AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DO CONTROLE AVANÇADO EM UMA UNIDADE DE DESTILAÇÃO DE PETRÓLEO EM MANAUS

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XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA IMPLANTAÇÃO DO CONTROLE AVANÇADO EM UMA UNIDADE DE DESTILAÇÃO DE PETRÓLEO EM MANAUS Alfredo Alle Andrade David (UFAM) alle.david@hotmail.com Silvana Dacol (UFAM) sdacol@ufam.edu.br Samia Medeiros Andion (UFAM) samia_andion@yahoo.com.br Na indústria de petróleo, os investimentos, via de regra, envolvem valores elevados. Assim, investimentos para o aumento de carga processada ou rendimento volumétrico de produtos derivados nem sempre são possíveis devido a restrições nos orrçamentos de investimentos e metas de rentabilidade requerida para aprovação. Uma das formas de contornar estes obstáculos é a utilização de ferramentas que otimizem os processos melhorando a eficiência e permitindo, com a aplicação de baixo volume de recurso financeiro, o aumento na eficiência operacional e conseqüentemente no resultado financeiro. Uma das ferramentas utilizadas na busca de incremento na eficiência operacional é a utilização de controle avançado em unidades de processo.o presente trabalho trata da avaliação econômica do controle avançado implantado em uma unidade de destilação de uma refinaria de petróleo instalada em Manaus, os resultados obtidos após a implantação e estabilização do sistema e o retorno financeiro do investimento. A análise será baseada na apuração das receitas e no cálculo do valor presente líquido e taxa interna de retorno do investimento. Os resultados mostraram que o investimento, em todas as condições de operação analisadas, atendeu aos requisitos mínimos exigidos pela empresa, confirmando a sua viabilidade econômica. Palavras-chaves: Análise de investimentos, otimização; viabilidade econômica

1. Introdução No cenário atual, agravado pela crise mundial em 2008, o custo do capital aumentou de forma significativa e conseqüentemente as dificuldades para a captação de recursos para investimento nos processos produtivos. Isso reforça ainda mais a avaliação econômica de investimentos como ferramenta de profissionais que gerenciam e executam projetos de investimento. Os preços do barril de petróleo e seus derivados acompanham as variações do cenário econômico mundial podendo apresentar grandes variações ao longo ao longo de um mesmo ano. Este fato influencia de maneira significativa a rentabilidade dos investimentos na área petroquímica podendo levar um investimento da escala de muito rentável a inviável. De acordo com Casarotto e Kopittke (2000), engenheiros e técnico da área econômicofinanceira estão constantemente confrontando alternativas que envolvem estudos econômicos e a não avaliação ou a incorreta avaliação do custo do capital empregado pode levar a decisões equivocadas e conseqüente perda de rentabilidade ou prejuízo financeiro. A premissa básica de qualquer investimento é a existência de retorno econômico, que compense os riscos envolvidos e os custos de capital necessários para implantá-lo. Deve-se ter em mente que decisões acerca de investimento e financiamento de um projeto podem ser separáveis, mas dificilmente analisadas de maneira independente (SCHROEDER et al., 2005). Alves (2001) comenta que os investimentos são os alicerces das empresas no longo prazo e que por isso as decisões relacionadas a estes são consideradas estratégicas. O mesmo autor cita que a utilização das técnicas de avaliação de viabilidade é influenciada, principalmente, pela capacidade administrativa da alta administração e pelo valor relativo dos investimentos em relação ao fluxo de caixa. Além da estimativa de retorno de um investimento, durante a fase de aprovação do mesmo, é igualmente importante a confirmação dos resultados projetados. Esta confirmação significa calcular, após a implantação e na fase de operação normal do sistema, se o retorno financeiro projetado foi alcançado. Baseado no investimento realizado e na receita apurada, esse trabalho tem como objetivo a avaliação econômica de implantação do controle