12 CONGRESSO FLORESTAL ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL. Política Agrícola para Florestas Plantadas

Documentos relacionados
POLÍTICAS PARA AS FLORESTAS PLANTADAS. João Antônio Fagundes Salomão

DISTRIBUIÇÃO E POTENCIALIDADES DAS FLORESTAS PLANTADAS NO RIO GRANDE DO SUL

Plano Agrícola e Pecuário 2014 / 2015

Programa Estadual de Desenvolvimento Florestal de Mato Grosso do Sul

Banco do Brasil. Setembro 2012

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Ranking Mundial em Fonte: SRI / Mapa

Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono

Banco do Brasil e o Agronegócio. Fevereiro 2012

Balanço 2016 Perspectivas Silvicultura

ECONOMIA DE BAIXO CARBONO SUSTENTABILIDADE PARA O SETOR DE MINERAÇÃO: CASO DA SIDERURGIA NO BRASIL

AGRICULTURA SUSTENTÁVEL: INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

INFORME TÉCNICO APROSOJA 57/ de maio de Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015

Diretrizes para uma Economia Verde no Brasil Parte II Agronegócio e Agricultura Familiar

Congresso Florestal Nova Prata Maio 2015

PLANO ABC AGRICULTURA DE BAIXA EMISSÃO DE CARBONO

Política de Financiamento e Comercialização do Brasil: resultados e desafios

Cadeia Produtiva da Silvicultura

LEI COMPLEMENTAR nº 873, de 12 de Maio de (Publicada no DOE Nº 86, de 12/05/2016)

Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs)

Diretoria de Agronegócios. BB e o Agronegócio

CADEIAS PRODUTIVAS A VISÃO DA INDÚSTRIA PLANTAÇÕES FLORESTAIS

Fórum sobre Sustentabilidade ABINEE

Agronegócio Desafios e Oportunidades

Serviços Técnicos e Gestão Ambiental no Agronegócio Diretoria de Agronegócios

Gerência de Assessoramento Técnico ao Agronegócio Gerag SP

Plano ABC & Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono

O Agronegócio Hoje Atualidade e Tendências

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, da Constituição, DECRETA:

Decreto nº 3.420, de

Seminário de Lançamento do Guia de Financiamento da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono

Agricultura Brasileira: importância, perspectivas e desafios para os profissionais dos setores agrícolas e florestais

47ª Reunião do Treino & Visita GRÃOS Embrapa/Soja

Contribuições do MAPA para a Implantação da Nova Lei Florestal

Evento: O Agronegócio e o Comércio Mundial. Agronegócio Brasileiro: Atualidade e Desafio

Principais Objetivos PAP 2011/2012

O SETOR BRASILEIRO DE ÁRVORES PLANTADAS

Síglia Regina Souza / Embrapa. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) Sustentabilidade do agronegócio com preservação ambiental

Conferência Paulista de C&T&I

NOTA TÉCNICA Nº 018-CNA Brasília, 28 de junho de 2012.

OS DESAFIOS DA SILVICULTURA NO RIO GRANDE DO SUL

Política Nacional de Florestas Plantadas

Inventário Florestal Nacional do Brasil IFN-BR FLORESTAS PLANTADAS. Ministério do Meio Ambiente

INVESTIMENTOS SUSTENTÁVEIS. Fabio Ramos

AS FLORESTAS NO MUNDO

Masisa Empreendimentos Florestais. Rio Grande do Sul Abril

O QUE É ILPF ILP IPF. A ILPF pode ser utilizada em diferentes configurações, combinando-se dois ou três componentes em um sistema produtivo:

RELATÓRIO DIRETORIA DE DIFUSÃO AGROTECNOLÓGICA. Palmas- TO, 09 de junho de 2015.

