POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE MUDANÇA DO CLIMA E A LEI 12.187/2009. Adriano Santhiago de Oliveira



Documentos relacionados
Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FUNDO CLIMA)

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Indústria

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima

Cidade: Curitiba Data: 12 de Julho de 2012

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E OS MECANISMOS DE GESTÃO AMBIENTAL

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima

PLANO SETORIAL DE TRANSPORTE E DE MOBILIDADE URBANA PARA MITIGAÇÃO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS - TRANSPORTE DE CARGAS

IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. A VISÃO DO GOVERNO PARA A COP 21

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Setorial da Saúde - PSMC-Saúde. Rio de Janeiro 06/07/2012

A Importância da Elaboração dos Inventários de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Capitais Brasileiras

Propostas de Posição (MMA)

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Parágrafo único. Os programas e ações do Governo Federal que integram o Plano Plurianual deverão observar o previsto no caput.

A Floresta Amazônica, as mudanças climáticas e a agricultura no Brasil

estufa para setores agropecuários

Mudanças Climáticas. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Secretaria de Relações Institucionais PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Mudanças Climáticas na Vale

AÇÃO AMBIENTAL FIRJAN: Painel 1 Visão Geral sobre Mudança do Clima e Perspectivas para a COP21

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Setorial da Saúde - PSMC-Saúde. Recife - PE 18/07/2012

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano de Mineração de Baixa Emissão de Carbono (PMBC)

Posição da indústria química brasileira em relação ao tema de mudança climática

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

Política de Responsabilidade Socioambiental

Marcio Halla

Mais clima para todos

O MCTI e ações relacionadas à mudança do clima

DECRETO Nº DE 06 DE SETEMBRO DE 2013

Plano Nacional de Adaptação Couto Silva

DIMENSÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SECRETARIA EXECUTIVA DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS PARA O COMBATE AO DESMATAMENTO

MANIFESTO SOBRE PRINCÍPIOS E SALVAGUARDAS PARA O REDD

ANEXO B TERMO DE REFERÊNCIA. Declaração de trabalho, serviços e especificações

PROCERRADO PROJETO DE REDUÇÃO DO DESMATAMENTO E DAS QUEIMADAS NO CERRADO DO PIAUÍ TERMO DE REFERÊNCIA

O Gerenciamento Organizacional de Projetos (GOP) pode ser descrito como uma estrutura de execução da estratégia coorporativa, com objetivo de

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL

Desenvolvimento da agenda sustentabilidade & negócios

PREFEITURA MUNICIPAL DE TEIXEIRA DE FREITAS ESTADO DA BAHIA

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015

Geração Elétrica Total. Cenário de Referência (2007)

Padrões Sociais e Ambientais de REDD+ no Programa ISA Carbono do SISA : Ações e Resultados. Rio Branco, 10 de Maio de 2013

Programa ABC. Agricultura de Baixo Carbono. Programa para redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura

JULIETA ALCIATI DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES COM O MERCADO

MÓDULO I: Mudança do Clima e Acordos Internacionais. Efeito Estufa. Fontes de Emissões. Impactos. Acordos Internacionais

Pesquisa de Maturidade do GERAES. Data de aplicação: 21/02/08

Mineração e Sustentabilidade Ambiental. Ricardo Santana Biólogo, MSc

servicos ambiente ccambiente ISO50001

5/9/2013. Pior seca dos últimos 40 anos, o nível do rio Acre chegou a 1,57 m

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO

CONSULTA PÚBLICA Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima Plano Setorial da Saúde - PSMC-Saúde. Curitiba 12/07/2012

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA A PROGRAMAS ESPECIAIS

Análise e interpretação crítica: Política Nacional sobre Mudança Climática. Metodologia geral: Descritiva, Analítica, Interpretativa e Comparativa

O Brasil e a Conferência de Paris

1. Esta Política Institucional de Gestão de Continuidade de Negócios:

UNICEF BRASIL Edital de Licitação de Consultoria RH/2012/061

Normatização e legislação aplicada: diretrizes e parâmetros de licenciamento e controle no estado de São Paulo

GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS. Vanice Ferreira

SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA DO GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

RESOLUÇÃO Nº 101 DE 17 DE MARÇO DE 2005 (*)

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CIDADE DE SÃO PAULO

Programa de Capacitação em Gestão do PPA. Planos Gerenciais dos Programas do PPA

Webinário : Os vinte passos da implantação SGQ baseado na ISO 9001 Sistema de gestão qualidade implantado e certificado pela norma NBR ISO 9001:2008

PROGRAMA PROREDES BIRD

Junho, Proposta do Observatório do Clima para a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) Brasileira

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.

Seminário Soluções Técnicas e Financeiras para Cidades Sustentáveis Banco Mundial Brasília. 08 e 09 de Junho 2010

AGENDA 21 LOCAL. Como construir a Agenda 21 Local

Mudanças Climáticas e Economia. Secretaria de Acompanhamento Econômico SEAE

Política Estadual de Governança Climática e Gestão da Produção Ecossistêmica

Gerenciamento de Níveis de Serviço

BANCO CENTRAL DO BRASIL 2009/2010

Rio de Janeiro, 26 de março de Prezados Membros do FBMC,

Relatos de Sustentabilidade

Plano de Mobilidade Urbana Sustentável

ANEXO III TERMO DE REFERÊNCIA

Política Ambiental do Sistema Eletrobrás

DEPARTAMENTO DE MEIO AMBIENTE - DMA/FIESP FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO FIESP

Desafios e oportunidades associadas ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) 7ª CONSEGURO setembro 2015