avançado em uma refinaria de petróleo localizada em Manaus no estado do Amazonas. Esta análise é realizada utilizando as das ferramentas da engenharia econômica tais como: taxa interna de retorno (TRI), valor presente liquido (VPL). Através da pesquisa exploratória e documental, é realizada a avaliação econômica da implantação de um sistema de controle avançado em uma unidade de destilação. Os dados para a análise foram fornecidos pela Gerência de Otimização da refinaria. Para a determinação do investimento, foram somados todos os pagamentos realizados no projeto tanto para aquisição de hardware como pagamento de homem-hora de engenharia durante a configuração, implantação e testes. A receita foi calculada baseada no aumento do rendimento de derivados médios de produtos após a implantação do controle avançado. Esses dados foram coletados através do sistema de banco de dados de variáveis operacionais utilizado pela empresa que no caso é o Plant 2

Information (PI) e confirmados pelo Banco de Dados de Estocagem, Movimentação e Qualidade (BDEMQ) que registra toda a movimentação realizada nos tanques de armazenamento da empresa. A contabilização da receita anual é realizada através de cálculo utilizando o indicador que mede o percentual de variáveis controladas ativas durante o mês (IPCAT) e o benefício esperado caso 100% das variáveis controladas estejam ativas. Com base nas informações coletadas, foi gerado o fluxo financeiro mensal baseado nos rendimentos de diesel e querosene de aviação e preço de realização destes produtos. A partir deste fluxo financeiro foram utilizadas como técnicas de análise: Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR). A ferramenta para execução de cálculos foi o Microsoft Excel 2003, com o uso dessas funções financeiras, já existentes no programa e considerando a taxa Média de Atratividade (TMA) adotada pela empresa para a aprovação de investimentos que é 12% a.a. 2. Análise econômica A seguir estão descritas as ferramentas da engenharia econômica que serão utilizadas na análise proposta neste trabalho. As ferramentas utilizadas neste estudo são as mesmas ferramentas utilizadas pela empresa para a avaliação prévia de seus investimentos. 2.1. Fluxo de Caixa Os fluxos de caixa são base para os métodos de avaliação econômica mais utilizados, por isso seu correto dimensionamento é um fator importante a ser considerado para o sucesso do investimento. O fluxo de caixa é uma ferramenta para a representação dos investimentos, saídas de caixa, das futuras entradas, receitas e possíveis saldos residuais dentro de um determinado período (PEREIRA et al., 2005). A representação gráfica genérica do fluxo de caixa está representada na Figura 3. F 3 F4 F n F 2 F n-2 F n-1 0 1 2 3... n P 0 F 1 Figura 3 Representação geral de um fluxo de caixa. Após a correta construção do fluxo de caixa, pode-se então aplicar uma ou mais ferramentas de análise econômica de investimentos. 2.2. Taxa Mínima de Atratividade (TMA) A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é também conhecida como taxa de desconto ou custo de oportunidade. É a taxa de paga pelo mercado financeiro nas opções disponíveis para o investidor. É utilizada para a conversão dos fluxos de caixa em valores presentes (CASAROTO e KOPITTKE, 2000). 2.3. Valor Presente Líquido (VPL) 3

Este método consiste em calcular o Valor Presente dos demais termos do fluxo de caixa para somá-los ao investimento inicial da alternativa. A TMA pode ser utilizada para descontar o fluxo, ou seja, para trazê-lo para o valor presente. A alternativa que apresentar o maior VPL será a melhor opção (CASAROTO e KOPITTKE, 2000). O VPL é uma das melhores ferramentas para a análise de investimentos visto que apresenta vantagens como: trabalhar com o fluxo de caixa descontado, consistência matemática e porque seu resultado é expresso em espécie ou o valor absoluto do investimento, sendo calculada conforme expressão abaixo: F1 VPL P0 1 (1 i) F2 (1 i) 2 F3 (1 i) 3 Fn... (1 i) Onde: F 1, F 2,..., F n = Fluxos de caixa para cada período (positivo ou negativo) i = Taxa Mínima de