Método para aprendizagem das crianças autistas no ensino fundamental Transtorno Global de Desenvolvimento. Manifesta-se antes dos 3 anos. Causado por disfunção neurológica. Estima-se que 70 milhões de pessoas no Mundo segundo dados da ONU, 2 milhões no Brasil. Mais comum nos homens do que nas mulheres. Afeta principalmente a interação social, comunicação e o comportamento. 2% das pessoas com o transtorno: uma vida indenpendente. A palavra autismo vem do grego AUTOS. Em 1911, o psiquiatra suiço Bleuler usou o termo pela 1 vez : caraterísticas de pessoas com esquizofrenia. Antes essa data: Idiotas. Em 1943, o psiquiatra infantil Kanner publicou um estudo com 11 crianças com características do isolamento, estereotipia, necessidade da rotina. Ele criou o conceito de mãe geladeira. Em 1944, o pediatra austríaco Hans Asperger lançou um estudo: a PSICOPATIA AUTISTA DA INFÂNCIA sobre transtorno de personalidade, Síndrome de Asperger: os pequenos mestres. Na década de 60, a psiquiatra e mãe de uma filha autista L. Wing descreveu a tríade no Autismo: socialização, comunicação e comportamento. Foi a primeira que usou a palavra ASPERGER. Nos anos 60, o psicólogo Lovaas iniciou o tratamento com a Terapia Comportamental precursor da ABA. ABA: termo derivado do campo científico do Behaviorismo ABA: currículo dividido em programas 1972: Eric Schopler desenvolveu TEACCH, nasceu do Behaviorismo, influência da psicológia do desenvolvimento. TEACCH: foco é adaptação da pessoa com TEA. Eric Shopler: The Iceberg. Nos anos 60-70, todos os programas, metodos eram ligados com o comportamento. Pouca atenção para o psicoemocional da criança. Nos anos 80 Uta Frith e Simon Baron-Cohen desenvolveram a TEORIA DA MENTE. Uta Frith: estudo sobre COERÊNCIA MENTAL. Na década de 80, o autismo foi desvinculado das psicoses infantis e esquizofrenia. O autismo é um disturbio de desenvolvimento. Disfunção neurológica. A partir deste momento o autismo recebeu suas próprias avaliações: CID-10 e DSM-IV IV. O programa TEACCH: Treatment and education of autistic and communication handicapped children. Teach = ensinar TEACCH: o movimento começou em 1966 na universidade de Chapell Hill, Carolina do Norte, EUA através da inspiração de Eric Shopler. O método começou a ser usado em 1972. TEACCH: um programa que oferece tratamento e educação para as pessoas com autismo de todas as idades e outras com problemas na comunicação e aprendizagem. 1
Aprendizagem e adequações curriculares pelo TEACCH. TEACCH: programa de tratamento e educação para pessoas com Autismo e outras com problemas de comunicação e aprendizagem. Filosofia é atingir o máximo de independência na idade adulta. Crianças com TEA são pensadores visuais: usar componentes visuais e estruturar o ambiente. Foco: ensino de habilidadas de comunicação, organização e interação social. Usar as habilidades fortes das crianças com TEA: processamento visual, memorização das rotinas e os interesses. TEACCH: modelo de intervenção que cria estruturas externas como organização de espaço, materiais e atividades para que a criança vai incorpar essa estrutura como estruturas internas e com o tempo vai usar tudo fora da sala de aula. Tudo numa maneira individualizada do aluno com TEA. Esino estruturado para compensar os déficits das crianças. Cognitivos: Atenção, organização, generalização. Sensoriais: Inconsistência, hiper/hipossensibilidade, percepção visual. Sociais: empatia, reciprocidade, contato visual. Comunicação: compreensão, expressão, literalidade. Comportamento: previsibilidade, ansiedade, compreensão, mesmice. Prestar atenção em 3 aspectos: A organização física A programação das atividades Trabalhar com o comportamento do aluno com TEA A maneira que o aluno vai crescer menos dependente dos adultos: pais, professores, terapeutas. Organização física: Na escolha de sala temos que avaliar alguns aspectos: O tamanho da sala, Quais as outras salas que estão próximas, Número e acesso a pontos de luz, Localização do banheiro mais próximo, Espaço na parede que possa distrair, Outros aspectos imóveis e móveis Lembrar o sistema sensorial das pessoas com TEA. Adaptar a sala de aula (casa, espaço) Sala de aula tem que ser espaçosa. Vizualisação total A sala tem que ter uma tranquilidade e estrutura fixa. Antes de começar a organizar a sala temos que fazer algumas perguntas 1. Há espaço para o trabalho individual e em grupo? Cada aluno tem a sua mesa, sua cadeira e espaço para as atividades independentes? 