BRASIL: POTÊNCIA AGROAMBIENTAL

Bilhões de Pessoas. Cenário Global. Fonte: ONU (dez/2010). Elaboração:FIEP-Deagro

Agronegócio Brasileiro. Roberto Rodrigues 03 de abril de 2013

DECRETO Nº 8.972, DE 23 DE JANEIRO DE 2017

SETOR PRODUTIVO DE BASE FLORESTAL: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS

DEMANDA E USOS DA FLORESTA DE EUCALIPTO

Biodiversidade e biocombustíveis. Agosto 2009 M. Cecilia Wey de Brito Secretária de Biodiversidade e Florestas Ministério do Meio Ambiente

Responsabilidade ambiental na produção agropecuária

Realização: Execução:

VP Negócios Emergentes SN Agronegócios. Crédito Rural

SETOR PRODUTIVO DE BASE FLORESTAL: SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS

A diferença entre o remédio e o veneno é a dose! Luís Carlos Silva de Moraes

SETOR DE CELULOSE E PAPEL

O AGRONEGÓCIO EM MATO GROSSO

O Desenvolvimento da Agroenergia no Brasil: Plano Nacional de Agroenergia. Manoel Vicente Bertone Secretário de Produção e Agroenergia

PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO PAP 2015/16 ANÁLISE DAS MEDIDAS ANUNCIADAS EM 02 DE JUNHO DE 2015

Análise Técnico-econômica

BRASIL: UMA PLATAFORMA PARA O FUTURO. Roberto Rodrigues 02 de Agosto de 2018

Associação Paulista de Produtores de Florestas Plantadas

Mercado Internacional

COM O AGRO O ESTADO AVANÇA. Ernani Polo Secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação RS

SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA

Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. Política de incentivo ao uso de sistemas sustentáveis de produção

ECONOMIA VERDE NA AMAZÔNIA: DESAFIOS NA VALORIZAÇÃO DA FLORESTA EM PÉ CONTRIBUIÇÃO DO GRUPO BANCO MUNDIAL

Contexto Ambiental e Agronegócio brasileiro

Carvão. Vegetal. na produção do Aço Verde. Solução renovável a favor de uma economia de baixo carbono. Imagem ArcelorMittal /Eduardo Rocha

Grãos no Brasil Desafios e Oportunidades Futuros Luiz Lourenço. Maringá (PR) Agosto 2012

1º.. MADEN INEE Como evoluir a produtividade da cadeia de madeira energética

Projeto Carbono Florestal

Como acessar. Crédito Rural. Banco do Brasil. seu

O MAPA e o agronegócio brasileiro. José Gerardo Fontelles Secretário Executivo

O Presente e Futuro do Setor Florestal Brasileiro XIV Seminário de Atualização sobre Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte Florestal

Projeto de lei para florestas plantadas no Rio Grande do Sul

ATUALIZAÇÕES DA LEGISLAÇÃO DE SEMENTES E MUDAS

CAL - Conselho de Assuntos Legislativos. CITEC - Conselho de Inovação e Tecnologia. CODEMA - Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade

XVI Seminário de Atualização Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte florestal

Cadeia Produtiva da Soja e Biodiesel

Desafios e soluções para o financiamento de boas práticas no setor agropecuário

O SETOR FLORESTAL E O CÓDIGO FLORESTAL

Agropecuária no Mato Grosso do Sul. Unidade Técnica e Econômica

COOPERATIVAS: PRODUZIR COM QUALIDADE E QUANTIDADE

PESQUISA AGROPECUÁRIA E PRODUÇÃO INTEGRADA

Brasil submete suas INDCs à Convenção do Clima

Relações Brasil - China: oportunidades de negócios para o setor agropecuário

TEMA A Atividade Florestal como Alternativa de Renda para o Pequeno Produtor Rural da Metade Sul do RS.

Gerente da Qualidade do Ar - INEA Luciana Mª B. Ventura DSc. Química Atmosférica

Balanço do Plano Agrícola e Pecuário

Márlon Alberto Bentlin

Gabriel Nunes dos Santos Junior Eng. Agrônomo Gerente de Relacionamento/Segmento Rural - Sul

Prof. Luís Carlos Silva de Moraes terra.com.br

L. A. Horta Nogueira Universidade Federal de Itajubá

Transcrição:

12 CONGRESSO FLORESTAL ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL Política Agrícola para Florestas Plantadas

Florestas Plantadas Legislação Lei 12.187/2009 Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC e dá outras providências. Art. 4 o A Política Nacional sobre Mudança do Clima - PNMC visará:... VII - à consolidação e à expansão das áreas legalmente protegidas e ao incentivo aos reflorestamentos e à recomposição da cobertura vegetal em áreas degradadas;