Atratividade (TMA), n 2.4. Taxa interna de retorno (TIR) O método da Taxa Interna de Retorno consiste em calcular a taxa que zera o Valor Presente Líquido dos fluxos de caixa das alternativas. São considerados rentáveis os investimentos que obtiverem uma TIR maior que a TMA. Pode ser obtida através da seguinte expressão: F1 P0 1 (1 TIR) F2 (1 TIR) F3 (1 TIR) 0 2 3 Fn... (1 TIR) n 3. O processo de Destilação A destilação é uma operação unitária utilizada em processos industriais para separar compostos químicos através das diferenças entre seus pontos de ebulição com fases vapor e líquido, na mesma temperatura e pressão ocupando a mesma zona em determinada coluna de destilação (PERRY, 2007). Neste processo, a fase vapor da mistura é composta por componentes mais voláteis sendo chamada de mais rica em componentes leves (FOUST, 1982). McCabe et al. (2004) citam que a operação de destilação pode ser realizada através de dois métodos. O primeiro, também conhecido como flash ou batelada, baseia-se na geração de vapor através de uma mistura líquida em ebulição a ser separada onde os vapores serão condensados, sem permitir o retorno de líquido. O segundo método, também chamado de destilação contínua, baseia-se no retorno de líquido condensado, também chamado de refluxo, para o vaso onde está sendo realizado o processo, de forma que este líquido é posto em contato com os vapores ascendentes. O equipamento utilizado para este processo é chamado de coluna de destilação. A coluna de destilação consiste de um equipamento cilíndrico composto internamente por bandejas, ou pratos, espaçadas entre si uma sobre as outras. Podem também ser compostas por recheios. Ambos os pratos ou recheios são utilizados para maximizar o contato entre as fases líquida e vapor visando atingirem o equilíbrio químico (PERRY, 2007). No processo de destilação contínua, a carga do processo é admitida na porção central da coluna de destilação também chamado de prato de carga. Os estágios acima deste formam a 4

seção de retificação, e os abaixo, formam a seção de esgotamento fazendo parte desta seção também o prato de carga. Do líquido que entra na coluna de destilação, uma parte desce para o fundo, no qual é mantido nível, este líquido segue por gravidade para o refervedor, onde é aquecido, gerando vapores que retornam para o fundo da coluna. Esses vapores fluem para o topo, trocando calor com o líquido desce ao longo da torre. Outra parte da carga da carga que entra na torre é vaporizada subindo ao longo da zona de retificação. Esses vapores, ao chegarem no topo da torre, são condensados total ou parcialmente através de um condensador de topo. Este produto condensado é armazenado em um vaso de topo. Parte deste líquido retorna para torre como refluxo de topo para trocar calor com os vapores ascendentes e parte é retirado como produto. A fase vapor, também presente no vaso de topo é enviada para um sistema de compressão e tratamento constituindo-se também em produto de topo. 4. O controle avançado Na indústria petroquímica, a teoria clássica de controle, amplamente utilizada, é a base do controle automático em malha fechada para processos relativamente simples. A razão para isso é a facilidade de implementação, a simplicidade dos conceitos envolvidos o que facilita a compreensão do pessoal envolvido e o baixo custo (SANTOS, 1998). A despeito dessas vantagens, a teoria clássica apresenta limitações em relação a não linearidade de processo, às variações nos parâmetros desses processos ou mudanças ambientais que comprometem a estabilidade da malha de controle. Uma das soluções para estes problemas é a aplicação de sistemas de controle avançado. O controle avançado além de executar as ações de controle usuais através da atuação em setpoints das malhas de controle, possibilita a introdução de variáveis econômicas representativas do desempenho global de uma unidade (VIEIRA, 2003). O controle avançado permite que uma unidade trabalho sob diferentes condições de acordo com premissas pré-estabelecidas, por exemplo: condição de máximo rendimento de determinado produto, condição de máxima