Obesidade na faixa etária pediátrica compreendendo o problema na sua integralidade Minhas inquietações Por que o obeso é tão culpabilizado? Por que a maioria dos tratamentos para a obesidade fracassam? Como uma sociedade que produz obesos os marginaliza? Por que as famílias obesas chegam a este ponto? Como ajudá-los? 1
Primeiras atitudes Refletir para além do óbvio Criatividade Ousadia Dedicação/pesquisa/estudo/estudo/estudo Partindo para a ação Tratar o obeso e não a obesidade Reflexão constante: qual a visão de homem que permeia minhas ações? Ver a doença como uma forma de expressão Visão integral do ser humano o homem é psicossomático na saúde e na doença O psíquico e o somático são duas faces da mesma moeda 2
Qual a concepção de homem? Todo exercício de uma profissão se orienta segundo uma concepção de homem Esta concepção vive no interior de cada um. Nos equivocamos quando acreditamos que podemos prescindir desta imagem implícita Mudança de concepção. É possível? A visão que temos de homem irá influenciar na nossa concepção de doença Para além da concepção mecanicista onde o comer é a causa, a obesidade é o efeito e a dieta é o tratamento. Como podemos entender a doença? Como um acontecimento biográfico, um capítulo da estória da pessoa sofrimento orgânico ou psíquico. Uma forma de linguagem na qual o homem se expressa Ficar doente pode ser uma experiência de equilíbrio e não de fracasso. Para que? Sim, mas não desse jeito. 3
Um capítulo da minha biografia Prof. Dr. Luís Chiozza a doença se constitui como uma história humana que adquire um sentido - um pedaço inseparável da biografia do sujeito imerso em seu entorno familiar e social do livro Enfermar e sanar. Como a doença se manifesta Conflito que a pessoa pode estar vivendo e que descarrega no corpo, porque não teve como descarregar de outra forma. É preciso que o conflito seja resolvido para não usar mais o corpo para descarregar. Sim, mas não desse jeito. Estamos acostumados a buscar alivio/eliminar os sintomas Eliminamos o recurso do paciente 4
A criança obesa Segundo o psiquiatra infantil Dr. D.W. Winnicott duas coisas podem dar errado na infância: uma delas é quando acontece o que não deveria acontecer, e a outra, quando o que deveria acontecer não acontece. Presenciamos o desencadear de doenças ou comportamentos prejudiciais. Para que serve doença? A obesidade pode ser um meio e o aumento de gordura a finalidade Existe uma motivação (que a princípio desconhecemos) Não é igual para todos Gera muita impotência Difícil prognóstico 5
Culpa de quem? Multi fatores Predomínio dos fatores ambientais não conseguimos competir com a mídia; padrão estético inalcançável; vivemos muito próximos do estresse da violência, da pressão, da cobrança do sucesso; em grandes cidades poluídas; em uma sociedade onde predomina o ter, consumir e competir. Pais aflitos, inseguros e culpabilizados. Pais emocionalmente ausentes abandono próximo X presença estimulante de pais emocionalmente dispostos. A criança obesa e seus enfrentamentos Como a família vê a criança obesa Como os professores vêem a criança obesa Como os amigos vêem a criança obesa Como a criança obesa se vê 6
Como tratar? Equipe transdisciplinar um olhar múltiplo que procure alcançar toda a complexidade da trama que envolve a obesidade Onde o foco não é a doença e sim a pessoa em formação: tratar a criança e não a obesidade Conotação moral da obesidade Corpo e mente integrados uno e indivisível Romper com a dicotomia mente e corpo Reflexão do Bispo de Salamanca O gato para conseguir leite apela para o carinho do dono. O humano que quer afeto busca no leite. Eliana Rebechi Psicóloga membro do Programa Presto do Instituto Sedes Sapientiae E-mail eliana.rebechi@gmail.com Fone: (11)98719-3292 Obrigada! 7