Direito & Cotidiano Diário dos estudantes, profissionais e curiosos do Direito.

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Transcrição:

Direito & Cotidiano Diário dos estudantes, profissionais e curiosos do Direito. http://direitoecotidiano.wordpress.com/ Princípios do Direito Administrativo [cont. Rafael Adachi Princípio da Eficiência Acrescentado pela Emenda 19. - A emenda 19 promoveu a chamada reforma administrativa tentando aplicar o modelo da Administração gerencial. - O modelo da Administração Gerencial se opõe ao modelo instituído pela CF/88, que é o modelo da Administração burocrática. - O principio da eficiência visa à obtenção de resultados, coerente com a emenda 19, mas muito criticado pela doutrina, pois deixa de enfatizar o controle sobre os processos decisórios. Modelo da Administração Gerencial: - É o modelo que inspirou a Emenda 19; - Esse modelo enfatiza o controle de resultados (controle de metas); - Advém da Governança Corporativa (= administração de empresas). Os críticos afirmam que o modelo de administração gerencial funciona bem para as empresas privadas, mas não para a administração pública. Lembrar que a emenda 19 veio para aplicar a eficiência da iniciativa privada na administração pública. - Os grandes administrativistas criticam a emenda 19, vez que nestes moldes há menosprezo do controle de processos Modelo da Administração Burocrática: - é o modelo advindo com a CF/88; - esse modelo dá mais destaque a um controle de processos; - Diversos institutos revelam uma preocupação com a busca por eficiência, sendo desdobramento do modelo da Administração Gerencial, tais como, rendimento funcional do agente público, contrato de gestão, avaliação de desempenho dos servidores públicos, agências executivas (Art. 37, 8º da CF); - Atenção: de acordo com a doutrina, o princípio da eficiência deve ser analisado junto com os demais princípios, nunca podendo servir de pretexto para descumprir a lei. (é inaceitável aceitar o princípio da eficiência como acima do princípio da legalidade) - A eficiência obriga a administração a atingir os melhores resultados por meio do cumprimento da lei. PRINCÍPIOS INFRACONSTITUCIONAIS; são basicamente os presentes no art. 2º, parágrafo único, da lei 9.784. - A lei 9.784, torna obrigatória a instauração de um processo administrativo antes da tomada de decisões pelo poder público; 1) Princípio da Finalidade: (para Hely Lopes o princípio da finalidade é o mesmo que o da impessoalidade);

- Para a corrente majoritária: a Administração só pode agir na defesa das finalidades públicas gerais previstas na regra de competência, sob pena de desvio de finalidade. A lei 4.717 conceitua desvio de finalidade no artigo 2º, parágrafo único, e: ocorre desvio de finalidade quando o agente pratica o ato visando fim diverso daquele previsto na regra de competência. (Atenção: os requisitos do ato administrativo não são doutrinários, pois estão no art. 2º, alíneas) Desvio de finalidade = Desvio de Poder = Tredestinação (o desvio de finalidade, além de nulo é causa de improbidade administrativa, Art. 11, I, da Lei de improbidade administrativa 8429). Exemplos: 1. Certo prefeito que desapropriou a casa de um inimigo político; 2. Remoção para perseguir servidor público; Atenção: desvio de finalidade pressupõe a competência do agente, pois se o agente fosse incompetente, o ato já teria nascido nulo. Atenção 2: predomina no Brasil a concepção do desvio de finalidade como um vício objetivo (na conduta) e não subjetivo (na intenção). Desvio de finalidade = intenção viciada (condição necessária, mas não suficiente) + violação do interesse público. - não basta comprovar a intenção viciada, é necessário que seja demonstrada a violação do interesse público. Exemplo: se o prefeito revoga uma licitação por que houve um fato superveniente, mesmo declarando sua intenção de punir o dono da empresa, não há desvio de finalidade. Observação: a prova de desvio de finalidade sempre será feita com base em indícios. O que é tredestinação lícita? R: O código civil permite que o bem desapropriado receba destinação pública diversa da inicialmente prevista. Mudança de destinação autorizada pelo direito. Princípio da Motivação: deve ser explícita, clara e congruente ( 1º, Art. 50 da lei 9784) - Todo ato administrativo deve ser motivado - Art. 50 da Lei 9.784/00; - existem 2 tipos de motivação que a lei autoriza: a) motivação contextual: é a indicada no próprio corpo do ato (multa de trânsito indica qual a multa... onde estava o carro...) b) motivação aliunde : é uma motivação externa ao ato. A lei admite que a motivação apresentada em um caso idêntico seja usada para motivar outros atos. (parte final do 1º do Art. 50) - momento da motivação: a motivação deve ser contemporânea ou imediatamente posterior à prática do ato. A doutrina proíbe a motivação muito depois da prática do ato para evitar a motivação fabricada.