economia de determinado insumo, condição de máxima economia de energia. Esta tecnologia apresenta, entre outros benefícios: Maior estabilidade ao processo controlado devido ao desacoplamento entre variáveis manipuladas; Maior confiabilidade ao cumprimento dos limites operacionais; Otimização do processo através da redução nas folgas de especificação; Maior confiabilidade operacional. O Controlador Preditivo Multivariável (MPC) instalado na unidade de destilação atmosférica abjeto deste estudo, desenvolvido pela Petrobras, é um algoritmo de controle multivariável preditivo que tem uma função objetivo econômica linear ou quadrática acima do nível do controle dinâmico. Este algoritmo fornece set-points ótimos para as variáveis controladas (MORO e ODLOAK, 1995). O controlador, implantado na unidade em 2005, trabalha a partir de variáveis manipuladas e restrições das quais sete são propriedades de produtos calculadas como inferências a partir de outras variáveis de processo conforme a seguir (MARTINS e ASSIS et al., 2007): Restrições (inferências): a) Ponto de fulgor do QAV; 5

b) Ponto de congelamento do QAV; c) Ponto final da destilação ASTM do QAV; d) Temperatura dos 10 % ASTM da destilação do diesel; e) Temperatura dos 85 % ASTM da destilação do diesel; f) Pressão de vapor Reid da nafta; g) Intemperismo do GLP; h) Refluxo interno do prato 16 da fracionadora (T-01). Restrições operacionais: a) Temperaturas externas dos tubos da radiação e temperaturas internas das câmaras de combustão dos fornos F-01A e F-01B; b) Nível da região do sobrevaporizado da T-01 c) Temperatura da zona de vaporização da fracionadora, corrigida com a pressão; d) Abertura da válvula de desvio do refluxo circulante de diesel para o refervedor da estabilizadora para não saturar o controlador de temperatura de fundo da referida torre; e) Relação volumétrica entre RAT e carga. O Plant Information PI é o software que permite a aquisição de variáveis de processo e disponibilização de resultados pelo controle avançado. A plataforma SICON (Moro, 1997), executada em microcomputador é a interface que permite alterações no sistema e sintonia. O controle multivariável é efetuado por dois algoritmos diferentes mostrado na Figura 2: - Um destinado à solução do problema estático (otimizador linear) cuja função é encontrar o valor ótimo para as variáveis manipuladas visando à maximização do lucro operacional e atendendo às restrições da das variáveis controladas e manipuladas geradas pelo modelo dinâmico; - Outro destinado à solução do problema dinâmico que recebe do modelo anterior o valor ótimo para sua função objetivo. Este algoritmo executa duas tarefas. A primeira é a compensação de perturbações no processo mantendo-o dentro da sua região de controle. A segunda tarefa consiste em cumprir os valores ótimos gerados pela solução estática. OTIMIZADOR LINEAR - Modelo Estático Linear - Algoritmo de PL ou Pq Valores ótimos CONTROLADOR - Modelo Dinâmico Linear - Algoritmo Preditivo Mutivariável Set-points Var. manipuladas Variáveis SDCD (Controle Regulatório) Sinais de Controle UNIDADE DE PROCESSO (instrumentação de campo) 6

Fonte: Adaptado de Martins e Assis et al., (2007) Figura 2 Diagrama de blocos simplificado do controle avançado da unidade de destilação Não faz parte dos objetivos deste trabalho o detalhamento matemático dos algoritmos que compõem o sistema de controle avançado. O trabalho prossegue então abordando os demais aspectos envolvidos na análise econômica. 5. Avaliação econômica do controle avançado instalado na unidade de destilação de petróleo em Manaus Nesta seção é descrita a configuração básica da unidade de destilação atmosférica em estudo, a coleta de dados, as premissas adotadas e a avaliação econômica da implantação do controle avançado na refinaria. 5.1. Descrição do processo de destilação na unidade A unidade em estudo é uma planta de destilação atmosférica de petróleo que processa petróleo proveniente do município de Coari-AM. Esta unidade tem capacidade nominal para processar 5.000 m3/d. A Figura 1 apresenta de forma simplificada componentes principais da unidade em estudo os quais serão descrito a seguir. Após um período de aproximadamente 48 horas de decantação em tanques de armazenamento, o petróleo é bombeado para a unidade passando inicialmente por uma bateria de pré-aquecimento onde é aquecido utilizando o calor dos gases de do topo e querosene proveniente da torre fracionadora principal (T-01). Após este primeiro pré-aquecimento o petróleo passa pelo processo de dessalgação cujo objetivo e retirar água desta corrente. Dando seqüência à operação, a corrente passa por novo pré-aquecimento trocando calor com as correntes de diesel, refluxo circulante de querosene e resíduo atmosférico (RAT). 7

Fonte: Martins e Assis et al ( 2007) Figura 1 Esquema simplificado da unidade de destilação atmosférica em estudo Já pré-aquecido e parcialmente vaporizado, o petróleo é admitido na torre principal (T-01) cuja função principal é o fracionamento do mesmo nos seguintes produtos: nafta, querosene, diesel e resíduo atmosférico. Outros componentes importantes do sistema presentes na Figura 1 são: Vaso de topo da T-01 (V-01): responsável pela primeira separação do gás combustível e líquido do sistema de topo. O gás é retirado pelo topo deste vaso, vai para o sistema de compressão e depois de liquefeito é enviado ao vaso V-03; Vaso de topo da T-04 (V-04): este vaso recebe líquido do vaso V-01 e gases liquefeitos após a compressão. Ele alimenta a torre T-04 (estabilizadora de nafta). Torre estabilizadora de nafta (T-04): nesta torre ocorre o fracionamento da corrente proveniente o vaso V-03 em nafta de destilação direta (NDD) e gás liquefeito de petróleo (GLP). O querosene é retirado através da T-02 e o diesel através da T-03, ambos os vasos são chamados de strippers e sua função é a retirada de frações mais leves destas correntes. O RAT, retirado pelo fundo da T-01, é utilizado como combustível para a geração de energia elétrica recebendo a denominação de OPGE. 5.2. Coleta dos dados Os dados utilizados nesta seção foram coletados a partir do sistema de banco de dados de variáveis de processo utilizado pela empresa, o Plant Information e do sistema de controle financeiro, o SAP-R3. 8

a) Receita Os valores de benefício econômico proporcionados pelo controle avançado estão diretamente relacionado com tempo durante o qual as restrições de processo permanecem ativas e dentro de sua região de operação. A empresa utiliza, para avaliação dos benefícios das aplicações de controle avançado, o indicador chamado Percentagem de Controladas Ativas (PCAT). Seu valor é uma das variáveis auxiliares configurada no sistema e é calculada na mesma freqüência que o algoritmo de controle através da seguinte expressão: (Número de controladas ativas/total de manipuladas)*100. Os ganhos econômicos ou benefícios obtidos com o controlador multiváriável são proporcionais ao PCAT (ZANIN e MORO, 2004). A refinaria utiliza esta metodologia, para o cálculo da receita. Na prática, o beneficio econômico está relacionado, na maior parcela, à maximização na produção de diesel e querosene de aviação. Os dados representados na Tabela 1 são referentes aos anos de 2006, 2007, 2008 e 2009. Para os anos de 2010 em diante até o final da vida econômica foi considerado um ganho médio estimado esperado pela empresa. 2006 2007 2008 2009 2010 PCAT médio (%) 97 72 41 23 97 Receita média (R$/ano) 626.587,69 422.851,95 215.989,26 129.556,80 626.5876,90 Fonte: Gerência de Otimização da empresa. Tabela 1 Ganhos médios obtidos com o controle avançado b) Investimento Na implantação deste projeto não houve necessidade de investimento em hardware uma vez que os algoritmos foram instalados em equipamentos já existentes (o mesmo servidor utilizado para o Plant Information). Também não houve a necessidade de aquisição de hardware para o sistema digital de controle distribuído (SDCD) uma vez que foram utilizados cartões reserva deste sistema. O investimento em mão-de-obra consistiu na contratação de uma empresa especializada para a configuração, testes de identificação e startup do sistema. Esta mão-de-obra foi fornecida através de um instrumento contratual que teve a duração de dois anos com medição e pagamento mensal. No total foram medidos aproximadamente R$ 270.000,00. Nos valores de homem-hora do pessoal próprio foram considerados os custos de um operador e um engenheiro trabalhando em tempo integral no projeto durante os dois anos. Este custo está representado na Tabela 2. O custo com software considerado foi a compra e instalação da interface de comunicação entre o SDCD e o servidor que do PI (SEM-API) de aproximadamente R$ 90.000,00. Este software permite a aquisição de informações de sistema de controle e sua disponibilização ao controle avançado. 9

Para a análise econômica foram utilizados os mesmos critérios adotados pela empresa para a análise econômica de investimentos: taxa mínima de atratividade (TMA) de 12% a.a, imposto de e renda de 25% e vida econômica de 15 anos. Durante os dois anos da implantação do projeto, houve o acompanhamento de um técnico da sede da empresa. Foram consideradas aqui três viagens por ano com uma permanência de três dias a cada viagem. A Tabela 2, a seguir, apresenta os custos considerados: Investimento (R$) 2005 2006 Contrato de serviço 135.000,00 135.000,00 Viagens 6.900,00 6.900,00 Estadias 1.710,00 1.710,00 Diárias e transporte 1.371,00 1.371,00 Pessoal próprio de operação 130.215,68 130.215,68 Pessoal próprio de engenharia 124.299,5 124.299,5 Aquisição da interface SEM-API 90.000,00 0 Total 489.496,18 399.496,18 Fonte: Gerência de Otimização da empresa. Tabela 2 Valores do investimento realizado. 5.3. Avaliação econômica Baseado nas técnicas anteriormente descritas foi construído, utilizando-se da planilha eletrônica Excel 2003, o quadro do fluxo financeiro o qual permite calcular o fluxo de caixa referente ao investimento bem como, através da variação da receita e investimento a a sensibilidade com os respectivos valores de VPL, TIR. A Tabela 3 apresenta o fluxo de caixa para a receita apurada nos anos de 2006 a 2009. Para o ano de 2010 em diante, durante a vida econômica do projeto, foi utilizada a estimativa da empresa para a receita. ITEM 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012/2020 Receita Básica 0,00 0,00 626,59 422,85 215,99 129,56 626,59 626,59 626,59 ICMS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Receita Total 0 0 627 423 216 130 627 627 627 PIS COFINS 0 0 17 11 6 3 17 17 17 Receita Líquida 0 0 610 412 210 126 610 610 610 Outros (manut., seguro) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Custos Fixos 0 0 13 13 13 13 13 13 13 ICMS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Resultado antes deprec. 0 0 597 398 197 113 597 597 597 Depreciação 0 0 89 89 89 89 89 89 89 Juros 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Lucro Tributável 0 0 508 309 108 24 508 508 508 Contrib. Social 0 0 41 25 9 2 41 41 41 Imposto de Renda 0 0 127 77 27 6 127 127 127 Resultado Líquido 0 0 429 296 161 105 429 429 429 10

Investimentos 489 399 Valor Residual Financiamento 0 0 Amortização 0 0 0 0 0 Fluxo de Caixa (489) (399) 429 296 161 105 429 429 429 Fonte: Autor a partir de dados coletados na empresa (valores em R$x1000). Tabela 3 Fluxo de Caixa. A partir do fluxo de caixa foram calculados os valores do TRI igual a 31,21 %, VPL para uma TMA de 12% a.a de R$ 1.497.000,00. Foi realizada uma análise de sensibilidade utilizando como maior receita o ano de 2006 (PCAT de 97%) e menor receita o ano de 2009 (PCAT de 23%). Também foi realizado o cálculo para uma receita média dos anos de 2006, 2007 e 2008. Os resultados para essas condições estão na Tabela 4. RECEITAS REAL MÍNIMA MÁXIMA MÉDIA PCAT (%) - 23 97 70 TIR (% a.a) 31,21 22,59 39,32 31,75 VPL (R$) 1.497.000 1.015.000 1.999.000 1.594.000 Fonte: Autor a partir de dados coletados na empresa. Tabela 4 Análise de sensibilidade. A análise dos dados da Tabela 4 mostra a influência do PCAT no resultado econômico do controle avançado. Verifica-se que para todas as condições adotadas o projeto atende ao critério de aprovação de investimento adotado pela empresa. Ressalta-se também que em nenhuma das três condições adotadas o sistema trabalha na condição ideal recomendada que é um PCAT acima de 99%. Observa-se também uma grande variação no valor do VPL para as condições de operação do sistema o que reforça a necessidade da confiabilidade na operação do sistema. Todos os cenários analisados apresentam margem para o aumento na rentabilidade do sistema. 