2. As áreas de trabalho estão localizadas em ponto de menor distração? 3. As áreas de trabalho estão identificadas para que o aluno encontre seu próprio caminho ou que o faça com a mínima ajuda? 4. Existem áreas de trabalho consistentes e funcionais para aqueles que precisam de mais estrutura? 5. O educador tem fácil acesso visual a todas as áreas de trabalho? 6. Há lugares para os alunos colocarem os trabalhos concluídos? 7. Os materiais de trabalho estão em área central e próximos as áreas de trabalho? 8. Os materiais para os alunos são de fácil acesso e claramente marcados para eles? 9. Como as áreas de trabalho e lazer são diferenciadas? 10. A área de aprendizagem está distante da saída? 11. Os materiais desnecessários ao momento estão escondidos? 12. Os limites das áreas estão claros? 13. As prateleiras da área de jogos ou de lazer estão cheias de brinquedos ou jogos quebrados que ninguém usa? 2
Área de trabalho independente: Espaço para ensinar novas aprendizagens. Professor trabalha individual com o aluno para ensinar novas atividades e tarefas. Aprendizagem sem erro. Área de trabalho independente: Espaço onde a criança trabalha quando já domina a atividade. O professor não precisa mais intervir. Área de atividade concluída: Lugar para pôr as atividades feitas. Lado direito da criança = lado do fim. Atividades sempre do lado esquerdo para o lado direito. 3
Área do lazer: Espaço onde a criança fica esperando novas atividades. Aqui a criança pode brincar, ler, ouvir música, Área para o grupo: Aqui as crianças realizam os trabalhos em grupo. Área para lanch/alimentação: Fora ou dentro da sala de aula onde as crianças se alimentam. Refeitório. 4
Programação é necessária! Crianças com autismo têm problemas com a memória sequencial e a organização do/no tempo. Rotina visual: diário e semanal. Aumenta a previsibilidade. Diminuir ansiedade e entender mais fácil comandos verbais Fazer as atividades de forma independente. Suficiente informação sobre o tempo, a quantidade das aulas e dos exercícios. Aluno mais motivado e concentrado Dois tipos de programação: A programação geral da classe ; apresenta os eventos diários como momento de trabalho, recreio, lunch,. A programação individual da criança; o esquema que explica cada momento da criança do trabalho, do aprender, do AVD,. Para sinalizar e dar forma dessa programação usamos as AGENDAS. Níveis de comunicação a) nível da sensação ou nível dos estímulos sensoriais: Trabalho só com estímulos sensoriais e bastante não-verbal. É uma primeria percepção literal. Pessoas que vivem neste nível não podemos preparar para o futuro. Elas vivem no aqui e agora. Muito importante é dar reconhecimento. Essas pessoas vão ter menos medo e se sentir melhor. b) nível da apresentação: As pessoas já têm uma percepção literal, mas falta imaginação. Vamos trabalhar com referências que a pessoas vão conhecer. Muito importante é saber o nível da referência. Os níveis de referência são objetos, fotos, figuras, figuras com palavras e palavras. c) nível de representação: As pessoas entendem a função referida. Não ficam mais dependente da situação e aceitam pequenas mudanças. Uso de objetos, fotos, pictogramas, pictogramas com palavras, palavras. As pessoas têm uma noção da língua falada d) nível de meta-representação representação: Sabem brincar com a língua e a informação, as pessoas entendem dicas e piadas e que objetos podem ter um segundo sentido. Objetos concretos Precisam objetos apresentados para entender os comandos, o que vai acontecer - o copo pra beber, a toalha pra dormir, o prato pra comer Crianças que vivem na devisão do nível da sensação e apresentação. 2 maneiras: - objetos concretos nà tamanho real - objetos concretos no tamanho miniaturo Fotos Nível apresentação e começo representação Fotos simples que dão a informação Tamanho: 8x8 10x15 5