Prefeitura Municipal de Jaboticabal

TERMOS DE REFERÊNCIA CONTRATAÇÃO DE CONSULTOR INDIVIDUAL ESPECIALIZADO

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG

Gerenciamento de capital e ICAAP

O projeto de Neutralização das Emissões de Carbono do Camarote Expresso 2222 envolve as seguintes etapas:

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

Recursos Hídricos. Clima e Recursos Hídricos. Anexo III-e. Prospecção Tecnológica. Síntese de Painel de Especialistas

Inventário de emissões de gases de efeito estufa. Elaboração e uso como ferramenta de gestão

O Histórico da Evolução das Políticas Climáticas O Papel Governamental

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DETALHADO FORMAÇÃO DE ESPECIALISTA EM TECNOLOGIA E GESTÃO AMBIENTAL

ECS -ASSESSORIA E CONSULTORIA TÉCNICA. ISO 14001:2015 Tendências da nova revisão

Anexo 10 Diretrizes de Governança

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO Secretaria de Tecnologia da Informação

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

Política Ambiental janeiro 2010

Eduardo Giesen Coordenação Latino-americana GAIA

MINISTÉRIO DAS CIDADES. Brasília, 25 de Abril de 2012

A visão do modelo MPS.BR para Gerência de Projeto - Nível G. por Adriana Silveira de Souza

Transcrição:

POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE MUDANÇA DO CLIMA E A LEI 12.187/2009 Adriano Santhiago de Oliveira

As emissões de GEE aceleraram, apesar dos esforços de mitigação. O maior aumento das emissões é resultante de CO 2 da queima de combustíveis fósseis e processos industriais. (IPCC AR5, 2014)

(IPCC AR5, 2013)

Reduções substanciais nas emissões irão exigir mudanças significativas nos padrões de investimento. (IPCC AR5, 2014)

IPCC AR4 (2007) Anexo I: 25% 40% de redução das emissões de GEE até 2020 com base em 1990; Não Anexo I: Desvio substancial da curva tendencial de emissões de GEE até 2020.

Governança

PLANOS DE AÇÃO PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DO DESMATAMENTO NOS BIOMAS E PLANOS SETORIAIS DE MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS Plano Carvão Vegetal

PLANOS DE AÇÃO PARA A PREVENÇÃO E CONTROLE DO DESMATAMENTO NOS BIOMAS E PLANOS SETORIAIS DE MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

79%

Fonte: MMA 2014

Fonte: MCTI (2013)

Fonte: MMA 2014

"Sistema Modular de Monitoramento e Acompanhamento das Reduc o es das Emisso es de Gases de Efeito Estufa - SMMARE"

Pressupostos Módulos de Monitoramento: a base do SMMARE serão os Módulos de Monitoramento (MM) específicos para cada Plano Setorial. Os MM poderão ser implementados em diferentes momentos, dependendo da prioridade a ser estabelecida, da disponibilidade de dados, entre outros fatores; Consistência metodológica: todos os MM deverão seguir as orientações metodológicas definidas no Capítulo 01 do Relatório de Integração do Monitoramento de Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa nas Ações dos Planos Setoriais; em particular as orientações referentes ao IPCC; Entidades parceiras: a implementação dos MM deverá ocorrer através de entidades parceiras que possuam conhecimento e capacidade de coletar os dados necessários para o monitoramento. As entidades podem ser públicas e/ou privadas, porém já devem, preferencialmente, estar envolvidas, direta ou indiretamente, com as atividades de redução de emissão do Plano Setorial. O uso de entidades parceiras levará a um menor custo de monitoramento e permitirá maior flexibilidade e agilidade nas operações de monitoramento; Supervisão: a supervisão do monitoramento ficará a cargo dos respectivos Ministérios responsáveis por cada Plano Setorial, de forma que as entidades parceiras atuarão seguindo as orientações dos Ministérios e a eles serão subordinadas no tocante à implementação e condução dos MM.

Cenários SMMARE 1. Cenário possível: aonde, em função de dados disponíveis e/ou que poderiam ser facilmente coletados por meio de mecanismos existentes, o monitoramento das reduções de emissões de GEE poderia ser realizado no curto-prazo em nível nacional; 2. Cenário ideal: aonde, em função do aprimoramento da coleta de dados e do estabelecimento de mecanismos adequados de processamento da informação, as reduções de emissões pudessem vir a ser satisfatoriamente monitoradas no médioprazo em níveis mais desagregados.

Implementação do SMMARE 1. Interlocução com ministérios 2. Identificac a o de entidades parceiras para implementac a o dos diferentes Mo dulos de Monitoramento (MM) do SMMARE; 3. Avaliac a o por parte das entidades parceiras sobre a viabilidade de se implementar o SMMARE, conforme propostas feitas pelos consultores contratados pelo CGEE; 4. Articulac a o entre os Ministe rios e entidades parceiras para harmonizac a o de conhecimentos e entendimentos sobre o SMMARE; 5. Elaborac a o por parte das entidades parceiras de planos de trabalhos especi ficos para cada um dos MM do SMMARE; 6. Avaliac a o conjunta por parte dos Ministe rios dos planos de trabalhos elaborados para a identificac a o de possi veis sinergias e/ou eventuais conflitos e definic a o de prioridades; 7. Implementac a o dos MM priorita rios por parte das entidades parceiras em cara ter experimental; 8. Apresentac a o dos primeiros resultados por MM para re-avaliac a o do SMMARE por parte dos Ministérios; 9. Revisa o do SMMARE por parte dos Ministe rios nos pontos considerados pertinentes; 10. Implementac a o dos demais MM e continuac a o do monitoramento nos mo dulos ja em andamento; 11. Início da Transic a o do Cena rio Possi vel para o Cena rio Ideal.

Adriano Santhiago de Oliveira Diretor do Departamento de Mudanças Climáticas Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental