira correta, sendo então o estudo de Jaques Delors sobre os 4 pilares da educação, fundamental para a formação do indivíduo como ser participante e ativo na Instituição não escolar e comunidade. REFERÊNCIAS DELORS, J. Educação: Um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. 6ª Ed. Brasília: MEC, 2001. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática docente. São Paulo: Paz e Terra, 1996. LIBÂNIO, José Carlos, Pedagogia e Pedagogos, Para quê? 8ª Ed.São Paulo: CORTEZ, 2005. MORIN, Edgar,. Os sete saberes necessários à educação do futuro/ Edgar Morin ; tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya ; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. 2. ed.rev. São Paulo: Cortez, DF : UNESCO, 2011 123