Figuras ou pictogramas Maneira com peças gráficas Não muito detalhes,melhor preto-branco do que colorido Brasil: PECS Nível de apresentação e representação 2 maneiras: figura sem palavra figura com palavra Palavras Alfabetização A pessoa tem que ler Nível representação e meta representação A dinâmica do uso das agendas: 1. Quando o aluno termina uma atividade a agenda sinaliza o item da próxima atividade. 2. O item sinalizador da agenda (objeto, foto, pictograma, escrita) é retirado da agenda e colocado em um recipiente designado para o fim. 3. O aluno é guiado pelo prompt que está á mostra na agenda. Qual é a próxima atividade a ser feita? 4. Se a atividade indicada for o trabalhar independente, sobre a mesa do aluno está um mural onde estão fixados estímulos em cores (ou marcação) diferentes, em seqüência. O aluno aprende a retirar o primeiro estímulo e compará-lo a outro igual (matching ou emparelhamento) colocando-o numa caixa ou tarefa na estante da área de trabalho. Ele leva a caixa ou sistema de trabalho para a mesa, completa o trabalho (com ou sem ajuda do professor, dependendo da tarefa) e ao terminar, deposita a atividade concluída em espaço próprio para isso. Ele continua assim até que todos os estímulos tenham sido feitos. 6
2. O professor pode oferecer ao aluno um verificador. Sinal que a criança tem que voltar na sua agenda. Sinal que uma atividade terminou e que tem que começar uma nova. Vários materiais de verficadores: palito de sorvete, bloco colorido, prendedor,... Nível I : Atividades inicias A criança aprende a fazer transposição. Preparação para os outros níveis. Não conseguem formar relações entre mais de um elemento. - iniciar com atividades de tranporte simples e evitar erro. - transferência, enfiagem e orientação espacial. - atividades que chaman muito atenção. Atividades com o princípio esquerdo-direito. Atividades todas concretas, com objetos. Habilidades motoras simples Transferências simples. Poucos elementos. Ajuda física total. 7
Nível II: Mesmas habilidades viso-motoras mas com base de critérios: identidade, cor, forma, tamanho. Comparação entre os ítens da área de armazamento e a área de execução. Esforço cognitivo maior. Atividades em pranchas, caixas ou cestas. Objetivo: emparelhamento (obj x obj), seleção e encaixar. quebra-cabeça, figura e fundo, classificação Menos ajuda do professor e aumentar a independência. Atividades ainda concretas. Atividades exigem mais variáveis e elementos. 8
Nível III: Habilidades de emparelhamento, seleção, sobreposição, associação, seriação com o uso de imagens e objetos, completar lacunas. Exigem habilidades mais complexas, Letras e números. A pessoa consegue formar pares. Entender foto, pictogramas e desenhos. Entendimento símbolico. 9
Nível IV: A criança já está lendo e escrevendo sem ajuda do professor. Associar imagens idênticas e relacionadas. Estabelecer relações por semelhança e função. Entender representações escritas e númericas. Propostas atividades de emparelhamento, associação, seriação com uso de imagens, letras, sílabas, palavras, números. Pessoas com um maior nível de abstração e simbolismo facilitando a alfabetização. 10
Trabalho comportamental Sempre prestar atenção no comportamento do seu aluno com TEA. Prestar atenção nos pequenos sinais. Colocar limites e regras. Pessoas com TEA não querem participar? Pessoas com TEA não sabem participar. Própria rotina é muito mais segura, cheia de comportamentos repetitivos, fantasias, Temos que conhecer o mundo deles, para abrir o nosso mundo para eles. Prestar atenção na programação, conteúdo e sua maneira de falar. Adaptar o conteúdo no concreto. Adpatar a participação no tamanho do aluno com TEA. o Registro. o Respostas. 11
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Mamã,aquilo é um ser humano ou um animal? - Hilde de Clercq Autismo: entendimento teórico e intervenção educacional Theo Peeters Síndrome de Asperger e outros Transtornos do Espectro do Autismo de Alto Funcionamnto: da avaliação ao tratamento- Walter Camargos Jr. e colaboradores Meu filho tem autismo e agora? Susan Larson Kidd Curso Uniapae; Teacch, 2011 El acesso al currículo por alunos con trastornos del espectro del autismo: uso del programa TEACCH para favorecer la inclusíon; Gary Mesibov y Marie Howley Gostaria agradecer a Andreia Lungwitz Cleto pelas fotos das atividades que ela confecionou! Contato: katrienvanheurck@gmail.com Facebook:, ortopedagoga 15