Florestas Plantadas Legislação DECRETO 7.390/2010 Art. 6 o Para alcançar o compromisso nacional voluntário serão implementadas ações que almejem reduzir as emissões de CO 2 eq, pela: V - ampliação do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta em 4 milhões de hectares;...; VIII - expansão do plantio de florestas em 3 milhões de hectares;...; e X - incremento da utilização na siderurgia do carvão vegetal originário de florestas plantadas e melhoria na eficiência do processo de carbonização.

Florestas Plantadas Legislação Lei 12.651, de 25 de maio de 2012 Art. 72. Para efeitos desta Lei, a atividade de silvicultura, quando realizada em área apta ao uso alternativo do solo, é equiparada à atividade agrícola, nos termos da Lei n o 8.171, de 17 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política agrícola.

Florestas Plantadas Legislação DECRETO Nº 8.375, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2014 Define a Política Agrícola para Florestas Plantadas. Objetivos da Política Agrícola para Florestas Plantadas: I - aumentar a produção e a produtividade das florestas plantadas; II - promover a utilização do potencial produtivo de bens e serviços econômicos das florestas plantadas; III - contribuir para a diminuição da pressão sobre as florestas nativas; IV - melhorar a renda e a qualidade de vida no meio rural, notadamente em pequenas e médias propriedades rurais; e V - estimular a integração entre produtores rurais e agroindústrias que utilizem madeira como matéria-prima.

Florestas Plantadas Legislação O MAPA coordenará o planejamento, a implementação e a avaliação da Política Agrícola para Florestas Plantadas e promoverá a sua integração às demais políticas e setores da economia. O MAPA elaborará o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas - PNDF, com horizonte de dez anos a ser atualizado periodicamente, tendo o seguinte conteúdo mínimo: I - diagnóstico da situação do setor de florestas plantadas, incluindo seu inventário florestal; II - proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas; e III - metas de produção florestal e ações para seu alcance. Parágrafo único. O PNDF será submetido a consulta pública.

Florestas Plantadas Indicadores econômicos - 2014 Receita Bruta R$ 60 bilhões * Exportações US$ 8,5 bilhões 16,5 milhões t de celulose 4,4 milhões de empregos * 6,5% do PIB Industrial * 3,8% das exportações brasileiras 10,4 milhões t de papel 5% da população ativa * * projeção 8,0 milhões m 3 de painéis de madeira

Florestas Plantadas Indicadores econômicos - RS - 13,15% da oferta de energia primária da matriz energética gaúcha; - 3,4% do PIB do Estado; - Faturamento anual de R$ 8,2 bilhões 15,6% do nacional; - Geração de 326 mil empregos diretos e indiretos; - 3.000 indústrias do setor de madeiras; - Duas grandes indústrias químicas de derivados do tanino, uma indústria de processamento de resina obtida de Pinus; - 20.000 estabelecimentos de pequeno, médio e grande porte que utilizam matéria prima florestal; - 420 estabelecimentos no setor de celulose e papel; - 3 indústrias de painéis de madeira desagregada (MDP e MDF). FONTE: SINDIMADEIRA, AGEFLOR, MOVERGS e SINPASUL, 2013

Cenários 2014-2019 O crescimento da demanda global de papel é estimado em +1,7% a.a., impulsionado pelos países emergentes, enquanto o crescimento estimado da oferta é de +1,6% a.a. O crescimento da demanda global de celulose é estimado em +2,4% a.a., impulsionado pela Ásia, enquanto o crescimento estimado da oferta é de +2,2% a.a. (América Latina) Fonte: Poyry, 2013

INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SETOR DE FLORESTAS DE PRODUÇÃO Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Secretaria Executiva - SE Gabinete do Ministro - GM Câmara Setorial de Florestas Plantadas (Òrgão Consultivo Externo) Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA Secretaria de Desenvolvimento e Cooperativismo SDC Secretaria de Política Agrícola - SPA Secretaria de Produção e Agroenergia - SPAE Secretaria de Relações Internacionais - SRI EMBRAPA Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins (CGAA/DFIA) Departamento de Produção Sustentável do Agronegócio (DEPROS) Comissão Setorial de Florestas Plantadas (Òrgão Consultivo Interno) Coordenação-Geral de Agroenergia (CGAE/DCAA) Coordenação-Geral de Articulação (CGA/SRI) Coordenação de Sementes e Mudas (CSM/DFIA) Coordenação-Geral para Pecuária e Culturas Permanentes (CGPCP/DEAGRO) Avaliação de Eficiência Registro de Agrotóxicos Certificação de Mudas Registro de Mudas Fomento Florestal Coordenação-Geral de Seguro Rural (CGSEG/DEGER) Mercado Florestal Crédito Florestal Seguro Florestal Floresta Energética Negociações Internacionais Pesquisa

PORTARIA Nº 1191 DE 30 DE DEZEMBRO DE 2014 Cria a Comissão Setorial de Florestas Plantadas CSFP/MAPA, com as seguintes atribuições: I - propor e avaliar medidas para o cumprimento dos princípios e os objetivos da política agrícola para florestas plantadas referentes as suas atividades de produção, processamento e comercialização dos produtos, subprodutos, derivados, serviços e insumos; II - analisar e emitir parecer técnico sobre as demandas do setor que envolvam órgãos do MAPA; e III - propor ações para aperfeiçoar conhecimentos e competências sobre o setor perante o MAPA. Membros: I - Secretaria de Defesa Agropecuária - SDA: II - Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo - SDC: III - Secretaria de Política Agrícola - SPA; IV - Secretaria de Produção e Agroenergia - SPAE; e V - Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio - SRI; - A CSFP/MAPA será coordenada pelo representante da Secretaria de Política Agrícola.

PAP 2014 / 2015

Volume de Recursos R$ 156,1 bilhões Aumento de 14,7% R$ 132,6 bilhões Juros controlados R$ 23,5 bilhões Juros livres Expectativa de produção de grãos na Safra 2014/15 200 milhões de toneladas Aumento de 4,6%

Custeio Florestal Custeio: R$ 1,1 milhão/safra Prazo: até 2 anos; Taxa de juros: 6,5% a.a. O valor do custeio pode ser ampliado em até 45% com reserva legal e APP, seguro agrícola e de preços, plantio direto, rastreabilidade, produção orgânica ou adesão ao CAR.

Médio Produtor Rural

PRONAMP Médio Produtor Rural Volume de Recursos: R$ 16,7 bilhões (+26,5%) Taxa de juros: 5,5% a.a Limite de Financiamento: Custeio: R$ 660 mil (+10%) Investimento: R$ 385 mil (+10%)

PROGRAMA ABC Agricultura de Baixo Carbono Objetivo : Ampliar a área de florestas cultivadas Volume de Recursos: R$ 4,5 bilhões Taxa de juros: 5,0% a.a. Limite de Financiamento: R$ 3 milhões/tomador Prazo: até 15 anos

Política Agrícola para Florestas Ações realizadas: Plantadas Início da sistematização dos dados referentes ao programa ABC; Criado um GT no âmbito da Câmara Setorial de Florestas Plantadas para a construção das bases para Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas PNDF; Reunião com representantes do setor florestal; Solicitação de contribuições ao PAP 2015/2016;

Desembolso do Crédito Rural 530 mil hectares financiados 2013/2014

RESUMO DA APLICAÇÕES DE RECURSOS DO PROGRAMA ABC FLORESTAS PLANTADAS

Política Agrícola para Florestas Próximas Ações: Plantadas Consolidação das contribuições ao PAP 2015/2016; Inserção do setor no próximo PPA; Construir a proposta para o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas PNDF.

Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas PNDF. Foco na demanda potencial; Estratégias e metas por subsetores; Formação de novos maciços florestais em áreas convertidas no passado para uso alternativo do solo e atualmente subutilizadas; Validação nos principais estados produtores.

12 CONGRESSO FLORESTAL ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL OBRIGADO JOÃO ANTÔNIO FAGUNDES SALOMÃO TEL: 61 3218 2560 E-MAIL: joao.salomao@agricultura.gov.br