Princípio da Continuidade do Serviço Público. - Princípio originariamente vinculado aos serviços públicos, mas que vem recebendo um tratamento ampliativo pela doutrina. - Em termos gerais, este princípio determina a impossibilidade de interrupção do exercício das funções administrativas. - Diversas regras na legislação brasileira decorrem do princípio da continuidade, tais como: a) intervenção do poder concedente na empresa concessionária. (é o afastamento da direção da empresa e a nomeação de interventor pelo Estado); b) retomada do serviço pelo Poder Público no caso de encampação da concessão (extinção do contrato por razões de interesse público. Sempre que ocorre encampação o Estado deve retomar o serviço) c) durante 90 dias o contratado é obrigado a continuar executando o contrato mesmo que a Administração pare de pagar. d) restrição ao direito de greve dos agentes públicos (Art. 37, VII, CF). Ao contrário do direito de greve na iniciativa privada, para os servidores públicos esse direito só pode ser exercido nos termos e limites definidos em lei. Princípio da Razoabilidade: é um princípio geral que obriga a Administração a agir com moderação e bom senso. Atenção: o princípio da proporcionalidade é um desdobramento da razoabilidade aplicável especificamente no Direito Administrativo Sancionador (aplicação de penas a particulares e agentes públicos). Deve ser observada uma adequação entre meios e fins sendo nulas as sanções mais graves do que o necessário diante da situação concreta. Princípio da Autotutela. - A primeira ideia que se tem é de um controle interno da atividade administrativa. É uma forma de controle da administração. - 2 formas de controle: - controle interno: é realizado pelo próprio órgão que realizou o ato controlado; Mecanismos de controle interno: recurso hierárquico próprio (não precisa de previsão legal; é dirigido à autoridade superior); recurso hierárquico impróprio (depende sempre de previsão legal; Algumas leis de agências reguladoras permitem que se recorra ao Ministro da pasta) - controle externo: órgão diferente do que praticou o ato controlado. - Controle Externo Judicial: mandado de segurança, habeas data, mandado de injunção; - Controle Externo Legislativo: é o que se dá no âmbito do Parlamento; a CPI é uma forma de controle legislativo; outro exemplo é o poder de convocação que o Parlamente tem sobre autoridades administrativas, para prestar informações, p. ex. Quanto ao momento do controle existem 3 tipos de controle:

a) Controle prévio (ou controle a priori): um exemplo é o mandado de segurança preventivo. b) Controle concomitante: é o realizado simultaneamente à atividade controlada; exemplo é o controle de execução de uma obra pública; c) Controle a posteriori: é o realizado após o ato controlado. É o que acontece numa ação de improbidade administrativa. O artigo mais importante sobre controle da administração está no artigo 70 da CF. Conceito de Autotutela: o princípio da autotutela significa que a Administração deve anular seus atos defeituosos (quando a Administração constata uma falha no ato ela DEVE anulá-lo) e pode revogar seus atos inconvenientes (a revogação não é um dever, mas sim uma faculdade). Extinção do ato administrativo: 1. Desaparecimento do sujeito: a pessoa (física ou jurídica) que aparece no ato não é achada (morte da pessoa ou desconstituição da PJ). Desaparecimento do sujeito é uma forma de extinção de pleno direito: funcionário foi promovido, falecendo, o ato de promoção é de pronto extinto. 2. Desaparecimento do objeto: é o bem que o ato se refere. EX: licença para reforma de um imóvel. Ocorre um desastre e o imóvel rui. Há extinção de pleno direito. 3. Renúncia: o próprio beneficiário abre mão da vantagem. Ex: exoneração a pedido. (lembrar: o desligamento por exoneração nunca é punitivo; a saída sancionatória é a demissão) 4. Exaurimento do conteúdo (ou exaurimento dos efeitos do ato): o ato se extingue por ter sido integralmente cumprido. Ex: edital depois da posse de todos os aprovados. É outra forma de extinção de pleno direito. 5. Termo final: é a extinção do ato com o encerramento do seu prazo de validade. Alguns atos são praticados com termo certo, terminado o prazo o ato se extingue de imediato. Ex: toda concessão é por prazo determinado. Findo o mesmo, automaticamente o ato se extingue. 6. Retirada: é a extinção de um ato pela prática de outro ato. A retirada não é uma extinção automática, aqui existe um segundo ato destinado a invalidar o ato anterior. As duas principais formas de retirada do ato administrativo são a anulação e a revogação. Ato A ----- Ato B (A: ato defeituoso; B: ato anulatório) assim, Anulação é o efeito do ato anulatório sob o ato defeituoso. Ato A ------- Ato B (A: ato inconveniente; B ato revocatório) assim, Revogação é o efeito do ato revocatório sob o ato inconveniente. A anulação e a revogação de atos administrativos também são atos administrativos. O ato anulatório é vinculado (a Administração tem o dever de praticá-lo); o ato revocatório é discricionário.

Pergunta 1. É possível anular o ato anulatório? R. Sim, desde que o ato anulatório tenha um defeito. Pergunta 2. É possível revogar o ato anulatório? R. Não. Pois o ato anulatório é vinculado e só há revogação de ato discricionário. Pergunta 3. É possível anular a revogação? R. Sim. Desde que ato revocatório seja defeituoso. Pergunta 4. É possível revogar a revogação? R. Existe controvérsia na doutrina, mas o melhor entendimento sustenta que isto é impossível, em razão do exaurimento do ato inicial. ANULAÇÃO REVOGAÇÃO MOTIVO Defeito/ilegalidade Causa de interesse público* COMPETÊNCIA Pode ser decretada pela Adm. ou pelo Poder Judiciário ** Administração. O Jud. só revoga ato adm. quando ele próprio o praticou. EFEITOS ex tunc *** ex nunc (efeitos proativos) NATUREZA Decisão vinculada. É um dever Decisão discricionária ALCANCE A anulação pode atingir atos Só atinge ato discricionário. Não vinculados, bem como atos existe revogação de ato vinculado. discrionários. * A Adm. deve demonstrar uma causa superveniente que autoriza a revogação. Se não demonstrar o motivo (uma causa superveniente) que autoriza a revogação, esta será nula. ** A Adm pode anular de ofício ou por provocação. O Judiciário só por provocação. A Adm. tem 5 anos decadenciais para anular ato administrativo. O judiciário tem prazo de 5 anos prescricionais. *** A anulação retroage pois o ato já nasce nulo. Tipos de nulidade do Ato Administrativo. - Diferentes graus de invalidade do ato administrativo. Existem 4 níveis de invalidade do ato: 1. Ato inexistente aquele que não cumpriu seu ciclo de formação. É o vício mais grave que pode atingir o ato. Exemplo: ato em usurpação de função pública (é o ato praticado por alguém que não é agente público); ato que ordena conduta criminosa; ato praticado em relação a servidor falecido; ato com conteúdo materialmente impossível (o ato exige uma conduta irrealizável) Efeitos da inexistência: a) o vício é imprescritível (não existe um prazo para suscitar a inexistência); b) o vício é inconvalidável; c) admite reação manumilitari (reação à força) 2. Ato nulo: é aquele com vício do objeto, motivo ou finalidade. Não se sujeita à convalidação. Exemplo: ato com desvio de finalidade. 3. Ato anulável: possui um defeito passível de convalidação. Defeito na forma ou na competência. (ato praticado por servidor público incompetente) 4. Ato irregular: possui um defeito superficial em alguma formalidade. Esse vício pode ser ignorado sem produzir qualquer conseqüência. Exemplo: erro de digitação no nome do servidor.