6. Conclusão e sugestões para trabalhos futuros Diante dos resultados obtidos conclui-se que a empresa tomou uma decisão acertada ao investir no sistema. Entretanto, a análise de sensibilidade mostra que ainda há uma margem grande para aumentar a rentabilidade. O aumento de rentabilidade está condicionado à identificação das causas do baixo índice do PCAT e a correção das deficiências. É neste contexto que aumenta a importância da disciplina de capital. Manter controlado o custo do projeto e estimar com precisão as receitas é fundamental para que seja alcançado o resultado financeiro. Por fim destaca-se, conforme dito anteriormente, a importância da engenharia de otimização de processo como uma ferramenta de maximização de receitas na medida em que sua utilização poder resultar na proposição de investimentos de baixo custo e alto rendimento como o caso apresentado neste trabalho. 11

Face à grande influência das condições operacionais da unidade no desempenho do controle avançado, sugere-se a continuação deste trabalho através de uma investigação dos fatores operacionais que contribuem para a redução da performance do sistema e o grau de influência de cada um dos fatores. 7. Referências ALVES, A. C. Um estudo da aplicação das técnicas de análise de investimentos nas micro, pequenas e médias empresas da Baixada Santista no Estado de São Paulo. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 25, 2001, Campinas. Anais... Campinas: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 2001. CASAROTO FILHO, N.; KOPITTKE, B. H. Análise de Investimentos: Matemática Financeira, Engenharia Econômica, Tomada de Decisão, Estratégia Empresarial. 9. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2000. FOUST, A. S. et al. Princípios das Operações Unitárias. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1982. MARTINS, J. H., ASSIS, F. P, OLIVEIRA, M. A., OSORIO, F. J. S, FERREIRA, J. R., ZANIN, A. C. Implementação de um Controlador Multivariável em uma Unidade de Destilação Atmosférica de Petróleo. In: IV CONGRESSO RIO AUTOMAÇÃO, 25, 2007, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás-IBP, 2007. McCABE, W. L.; SMITH, J. C.; HARRIOTT, P. Unit Operations of Chemical Engineering. 7 th ed. New York: McGraw-Hill, 2004. MORO, L. F. L., ODLOAK D., Constrained multivariable control of Fuid catalytic cracking converters. Journal of Process Control, 5(1), pp.29-39, 1995. MORO, L. F. L. (1997), SICON, Uma solução cliente servidor para controle avançado. IV Congresso Petrobras de Informática e Telecomunicações - INFTEL, São Paulo, 1997. PEREIRA, U. N. C.; TURRIONI, J. B. PAMPLONA E. O. Avaliação de Investimentos em Tecnologia da Informação - TI. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 25., 2005, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre: Associação Brasileira de Engenharia de Produção, 2005. 1 CD-ROM. PERRY, R. H.; Green, D. W.; Maloney, J. O. Perry s Chemical Enginner s Handbook. 8 th ed. Kansas: McGraw-Hill, 2007. SANTOS, J. E. S. Critérios de Desempenho e Aspectos de Robustez na Síntese de Controladores Preditivos Adaptativos. Dissertação de Mestrado - Curso de Pós-graduação em Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1998. SCHROEDER, J. T.; SCHROEDER, I.; COSTA, R. P. da; SHINODA, C. O custo de capital como taxa mínima de atratividade na avaliação de projetos de investimento. Revista Gestão Industrial, Ponta Grossa, v. 1, n. 2, p. 33-42, 2005. VIEIRA, O. Construção de modelos empíricos e projeto de operação de uma máquina de produção de cartão de embalagem. Tese de Doutorado - Curso de Pós-Graduação em Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2003. ZANIN, A. C., MORO L. F. L., Gestão da Automação Industrial no Refino. In: Rio Oil Gas Expo and Conference, 25, 2004, Rio de Janeiro, 2004. 12